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Aula 14 - Líquor e Barreiras Encefálicas

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Bases Morfofuncionais – IV
Líquor e Barreiras Encefálica 
- LCR é um fluido biológico que está em íntima relação com o sistema nervoso central e seus envoltórios envolve todos os órgãos. 
- É um ultrafiltrado produzido pelos plexos coroides e circula pelos ventrículos, cisternas e espaço subaracnóideo.
- E drenado para os seios da dura mater. 
- Deve ser límpido e incolor. 
 Composição:
- Proteínas.
- Glicose.
- Lactato.
- Enzimas.
- Potássio.
- Magnésio.
- Elevadas concentrações de Na e Cl.
- de 0 a 5 células por mm³. 
 Funções:
- Proteção mecânica de acordo com o princípio de Arquimedes, torna o crânio muito mais leve, o que reduz o risco de traumatismos do encéfalo resultantes do contato com os ossos do crânio
- Defesa.
- Circulação de alguns nutrientes.
- Remoção de substâncias.
 Pode servir como biomarcador para algumas doenças utilizando:
- Proteína TAU (citoesqueleto).
- Peptídeo Ab-42 (precursor amiloide).
- Enzima enolase neurônio especifica (integridade neuronal). 
 Produção e caminho percorrido:
- Formado nos plexos corioides (em sua maior parte).
- Existem plexos coroides nos ventrículos laterais (corno inferior e parte central) e no teto do III e IV ventrículos. Destes, sem dúvida, os ventrículos laterais contribuem com o maior contingente liquórico, que passa ao III ventrículo pelos forames interventriculares e daí ao IV ventrículo através do aqueduto cerebral. Através das aberturas medianas e laterais do IV ventrículo, o líquor formado no interior dos ventrículos ganha o espaço subaracnóideo, sendo reabsorvido no sangue principalmente através das granulações aracnoides que se projetam no interior dos seios da dura-máter. Como essas granulações predominam no seio sagital superior, a circulação do líquor no espaço subaracnóideo se faz de baixo para cima, devendo, pois, atravessar o espaço entre a incisura da tenda e o mesencéfalo. No espaço subaracnóideo da medula, o líquor desce em direção caudal, mas apenas uma parte volta, pois há reabsorção liquórico nas pequenas granulações aracnoides existentes nos prolongamentos da dura-máter que acompanham as raízes dos nervos espinhais.
 Barreira hematoliquórica:
- A barreira hematoliquórica localiza-se nos plexos coroides. 
- Entre os vasos sanguíneos e o líquor.
- Reforçada entre as células ependimárias e os vasos sanguíneos.
- Formada pelo epitélio ependimário. 
 Barreira hematoencefálica:
- Na maior parte do sistema nervoso central existe a barreira hematoencefálica, embora a sua permeabilidade não seja a mesma em todas as áreas. 
- Vários processos patológicos, como certas infecções e traumatismos, podem levar a uma "ruptura" mais ou menos completa da barreira. 
- A maioria dos autores concorda que a barreira está no capilar, sendo este formado por endotélio e uma membrana basal muito fina, por fora os astrócitos formam uma camada quase completa em torno do capilar. 
- Os endotélios dos capilares cerebrais apresentam quatro características básicas que os diferenciam dos endotélios dos demais capilares e que provavelmente se relacionam com o fenômeno de barreira: 
A. As células endoteliais são unidas por junções íntimas que impedem a penetração de macromoléculas. Essas junções não estão presentes nos capilares em geral;
B. Não existem fenestrações e são raras as vesículas pinocíticas. Nos demais capilares, essas estruturas são importantes para o transporte de macromoléculas.
C. As células endoteliais não são contrateis. Ao contrário dos demais capilares, elas não possuem filamentos que, em presença de histamina, se contraem separando as células e tornando o capilar mais permeável. Assim, o cérebro fica protegido em situações em que há grande liberação de histamina na circulação, como em certos quadros alérgico. 
- Órgãos cincunventriculares: localizados entre os ventrículos. 
Meninges e Ventrículos
- O sistema nervoso central é envolvido por membranas conjuntivas denominadas meninges e que são três: dura-máter, aracnoide e pia-máter.
- A aracnoide e a pia-máter, que no embrião constituem um só folheto, são, às vezes, consideradas como uma formação única, a leptomeninge, ou meninge fina, distinta da paquimeninge, ou meninge espessa, constituída pela dura-máter. 
· Dura mater:
- A meninge mais superficial é a dura-máter, espessa e resistente, formada por tecido conjuntivo muito rico em fibras colágenas. contendo vasos e nervos.
- A dura-máter do encéfalo difere da dura-máter espinhal por ser formada por dois folhetos, externo e interno, dos quais apenas o interno continua com a dura-máter espinhal.
- O folheto externo adere intimamente aos ossos do crânio e comporta-se como periósteo destes ossos.
- No crânio não existe espaço entre ao osso e a lâmina endóstea (dura mater), é um espaço virtual chamado espaço epidural ou extramural.
- A dura-máter, é em particular seu folheto externo, é muito vascularizada. No encéfalo, a principal artéria que irriga a dura-máter é a artéria meníngea média, ramo da artéria maxilar.
- A dura-máter, ao contrário das outras meninges, é ricamente inervada. Como o encéfalo não possui terminações nervosas sensitivas, toda ou quase toda a sensibilidade intracraniana se localiza na dura-máter, responsável, assim, pela maioria das dores de cabeça.
 As principais pregas são:
A. Foice do cérebro: ocupa a fissura longitudinal do cérebro e separa os dois hemisférios cerebrais. 
B. Tenda do cerebelo: projeta-se como um septo transversal entre os lobos occipitais e o cerebelo. A tenda do cerebelo separa a fossa posterior da fossa média do crânio, dividindo a cavidade craniana em um compartimento superior, ou supratentorial, e outro inferior ou infratentorial.
C. Foice do cerebelo: situado abaixo da tenda do cerebelo, separa os hemisférios cerebelares. 
E. Diafragma da sela: fecha superiormente a sela túrcica, deixando apenas um orifício para a passagem da haste hipofisária. O diafragma da sela isola e protege a hipófise, mas dificulta consideravelmente a cirurgia desta glândula.
· Aracnoide:
- Membrana muito delicada, justaposta à dura-máter, da qual se separa por um espaço virtual, o espaço subdural, contendo pequena quantidade de líquido necessário à lubrificação das superfícies de contato das duas membranas. 
- A aracnoide separa-se da pia-máter pelo espaço subaracnóideo (Fig. 9.3), que contém o líquido cérebro-espinhal, ou líquor, havendo ampla comunicação entre o espaço subaracnóideo do encéfalo e da medula.
- Considera-se também como pertencendo à aracnoide as delicadas trabéculas que atravessam o espaço para se ligar à pia-máter, e que são denominadas trabéculas aracnoides. Estas trabéculas lembram, em aspecto, uma teia de aranha, donde o nome de aracnoides, semelhante à aranha.
- A pia-máter, entretanto, adere-se intimamente a esta superfície que acompanha em todos os giros, sulcos e depressões. Peste modo, a distância entre as duas membranas, ou seja, a profundidade do espaço subaracnóideo é variável, sendo muito pequena no cume dos giros e grande nas áreas onde parte do encéfalo se afasta da parede craniana. Assim nestas áreas dilatações do espaço subaracnóideo, as cisternas subaracnóideas.
A. Cisterna cerebelo – medular ou magna: ocupada o espaço entre a face inferior do cerebelo e a fase dorsal do bulbo, o teto do IV ventrículo. É a maior e mais importante sendo usada em punções suboccipitais.
B. Cisterna pontina: situada ventralmente a ponte.
C. Cisterna interpeduncular: localizada na fossa interpeduncular. 
D. Cisterna quiasmática: situada adiante do quiasma óptico. 
E. Cisterna superior (cisterna da veia cerebral magna): situada dorsalmente ao teto do mesencéfalo, entre o cerebelo e o corpo caloso.
F. Cisterna da fossa lateral do cérebro: corresponde à depressão formada pelo sulco lateral de cada hemisfério. 
 Granulações aracnoides:
- Em alguns pontos a aracnoide forma pequenos tufos no interior dos seios da dura mater, constituindo as granulações aracnoides, mais abundantes no seio sagital superior.
- Essas granulações levam pequenos prolongamentos do espaço subaracnóideo, nos quais o líquor estavaseparado do sangue apenas pelo endotélio do seio e uma delgada camada da aracnoide. São estruturas adaptadas a absorção do líquor que neste ponto sairá no sangue. 
- No adulto e no velho, algumas granulações tornam-se muito grandes, consumindo os chamados corpos de Pacchioni, que frequentemente se calcificam e podem deixar impressões na abóbada craniana.
· Pia-máter:
- A mais interna das meninges, aderindo intimamente a superfície do encéfalo e da medula. 
- Sua porção mais profunda recebe prolongamentos dos astrócitos, constituindo a membrana pio-glial. 
- A pia-máter dá resistência aos órgãos nervosos, pois o tecido nervoso é de consistência muito mole.
-A pia-máter acompanha os vasos que penetram no tecido nervoso a partir do espaço subaracnóideo, formando a parede externa dos espaços perivasculares. 
- Verificou-se que os espaços perivasculares acompanham os vasos mais calibrosos até uma pequena distância e terminam por fusão da pia com a adventícia do vaso.
· Ventrículos:
- Ventrículos laterais primeiro (esquerdo) e segundo (direito), no telencéfalo.
- Terceiro ventrículo, no diencéfalo.
- Quarto ventrículo, no rombencéfalo.
- Aqueduto do mesencéfalo, como conexão entre o terceiro e o quarto ventrículos.
- Canal central, na medula espinhal. 
 Ventrículos laterais (1° e 2°):
- Os ventrículos laterais são uma importante referência anatômica nos exames de imagens em cortes seriados (TC, IRM) do telencéfalo. 
- As regiões dos núcleos da base e fibras de projeção clinicamente significativas, que, na sua totalidade, formam a cápsula interna, estão localizadas nas vizinhanças dos ventrículos laterais. 
 Terceiro ventrículo:
- O terceiro ventrículo está localizado entre os dois tálamos, que normalmente são conectados por meio da adesão intertalâmica, e possui protuberâncias características, os recessos ao recesso supra-óptico, em direção rostral, o quiasma óptico se encontra associado ao ventrículo, abaixo do qual o assoalho do terceiro ventrículo invagina, formando o recesso infundibular no infundíbulo.
- O recesso supra pineal e o recesso pineal, orientados na direção occipital, se encontram intimamente associados à glândula pineal (epífise). 
 Aqueduto do mesencéfalo: 
- O 3° ventrículo se comunica com o 4° através do aqueduto. Este se inicia na parte posterior do assoalho ventricular e segue entre a lâmina do teto e tegumento, através do mesencéfalo até o teto do quarto ventrículo. 
 Quarto ventrículo: 
- O quarto ventrículo se assemelha a uma tenda, com a extremidade direcionada para o cerebelo, enquanto a base aponta em direção anterior e é contornada pela fossa romboide. 
- O quarto ventrículo possui dilatações em “formato de braço”, de ambos os lados, constituindo os recessos laterais. Em suas extremidades, o quarto ventrículo é conectado ao espaço liquórico externo (o espaço subaracnóideo) através das aberturas laterais do quarto ventrículo (forames de Luschka) e da abertura mediana do quarto ventrículo (forame de Magendie). 
- Inferiormente, o quarto ventrículo se continua com o canal central do bulbo e da medula espinhal.

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