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Relembrando - no neurônio há áreas receptoras da informação que irão receber o estímulo. Todos os potenciais elétricos excitatórios e inibitórios serão integrados no corpo do neurônio e eles são conduzidos até o cone de implantação. A integração dos sinais elétricos nessa região, vai dizer se o potencial elétrico que chegou vai ser suficiente para deflagrar o potencial de ação ou não. Caso seja, o neurônio vai disparar, ou seja, gerar esse potencial - potencial elétrico = corrente de íons pela membrana plasmática da célula. Neurônios possuem a capacidade de alterar a permeabilidade da membrana - POTENCIAIS GRADUADOS: são os potenciais elétricos (PEPS e PIPS) e as suas somações, que vão sendo transmitidos até o cone de implatação, para a zona de disparo. Se for um potencial fraco ele vai se dissipando a medida que vai passando pela membrana, perdendo força. Se ele chegar na zona de disparo abaixo do limiar mínimo não irá deflagrar o potencial de ação. Já se for forte o suficiente, mesmo com a dissipação normal de força, ele chega ao limiar e é suficiente para o disparo do potencial de ação - ou seja, potencial graduado é diferente do potencial de ação. O potencial graduado é gerado no corpo e dendritos, que, somados, podem ou não gerar um potencial de ação. Já o potencial de ação é sempre o mesmo: tudo ou nada. É gerado a na zona de disparo e e conduzido pelo axônio. Potenciais elétricos e transmissão do impulso nervoso Potenciais elétricos e transmissão do impulso nervoso O potencial de ação 1) REPOUSO: a membrana está polarizada 2) ESTÍMULO DESPOLARIZANTE: o potencial graduado chega na zona de disparo 3) INÍCIO DESPOLARIZAÇÃO: o potencial graduado consegue atingir o limiar mínimo (-55Mv), e canais iônicos transportadores de Na+, controlados mecanicamente e por ligante, são abertos 4) DESPOLARIZAÇÃO: causada pela entrada rápida e intensa de Na+ 5) PICO DO POTENCIAL DE AÇÃO: fechamento dos canais de Na+ e abertura dos canais lentos de K+ (canais retificadores de potássio) 6) POLARIZAÇÃO: o K+ está lentamente saindo da célula para o líquido extracelular 7) HIPERPOLARIZAÇÃO: os canais de potássio se fecham tardiamente, por isso há uma saída “além da conta” de K+, tornando a célula hiperpolarizada 8) NORMALIZAÇÃO: Os canais de potássio vão naturalmente se fechando, menos K+ sai e a célula tende a recuperar o seu potencial de membrana. Há participação da ATPase de sódio/potássio, para tentar reequilibrar esse íons, retirando o excesso de Na+ que entrou na célula e trazendo de volta o K+ que saiu 9) REPOUSO: membrana em repouso novamente 1 2 3 4 5 6 7 8 9 - no corpo neuronal não há muitos canais/transportadores de sódio e por isso, aquela região não gera potencias de ação. O potencial é gerado na parte inicial do axônio, a zona de desparo, justamente por ter grande quantidades desses transportadores - quando há uma carga positiva, a comporta de ativação é aberta permitindo a entrada de sódio. Porém a medida que vai chegando em potenciais elétricos de valores extremamente positivos, há o fechamento da comporta de desativação, que é um mecanismo de segurança. Então isso se configura como um período refratário para um novo potencial de ação - (VOLTAR NESSA PARTE!) Propriedades do potencial de ação - a zona de disparo é denominada como tal por ter grandes quantidades de canais de sódio dependentes de voltagem - o sódio que entra, não sai percorrendo ao longo dessa membrana. O que acontece é que o sódio entra, despolariza a região e os tranportadores de sódio vão se abrindo em um efeito dominó, como se fosse uma “torcida fazendo olé”. Ou seja, o potencial de ação é auto regenerado constantemente, ao longo da membrana - o potencial de ação é unidirecional pois o local anterior que estava ativo vai estar passando pelo período refratário, então por mais que a região seja estimulada ela não vai se ativar, e isso garante o sentido unidirecional - o potencial de ação obedece a lei do tudo ou nada. Só acontece se atingir o limiar - estímulos fracos geram potenciais graduados fracos (porém acima do limiar) e liberam pouco neurotransmissor e estímulos fortes geram potenciais graduados fortes e liberam muito neurotransmissor. Com isso, é possível codificar a intensidade do potencial graduado com a quantidade de potencias de ação gerados na zona de disparo - quanto mais calibroso e mielinizado o axônio, mais rápida será a condução do impulso elétrico (mais rápida é a regeneração do período refratário) Poucos potenciais de ação Muitos potenciais de ação Axônios mielinizados - a bainha de mielina é feita por oligodendrócitos no SNC e por Células de Schwann no SNP - é preciso ter várias células de Schawann em série, para mielinizar 1 axônio. O intervalo de preenchimento - na fibra mielinizada, ao invés de o potencial de ação ser auto-regenerado por toda a membrana, há a condução de íons por baixo da bainha de mielina e ele é regenerado nos nodos de Ranvier. Ou seja, são nesses locais onde haverá uma grande densidade de transportadores de sódio. O envoltório lipídico da bainha de mielina funciona como uma capa isolante, permitindo com que a energia não se dissipe até chegar no próximo ponto de auto-regeneração Fisiologia Sensorial Princípios gerais - todo estímulo recebido gera uma resposta/ação no nosso corpo. Pode ser das mais variadas possíveis como comportamentos, emoções, respostas viscerais etc. - o componente principal é a eletricidade - o estímulo sensorial irá ocorrer, será detectado por receptores específicos, gerará potenciais elétricos graduados (na fisiologia sensorial pode chamá-lo de potencial receptor), isso será codificado durante a geração do potencial de ação e ele será transmitido para o SNC, e lá haverá o processamento das informações. Através disso será gerada uma resposta, enviando informações para neurônios motores (vias efetoras) e as percepções serão efetivadas através das ações Modalidades e submodalidades sensoriais • Visão: cores, formas, movimentos • Gustação: diferentes sabores, doce, amargo, azedo • Temperatura: quente, frio • Tato: vibração, pressão • Audição: tons, localização (distância) • Propriocepção Receptores sensoriais - existem receptores específicos para cada modalidade - os receptores sensoriais transduzem energia sensorial para elétrica - o receptor pode ser a própria fibra nervosa (neurônios sensoriais) com modificações na terminação axônica periférica Fisiologia Sensorial PROPRIOCEPÇÃO E OS RECEPTORES PROPRIOCEPTIVOS - a propriocepção é ter noção de como nosso corpo está localizado no espaço • Consciente - articulações - terminações livres - consciência cinestésica • Inconsciente - músculos e tendões - fusos musculares e órgãos tendinosos de Golgi - esses receptores estão presentes dentro do músculo esquelético, nos fusos musculares, que são fibras musculares associadas a fibras nervosas que permitem identificar o grau de estiramento e contração da musculatura. Estão presentes também nos órgãos tendinosos de Golgi, que detecta a tensão da musculatura. As fibras nervosas sensoriais também inervam as capsulas das articulações sinoviais BASE MOLECULAR DAS SENSAÇÕES - para os estímulos gerarem um potencial receptor é necessário induzir uma alteração de permeabilidade de íons na região receptora de informação. Os receptores sensoriais, no geral, são canais TRP (transiet receptor potential) de Na+, Ca++, Mg++ e K+. Esse potencial receptor, atingindo o limiar de membrana vai induzir ou não o disparo dessa fibra sensorialpara ser conduzida para o SNC. Para as sensações o que acontece no nível do receptor é apenas a transdução de sinal, codificando o sinal, seja ele qual for, em potencial de ação. Potencial receptor tem o objetivo de transduzir qualquer que seja o sinal em energia. - existem receptores sensoriais que não se adaptam tão facilmente quanto outros • Tônicos - adaptação lenta Ex: receptores de estiramento, dor, visão • Fásicos - adaptação rápida (on/off) - mecanismo por inativação de canais de Na+ ou Ca++, ativação de canais K+, amortecimento do estímulo por tecido conjuntivo Ex: folículo piloso, receptores de pressão e vibração Componentes das vias nervosas sensoriais - toda informação sensorial percorre um caminho da periferia ao córtex. Para cada estímulo há vias e fibras sensoriais específicas - no mínimo o circuito envolve 3 neurônios. Um neurônio sensorial de 1ª ordem da periferia para o SNC, o neurônio de 2ª ordem que faz sinapses no tálamo, e de lá, através do neurônio de 3ª ordem a informação vai para o córtex cerebral
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