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Mári� Sale� Uropati� O�trutiv� o� Hiperplasi� Pr�tátic� Benign�: • Uropatia obstrutiva: – obstrução ao fluxo de urina em qualquer nível do TU com repercussões hidrodinâmicas • Hidronefrose: – dilatação da pelve e cálices renais – pode ou não estar associada a obstrução atual • Nefropatia obstrutiva: – dano ao parênquima renal com repercussões funcionais e patológicas, decorrente da obstrução • condição clínica comum: – 3,1% das autópsias entre 0-80a – 35% das crianças com anormalidades do TU | – 2% dos ptes em diálise – + jovens gestação e Ca útero | – patologia prostática | – urolitíase | – alta prevalência • pela freqüência deve ser lembrada | – perda da função renal – infecção urinária de repetição, em ♂ | – hematúria – distúrbio miccional (obstrução verdadeira ou funcional) • geralmente a obstrução é parte do problema Etiologia: • obstruções congênitas mais comuns em crianças e jovens, mas podem se manifestar só na vida adulta | • obstruções infravesicais costumam ser mais graves - acometem ambos os rins | • anatomia da pelve renal influencia grau de lesão renal Etiologias congênitas: • Estenose Junção Uretero-Piélica (JUP) – + comum desde pré-natal até adolescência | – massa abdominal, dor lombar – pode resolver-se ou permanecer assintomática | – bilateral 10-30% – segmento aperistático, cruzamento vascular • causas ureterais: – pregas, válvulas – ureter retrocava • Estenose de Junção Uretero-Vesical (JUV) | • Ureterocele | • Válvula de Uretra Posterior – só em meninos, hidronefrose bilateral ao nascimento | – dependendo da gravidade, pode já nascer em IR – dx com cistouretrografia miccional | • fimose | • fusão labial Mári� Sale� Etiologias congênitas funcionais: • Bexiga Neurogênica – mielodisplasias | - mielocele, mielomeningocele – disrafismo oculto | – agenesia de sacro | – imperfuração anal | – paralisia cerebral Etiologias adquiridas intrínsecas: • litíase urinária: – + prevalente causa de obstrução do TU | – do cálice ao meato uretral – 3: 1; geralmente unilateral, eventualmente bilateral – quadro clínico agudo típico, eventualmente assintomático • Tus urotelial: – obstrução pelo tu ou por coágulos • infecções específicas (Tb, esquistossomose, fungus ball) • estenose de uretra – em- pós uretrite, trauma, iatrogênica – em- pós Rx Etiologias adquiridas funcionais: • distúrbio de armazenamento ou esvaziamento: - obstrução funcional (ausência de obstrução mecânica) • bexiga neurogênica: – hiperreflexa ou arreflexa | – ex. TRM, Tus SN, DM • secundária a drogas: – ação anticolinérgica ou adrenérgica Etiologias adquiridas extrínsecas: • doenças prostáticas: – + entre > 50anos, obstrução bilateral – CaP localmente avançado/ HPB – associada a sintomas miccionais (LUTS) • doenças ginecológicas: – neoplasias útero, ovário, vagina – iatrogênica • gestação: – hipotonia fisiológica | – obstrução + comum à D Etiologia - causas adquiridas extrínsecas: • D. Ormond (fibrose retroperitoneal idiopática) – 2: 1 | - 40-60 anos | - uni ou bilateral | – uso metisergida, neoplasia maligna, arterite aórtica, colangite esclerosante Apresentação Clínica: • varia conforme causa e agudeza de instalação • dor – lombar, FI, hipogástrica | – aguda (cólica renal, retenção aguda) | – crônica (obstrução neoplásica, estenose JUP) | – estiramento da cápsula renal, ureter, bexiga • queixas miccionais: – jato urinário fraco, intermitente – sensação de esvaziamento incompleto | – hesitação, estrangúria – por ITU associada (estase facilita proliferação bacteriana) • sinais de uremia: – qdo bilateral levando a IR pós-renal | – náuseas, vômitos, palidez, adinamia, edema, confusão mental – associados a elevação de escórias nitrogenadas Achados Laboratoriais: • ↑ escórias nitrogenadas | • hipercalemia | • anemia qdo IRC; leucocitose se ITU associada | • hematúria (litíase, neoplasia) | • piúria (ITU) Diagnóstico: • qto + precoce melhor o prognóstico renal • história, EF e laboratório guiam escolha do método de imagem mais apropriado • fatores a considerar: – ITU (evitar métodos invasivos) – gestação (evitar radiação ionizante) – função renal (evitar contrastes com risco de nefrotoxicidade) – DM (+ vulneráveis à nefrotoxicidade por contraste iodado) Mári� Sale� Diagnóstico por imagem: • Rx simples do abdome: – disponível, vê 75% dos cálculos – tem limitações; não vê calc. ác. úrico puro • USG: – fundamental na triagem | – eficiente, sensível, sem radiação, disponível, barato – evidência hidronefrose, seu grau, espessura cortical | – operador dependente – pode não mostrar o fator obstrutivo (não vê ureter) – falsos + não são raros (pelve extra-renal, repleção vesical) – falsos - (rotura infundíbulo, obstrução recente) – USG normal não exclui uropatia obstrutiva • Urografia Excretora (pielografia venosa): – avaliação detalhada da anatomia do TU – avaliação indireta da função individual do rim – restrições | • radiação (gestantes) • uso de contraste iodado venoso (mal-estar, alergias, função renal) : – em desuso • Uretrocistografia Retrógrada e Miccional: – anatomia da uretra distal(retrógrada), uretra proximal e bexiga (miccional) | – avalia presença de refluxo • Tomografia Computadorizada: – muito eficiente (↑ sensibilidade e ↑ especificidade) – sem ou com contraste iodado, realce | – avalia densidade (UH) da estrutura – obstrução intrínseca e extrínseca | – 1ª escolha na cólica renal (dispensa contraste) – permite reconstruções em vários planos, com subtração Diagnóstico: • Ressonância Magnética: – não usa contraste iodado, vê bem dilatação – caro, + demorado, ruim para litíase | – casos selecionados (alérgicos a iodo) • Renograma com diurético (DTPA-Tc99): – < irradiação, exame funcional, medicina nuclear – avalia perfusão, filtração e excreção | – diferencia dilatação obstrutiva da não obstrutiva – fundamental na estenose JUP (diagnóstico e acompanhamento) • DMSA: – radioisótopo captado pela cél tubular renal – avalia função renal diferencial (rim D x rim E) • Pielografia Anterógrada e Retrógrada: – injeção de contraste direto na via excretora (invasivo) – punção renal ou cateterismo ureteral | – dispensa filtração glomerular – cuidado com infecção Tratamento: • considerar: – tempo de obstrução | – grau da obstrução e da lesão renal – prognóstico da doença de base | – lateralidade da obstrução – presença ou não de ITU associada – +/- drenagem prévia | – tratar causa primária • Drenagem do TU (transitória ou permanente): – externa • cateter uretral (obstruções infravesicais ex. HPB) • cistostomia por punção ou cirúrgica (aberta) | • ureterostomia cutânea • ureteroenterostomia cutânea | • nefrostomia por punção ou cirúrgica – interna • cateter ureteral reno-vesical duplo J (pig tail) - "bypass" o fator obstrutivo • Causa primária: – remoção do fator obstrutivo (cálculo, coágulo, tumor, HPB) – reconstrução se necessário | – plastia nos estreitamentos (JUP, JUV, estenoses) – nefrectomia | • função residual desprezível | • sepse / risco de vida
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