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Marcha Cid Gomes Conceitos prévios • Caminhar é a maneira utilizada para se locomover com os pés • A marcha é o processo de caminhada • O aumento da velocidade da marcha: corrida • Cada indivíduo desenvolve seu jeito próprio de caminhar: possível identificar • Marcha requer força muscular, coordenação e equilíbrio, além de outros fatores como cognição Definições 1) Ciclo da marcha ou passada: é a atividade ocorrida entre o momento em que um pé toca o solo e o momento em que esse mesmo pé toca o solo novamente. 2) Comprimento da passada: é a distância percorrida durante o ciclo da marcha. 3) Passo: é a metade da passada 4) Comprimento do passo: é a distância entre o toque do calcanhar de um pé no solo e o toque do calcanhar do outro pé no solo 5) Cadência: número de passos por minuto Ciclo da marcha • Possui duas fases 1) Fase de apoio: é a atividade que ocorre quando o pé está em contato com o solo. - Começa quando o calcanhar de um pé toca o solo e termina quando esse pé eleva-se do solo. 2) Fase de balanço: é a atividade que ocorre quando o pé não está em contato com o solo. - Começa quando o pé sai do solo e termina quando o calcanhar do mesmo pé toca o solo novamente. Ciclo da marcha Ciclo da marcha • Perry (1992) identifica três atividades que devem ocorrer durante essas fases da marcha: 1) Aceitação do peso: início da fase de apoio, quando o pé toca o solo e o peso do corpo começa a ser transferido para o membro inferior 2) Apoio em um membro inferior: quando o peso é totalmente transferido para o membro inferior para que o outro membro possa se deslocar à frente 3) Avanço do membro inferior Ciclo da marcha Tipos de apoio • Apoio duplo: ocorre quando os dois pés estão em contato com o solo. - Ocorre no início da fase de apoio e no término da fase de balanço - 20% do ciclo da marcha em velocidade normal • Apoio simples: ocorre quando apenas um é está em contato com o solo. - 80% do ciclo da marcha em velocidade normal • Sem apoio: não ocorre na marcha, só na corrida. Ciclo da marcha Fase de apoio Toque do calcanhar 1) Tornozelo em posição neutra: entre a dorsoflexão e flexão plantar; 2) Inicia-se flexão do joelho (absorve o choque do pé com o solo); 3) Quadril em torno de 25º de flexão 4) Tronco ereto e roda para o lado oposto 5) MS oposto a frente 6) MS ipsi em hiperextensão do ombro 7) Peso do corpo começa a ser transferido Apoio completo do pé 1) Em torno de 15º de flexão plantar 2) Excêntrica dos dorsiflexores para evitar choque do pé 3) Em torno de 20º de flexão do joelho 4) Quadril em movimento de extensão 5) Transferência de peso para o MI continua Apoio médio 1) Leve dorsiflexão 2) Dorsiflexores inativos 3) Flexores plantares começam a se contrair 4) Joelho e quadril em extensão 5) MMSS tendendo a neutralidade 6) Tronco em posição neutra Saída do calcanhar 1) Dorsiflexão em torno de 15º 2) Em seguida, inicia-se a flexão plantar 3) Início do impulso da marcha (propulsão) 4) Força dos flexores plantares impulsionam corpo a frente 5) Extensão total do joelho 6) Hiperextensão do quadril 7) Tronco começa a rodar ipsilateralmente 8) MS ipsi inicia uma flexão de ombro Saída dos dedos 1) Hiperextensão metatarsofalangeana 2) Cerca de 10º de flexão plantar 3) Flexão de joelho 4) Início da flexão de quadril 5) Fim da fase de propulsão Fase de balanço Aceleração 1) MI está atrás e inicia-se a projeção à frente 2) Dorsiflexão 3) Flexão de joelho 4) Flexão do quadril 5) Movimento do quadril projeta MI a frente Balanço médio 1) Tornozelo em posição neutra 2) Dorsiflexores ativos 3) Flexão máxima de joelho: 65º 4) Flexão máxima de quadril: 25º 5) Flexão do quadril: MI projetado a frente 6) MI tendendo a verticalizar Desaceleração 1) Dorsiflexores ativos 2) Preparação para o contato do calcanhar 3) Extensão do joelho 4) Excêntrico de IT: desaceleração do MI 5) Quadril em flexão Marcha em condições clínicas Variações consideráveis da marcha • Fraqueza muscular • Paralisia muscular • Limitação na ADM: articular e muscular • Acometimento neurológico • Dor • Discrepância no comprimento dos MMII Marcha hemiplégica • Varia de acordo com a intensidade da espasticidade • Membro inferior 1) Extensão, adução e rotação medial de quadril 2) Extensão de joelho 3) Pé em flexão plantar e inversão • Comprimento do passo do lado afetado: aumenta • Comprimento do passo do lado não alterado: diminui Marcha hemiplégica Marcha atáxica • Alteração cerebelar • Ausência de coordenação provoca movimentos espasmódicos irregulares • Base de sustentação está alargada • Dificuldade em caminhar em linha reta • Marcha do ébrio Marcha atáxica Marcha Parkinsoniana • Ou marcha festinante • Associada a tremor • Diminuição do movimento • Membros inferiores e troncos tendem a flexão • Flexão do antebraço • Passada muito curto e arrastando os pés • Dificuldade para iniciar e parar o movimento Marcha Parkinsoniana Marcha em tesoura • Espasticidade dos adutores do quadril • Mais evidente na fase de balanço • Membro inferior direciona-se em direção ao contralateral • Estreitamento da base da marcha • Paralisia cerebral Marcha em tesoura Marcha coreiforme • Marcha incerta, irregular e saltitante; • Movimentos não se repetem e exibem ordenação randômica; • Movimentos coréicos; • A cada passo fazem grandes genuflexões por falta de força para sustentar o peso do corpo; • Coreia de Huntington. Marcha coreiforme
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