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APG 4 - CORAÇÃO DE ATLETA

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Faculdade Unidep – Sistema Orgânico Integrado @valecarneiro 
Apg 4: O coração do Atleta 
(10) Coração de Atleta - Hipertrofia Fisiológica - YouTube 
 
questões 
1. Quais as alterações fisiológicas e morfológicas do 
coração de um atleta em relação a uma pessoa 
sedentária? 
R: O ventrículo esquerdo sofre um remodelamento, 
tornando-se mais espesso. 
 
2. Como a genética interfere no remodelamento cardíaco? 
R: algumas pessoas têm fatores genéticos (genes) que 
influenciam no seu desempenho e na estrutura 
cardiovascular. 
 
 
3. Como a oxigenação dos músculos e órgãos periféricos 
influenciam no desempenho atlético? R: maior produção 
de ATP. A troca gasosa da grande circulação acontece 
com a troca de sangue venoso e arterial ao longo do 
corpo (músculos). É preciso que haja uma grande 
oxigenação e bombeamento para um bom desempenho 
do atleta. 
 
4. Quais os hormônios liberados durante a atividade física? 
R: adrenalina, noradrenalina, endorfina... 
objetivos 
1. Comparar as alterações fisiológicas e morfológicas que 
ocorrem no coração do atleta e de uma pessoa normal; 
1.1 Identificar a influência genética na morfologia 
cardíaca; 
2. Compreender a histologia cardíaca; 
3. Estudar o ciclo cardíaco. 
 
resumo 
FISIOLOGIA CARDÍACA 
Sabemos que o coração é uma bomba dupla de contração e 
relaxamento sincronizados, isso ocorre porque o coração é um 
órgão SINCICIAL, ou seja, formado por sincícios. 
Sincício nada mais é que a comunicação entre as fibras musculares 
do coração (cardiomiocitos) 
Esses sincícios são eletricamente comunicados uns aos outros por 
estruturas chamadas gap junction (junções comunicantes), por 
esse motivo o coração pode ser considerado com um único SINCICIO 
 
 
O movimento de contração e relaxamento são chamados de 
→ Sístole – contração 
→ Diástole – relaxamento 
CICLO CARDÍACO 
Mantém o sangue circulando – processo do começo de um 
batimento cardíaco até que outro ocorra 
→ Conceitos Importantes: 
• 1ª BULHA CARDÍACA: Chamada de B1; referente ao 
fechamento das valvas atrioventriculares 
V.A.D – bicúspide, dois fios de ancoragem e V.A.E – tricúspide, ou 
VALVA MITRAL, três frios de ancoragem 
 
https://www.youtube.com/watch?v=UarR4RJWvSE
Faculdade Unidep – Sistema Orgânico Integrado @valecarneiro 
Sistema de ancoragem que segura as valvas quando elas se 
fecham, ou seja, que impedem que o sangue volte dos ventrículos 
para os átrios, é chamado de CORDOALHA TENDÍNEA 
Valvas semilunares (V.S.E – aortíca, e V.S.D – pulmonar) impedem 
que o sangue reflua das grandes artérias para o coração (refluxo 
da aorta para o ventrículo esquerdo e das artérias pulmonares 
para o ventrículo direito) 
• 2ª BULHA CARDÍACA: Chamada de B2; referente ao 
fechamento das valvas semilunares 
Artéria: vasos sanguíneos que ligam o coração aos demais tecidos 
do corpo 
Veias: Vasos que ligam os tecidos do corpo ao coração 
Coração → Artérias → Arteríolas → Capilares → Vênulas → 
Veias → Coração 
Átrio e ventrículo se contraem alternadamente e relaxam 
alternadamente, forçando o sangue das áreas de maior pressão 
para as de menor pressão 
O coração alternadamente se contrai para esvaziar (sístole) e 
relaxa para encher(diástole). Os átrios e ventrículos atravessam 
ciclos separados de sístole e diástole. 
Ocorrem dentro de um ciclo cardíaco (lembrando que um ciclo 
cardíaco corresponde a frequência cardíaca): 
• Sístole atrial 
• Sístole ventricular 
• Período de relaxamento 
 
→ Contração Isovolumétrica 
Primeira fase da Sístole ventricular 
Ventrículo enche e se contrai 
↳ Sístole ventricular – os dois ventrículos se contraem quase 
simultaneamente 
↳ Ventrículo se enche porque as valvas ventriculares estavam 
abertas e as valvas semilunares fechadas 
↳ Isso permite que o sangue se acumule nos ventrículos 
↳ quando a sístole ventricular inicia (ventrículo começa a contrair) 
o mecanismo antirrefluxos das valvas age 
↳ ventrículo contrai, tenta expulsar o sangue e o movimento desse 
faz com que a valva mitral (bicúspide) do coração esquerdo se 
feche, acontece o mesmo na valva tricúspide no coração direito – 
Lembrando que até então as valvas semilunares permanecem 
fechadas 
↳ Nesse processo se cria a primeira bulha cardíaca (B1) – marca 
o fechamento das valvas atrioventriculares (Lup) 
↳ Sangue fica parado no ventrículo, mesmo ele ainda contraindo, 
por um curto período de tempo, já que todas as valvas estão 
fechadas 
Característica importante nesse período: volume ventricular 
continua constante mesmo com a contração aumentando 
↳ Quando a pressão passa de 8mm der mercúrio no ventrículo 
direito, que é mais fraco, ou de 80mm de mercúrio no ventrículo 
esquerdo, que é mais forte, as valvas semilunares se abrem, 
cedem ao aumento de pressão no ventrículos, e deixam o sangue 
fluir (começa a segunda fase) 
→ Ejeção Cardíaca 
↳ Nem todo o sangue é ejetado dos ventrículos durante essa 
sístole (contração), somente 60%. Dessa porcentagem, cerca de 
70% é ejetado no 1/3 da sístole (ejeção rápida) 
↳ ou outros 30% são ejetados nos 2/3 restantes da sístole 
(ejeção lenta) 
↳ Nesse momento, a aorta também apresenta uma contração, 
então o sangue tenta refluir da artéria para dentro do ventrículo. 
↳ O sistema antirrefluxo age, novamente, e as valvas aórticas e 
pulmonares se fecham, o que causa a segunda bulha cardíaca (B2) 
Dup 
 
→ Relaxamento Isovolumétrico 
Primeira fase da Diástole 
↳ A contração acaba, então ventrículo finalmente relaxa (diástole) 
o que faz com que a pressão do ventricular seja menor que a 
pressão na base da artéria, que recebeu o sangue 
• Aorta – ventrículo Esquerdo 
• Artéria Pulmonar – ventrículo Direito 
Faculdade Unidep – Sistema Orgânico Integrado @valecarneiro 
↳ Novamente ventrículo fica silenciado por um curto espaço de 
dentro, já que todas as valvas estão fechadas. Ventrículo relaxado 
e seu volume não aumenta mais. 
↳ Pressão cai, volume estabiliza 
→ Enchimento Diastólico do Ventrículo 
↳Pressão progressivamente menor no interior do ventrículo 
associado ao aumento progressivo da pressão formada no interior 
dos átrios (que estavam recebendo o sangue que estava voltando 
do coração) fazem com que as valvas atrioventriculares se abram 
novamente, e o enchimento a seguir pode ser divido em 3/3 
também. 
↳ Enchimento rápido: acontece no 1/3. O volume aumenta 
consideravelmente, porque quase todo o sangue acumulado nos 
átrios, cerca de 70%, passa para os ventrículos durante a diástole. 
↳ Ou seja, sangue represado no átrio desagua no ventrículo 
↳ Enchimento lento: (Diástase cardíaca) corresponde outro 1/3 do 
sangue da circulação enquanto o ventrículo está enchendo. 
↳ Diástase cardíaca: Corresponde a cerca de 10% do volume total 
- corresponde ao sangue que continua chegando da circulação 
durante o tempo em que o ventrículo está enchendo 
Última fase do enchimento diastólica dos ventrículos 
↳ Átrio faz a Sístole Atrial: Corresponde a 20% do último 1/3 do 
volume presente no átrio. Átrio contrai e manda o restante do 
sangue para dentro do ventrículo 
↳ Os ventrículos começam a contrair novamente e começa tudo 
de novo 
→ PARA ENTENDER MELHOR 
Porque somente 60% do volume presente nos ventriculos é 
ejetado? 
FRAÇÃO DE EJEÇÃO CARDÍACA 
Ao fim de cada sístole existe um volume sistólico final (V.S.F), mais 
ou menos 50ml sobram nos ventriculos no fim da sístole. 
Como o ventrículo recebe mais sangue durante o enchimentoventricular, que acontece na diástole, existe o conceito volume 
diastólico final (V.D.F), que representa o total de sangue presente 
no ventrículo ao fim da diástole, cerca de 120ml, em adultos 
saudáveis. 
Se em um adulto saudável o VSF é em torno de 50ml e o VDF é 
em torno d e120ml, quer dizer que os outros 70ml foram ejetados, 
quer dizer que a Fração de Ejeção ficou em torno de 60%. 
- Valor em % pegando como referência o volume diastólico final 
O valor absoluto em ml que foram ejetados durante a fase de 
ejeção é chamado de Volume Sistólico. 
 
Resumindo ciclo cardíaco: 
Um ciclo começa espontaneamente no nódulo sinusal. O potencial 
de ação percorre os átrios, feixe a-v e ventrículos. Devido ao 
retardo na passagem do impulso cardíaco, os átrios contraem 
antes dos ventrículos e, por conseguinte bombeiam sangue para 
ventrículos antes da contração ventricular. 
 
→ Débito Cardíaco (DC) 
É a quantidade de sangue ejetada pelo coração por minuto 
Isso depende do numero de batimentos por minuto no coração 
(frequência cardíaca - FC) 
Formula Débito Cardíaco 
D.C = FC x VS 
Formula Volume Sistólico 
VS= VDF - VSF 
Qual o débito cardíaco esperado em um adulto saudável, em 
repouso, considerando VS 70ml e FC 70bpm? 
DC = 70 x 70 
Igual a 4.900 ml por minuto (arredonda para 5 litros) 
CORAÇÃO DE ATLETA 
Hipertrofia 
Conceito: Aumento do volume celular 
“Aumento da massa celular como condição de adaptação a certo 
estimulo” 
Podem ser: 
Faculdade Unidep – Sistema Orgânico Integrado @valecarneiro 
→ Fisiologia: Ventrículo é expandido, tem aumento de volume e 
compensação muscular externa (hipertrofia excêntrica). 
Aumenta a massa cardíaca e aumento do ventrículo. 
Coração consegue bombear mais sangue com menos força. 
Aumento da quantidade de sangue que é distribuído pelos tecidos 
com menos força do coração. Comum em atletas 
→ Patologia: Massa celular muito aumentada, mas o coração não 
sofre proliferação celular, mas aumenta o volume. As células 
musculares aumentam o volume de fora pra dentro, ou seja, 
diminuem a cavidade da entrada do ventrículo, e, portanto, a 
passagem do sangue fica mais estreia. Hipertrofia 
concêntrica. 
 
Coração de atleta foi um termo que surgiu em 1899, pelo Dr. 
S.Henschen. este concluiu, depois de exames, que praticantes de 
esportes de alta intensidade tinham as cavidades dilatadas, o que 
melhorava seu condicionamento durante os exercícios. 
Hoje em dia, considera “coração de atleta” o conjunto de alterações 
fisiológicas e morfológicas, além da eletrocardiografia e 
ecocardiografias resultantes da pratica de desportos prologados e 
de alta intensidade, que visam aumentar a função cardíaca. 
Na maioria das vezes essas alterações ficam dentro da 
normalidade, mas algumas vezes o processo de adaptação toma 
proporções semelhante a processos patologias. 
O coração de atleta é um processo reversível, basta cessar ou 
diminuir a pratica de exercícios de alta intensidade que o coração 
tende a voltar para dentro dos parâmetros de normalidade 
O Débito Cardíaco em um atleta pode chegar ao dobro do de uma 
pessoa sedentária, porque o treinamento de alto impacto provoca 
a hipertrofia. O Débito cardíaco deste, em repouso, é quase o 
mesmo do que de uma pessoa que não pratica exercício algum, 
porque o volume sistólico está aumentado, enquanto a frequência 
cardíaca está baixa. Isso ocorre porque o ventrículo fica expandido, 
consegue receber mais sangue, e por consequência, consegue 
bombear mais sangue por minuto. 
→ Fisiologia Cardíaca de um esportista de alto impacto 
• Frequência cardíaca mais baixa que a média considerada 
normal em repouso 
• Volume sistólico maior, durante o repouso e no exercício 
• Débito cardíaco mais elevado 
• Consumo máximo de oxigênio 
• Volume cardíaco maior que a população normal 
• pressão diastólica final de ventrículo direito ligeiramente 
mais elevada durante o exercício no atleta; 
• maior valor da diferença entre a saturação do oxigênio 
arterial do venoso periférico, comparado com o valor da 
diferença entre a saturação artério/venosa de outras 
regiões do corpo, provocado pela maior extração de O2 
arterial pelos músculos estriados periféricos, por aumento 
da capilarização, consequência da atividade física; 
• Dilatação e hipertrofia cardíaca, com valores acima dos 
normais, porém abaixo dos valores de portadores de 
doenças cardiovasculares. 
 
 
→ Anatomia e Morfologia de um Coração de Atleta 
→ Alterações mais comuns: 
• hipertrofia miocárdica (Aumento da espessura da parede 
do miocárdio) 
• alargamento das cavidades cardíacas; (Dilatação do 
auriculoventricular) 
• aumento da massa cardíaca 
VENTRÍCULO ESQUERDO 
↳ O diâmetro do VENTRÍCULO ESQUERDO no fim da diástole quase 
sempre está aumentado em atletas 
↳ A estrutura da parede do miocárdio (espessura do septo 
interventricular e da parede posterior livre do ventrículo esquerdo) 
é em média 15% a 20% maior do que em pessoas que não 
praticam atividades físicas 
↳ Massa ventricular esquerda é aumentada, em virtude do 
diâmetro do ventrículo esquerdo ser maior e também da estrutura 
de suas paredes ser aumentada. 
Faculdade Unidep – Sistema Orgânico Integrado @valecarneiro 
↳ ventrículo apresenta uma forma alongada 
AURÍCULA ESQUERDA: 
A dilatação do ventrículo esquerdo e a sobrecarga de volume faz 
com que a aurícula esquerda aumente em atletas, durante o 
exercício físico. 
CIRCULAÇÃO CORONÁRIA 
Há aumento das dimensões das artérias coronárias proximais e 
uma melhoria da sua resposta à nitroglicerina, o que torna a 
perfusão miocárdica mais eficaz 
Tabela de comparação entre atletas do sexo feminino e masculino 
e não atletas do sexo feminino e masculino: 
(comparação entre as alterações frequentes no ventrículo 
esquerdo dos atletas e os valores considerados como limite máximo 
da normalidade) 
 
 
CARACTERÍSTICAS GENÉTICAS 
Todo o atleta desenvolve características similares, independente 
do desporto praticado, tais como a dilatação e aumento da 
espessura da parede ventricular esquerda, mas parte desses 
atletas tem fatores hereditários que alteram um pouco essas 
características. 
Um dos possíveis fatores genéticos que podem alterar asa 
características descritas é a influência do gene da enzima 
conversora da angiotensina (ECA), os níveis aumentados de ECA 
têm um papel importante nessa adaptação, hipertrofia do 
miocárdio induzida por treino. 
A influência genética pode assim ajudar a explicar a diferença 
acentuada na intensidade das alterações cardiovasculares e no 
rendimento de atletas com as mesmas características 
antropométricas e submetidos ao mesmo tipo/intensidade de 
treino.

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