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Prof. Me. Jonathan Campos Percivalle de Andrade Direito Processual Administrativo (9º semestre) – FPbe/ FVR 1 Caros(as), Passaremos a tratar da administração pública – a fazenda pública – em juízo. Em primeiro lugar, convém ressaltar a incidência de princípios aplicáveis ao processo e à jurisdição, sobretudo a aplicação do princípio da isonomia. Isto porque, a lei deve tratar todos de forma igualitária, na forma do artigo 5º, inciso I, CF/88; na forma do artigo 139, inciso I, CPC, igualmente, se prevê a garantia à “paridade de armas”, a qual se revela pela garantia ao contraditório ou até identidade de prazos em sede recursal e em contrarrazões. O artigo 7º do CPC prevê o seguinte: Art. 7º É assegurada às partes paridade de tratamento em relação ao exercício de direitos e faculdades processuais, aos meios de defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação de sanções processuais, competindo ao juiz zelar pelo efetivo contraditório. Sobre a isonomia, pondera Daniel NEVES (2018, P. 194): “O objetivo primordial na isonomia é permitir que concretamente as partes atuem no processo, dentro do limite do possível, no mesmo patamar. Por isso, alguns sujeitos, seja pela sua qualidade, seja pela natureza do direito que discutem em juízo, têm algumas prerrogativas que diferenciam seu tratamento processual dos demais sujeitos, como forma de equilibrar a disputa processual.” A isonomia, contudo, sofre drástico rompimento com a Fazenda Pública: para alguns, goza de privilégio, e para outros, de prerrogativas. Trarei o rol construído por Daniel NEVES (2018, P. 195): Prof. Me. Jonathan Campos Percivalle de Andrade Direito Processual Administrativo (9º semestre) – FPbe/ FVR 2 (a) o prazo em dobro para se manifestar no processo (para qualquer ato processual), salvo quando a lei estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para o ente público (art. 183, caput e § 2°, do Novo CPC); (b) isenção de adiantamento no recolhimento do preparo e demais custas judiciais; (e) dispensa da caução prévia para a propositura da ação rescisória (art. 968, § 1° do Novo CPC); (d) possibilidade de ser condenado a pagar honorários em valor inferior a 10% sobre o valor da condenação (art. 85, § 3.º, do Novo CPC); (e) intimação pessoal dos procuradores e advogados da União (art. 6.0 da Lei 9.028/1995) e dos procuradores federais e do Banco Central do Brasil (art. 17 da Lei 10.910/2004), regra abandonada pelo art. 9.0 da Lei 11.419/2006 (processo eletrônico) e pelo art. 8º, § 1º, da Lei 10.259/2001 (Juizados Especiais Federais); (f) reexame necessário nos termos do art. 496 do Novo CPC. (g) pedido de suspensão de segurança (art. 15 da Lei 12.016/2009); (h) proibição de tutela de urgência - liminar em mandado de segurança e tutela antecipada (art. 7º, §§ 2º e 5º, da Lei 12.016/2009); (i) proibição de concessão de tutela de urgência inaudita altera parte em mandado de segurança coletivo e ação civil pública em virtude da necessidade de oitiva prévia da pessoa jurídica de direito público em 72 horas (art. 2º da Lei 8.437/1992). Vamos discutir cada um destes dispositivos em aula.