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Bioquímica
Unidade 1
Como são formadas as proteínas 
As proteínas são polímeros de aminoácidos cuja sequência é responsável por determinar sua estrutura tridimensional e suas propriedades especificas.
Já um aminoácido é composto por grupamento amino (-NH2), grupamento carboxila (-COOH), uma cadeia lateral ou r e um átomo de hidrogênio. Todos eles são ligados a um carbono alfa. Após a construção da proteína, essa molécula apresentara uma estrutura amino livre denominada região amino terminal ou n terminal.
Alguns aminoácidos apresentam cadeia lateral não polar ou apolar tornando o muito hidrofóbico impedindo sua interação com água. De acordo com essa classificação é importante saber que parte dos aminoácidos é sintetizada pelo organismo humano para suprir as necessidades celulares. Mas os aminoácidos ditos essenciais não podem ser sintetizados e devem ser necessariamente supridos por dieta. 
Os aminoácidos essenciais podem ser encontrados em proteínas contidas em alimentos como carnes vermelhas, peixes, ovos, soja, leite, granola entre outros
Estrutura das proteínas
De acordo com os seus níveis de organização os tipos de interação ou arranjos realizados por essas moléculas podemos identificar 4 níveis de organização ou estruturas.
· Primaria: Corresponde a sequência de aminoácidos na cadeia polipeptídica 
· Secundaria: Arranjo regular entre os aminoácidos que estão próximos uns dos outros na sequencia linear da proteína
· Terciaria: estabilizada por ligações covalentes entre diversas cadeias laterais da proteína 
· Quaternária: proteínas compostas por várias subunidades 
Também podemos identificar as proteínas como fibrosas ou globulares
As proteínas são responsáveis pelo transporte de oxigênio para os tecidos por meio da hemoglobina presente nos eritrócitos, hemácias e reserva de oxigênio no musculo através da hemoglobina.
A hemoglobina é responsável pelo transporte de oxigênio dos pulmões até os capilares dos tecidos, bem como 23% do transporte de dióxido de carbono dos tecidos para os pulmões.
As citocinas são proteínas que regulam a resposta imune através da sinalização intracelular
Os leucócitos (como macrófagos e linfócitos) são originados na medula óssea. E os linfócitos B produzem anticorpos, proteínas que reconhecem o antígeno de forma específica e com alta afinidade.
O colágeno e elastina são proteínas fibrosas com função estrutural
Como funcionam as enzimas e sua importância para as vias metabólicas
As enzimas são proteínas altamente especificas que interagem com um ou alguns poucos substratos catalisando apenas 1 tipo de reação química. Elas transformam substratos em produtos durante reações essenciais para esses sistemas vivos. 
A ativação das enzimas depende da sua ligação a cofatores que podem ser metais ou moléculas orgânicas derivadas de vitaminas denominadas coenzimas. 
As enzimas aumentam a velocidade das reações sem sofrerem alterações no processo global. Essa energia de ativação maior reflete na velocidade de reação que se apresenta mais lenta. Um grande valor negativo na energia livre de gibis reflete um equilíbrio de reação favorável a conversão de substrato em produto. 
Nomenclatura das enzimas que podem se referir a função exercida nas reações químicas 
Glicogênio. Fosforilase. Piruvato. Desidrogenas
O que também é baseado nas funções das enzimas é a sua classificação:
· Oxido redutases: que catalisam a transferência de elétrons, ou seja, participam de reações de oxido redução como é o caso da Nadh desidrogenase.
· Transferases: catalisam reações de transferência de grupamentos funcionais como o grupo amino, fosfato, acil, carboxil.
· Hidrolases: catalisam reações de hidrolise de ligação covalente, assim como as peptidases
O aumento ou redução na velocidade de reação pode ser promovido por efetores alostérico positivo (que são os ativadores) ou (negativos que são inibidores) respectivamente em reações catalisadas por enzimas alostéricas 
Como acontece a inibição da atividade enzimática
os inibidores são substancias capazes de se ligar a enzima e impedir sua atividade catalítica.
Existem 3 tipos de inibidores enzimáticos
Competitivo: disputam com o substrato o mesmo sitio ativo da enzima, impedindo a transformação do substrato em produto
Não competitivo: são substancias que se ligam a enzima em local diferente do sitio ativo alterando a afinidade da enzima no substrato
Irreversíveis: ligam se a enzima e destroem a ação catalítica
Cofatores enzimáticos
Eles são imprescindíveis para que as enzimas exerçam seu papel catalítico. Mas algumas enzimas, entretanto requerem ambos: uma coenzima e um ou mais íons metálicos para sua ativação.
As vitaminas são divididas em dois grandes grupos
Vitaminas hidrossolúveis (solúveis em água)
Compreendem as vitaminas do complexo B e ácido ascórbico (vitamina C)
Vitaminas Lipossolúveis (solúveis em lipídios e solventes orgânicos)
Digestão, absorção e excreção das proteínas
As proteínas são macromoléculas e precisam sofrer hidrolise a aminoácidos para serem absorvidos no intestino. A hidrolise ocorre durante a digestão gástrica e intestinal. Essa digestão de proteínas iniciasse no estomago onde por ação do ácido clorídrico as proteínas e peptídeos sofrem desnaturação. Ela acontece quando o ph ácido do estomago fornece o ph ideal para a ação das enzimas lipase gástrica e pepsina. 
Enquanto isso no lúmen do duodeno o ácido do estomago é neutralizado pelo bicarbonato dos sulcos pancreáticos e biliares. O estimulo para a secreção de bicarbonato tem origem na secretina (hormônio sintetizado por células endócrinas situadas no epitélio intestinal). Outro hormônio sintetizado por células endócrinas do epitélio intestinal é a colecistocinina cujo papel é incentivar a secreção de enzimas digestivas pancreatinas e a contração da vesícula biliar que descarga bile no lúmen duodenal. 
Os aminoácidos não podem ser armazenados e seu excedente proveniente da síntese de novo da dieta rica em proteína ou da degradação de proteínas endógenas devem ser excretados
O que é glutamato
Ele é um aminoácido que serve tanto para doar grupamento amino para síntese de outros aminoácidos não essenciais quanto para ser desaminado oxidativamente. A síntese de outros aminoácidos ocorre no fígado onde o glutamato pode sofrer transaminação com oxaloacetato para formar aspartato outro doador de nitrogênio para o ciclo da ureia.
Ciclo da ureia
Esse processo global da síntese de ureia requer energia de três moléculas de ATP e a participação sucessiva de 5 enzimas. O ciclo da ureia possui 4 etapas
O carbamoil fosfato doa seu grupo carbamoil para a ornitina formando citrulina com liberação de fosfato inorgânico. A enzima que catalisa essa reação é a ornitina transcarbamilase. A citrulina formada na reação anterior é transferida da mitocôndria para o citosol das células hepáticas.
Condensação da citrulina com o aspartato produzido na mitocôndria por transaminação e transportado para o citosol. A reação de condensação entre citrulina e aspartato origina argininosuccinato reação catalisada pela enzima argininosuccinato síntese que requer energia na forma de ATP. A argininosuccinato é quebrada a arginina e fumarato que é hidratado e convertido a maleato podendo ser oxidado a oxaloacetato ou entrando na mitocôndria e participando do ciclo do ácido cítrico. A enzima argininase que é dependente do mineral manganês cliva a arginina produzindo ureia e ornitina. A ornitina é transportada para a mitocôndria e inicia nova volta no ciclo da ureia. Que por sua vez é liberada para o sangue e segue até os rins onde será eliminada.
Síntese Proteica
A informação genética armazenada no dna é repassada as células filhas através do processo de replicação e deve ser expressa por meio da transcrição antes de ser traduzida. No processo da transcrição informações contidas nos cromossomos são utilizadas para construção de moléculas de RNA mensageiro, que em seguida é traduzida em proteína. O código genético é representado por letras que representam bases nitrogenadas presentes
no DNA e RNA. As bases nitrogenadas são divididas em bases púricas pirimídicas. 
O DNA é uma molécula de fita dupla e sua pentose é uma desoxirribose. Já o RNA é composto por fita única dobrada em estruturas complexas e o açúcar presente em seus nucleotídeos é denominado ribose. As enzimas denominadas enzimas RNA polimerases são encontradas no núcleo das células eucarióticas e dividas em 3 classes:
RNA polimerase 1
RNA polimerase 2
RNA polimerase 3
 Na transcrição apenas uma das fitas de DNA é transcrita em um RNA M por vez. E apenas uma pequena parte dos genes é transcrita.
Esse processo é iniciado após a enzima RNA polimerase reconhecer e ligar-se a uma região promotora do gene. Após reconhecer a região promotora e transcrever cerca de 9 a 10 nucleotídeos fatores de alongamento se ligam a polimerase que se move ao longo da fita molde sintetizando RNA mensageiro até atingir a região de terminação.
Outro processo importante é a desnaturação. Ele realiza o desdobramento e desorganização de estruturas proteicas sem a ocorrência de hidrolise e ligações peptídicas. Durante a formação de proteínas podem ocorrer dobramentos incorretos e essa proteína deverá ser marcada por ubiquitinacao para sofrer degradação no interior da célula. A degradação evita o acumulo de proteínas anormais ou não desejadas. Proteínas que precisam ser renovadas também são degradadas por esse sistema.
Desordens neuronais tem sido atribuída à amiloidoses principalmente quando essas desordens estão associadas a doenças neurodegenerativas como Alzheimer, Parkinson. 
Na doença de Alzheimer ocorre acumulo de um peptídeo amiloide decorrente da clivagem de uma proteína percursora amiloide maior presente na superfície de células neurais e outros tecidos. Outra característica da doença de Alzheimer é a agregação amiloide envolvendo a proteína tau em neurônios formando emaranhado de neuro fibrilas.
A infecção causada pela proteína príon se dá por alterações na conformação tridimensional da proteína que tem suas estruturas em alfa hélice substituídas por folhas beta pregueadas tornando a infecciosa
 
UNIDADE 2
ESTRUTURA, PRINCIPAIS FUNCOES E CLASSIFICACAO DOS CARBOIDRATOS
Os carboidratos são chamados de açúcares, glicídios ou glicídios. E são encontrados em frutas, massas, pães, doces, mel, leite...
Classificação
São classificados em simples e complexos.
Simples: são classificados de acordo com o número de monômeros em sua estrutura
Complexos: são formados pela união entre monossacarídeos formando oligossacarídeos
Os monossacarídeos de importância no metabolismo celular contem de 3 a 7 átomos de carbono em suas moléculas. Dessa forma os monossacarídeos contendo 5 ou mais átomos de carbono formam um anel por processo de ciclizacao.
No entanto, os monossacarídeos cíclicos possuem duas formas a numéricas de carbono de carbolina. Então os monossacarídeos podem se ligar originando estruturas maiores como o dissacarídeo, oligossacarídeos e polissacarídeos.
Essas conexões ocorrem por meio de ligações glicosídicas.
A ligação de duas unidades de monossacarídeos produz dissacarídeos. Com isso temos como exemplo a sacarose formada pela união de uma molécula de glicose com uma molécula de frutose.
A lactose por outro lado é constituída por um dissacarídeo formado pela união entre glicose e galactose
Já a maltose é formada pela junção de duas moléculas de glicose.
A junção entre 20 ou mais unidades de monossacarídeos dá a origem aos polissacarídeos. E. glicogênio, amido e celulose.
. Digestão e local de absorção – carboidratos
. Boca: a enzima amilase salivar inicia a digestão de glicogênio e amido
. Pâncreas: produz bicarbonato para reduzir a acidez do quimo e amilase pancreática para continua a digestão de carboidratos
. Duodeno: dissacarídeos e oligossacarídeos têm como função hidrolisar dissacarídeos e oligossacarídeos respectivamente
. Absorção – duodeno e jejuno na forma de monossacarídeos
. Absorção de glicose e galactose – transporte ativo dependente de energia e sódio
. Glicose, frutose e galactose – transporte de monossacarídeos para circulação pelo GLUT 2
. Insulina – hormônio peptídico produzida pelas células beta das ilhotas de Langherans presentes no pâncreas
. Glucagon – hormônio peptídico produzido pelas células alfa das ilhotas de Langherans presentes no pâncreas
. Somatostatina – hormônio peptídico produzido pelas células gama das ilhotas de Langherans presentes no pâncreas. Inibe a ação de insulina e glucagon.
. A insulina é um hormônio proteico anabólico cujas funções envolvem homeostase da glicose
. atua no transporte facilitado de glicose promovendo a translocação de vesículas contendo GLUT 4 do interior celular para membrana plasmática onde captam glicose.
Vias metabólicas no estado alimentado e em jejum
Metabolismo é definido como conjunto de reações químicas que ocorrem nas células. Essas reações são classificadas em reação de síntese ou construção de biomoléculas e reações catabólicas ou quebra de moléculas para produção de energia. 
Glicose: principal carboidrato absorvido pelo intestino e fonte de energia para as células
A principal via de catabolismo de glicose é chamada de via glicolítica. Essa via ocorre em períodos pôs absortivos quando a glicemia está elevada. A insulina atua promovendo a captação da glicose pelos tecidos bem como ativação de enzimas da via. 
A via é composta de 10 reações químicas. E essas reações convertem uma molécula de glicose em duas moléculas de piruvato. Todas as 10 reações ocorrem no citosol de todas as células. O produto final da glicólise (o piruvato) contém a maior parte da energia química existente na glicose. Com isso o piruvato pode seguir outros destinos como ser convertido a aminoácido alanina ou ser desviado para síntese de ácidos graxos. Também pode ser reduzido a lactato quando o musculo esquelético está trabalhando sobre baixas tensões de oxigênio.
Glicogênio
O glicogênio é a forma de armazenamento de glicose de uma maneira rapidamente mobilizável. Os principais estoques encontram-se no fígado e no musculo esquelético. O glicogênio é um homo polissacarídeo de cadeia ramificada formado apenas por moléculas de glicose, ou seja, um polímero de glicose. 
Oxidação do Acetil – Coenzima A e produção do ATP
Como o piruvato produto da glicólise é convertido a acetil coenzima a. o ciclo do ácido cítrico (ciclo de Krebs) possui 8 etapas. Esse ciclo ocorre no interior da mitocôndria próximo a cadeia respiratória. Nesse ciclo não há consumo ou produção de intermediários. Tal fato não impede que esses intermediários sejam produzidos pelo catabolismo de alguns aminoácidos. Para iniciar o ciclo, o piruvato produto final da glicólise precisa entrar na mitocôndria e assim ser convertido em acetil – coenzima a (acetil -coa). Ainda aliado a esse processo, a vitamina b1 é fundamental para o funcionamento do complexo de piruvato desidrogenase (PIDH). Na ausência da vitamina b1 o piruvato é deslocado para a formação de lactato ou pode se acumular nas células. Encontramos a vitamina b1 em aveia, amendoim, castanha do brasil gema de ovo, fígado, peixe, nozes entre outros.
A vitamina b5 é parte integrante da coenzima a. essa vitamina é encontrada em vários alimentos e tem grande distribuição na natureza. 
Diante disso, as flavos proteínas que participam de reações de oxido-redução tem como grupo prostético a riboflavina também conhecida como vitamina b2. A vitamina b2 está presente em fígado, ovos, espinafre, couve, entre outros.
O ATP é utilizado na síntese das macromoléculas contração muscular, transporte ativo e termogênese, sendo produto do catabolismo de carboidrato, lipídios e proteínas.
Desordens do metabolismo de carboidratos
Como as desordens do metabolismo de carboidratos promovem o desenvolvimento de patologias. As mitocôndrias estão envolvidas na produção de espécies reativas de oxigênio. Essas organelas são as principais produtoras ao mesmo tempo em que são as mais prejudicadas durante o envelhecimento. O envelhecimento se define como acumulo de danos celulares
ao longo do tempo. Durante esse processo ocorre o declínio nas funções celulares. E devido a esse acumulo de danos afeta principalmente as macromoléculas e organelas que não são devidamente removidas. Dessa forma o processo de envelhecimento também é associado com a redução de funções de órgãos decorrentes de danos oxidativos.
O que são danos oxidativos: são causados por espécies reativas de oxigênio tais como radical super oxido, radical hidroxil e peroxido de hidrogênio. Podem produzir danos aos tecidos ao promover peroxidacao de lipídeos das membranas celulares. Esses danos também acometem o DNA e as proteínas celulares.
A maior parte das reações fisiológicas, como a produção de radicais livres é controlada. Entretanto a produção excessiva desses compostos, sua exposição a oxidantes externos ou diminuição de mecanismos de defesa antioxidantes podem resultar em danos. Afetando assim o DNA, lipídeos e proteínas o que leva assim ao estresse oxidativo. A concentração sanguínea de glicose está associada a secreção de insulina e constitui seu principal secretagogo. E desequilíbrios na concentração sérica de glicose associados ao comprometimento na secreção e resposta tecidual ao hormônio insulina é responsável pelo desenvolvimento de diabetes mellitus. As principais terapias utilizadas têm como objetivo reduzir a glicemia sérica e evitar as complicações crônicas ou agudas.
Unidade 3
Estrutura e classificação dos lipídeos
Os lipídeos são moléculas biológicas apolares e anfipáticas. São formadas por átomos de carbono, hidrogênio e oxigênio. Eles podem ser ligados a outros elementos como fosfato, açúcares, proteínas. Assim, ao contrário de carboidratos e proteínas, lipídeos não formam polímeros. Na temperatura ambiente se apresentam na forma liquida ou solida. Na forma liquida, tem origem vegetal, e sua cadeia de hidrocarbonetos apresenta dobramentos. Esses desdobramentos distanciam a molécula de lipídio da outra resultado em um liquido quando em temperatura ambiente. Dessa forma são representados por óleos vegetais, como azeite de oliva, milho, canola e girassol.
Já os lipídeos sólidos em temperatura ambiente não possuem dobramento em sua cadeia de hidrocarbonetos. Uma molécula pode se aproximar da outra dando aspecto solido a esse componente. Geralmente esses lipídeos tem origem animal. Esse item é fundamental para entender a estrutura dos lipídeos. Os lipídeos possuem cadeia de hidrocarbonetos em sua constituição. Assim essas macromoléculas constituem a principal fonte de energia do corpo humano. Elas também formam uma barreira hidrofóbica separando os elementos celulares dos conteúdos aquosos. A principal função dos lipídeos é fornecer energia para o metabolismo celular. No entanto podem ser armazenados como triacilglicerol em células chamadas adipócitos presentes no tecido adiposo. Podem atuar como transportadores de elétrons, mensageiros intracelulares, cofatores enzimáticos, emulsificantes, hormônios e tem papel estrutural na formação de membranas biológicas.
Como ocorre a síntese de lipídeos simples e complexos
A biossíntese de ácidos graxos ocorre no citosol das células de fígado, glândulas mamarias em lactação e tecido adiposo. O acetil produto do piruvato precisa ser deslocado para o citosol da célula onde será utilizado na síntese de ácidos graxos. Ele só é deslocado para a síntese de ácidos graxos quando existe aumento na concentração de ATP. Além de atuar consequentemente na inibição da enzima isocitrato-desidrogenase. O citrato acumulado deve ser deslocado para o citosol da célula por um transportador de citrato. As prostaglandinas exercem várias funções. Estão presentes em todos os tecidos animais. Esses compostos são chamados de eicosanoides e derivados de ácido araquidônico. Dessa forma sofre ação da enzima cicloxigenase tornando -se cíclico e formando um anel pentano que recebe várias insaturações. Portanto as prostaglandinas tem sua síntese desencadeada por estímulos das membranas celulares. Esses estímulos podem ser de natureza fisiológica, farmacológica ou patológica. Assim ativam a fosfolipase que quebra os fosfolipídios de membrana originando o ácido araquidônico. Esse item é fundamental para entender a síntese dos lipídeos. Os fosfolipídios são moléculas anfifílicas. Assim é constituída pelo grupo fosfato que é polar. Também possui uma calda constituída pelas cadeias de ácidos graxos apolar ou hidrofóbica. Portanto o fosfolipídio é o intermediário para síntese fosfonositois e esfingolipídios.
Um fosfolipídio de grande importância biológica é o surfactante. Trata se de uma substancia fundamental na mecânica pulmonar que se interpõe as moléculas de água na superfície alveolar reduzindo a tensão superficial de maneira dinâmica.
Síntese de ácidos graxos
. A biossíntese de ácidos graxos ocorre no citosol das células do fígado, glândulas mamarias em lactação e tecido adiposo (menor extensão).
. O Acetil – CoA produto do piruvato, degradação de ácidos graxos, corpos cetonicos ou desanimação precisa ser deslocado para o citosol da célula onde será utilizado na síntese de ácidos graxos.
. Citrato acumulado deve ser deslocado para o citosol da célula por um transportador de citrato
. Citrato é quebrado e acetil se condensa com malonil ativados.
. A formação de ácidos graxos envolve 4 etapas que se repetem para formação de palmitoil-CoA que é liberado na forma de palmitato.
A ação de ciclooxigenases (COX) transforma o ácido araquidônico em prostaglandina G2, (PGG2) enquanto a peroxidase converte PGG2 em prostaglandina H2 (PGH2) percursora das demais prostaglandinas e tromboxanos.
A COX-1 é responsável pela síntese de prostaglandinas que regulam a mucina gástrica enquanto a COX-2 produz prostaglandinas que desencadeiam inflamação, dor e febre.
A síntese de fosfolipídios ocorre por meio do acoplamento de ácidos graxos ao glicerol ou esfingosina seguido pela adição de um grupo hidrofílico em uma ligação fosfodiester. O fosfolipídio é um intermediário para a síntese de fosfonositois e esfingolipídios
O colesterol é um dos componentes de membranas celulares, precursor de hormônios esteroides, mineralocorticoides e ácidos biliares. Composto por 27 carbonos. A síntese do colesterol envolve duas moléculas de acetil-CoA que se condensam formando acetoacetil-CoA a qual sofrera condensação com uma terceira molécula de acetil-CoA produzindo um composto de 6 carbonos chamado hidroximetilglutaril-CoA (HMG-CoA)
Degradação de ácidos graxos
Como se originam ácidos graxos e glicerol
Eles advêm da mobilização de lipídeos armazenados no tecido adiposo em situações de jejum ou nos períodos entre as refeições. (ácidos graxos)
Glicerol é proveniente da quebra de triglicerídeos armazenados no tecido adiposo e transportado para o fígado.
É no fígado que pode ser fosforilado e então participar da via glicolítica ou gliconeogenica. 
É importante saber que os ácidos graxos com comprimento de 12 carbonos em sua cadeia ou com cadeias menores são oxidados diretamente na mitocôndria. Já os ácidos graxos com cadeias hidrocarbonadas maiores devem ser transportados para o interior da mitocôndria.
Você sabe porque o transporte é realizado para o interior da mitocôndria?
É lá que se localizam as enzimas de oxidação de lipídeos. O transporte de ácidos graxos com cadeias acima de 12 carbonos é transportado para o interior da mitocôndria pelo circuito de carnitina. Por outro lado, a beta-oxidação de ácidos graxos consiste na remoção oxidativa de átomos de carbono do grupamento carboxílico. 
A vitamina B12 constitui uma família de compostos denominado cobalamina. Ela é sintetizada apenas por microrganismos e é essencial para a produção normal das células do sangue e a função do tecido nervoso. Assim a terapia com vitamina B12 envolve a administração oral ou injeção na forma de ciano cobalamina. A deficiência de vitamina B12 causa transtornos neurológicos, hematológicos e cardiovasculares. Podemos encontrar a vitamina B12 em carnes de fígado, leite integral, ovos, ostras, camarões frescos, carne
de porco e frango. 
A oxidação de ácidos graxos ocorre somente quando tiver necessidade de energia.
Transporte de ácidos graxos para a mitocôndria segue 4 passos:
1. Transferência do grupo acil-CoA do citosol para carnitina
2. Transporte da Acil-carnitina para a matriz da mitocôndria (transportador-translocase)
3. Grupo acil é transferido para a acetil-CoA existente na mitocôndria
4. Carnitina é transportado para o citosol através da translocase
Metabolismo lipídico
Regulação e desordens metabólicas
A oxidação de ácidos graxos ocorre quando existe baixa concentração de ATP. Uma dieta contendo elevada concentração de triacilgliceróis proporciona ao fígado triglicerídeos na forma de remanescente de quilomícrons. Desse modo o excesso de sacarose da dieta pode ser convertido em glicose, frutose e posteriormente triacilglicerol no fígado. Com isso, o triacilglicerol hepático é exportado para a corrente sanguínea através de lipoproteínas de densidade muito baixa. E assim libera ácidos graxos de via endógena no tecido adiposo. Dietas com elevadas concentrações de ácidos graxos saturados resultam em expansão do tecido adiposo. O acumulo de lipídios está relacionado com o estresse oxidativo sistêmico em humanos. Esse é um importante mecanismo patogênico da obesidade. A obesidade está diretamente associada a anormalidades metabólicas, ex: intolerância a glicose, resistência à insulina e hipertensão. Além de sintomas referentes a síndrome metabólica que precede doenças cardiovasculares. Alguns estudos demonstram que ácidos graxos insaturados podem reduzir a trigliceridemia. Diante disso os ácidos graxos poli-insaturados apresentam efeito hipocolestoremico. O aumento nas concentrações de triglicerídeos endógeno e exógeno proporcionam o acumulo desse lipídeo no tecido hepático podendo induzir o desenvolvimento de esteatose.
UNIDADE 4
Ação hormonal sobre o funcionamento de órgãos chave no metabolismo
Os hormônios são mensageiros químicos e que são produzidos em pequenas quantidades e transportados por líquidos corporais aos locais de ação (tecidos alvo). Eles se constituem como moduladores celulares, ou seja, produzem efeitos específicos capazes de modificar a atividade enzimática em reações metabólicas. 
Algumas funções hormonais que se destacam no organismo:
Regulação dos processos de produção, utilização e armazenamento de energia e a ativação de crescimento e desenvolvimento.
Temos também a adaptação a novos ambientes e condições de stress, e ainda o desenvolvimento do sistema reprodutor. 
Dessa forma os hormônios podem ser classificados como:
Parácrinos: são hormônios liberados no espaço extracelular e difundem para as células alvo vizinhas.
Autocrinos: atuam sobre os receptores de membrana na mesma célula que os produz
Endócrinos: são hormônios liberados na corrente sanguínea e atingem células alvo em todo o organismo.
O sistema nervoso e endócrino atua conjuntamente. O sistema nervoso estimula a liberação hormonal enquanto alguns hormônios controlam algumas funções do sistema nervoso. A coordenação do metabolismo em humanos e mamíferos de modo geral é feita pelo sistema neuroendócrino. O sistema nervoso fornece informações sobre situações e o meio externo. Enquanto o sistema endócrino regula a resposta do organismo a essas informações. 
Os hormônios atuam por meio de ligação a elementos sensores altamente específicos no sistema de comunicação química celular.
Identificando as Inter relações metabólicas no estado alimentado
Os principais órgãos envolvidos no controle do metabolismo são fígado, tecido adiposo, musculo, pâncreas e o cérebro. O pâncreas é uma glândula mista pois possui uma parte exócrina e endócrina.
A porção exócrina é responsável pela produção de enzimas digestivas
A porção endócrina onde são secretados hormônios é formada pelas ilhotas pancreáticas.
Então podemos dizer que o fígado é o principal órgão de controle metabólico. Dessa maneira, recebe os carboidratos, lipídeos e aminoácidos no período absortivo. Eles são metabolizados, armazenados ou encaminhados a outros tecidos. Esse órgão é responsável pela manutenção da glicemia em resposta a estímulos hormonais. Ele também constitui o centro de eliminação de nitrogênio na forma de ureia. Assim temos o tecido adiposo que é o local de armazenamento de energia na forma de triacilglicerol. Pode ser degradado em condições de baixa energia liberando ácidos graxos para a corrente sanguínea.
O musculo utiliza glicose, ácidos graxos e corpos cetonicos como fontes de energia e estoca grandes quantidades de glicogênio. Já os rins possuem como principal função filtrar ureia produzida pelo fígado em resposta a desaminacao de aminoácidos. O cérebro possui como principal fonte energética a glicose. E em situações de jejum prolongado pode substituir parcialmente o uso da glicose por corpos cetonicos como combustível.
Inter-relações metabólicas presentes no organismo em estado de jejum
O período absortivo compreende 2 a 4 horas após a refeição. Ele ocorre quando a concentração de glicose sanguínea aumenta estimulando a secreção de insulina. Apartir de 4 horas após as refeições ocorre queda na concentração sérica de glicose e eleva se a secreção de glucagon nas células. E com isso os receptores de glicose presentes no hipotálamo respondem a redução na glicose sérica, dessa forma libera entre outros hormônios a adrenalina que tem ação antagônica a insulina. 
Portanto o período pós absortivo ou jejum é considerado um período de privação nutricional. Essa privação ocorre com a redução da concentração de nutrientes na corrente sanguínea. É, portanto, um período quando vias catabólicas estão ativas. Nesse período ocorre intensa troca de moléculas ricas em energia entre fígado, tecido adiposo e musculo. O objetivo dessa inter-relação é manter a glicemia em concentração aceitável, necessária a tecidos como encéfalo, hemácias, medula renal. Incluindo também a córnea, testículos e musculo que utilizam glicose como combustível para produção de energia.
Vale ressaltar que durante o período de privação de nutrientes ou jejum, ocorre elevação nas concentrações de adenosina monofosfato em detrimento a adenosina trifosfato nas células. Já no período pós absortivo o fígado responde ao glucagon ativando a enzima glicogênio Fosforilase. Essa enzima é responsável pela conversão do glicogênio em glicose e que ao mesmo tempo inibi a atividade enzimática do glicogênio sintase. A glicose é liberada no tecido hepático para a corrente sanguínea após ser desfosfolirada com o objetivo de manter a glicemia durante períodos entre as refeições ou jejum.
Executar os procedimentos para identificar e solucionar desordens metabólicas
As desordens metabólicas podem ser provocadas por patologias que de alguma maneira contribuem para alteração do metabolismo ou homeostasia corporal. Uma dieta contendo elevada concentração de triacilgliceróis proporciona ao fígado triglicerídeos na forma de remanescentes de quilomícrons. 
Já as alterações na produção dos hormônios da tireoide estão relacionadas com prejuízos na atividade metabólica. Acelera ou reduz assim a atividade das reações químicas. As doenças inflamatórias intestinais que incluem doença de crohn e colite ulcerativa. Elas são caracterizadas por inflamações crônicas resultantes de resposta imunológica celular na mucosa gastrointestinal.
Vale ressaltar que as doenças inflamatórias intestinais não têm cura. Devido a isso as terapias nutricional e farmacológica buscam diminuir a resposta inflamatória generalizada, bem como controlar exacerbações agudas da doença, manter a remição e ainda tratar as complicações especificas. 
Por outro lado, a tireoide é uma glândula formada por dois lóbulos, o direito e o esquerdo com o istimo no centro fazendo a ligação entre eles. Durante a infância os hormônios produzidos e secretados pela tireoide são fundamentais para o desenvolvimento do sistema nervoso central. Já no adulto atuam na manutenção da homeostasia corporal sendo essencialmente catabólicos. Diante disso,
os distúrbios na atividade da tireoide podem culminar em hipertireoidismo e hipotiroidismo. O tratamento é pelo controle da síntese hormonal pelo uso de fármacos antitiroideanos, destruição do tecido tireoidiano através da administração de iodo radioativo ou remoção total da tireoide.

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