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AULA 01 - PRINCÍPIOS DO DIREITO EMPRESARIAL - FUNÇÃO SOCIAL DA EMPRESA

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FELÊNCIA E RECUPERAÇÃO JUDICIAL
Professores: Raissa Nery e Alex Fabiano 
Sugestões de aplicações para apresentações diversas. Além dos 14 slides ao lado, clicando em “novo slide” na Página Inicial, outras opções aparecerão para inclusão e facilitar sua apresentação. 
Marque onde você deseja adicionar o slide: selecione um slide existente no painel Miniaturas, clique no botão Novo Slide e escolha um layout. 
1
UNIDADE 1: PRINCÍPIOS DA ATIVIDADE ECONÔMICA. LIVRE INICIATIVA, 
FUNÇÃO SOCIAL DA EMPRESA E 
LIVRE CONCORRÊNCIA. 	
Professora: Raissa Nery e Alex Fabiano
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PRINCÍPIOS DO DIREITO EMPRESARIAL
Pode-se afirmar que o Direito Empresarial se trata de um regime especial de Direito Privado que disciplina o exercício da atividade econômica organizada.
Em suma: é o direito da empresa.
Com isso, é natural que o Direito Empresarial possua seus princípios próprios, que sustentam as regras especiais que regulam todo o mercado. 
 Vejamos esses princípios:
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1. PRINCÍPIO DA LIVRE INICIATIVA
Em 1º lugar, compete destacar que esse princípio tem status de fundamento para o Estado Democrático de Direito, ao lado de outros como a soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa humana, o pluralismo político e os valores sociais do trabalho. Vide art. 1º, CF/88.
4
1. PRINCÍPIO DA LIVRE INICIATIVA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL:
TÍTULO I
Dos Princípios Fundamentais
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político. [grifos nossos]
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1. PRINCÍPIO DA LIVRE INICIATIVA
É o princípio fundamental do Direito Empresarial. Trata-se de um princípio constitucional, como prevê o art. 170, caput, da Constituição Federal:
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: (…)
[grifos nossos]
6
1. PRINCÍPIO DA LIVRE INICIATIVA
Então, o que significa a livre iniciativa?
Significa liberdade de exercício de atividade econômica lícita, implicando a possibilidade de entrar, permanecer e sair do segmento empresarial em que se atua. 
Esse princípio faculta ao empreendedor a possibilidade de instalar e realizar os seus investimentos, de competir lealmente nos mercados e de auferir lucros (desde que não abusivamente).
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1. PRINCÍPIO DA LIVRE INICIATIVA
Trata-se de um princípio pelo qual os agentes econômicos agem de forma livre, sem a intervenção direta do Estado. 
Possui os seguintes desdobramentos: 1º) liberdade de instalação e alocação de investimentos; 2º) liberdade de competição e 3º) liberdade de gestão.
Os empresários são livres para tomar suas decisões de forma autônoma, realizar os investimentos pertinentes e auferir os lucros. 
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1. PRINCÍPIO DA LIVRE INICIATIVA
Essa liberdade configura o que se chama economia de mercado, em que a maior parte da atividade econômica (comércio, indústria e prestação de serviços) é gerada pela iniciativa privada, ficando o poder público com a função de regulamentar e fiscalizar e de promover áreas essenciais, como, por exemplo, energia, educação, saúde, segurança.
Obs: De forma antagônica, a economia de estado se dá quando o Estado é o protagonista da economia por desenvolver ele próprio o comércio, a indústria e a prestação de serviço.
9
1. PRINCÍPIO DA LIVRE INICIATIVA
A liberdade de iniciativa não é absoluta: possui limites.
1º) limites jurídicos: há setores exclusivos do Estado, como os serviços públicos e os monopólios de petróleo e minerais nucleares; 
2º) limites econômicos: os chamados “monopólios naturais”, em que a presença de mais de um agente econômico ou encontra óbices tecnológicos (freqüência das ondas de telefonia celular, p. ex.) ou físicos (ex: aeroportos, ferrovias, portos); 
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1. PRINCÍPIO DA LIVRE INICIATIVA
3º) limites socioculturais: correlacionados aos princípios da dignidade da pessoa humana e da valorização do trabalho (proibição à exploração da prostituição alheia ou de exibições de humilhação de seres humanos com peculiaridades físicas extravagantes, p. ex.).
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1. PRINCÍPIO DA LIVRE INICIATIVA
A liberdade de iniciativa traz consigo a liberdade de profissão – desdobrando aquela num plano individual (vide art. 5º, inc. XIII, CF).
As pessoas têm a liberdade de optar pela profissão que mais as agrade, desde que respeitados os limites (acadêmicos, legais e regulamentares a elas pertinentes).
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1. PRINCÍPIO DA LIVRE INICIATIVA
CF/88: 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes(...)
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer.
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1. PRINCÍPIO DA LIVRE INICIATIVA
Esse princípio tem por fim garantir a todos a possibilidade de se lançarem ao mercado, não apenas como profissionais no desempenho de uma atividade econômica, mas também de levarem adiante a própria empreitada consistente na organização da empresa. 
Logo, qualquer atividade econômica é livre, salvo apenas as restrições que o próprio texto constitucional reserva à legislação especial.
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1. PRINCÍPIO DA LIVRE INICIATIVA
Isso significa que toda pessoa física ou jurídica (não impedida legalmente) pode desenvolver qualquer atividade econômica (que vise lucro), seja ela indústria, comércio ou prestação de serviço, desde que lícita, não precisando para tanto de autorização do Estado.
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1. PRINCÍPIO DA LIVRE INICIATIVA
A livre-iniciativa pode ser dividida em quatro condições básicas para que a produção empresarial funcione de maneira eficiente, quais sejam:
1. Busca do lucro como principal motivação dos empresários;
2. Necessidade de se oferecer uma proteção jurídica ao investimento privado;
3. Existência da empresa privada para que a sociedade acesse bens e serviços necessários para sua sobrevivência;
4. Reconhecimento da empresa privada como um foco gerador de empregos e riquezas para a sociedade.
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1. PRINCÍPIO DA LIVRE INICIATIVA
Reflexão: a livre-iniciativa não é antagônica aos princípios sociais; ao contrário, são diversos os exemplos de sociedades economicamente liberais e que defendem com mais vigor a livre-iniciativa e que são mais desenvolvidas econômica e socialmente, apresentando uma menor desigualdade social do que países mais intervencionistas, com o mercado mais regulado. 
Vide:https://exame.abril.com.br/mundo/os-25-paises-mais-avancados-socialmente-do-mundo/
17
2. PRINCÍPIO DA LIVRE CONCORRÊNCIA
Também está previsto na constituição, no art. 170, inciso IV:
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:
(…)
IV – livre concorrência.
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2. PRINCÍPIO DA LIVRE CONCORRÊNCIA
Desdobramento da livre iniciativa.
Implica a ausência de óbices a que os agentes econômicos ingressem nos mercados e se relacionem de forma horizontal com os demais operadores.
Proíbe privilégios derivados do uso abusivo do poder econômico, bem como vantagens oriundas de eventuais intervenções públicas na economia.
prestigia a liberdade de ingresso (vedando as barreiras de entradae de saída); 
19
2. PRINCÍPIO DA LIVRE CONCORRÊNCIA
Prestigia a liberdade de exercício e de gestão (celebrando o uso do poder econômico de cada agente de uma forma leal e proibindo o abuso do poder econômico > ex: dumping);
Não existe notícia histórica de um país que porventura o modelo perfeito de livre concorrência tenha operado. 
Trata-se de um modelo teórico, concebido com um número certo de variáveis endógenas, as quais permitem o resultado ideal quanto à distribuição de recursos na sociedade.
20
2. PRINCÍPIO DA LIVRE CONCORRÊNCIA
O CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) é, por exemplo, um órgão governamental destinado à preservação da livre concorrência. Vide: http://www.cade.gov.br/
No entanto, se de um lado, o próprio Estado promove a proteção deste princípio, de outro, ataca-o frontalmente ao intervir em determinados mercados (ex: intervenção nos preços de produtos e serviços na “Crise dos Caminhoneiros” de 2018).
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3. PRINCÍPIO DA FUNÇÃO SOCIAL DA EMPRESA
Deriva do conceito de função social da propriedade, presente na CF. Para compreendê-lo, vejamos os seguintes conceitos:
Empresa é uma atividade econômica organizada para a produção de bens e/ou serviços.
O empresário, por sua vez, é a pessoa, que pode ser jurídica ou física, que exerce a referida empresa. 
Já o estabelecimento empresarial nada mais é do que o conjunto de bens, materiais ou imateriais, utilizados no exercício de determinada empresa.
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3. PRINCÍPIO DA FUNÇÃO SOCIAL DA EMPRESA
A função social da empresa se refere à atividade empresarial, que ocorre com o uso dos bens de produção pelos empresários. 
Uma vez que a propriedade desses bens se sujeita ao cumprimento da função social, como prevê a Constituição Federal em seu art. 5º, inciso XXIII, o exercício da empresa, por consequência, também deve cumprir uma função social específica.
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3. PRINCÍPIO DA FUNÇÃO SOCIAL DA EMPRESA
Segundo a Doutrina, a função social da empresa será cumprida mediante a geração de empregos, pagamento de tributos, criação de riquezas e contribuição para o desenvolvimento socioeconômico e cultural do entorno empresarial.
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CONCLUSÃO:
A CF/88 estabeleceu um sistema econômico capitalista, em que os fatores de produção são detidos pelos agentes privados, que deles dispõem e podem deles se valer para a obtenção de lucro. 
Ainda que o Estado possa circunstancialmente intervir na economia (seja por meio atos de gestão ou por meio de atos normativos) isso não descaracteriza a essência (capitalista) da Constituição Econômica brasileira de 1988, conforme se vê da leitura de seus art. 1º e 170.
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CONCLUSÃO:
Os princípios da Ordem econômica (baseada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa) estão listados no art. 170, CF: soberania nacional; propriedade privada; função social da propriedade; livre concorrência; defesa do consumidor; defesa do meio ambiente, redução das desigualdades regionais e sociais; busca do pleno emprego; tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País. 
Leiam arts. 170 a 173 da CF sobre a ordem econômica!!!
26
CONCLUSÃO:
Os princípios da Ordem econômica listados no art. 170, CF devem ser aprofundados na disciplina Direito Constitucional. 
Aqui em nossa disciplina (Falência e Recuperação Judicial) vimos com certo aprofundamento aqueles que são basilares do Direito Empresarial: a livre iniciativa, a livre concorrência e a função social da empresa.
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CONCLUSÃO:
Finalizamos o 1º ponto da Unidade 1 do nosso programa de ensino. 
Obs 1: Leitura obrigatória do art. 1º e art.170 da CF.
Obs 2: Leiam os arts. 172 e 173 da CF para compreenderem a ordem econômica de maneira geral!
Obs 3: Sugiro a leitura de qualquer livro de Direito Empresarial que borde o tema, mas recomendo a consulta dos livros em versão digital disponibilizados para a turma, pois muitas passagens desses slides forma extraídas deles.
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