Buscar

Texto II- Geografia de Goiás-2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Universidade federal de Catalão
Catalão: 12 de julho de 2021
Professora: Dra. Magda Valéria 
Discente: Ana D’Arc Ribeiro
Disciplina: Geografia de Goiás
O presente trabalho traz uma discussão estabelecida no artigo “A modernização do campo no cerrado e as transformações socioespaciais em Goiás” de Manoel Calaça e Wagner Alceu Dias (2010) e o documenário “Ser tão Velho Cerrado” direção de André D’Elia (2018). Os dois enfatiza como a expansão da fronteira econônomica tem destruído a biodiversidade do Cerrado, trazendo ações para preservação ambiental como plantio agroecológicos podem favorecer a preservação da fauna e da Flora. 
De acordo com Calaça e Dias (2010) o interesse em promover avanços na produção agrícola começa a ser concretizado a partir da década de 1960 no Brasil com a produção de arroz e feijão. Com um quadro político na época era favorável e permitiu que se desenvolvessem instrumentos para promover a chamada modernização da agricultura. O processo de expansão da fronteira agrícola se intensificou a partir da década de 1970, está diretamente relacionado à modernização da agropecuária e tem como características principais a mudança na forma de utilizar a terra e o desenvolvimento de novas tecnologias. 
Já nos anos 1980, a agricultura intensiva tomou impulso no Cerrado, com a viabilização tecnológica do cultivo de soja, que passou a definir a estrutura fundiária, com o predomínio das grandes propriedades que favorece a concentração de terras e a expulsão dos pequenos proprietários. No qual o foco principal era a expansão da froteira econômica por meio da modernização agropecuária. Com a ação e a influência direta do governo, com programas e projetos políticos, de créditos subsidiados, investimentos em tecnologia e pesquisas, a política de expansão destas fronteiras contribuiu com o crescimento e visibilidade em primeiro momento a expansão da econômica do estado.
Mas futuramente essa expansão econômica vai deixar um imenso deserto em toda a extensão do Bioma Cerrado Conhecido como “Chapadões centrais do Brasil”, onde esconde grandes mananciais de águas subterrâneas enganam quando na superfície se depara com árvores retorcidas, e galhos secos, mas suas raízes são inversas grandes e vão de encontro à água. O bioma Cerrado é considerado o segundo maior bioma brasileiro em extensão e a mais rica savana do mundo em biodiversidade, com a formação mais antiga cerca 45 milhões de anos, com uma flora e fauna diferenciada. 
Com um clima tropical e duas estações bem definidas com verão chuvoso e inverno seco que favorece a hidrografia juntamento com os solos bem profundos e porosos, com os diferentes tipos de relevos que favorecem o Cerrado ser conhecido como “Caixa d’Água do Brasil” que permitem uma maior infiltração da água, embora o escoamento superficial também seja elevado em tempos de chuva. O que resulta em um elevado potencial de aquíferos que favorecem a sua biodiversidade e ainda contribui para a distribuição de água para outros biomas.
O documentário de André D’Elia, Ser Tão Velho Cerrado (2018), enfatiza a preocupação e a lutas dos moradores da Chapada dos Veadeiros entre eles o povo Kalunga para preservação do Cerrado brasileiro, focando em especial a região da Chapada dos Veadeiros, em Goiás. Com depoimentos intercalados de ambientalistas, professores, cientistas e moradores da região representantes ruralistas que se uniram e procuraram novas formas de desenvolver a região sem agredir o meio ambiente em que vivem e, da mineração. Os Kalungas lutam para preservar sua cultura através das raizeiras e além de tudo sua identidade está naquele lugar.
O grande desafio enfrentado foi conciliar os interesses relacionados ao manejo da Área de Proteção Ambiental do Pouso Alto fazendo uma alerta sobre a preservação da biodversidade do Cerrado, alertando contra a destruição e enfatizando a importância da flora e fauna do Cerrado. O avanço da fronteira agrícola tem causado preocupação a ambientalista ou pessoas ligadas a projetos de preservação do Meio Ambiente que buscaram ações para o manejo do Cerrado e a institucionalização do Cerrado, preocupadas com o desmatamento do Cerrado e a diminuição da capacidade de recarga de água. 
Atualmente podemos perceber o quanto a ambição o egoísmo e a desigualdade social têm aumentado juntamente com a expansão da fronteira agrícola e econômica. A região do Matopiba onde o Cerrrado é convertido em agronegócio concentrando 60% da riqueza para os grandes proprietários de terras e 80% da população se encontram na margem da pobreza provocando uma crise econômica e social. O agronegócio mantem-se nas mãos de tantas pessoas e se mantém com a obtenção de grandes quantidades de terras, e essas terras são principalmente voltadas para a produção internacional.
O agronégocio se tornou o grande salvador do Brasil, no qual aumentou o PIB, contribuiu para abertura de frentes de trabalho, trouxe novas indústrias ligadas a tecnologias, mas e o fututo? O Cerrado poderá se transformar em um grande deserto devido à degradação acelerada que tem prejudicado a fisiografia. Esse que tem sido o motivo de preocupação para ambientalistas, geográfos e outros que tem levantado várias discussões e estudos para enfatizar e apoiar a agricultura dustentável e familiar que pode proporcionar um bem estar social e a preservação do meio ambiente.
Assunto esse que causou controvérsia no documentário por um lado os pequenos latinfundiários que defendem a preservação do ambiente e apoiando a agricultura familiar e por putro lado os grandes agricultores preocupados com o que eles deixariam de ganhar com a institucionalização das leis de preservação do Meio Ambiente, pois seu lucro está exatamente na destruição do biodversidade existente no Cerrado. A agricultura familiar enfatizada tanto por Calaça (2010) e D’Elia (2018) é a produção agrícola e pecuária realizada por pequenos produtores, empregando, em geral, mão de obra relacionada com o núcleo familiar, mas também podendo contar com a presença de trabalho assalariado. 
A agricultura familiar caracteriza-se pelas pequenas propriedades, pelo fato de ser a família a dona dos meios de produção e da terra e pela produção geralmente pouco incrementada por fertilizantes, voltada em maior parte para a produção de alimentos e bens de consumo. Os fatores que proporcionaou que a agricultura familiar ter se tornado de grande importância por ter alto aproveitamento do solo, adotando de medidas de conservação do meio natural, o baixo impacto ambiental e o aumento do emprego de mão de obra. Ao contrário dos latifúndios, a agricultura familiar destaca-se pelo baixo teor químico e pelo pouco emprego de tecnologias responsáveis pelo aumento do desemprego no campo.
Apesar das vantagens, a agricultura familiar sofreu um decréscimo no país desde a segunda metade do século XX, quando o processo de concentração fundiária intensificou-se no país. A modernização do campo foi o grande vilão que proporcionou a queda da agricultura familiar. Mas por outro lado vem ganhando destaque com a preocupação de preservar o Cerrado. A APA de Pouso Alto e várias outras estão responsáveis em incentivar o desenvolvimento sustentável e a preservação da flora, da fauna, dos mananciais da região o Cerrado.
O Cerrado que é considerado “berço das águas” ou “coração do Brasil” por abrigar várias nascentes de importantes bacias hidrográficas, tabém conhecido por seus solos oligotróficos, ou por suas árvores de galhos secos e retorcidos na qual se alimentam de gases CO², suas raízes grandes que procuram águas escondidas no subterrâneo para se abrigar um bioma que tem sido destruido em silêncio, por muitos não dar importância às denominações referidas a esse Bioma que proporciona o Brasil um grande riqueza em biodversidade e favorecendo também o Brasil não possuir deserto devido a interação com outros biomas.

Continue navegando