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1)
1. AP contexto de transito 
Contexto compulsório – A avaliação psicológica nesse contexto tem como papel fundamental a segurança e a prevenção e sua principal finalidade é identificar quem está apto para a aquisição da Carteira Nacional de Habilitação por uma análise do comportamento humano, objetivando da AP pericial o conhecimento de aspectos comportamentais, perceptivos, cognitivos e de tempo de reação dos motoristas e futuro motoristas, em virtude da diminuição dos índices de acidentes. Tendo como requisitos legais para a realização dessa perícia: formação em psicologia, atuação vigente de pelo menos dois anos como psicóloga, ser especialista em psicóloga de trânsito (reconhecida pelo CFP); ser credenciada pelo DETRAN nos seu termos legais situados. 
Avaliação dividida em: aspectos cognitivos, juízo-crítico/comportamento, traços de personalidade. Primeiro sendo: diferentes formas de atenção e memória visual + inteligência. Segundo: por meio de entrevista e situações hipotéticas, análise das suas respostas através de suas reações/decisões. Terceiro: índices de impulsividade, agressividade e ansiedade. 
Os instrumentos utilizados são de testes psicológicos (a psicóloga pode optar pela decisão do teste), além de uma entrevista psicológica de caráter individua e obrigatório. 
O grande desafio enfrentado pelo psicólogo nesse campo é a restrição de tempo e de quantidade de profissionais que satisfaçam à demanda de avaliação psicológica em candidatos por cada unidade do Detran no Brasil de forma ética, precisa e com rigor científico. O documento decorrente desse tipo de avaliação é um Atestado que deve ser conclusivo e conter apenas as informações pertinentes aos objetivos em prol da proteção da individualidade do candidato, e sua conclusão poderá ser em três níveis: apto, apto temporário e inapto temporário, a depender da interpretação dos resultados da avaliação psicológica. 
2. Avaliação Psicológica na prática forense
No contexto judicial, há uma variabilidade de atividades e formas de atuação do psicólogo enquanto avaliador. Diversas possibilidades são existentes e elencadas em vários subcontextos: direito de família, ao juizado da infância e da juventude, direito civil, penal e do trabalho. Os objetivos e instrumentos da avaliação variam de acordo com cada especificidade. Podem realizar exames de insanidade mental para determinar a culpabilidade do sujeito no momento do crime; exames de interdição para discernir se o sujeito está pleno para exercer suas responsabilidades civis; avaliações psicológicas periciais para delinquência para auxiliar nas decisões do juiz; em disputas de guarda ou adoção com intuito de examinar a saúde mental dos genitores e crianças e suas relações. 
O psicólogo atuante nesse contexto faz parte de uma equipe multidisciplinar, ou seja, trabalha para e em conjunto com juízes, advogados e psiquiatras. Como perito, o psicólogo tem como fundamental atividade auxiliar nas decisões judiciais ao emitir pareceres (mais comum) e/ou laudos psicológicos acerca da estrutura psíquica do sujeito, a fim de adequarlhe a pena. É relatado que os instrumentos devem ser selecionados com bastante cuidado na avaliação forense devido ao fato de que a maioria dos testes psicológicos não foram construídos com essa finalidade, logo o psicólogo deve transpor para uma linguagem jurídica os resultados dos instrumentos utilizados. 
Dentro das possiblidades instrumentais, a entrevista e a observação direta são importantes meios para coleta de dados sobre o histórico e a condição atual do periciando. O uso da entrevista pode e deve se estender a terceiros, especialmente, em casos que o avaliando tenha alguma psicopatologia que o incapacite a respostas claras. O uso dos testes vai se adequar à demanda, como por exemplo, casos em que é necessário aferir de modo específico o nível de inteligência de um adulto, nos quais pode ser usada a Escala Wechsler de Inteligência para Adultos (WAIS-III), ou investigar funções neuropsicológicas em que se pode utilizar as Figuras Complexas de Rey, Bateria Psicológica de Avaliação da Atenção e outros. Os testes projetivos como Rorschach, HTP, Pirâmides Coloridas de Pfister são alguns dos mais utilizados devido a baixa probabilidade de manipulação dos resultados pelos periciandos, como pode ocorrer em teste psicométricos. O Art. 8° da Resolução CFP 017/2012 no qual o profissional deve apresentar apenas indícios pertinentes para a decisão da Administração Pública, seu parecer deve restringir-se a se posicionar assertiva e objetivamente e com embasamento científico para responder a pergunta central feita pelo juiz.
3. AP no contexto de seleção profissional
No contexto organizacional, a avaliação psicológica pode atuar em principais níveis, a depender da necessidade apresentada pela empresa, a saber: Recrutamento e Seleção; Avaliação de Desempenho e Avaliação de Potencial. No que tange ao recrutamento e seleção, para realizar uma avaliação psicológica consistente, é fundamental que o psicólogo conheça com clareza o perfil da empresa, cultura, clima, bem como a descrição técnica e comportamental do cargo, além do perfil do gestor da vaga para alinhar com maior assertividade o perfil do candidato em todos os níveis requeridos. É comparar o que o cargo requer (descrição de cargos) com o que o candidato oferece. Com muita clareza do perfil requerido pela vaga, é possível planejar os instrumentos e recursos que serão utilizados no processo de avaliação. O trabalho de avaliação começa já na análise dos currículos, em que é possível escolher as pessoas que “se encaixam” dentro das características básicas do cargo (idade, escolaridade, cursos, experiência, etc.) 
De acordo com estudos, é muito comum algumas estratégias de avaliação como: entrevista por competência, dinâmicas, testes situacionais/comportamentais, testes psicológicos que avaliarão alguns fenômenos psicológicos específicos. Durante o planejamento da avaliação psicológica, é importante pensar estrategicamente a ordem das etapas, de acordo com a vaga em questão. Por exemplo, normalmente, algumas funções operacionais se iniciam com dinâmicas ou provas específicas (matemática, português) para eliminar o grande contingente interessado, seguindo para fase da dinâmica e/ou teste psicológico, um número mais restrito e, por fim, a entrevista por competência com os candidatos com melhores resultados nas fases anteriores. Acerca da avaliação psicológica no com texto de avaliação de desempenho, semelhante à seleção, baseado na descrição do cargo detalhado, é possível ter clareza dos requisitos, indicadores e competências desejadas no desempenho de um cargo com êxito esperado pela empresa. Diante disso, pode-se utilizar diferentes metodologias (360º, 180º, invertida, etc) para obter informações internas como a avaliação do gestor, de colegas/pares, de subordinados e inclusive auto avaliação. 
Além destes métodos sugeridos pela gestão de pessoas, estrategicamente, alinhada à organização, o psicólogo pode agregar dados científicos com uso de testes psicológicos validados para avaliar fenômenos psicológicos, habilidades e competências que são requeridas para o bom desempenho da função, além de uso de testes situacionais, dinâmicas e indicadores de resultado. Em relação à avaliação de potencial, geralmente, é requerido do psicólogo um laudo psicológico com a avaliação precisa de habilidades e competências, bem como características da personalidade. Normalmente, estes resultados serão utilizados para tomada de decisão de uma promoção interna estratégica ou mudança de setor. Sugere-se agregar uma entrevista por competência para não se restringir aos resultados dos testes, erro muito comum dos profissionais de avaliação, e permite compreender a visão do funcionário em relação à empresa e sua perspectiva futura.
4. AP no contexto de orientação profissional
O serviço brasileiro de Orientação Profissional tem como objetivo auxiliar as pessoas a tomarem decisões referentes aos estudos, formação e trabalho. Usualmente, essaprática é mais voltada para jovens que estão em dúvida sobre sua escolha profissional, mas, recentemente, vem crescendo a procura de adultos para a prática de Orientação Profissional. Uma outra visão sobre essa prática vem dizendo que é um processo em que o orientador e seu cliente elaboram uma forma colaborativa para que se tenha uma classificação, especificação, implementação e adaptações nas decisões voltadas ao trabalho ao longo de sua vida. 
Como conclusão do processo avaliativo, elabora-se laudo psicológico com a descrição dos fenômenos psicológicos identificados em relação à vaga requerida. É muito arriscado pautar um resultado de avaliação psicológica para fins de orientação profissional limitado ao resultado de um ou dois testes conforme ilustra-se na citação abaixo: Avaliação Psicológica é um conjunto de procedimentos para a tomada de informações de que se necessita e não deve ser entendida como um momento único em que um instrumento poderia ser suficiente para responder às questões relacionadas ao problema que se pretende investigar. Sendo assim, é um desafio para a prática de orientação profissional agregar estratégias válidas como caminho da vida, curtigrama, testes de personalidade, dinâmicas, testes comportamentais, observação direta, entrevista com familiares, entre outras. Desta forma, amplia-se o olhar do sujeito que se encontra neste processo de escolha e precisa ter o máximo de informações sobre mercado de trabalho e suas habilidades para uma tomada de decisão mais assertiva. 
5. AP no contexto da cirúrgia bariátrica
Acontece em um número de sessões pré-definidas, normalmente de 6 a 8 sessões. Inicia se com a aplicação de uma entrevista semi-dirigida visando colher o máximo de informações e podendo haver a aplicação de testes psicológicos, ao final do processo um documento designado de laudo será entregue ao paciente para que junto com seu médico avalie o melhor momento para a realização da cirurgia bariátrica.
O tratamento da obesidade é multidisciplinar, portanto o paciente precisa ser acompanhado por alguns especialistas e dentre eles, o psicólogo, que realizará a avaliação psicológica, um processo técnico onde o profissional fará um levantamento psicossocial, com a aplicação de uma entrevista semi dirigida, minuciosa, onde será indispensável compreender quais são as expectativas em relação à operação, além das alterações no estilo de vida, motivos que o levaram a realizar a cirurgia, entender se o paciente está preparado e principalmente se compreendeu sobre todas as alterações que ocorrerão em sua vida e se poderá colocá-las em prática.
É preciso avaliar as questões emocionais e problemas psiquiátricos graves, uma vez que são impeditivos para realização da cirurgia. Dentre os principais problemas psiquiátricos podemos citar os seguintes: dependência de substancias químicas, transtornos alimentares, transtornos psicóticos, depressão, ideação suicida, rebaixamento intelectual (qualquer nível)
Outro fator que merece especial atenção é a compulsão alimentar (binge eating), caracterizado pelo ato de comer grande quantidade de alimento num período curto de tempo e acompanhado da perda de controle em relação ao ato de parar de comer. Para pacientes que descrevem esse comportamento alimentar é indicado que realize a terapia psicológica para extinção ou redução significativa da compulsão. Se não for tratada a probabilidade de que o problema retorne após a realização da cirurgia é grande, o que traria dificuldades no que tange as mudanças na forma de se alimentar, uma vez que a mudança na maneira de comer é obrigatória para pacientes que desejam realizar o procedimento.
A aplicação de testes psicológicos serve para complementar todo o levantamento de informações realizado na entrevista clínica e é de extrema importância, pois confere uma dimensão objetiva em relação ao estado psicológico do candidato.
A avaliação psicológica tem muitos objetivos e seguramente um deles é proporcionar a compreensão das mudanças necessárias em relação ao período pós-operatório do paciente bariátrico, aumentando assim as chances de sucesso na operação. Outro fato importante é que o paciente poderá procurar o psicólogo sempre que sentir necessidade, não somente para as questões decorrentes do tratamento, mas para futuras demandas que surgirem.
A avaliação psicológica, portanto, não é algo impeditivo para o procedimento cirúrgico, pelo contrário, traz à tona prioridades que precisam ser tratadas com especial atenção para que no futuro não haja percalços decorrentes da falta de informação ou orientação para a realização da cirurgia bariátrica e para que os pacientes tenham segurança na tomada de decisões em relação ao processo, seja ele de realização imediata ou futura.
Informamos que perante ao CRP não é obrigatório que o profissional possua curso de especialização ou curso específico para a realização de avaliação psicológica para intervenções cirúrgicas. O Psicólogo deverá refletir quanto a sua capacitação profissional para a oferta de um serviço, entendendo que cabe a cada profissional refletir e avaliar, frente a demanda recebida, se possui a capacitação necessária para desenvolver o trabalho.
Por tratar-se de um procedimento invasivo, que resulta em grande impacto na vida da pessoa, da sua família, parceiros, e grupos aos quais pertence; é importante que o paciente também receba acompanhamento psicológico pré e pós-cirúrgico. 
2)
O armazenamento de dados deve seguir as normativas vigentes no Sistema Conselhos, a saber: resoluções nº 01/2009 (registro documental), nº 07/2003 (produção de documentos, ainda em vigência) e nº 06/2019 (produção de documentos, que revoga e substitui a 07/2003). Em resumo, e apontando
os principais aspectos, elas afirmam que é obrigatório o registro documental de toda prestação de serviço realizada pela psicóloga, que os protocolos de uso exclusivo da psicóloga deverão ser arquivados em local de acesso apenas à profissional, que a guarda é de responsabilidade da psicóloga e da instituição em que o trabalho tenha sido realizado, que deve ter garantia de sigilo e privacidade e ser arquivado por cinco anos (salvo casos específicos). Portanto, no caso da realização de uma avaliação psicológica, em qualquer contexto em que ela ocorra, todo material utilizado deverá ser arquivado. 
Ainda de acordo com a Resolução nº 01/2009, é direito do cliente ter acesso aos seus registros, no caso dos testes de uso exclusivo, serão apresentados os resultados e não os protocolos de respostas.
Existem normativas e são as mesmas citadas anteriormente. Tratando-se de material de cliente, uma vez decorridos os cinco anos de seu arquivamento, poderá ser descartado de forma a não deixar resíduos com possibilidade de leitura ou identificação, sugere-se incineração ou picote máximo.
A Resolução nº 09/2018 preconiza que cabe às editoras o controle primário da venda de testes, inclusive todo protocolo possui uma numeração seriada, que é possível de ser rastreada pelo revendedor que deve estar devidamente cadastrado nos conselhos regionais em que atuam, assim, se o profissional pretende repassar (por doação ou venda) um kit de testes, alguns cuidados devem ser tomados, como verificar se o repasse está sendo feito a um profissional devidamente registrado em seu regional, elaborar um termo de repasse assinado por ambos, quem entrega e quem recebe, e encaminhar ao Conselho Regional para que seja anexado na pasta do profissional. Esses detalhes não estão diretamente citados na normativa, porém, por análise dos artigos 16 e 17, eles só ficariam integralmente contemplados, se o profissional assim proceder.

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