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RECUPERAÇÃO JUDICIAL

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RECUPERAÇÃO JUDICIAL
❖ Meio de viabilização da continuação da atividade empresarial
O desenvolvimento das relações socioeconômicas fez com que o ordenamento jurídico
entendesse a falência, antes vista como algo ocorrente apenas aos devedores desonestos, como
uma situação decorrente das dificuldades do exercício de atividade econômica. E deixou clara a
relevância das atividades econômicas para o progresso da sociedade
➥ Os operadores do direito passaram a se preocupar com a função social da empresa, e
surge, no direito empresarial, o princípio da preservação da empresa. Com base nesse
princípio, houve a substituição da concordata pela recuperação judicial
● Objetivo primário é permitir a recuperação dos empresários individuais e das
sociedades empresárias em crise, desde que ele tenha condições de se recuperar
CONCEITO: instrumento por meio do qual o empresário em situação de quase insolvência,
ANTES DA FALÊNCIA, se recupera, propondo um plano de recuperação para os credores:
maiores interessados e aqueles que irão APROVAR o plano de recuperação
Ex: parcelamento maior, mudança da data de pagamento, etc.
● Na atual lei, a decretação da falência impede o devedor de obter o benefício da
recuperação: (art. 48, I, da LRE).
OBS: O NÃO CUMPRIMENTO DO PLANO TRANSFORMA-SE EM PROCESSO DE FALÊNCIA
● Todos os credores devem se habilitar para que possam votar nas assembleias. O devedor
apresenta seu plano, os credores são comunicados, para que apresentem eventuais
objeções e, caso haja alguma, a assembleia geral de credores é convocada para deliberar
sobre o plano apresentado.
❖ Quem não tem direito a Recuperação Judicial? (ART. 2 DA LEI 11.101)
a) Quem não é empresário
b) Empresário irregular: Ao irregular só se impede os benefícios da lei, as sanções
independem de sua regularidade. Por isso, não há impedimento que, mesmo diante de
irregularidade, impeça o empresário irregular de pedir sua própria falência. Todavia, em
razão da irregularidade perdem alguns benefícios, dentre eles a recuperação judicial.
i) Produtor rural:
Enunciado n. 96 A recuperação judicial do empresário rural, pessoa natural ou jurídica, sujeita todos os
créditos existentes na data do pedido, inclusive os anteriores à data da inscrição no Registro
Público de Empresas Mercantis.
Enunciado n. 97 O produtor rural, pessoa natural ou jurídica, na ocasião do pedido de recuperação
judicial, não precisa estar inscrito há mais de dois anos no Registro Público de Empresas Mercantis,
bastando a demonstração de exercício de atividade rural por esse período e a comprovação da
inscrição anterior ao pedido.
c) Empresas públicas, sociedades de economia mista, etc. (ART. 2 DA LEI 11.101)
➢ Quem tem direito? O empresário
Somente empresários (empresários individuais, EIRELI e sociedades empresárias) podem
requerer recuperação judicial.
REsp 1.665.042, STJ: é possível a formação de litisconsórcio ativo na recuperação judicial para abranger
as sociedades integrantes do mesmo grupo econômico.
Legitimidade ativa: Poderá requerer recuperação judicial o Empresário REGULAR há mais de 2
anos, que atenda aos seguintes requisitos, cumulativamente:
a) Não pode ter sido falido
i) Se foi falido, deve apresentar uma sentença transitada em julgado de extinção das
obrigações.
b) Não ter obtido há menos de 5 ANOS concessão da recuperação judicial pelo plano
ordinário
c) Não ter obtido há menos de 5 ANOS concessão de recuperação judicial pelo plano
base especial
d) Não ter sido condenado pela prática de crime falimentar nem mesmo sócio administrador
ou controlador condenado.
➢ Foro competente
Foro do principal estabelecimento do devedor, o qual corresponde não exatamente à sede
administrativa da empresa, mas ao local onde se concentra o maior volume de negócios.
➢ Requisitos materiais do pedido de recuperação judicial (Art. 51 da LRE)
Requisitos que o devedor deve atender para que o juiz autorize o processamento do seu pedido
de recuperação (ainda não se fala na concessão do pedido, apenas no deferimento de seu
processamento)
➥ Deferimento do processamento (ato inicial): O juiz recebe a petição, analisa se os
requisitos estão cumpridos e se os documentos exigidos na petição foram apresentados,
análise do plano
➢ Concessão: ocorre após o deferimento do processo
➢ Petição Inicial (art. 51 da LRE)
Deve ser instruída com TODOS os documentos exigidos, sob pena de indeferimento.
➢ (In)Deferimento do Processamento do Pedido
● Caso a petição inicial esteja em desacordo com as determinações constantes do art.
51 da LRE, haverá o indeferimento liminar da petição inicial, com a prolação de uma
sentença terminativa.
○ O juiz não deve indeferi-la de imediato e decretar a falência do devedor,
recomenda-se que o juiz determine a emenda da inicial, nos termos da legislação
processual.
○ Da sentença terminativa cabe apelação, em quinze dias
○ Nada impedirá a propositura de uma nova, tão logo se vejam atendidos os
requisitos formais antes ausentes.
➢ Deferimento do processamento da recuperação judicial
Devidamente instruída a petição inicial do devedor, prevê o art. 52 da LRE que “o juiz deferirá o
processamento da recuperação judicial”.
➢ Nomeação de Profissional: Faculdade do juiz nomear de um profissional de confiança,
que vai analisar se a documentação apresentada cumpri os requisitos legais, bem como se
há possibilidade de funcionamento da empresa, apresentando um laudo (não é o adm
Judicial), somente auxilia o juiz (ANTES DO DEFERIMENTO DO PROCESSAMENTO)
Com base nesse laudo o juiz irá deferir ou não a recuperação
Enunciado 52 da I Jornada de Direito Comercial do CJF: A decisão que defere o processamento da
recuperação judicial desafia agravo de instrumento.
➢ Nomeação do Administrador Judicial
Deferido o processamento do pedido de recuperação, determina a lei que o juiz nomeará o
administrador judicial
● Mesmas exigências da falência
● Na recuperação, a função do administrador judicial é quase a mesma exercida no
processo falimentar. Uma distinção importante: na falência, ele passa a administrar a
empresa, enquanto na recuperação o devedor continua com plenos direitos de
administração, sendo apenas fiscalizado pelo administrador judicial no cumprimento
do plano de recuperação.
Obs: Existem situações excepcionais em que o juiz afasta o empresário e o adm judicial assume.
➢ Dispensa de certidões negativas
O juiz determinará a dispensa da apresentação de certidões negativas para que o devedor
exerça suas atividades, exceto para contratação com o Poder Público ou para recebimento de
benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios
● Faculdade do juiz.
● Criticado pela doutrina
➢ Suspensão das ações e execuções contra o devedor
Instauração do juízo universal. Na recuperação judicial também há a instauração do juízo
universal e também há exceções a este. Em princípio, todas as ações e execuções contra o
devedor são suspensas, com exceção das ações que demandam quantia ilíquida, das ações
que correm perante a Justiça do Trabalho, das execuções fiscais e das ações e execuções
movidas por credores cujos créditos não se sujeitam à recuperação judicial
● O juízo universal não atrai as demandas suspensas para a sua competência, elas se
suspendem, mas continuam nos respectivos juízos.
● Não excederá o prazo de 180 dias, do deferimento do processamento da recuperação
➥ Pode ser prorrogado uma única vez por igual período (não é o que acontece na prática)
● Eventuais pedidos de falência ajuizados mas não julgados também serão suspensos até
que se decida pela concessão ou não do pedido de recuperação judicial.
● O deferimento do processamento da recuperação judicial não enseja o cancelamento da
negativação do nome do devedor nos órgãos de proteção ao crédito e nos tabelionatos de
protestos
● Após a distribuição do pedido de recuperação judicial, o devedor não poderá alienar ou
onerar bens ou direitos de seu ativo não circulante, inclusive para os fins previstos no
art. 67 desta Lei, salvo mediante autorização do juiz, depois de ouvido o Comitê de
Credores,se houver, com exceção daqueles previamente autorizados no plano de
recuperação judicial
O devedor não poderá desistir do pedido de recuperação judicial após o deferimento de seu
processamento, salvo se obtiver aprovação da desistência na assembleia geral de credores
❖ A apresentação do plano de recuperação judicial
● Prazo: uma vez publicado o deferimento do processamento, o empresário tem o prazo
de até 60 dias para apresentar o plano, sob pena de convolação em falência.
○ A partir do deferimento do processamento do pedido de recuperação judicial, ou o devedor
conseguirá sua recuperação judicial ou sua falência será decretada.
● Meios de recuperação art 50 lei 11.101: rol exemplificativo.
O plano deverá conter:
i) discriminação dos meios de recuperação a ser empregado; ii) demonstração de sua
viabilidade econômica; iii) laudo econômico-financeiro dos bens e ativos do devedor
Ao devedor compete apresentar um plano viável e consistente. Aos credores compete examinar o
plano para que se veja a possibilidade de sua aprovação.
○ Ex: Vender bens, diminuir salário, pedir desconto aos credores.
● Limitações do planejamento:
A) crédito trabalhista de natureza estritamente salarial no valor de 5 salários mínimos devem
ser pagos em no máximo 30 dias, vencidos nos 3 meses anteriores ao pedido de recuperação
judicial);
B) créditos trabalhistas/acidentários devem ser pagos em no máximo 1 ano (com possibilidade
de prorrogação em dobro). Vencidos nos 3 (três) meses anteriores ao pedido de recuperação
judicial.
○ O procedimento de habilitação de créditos, diferente da falência, servirá para dar
legitimidade aos credores participarem da assembleia geral de credores (na
falência é para estabelecer ordem dos credores).
● Credores submetidos ao processo de recuperação judicial do devedor
Estão sujeitos à recuperação judicial todos os créditos existentes na data do pedido, ainda que
não vencidos
São excluídos da recuperação judicial: o credor titular da posição de proprietário fiduciário de bens
móveis ou imóveis, de arrendador mercantil, (...)” e os credores titulares de importância entregue
ao devedor, em moeda corrente nacional, decorrente de adiantamento a contrato de câmbio para
exportação. (Trata-se, basicamente, de créditos bancários)
○ A concessão da recuperação não exime um fiador ou avalista quanto à
garantia que os mesmos prestaram ao devedor
○ As obrigações anteriores à recuperação judicial observarão as condições
originalmente contratadas ou definidas em lei, inclusive em relação aos
encargos, salvo se de modo diverso ficar estabelecido no plano de
recuperação judicial
● Formação do quadro geral de credores (igual falência)
❖ A análise do plano de recuperação pelos credores e pelo juiz
O juiz ordena a publicação do plano para que os interessados possam apresentar objeções.
Depois que o devedor apresentar o seu plano, cabe aos credores analisar o plano e decidir se o
devedor deve ter a concessão da recuperação ou não (o juiz apenas homologa)
➢ Objeções ao plano:
Devem ser apresentadas no prazo de 30 DIAS a partir da publicação do plano.
➢ Convocação da Assembleia Geral:
○ Se nenhum credor apresentar objeções ao plano, significa que houve uma aprovação
tácita ou após a juntada aos autos do plano aprovado (aprovação expressa) não se
convoca assembleia.
○ Se houver objeção ao plano, por parte de qualquer credor, o juiz convocará a assembleia
geral de credores para deliberar sobre o plano de recuperação (não cabe ao juiz analisar
as objeções).
Obs: o credor pode desistir da objeção apresentado contra o plano, se o fizer antes da
convocação da assembleia
➢ Deliberação dos Credores
Acerca das deliberações dos credores acerca – seja para aprová-lo sem alterações, aprová-lo
com alterações ou simplesmente não o aprovar –, a designação da assembleia geral não
excederá 150 dias contados do deferimento do processamento da recuperação judicial
● Havendo aprovação do plano de recuperação judicial, a assembleia poderá designar os
membros que comporão o Comitê de credores, passando-se à próxima fase do processo
● Havendo alterações, é necessária a “expressa concordância do devedor e em termos
que não impliquem diminuição dos direitos exclusivamente dos credores ausentes”
● Em caso de rejeição, caberá ao administrador submeter “à votação da assembleia geral de
credores a concessão de prazo de 30 (trinta) dias para que seja apresentado plano de
recuperação judicial pelos credores
○ Votação: O juiz poderá conceder a recuperação judicial com base em plano que
não obteve aprovação na assembleia geral de credores, desde que, na mesma
assembléia, tenha o plano obtido, de forma cumulativa:
a) o voto favorável de credores que representem mais da metade do valor de todos os
créditos presentes à assembleia, independentemente de classes;
b) aprovação em cada uma das classes de credores.
CLASSES:
1. Trabalhistas e acidentários (Leva em conta somente maioria simples, independentemente do valor dos
créditos de cada um)
2. Garantia real (Devem ter mais da metade dos créditos, além de maioria simples dos créditos presentes)
3. Quirografários e demais (Devem ter mais da metade dos créditos, além de maioria simples dos
créditos presentes)
4. Microempresários e Empresário de Pequeno Porte (Leva em conta somente maioria simples,
independentemente do valor dos créditos de cada um)
2 E 3: Devem ter mais da metade dos créditos, além de maioria simples dos créditos presentes.
1 E 4: Leva em conta somente maioria simples, independentemente do valor dos créditos de cada
um.
➢ Se o plano for rejeitado pela assembleia geral, em regra, o devedor será
decretado falido (convolação de recuperação em falência)
1. Primeira hipótese - Aprovação sem alterações: ultrapassado o prazo de objeções e não
existindo nenhuma, a recuperação será concedida. Sem convocação da assembleia.
2. Segunda hipótese - Aprovação com alterações: será necessário que o devedor consinta
expressamente com as mudanças e que elas não causem prejuízos aos credores
ausentes, que não puderam votar
3. Terceira hipótese - Rejeição: Se uma das classes rejeitar, o plano todo é rejeitado. Caso o
plano de recuperação do devedor não convença os credores quanto à sua
viabilidade, a assembleia geral o rejeitará, e a consequência dessa rejeição será a
decretação da falência do devedor
● Requisitos para deliberação do plano: Se os credores consentirem com o plano do
devedor, com ou sem alterações, na assembleia geral, caberá apenas ao devedor
providenciar a apresentação de certidões negativas de débitos tributários, nos
termos previstos pela legislação tributária
4. Da concessão da recuperação judicial sem o consentimento dos credores
A LRE prevê uma situação excepcional em que a recuperação judicial do devedor poderá ser
concedida pelo juiz mesmo que a assembleia geral não tenha aprovado o plano.
Art. 58 § 1º O juiz poderá conceder a recuperação judicial com base em plano que não obteve
aprovação na forma do art. 45 desta Lei, desde que, na mesma assembléia, tenha obtido, de forma
cumulativa:
I – o voto favorável de credores que representem mais da metade do valor de todos os créditos
presentes à assembléia, independentemente de classes;
II - a aprovação de 3 (três) das classes de credores ou, caso haja somente 3 (três) classes com
credores votantes, a aprovação de pelo menos 2 (duas) das classes ou, caso haja somente 2
(duas) classes com credores votantes, a aprovação de pelo menos 1 (uma) delas, sempre nos
termos do art. 45 desta Lei;
III – na classe que o houver rejeitado, o voto favorável de mais de 1/3 (um terço) dos credores,
computados na forma dos §§ 1º e 2º do art. 45 desta Lei.
● A recuperação judicial somente poderá ser concedida com base no § 1.º deste artigo se o
plano não implicar tratamento diferenciado entre os credores da classe que o houver
rejeitado
● o plano de recuperação judicial implica novação dos créditos anteriores ao pedido, e
obriga o devedor e todos os credores a ele sujeitos, sem prejuízo das garantias,
❖ Decisão que concedea Recuperação Judicial
Da decisão que concede a recuperação judicial cabe agravo de instrumento, que poderá ser
interposto por qualquer credor ou pelo representante do Ministério Público
1. A manutenção do devedor em recuperação até que se cumpram as obrigações: o juiz
manterá o devedor em recuperação até que se cumpram todas as obrigações
vencidas nos 2 anos seguintes à concessão
● Descumprimento do plano de recuperação dentro desses dois anos provocará a
convolação da recuperação em falência
● Se o descumprimento for posterior aos dois anos, não há convolação da
recuperação em falência: aquele que está prejudicado poderá Executar a sentença
ou, sendo um dos casos do art. 94, poderá requerer a falência do devedor
2. Cumpridas as obrigações
● Cumpridas as obrigações vencidas no prazo da recuperação judicial, o juiz
decretará por sentença o encerramento da recuperação judicial.
● Da sentença que denega o pedido de encerramento da recuperação judicial, cabe
recurso de agravo, enquanto a sentença que encerra a recuperação enfrenta o
recurso de apelação.
● Também provoca o encerramento do processo de recuperação judicial o
pedido de desistência formulado pelo devedor, desde que aprovado pelos
credores em assembleia geral.
3. Alienação de bens
a. Se houver a alienação como meio de recuperação, não há para o adquirente
transferência de ônus de qualquer natureza relativo a esse bem.
RECUPERAÇÃO JUDICIAL PELO PLANO BASE ESPECIAL
● LEGITIMADOS: ME e EPP
● Facultativo: Podem escolher pelo plano ordinário ou pelo plano especial
○ Fazem a opção na petição inicial
○ Não permitem ao empresário definir o meio de recuperação, trata-se apenas de
um parcelamento
● Produtor rural: Pode ser equiparado, desde que o valor da causa não exceda 4.800.000
de reais.
● Condições:
○ Abrangência: todos os créditos
○ Parcelamento: só pode prever um curto parcelamento de até 36 vezes no máximo
○ Primeira parcela: pode pedir que o pagamento da primeira parcela seja paga num
prazo de 180 dias do pedido de recuperação
○ Aumento de despesas e concentração de empregados: se houver necessidade,
haverá de se ter uma autorização especial do juiz, depois de ouvido o adm judial
● Se o juiz defere o pedido de recuperação pelo plano base especial: NÃO SE SUSPENDEM
OS PRAZOS, AÇÕES, PRESCRIÇÕES E EXECUÇÕES
● após publicado o plano, o juiz não convocará a assembléia geral de credores, ainda que
existam objeções, e, se cumpridos os requisitos da lei, ele concede a recuperação (não há
deliberação da assembléia, quem decide é o juiz
● Se houver objeções de mais da metade (calculado conforme o art. 45) dos créditos de
qualquer das classes, o juiz deverá julgar improcedente o pedido e decretar a falência
do devedor
Recuperação Extrajudicial
Negociada fora do juízo, mas há manifestação judicial, o devedor procura os credores diretamente
● Requisitos do art. 48 (regularidade a mais de 2 anos, não ser falido, etc)
○ Pela literalidade da lei, o legitimado são os mesmo da recuperação judicial para
que haja homologação, mas isso não impede a recuperação de fato - caso não
sejam cumpridos os requisitos - situação em que não haverá um acordo com os
credores
○
● Créditos Sujeitos, TODOS, com exceção dos:
○ Tributários:
○ Trabalhistas - Mudança PODEM desde que exista negociação coletiva
● NÃO PERMITE pagamento antecipado de dívidas
● NÃO PERMITE Tratamento desfavorável para credores que não estão sujeitos ao plano
(fazenda pública e trabalhadores)
● O plano de recuperação extrajudicial abrange, de forma exclusiva, apenas os créditos
constituídos até a data do pedido de homologação
● Na alienação de bem objeto de garantia real, a supressão da garantia ou sua substituição
somente serão admitidas mediante a aprovação expressa do credor titular da respectiva
garantia
● Nos créditos em moeda estrangeira, a variação cambial só poderá ser afastada se o credor
titular do respectivo crédito aprovar expressamente previsão diversa no plano de
recuperação extrajudicial
➢ Homologação
Em regra é FACULTATIVA (se todos os credores aderirem ao plano). Quando todos aderem, o
plano produz efeito em relação a todos.
- Não é possível requerer a homologação:
a) Se estiver pendente pedido de recuperação judicial
b) Se tiver obtido homologação de outro plano extrajudicial a menos de 2 anos
c) Se obtida concessão de recuperação judicial à menos de 2 anos
Considerações sobre o pedido de homologação:
● Não suspende ações e execuções, nem prescrições
● Não impede decretação de falência quanto a credores não sujeitos à recuperação
● Depois da distribuição do pedido de homologação NÃO CABE desistência pelos credores,
SALVO a concordância dos demais.
● Homologação obrigatória: quando há credores que não concordam com o plano, mas para
conseguir a homologação é necessário que MAIS DA METADE DOS CRÉDITOS DE
CADA CATEGORIA aderindo ao plano.
O devedor irá requerer a homologação do plano para produzir efeito em relação a todos os
credores quando tiver a adesão ao plano de mais de 50 por cento dos créditos de cada
categoria
- Após o pedido, o juiz abre um prazo para impugnação para homologar ou não
● A sentença que homologa é título executivo permite execuçã0
● Recurso cabível contra a sentença é APELAÇÃO
● Não homologação: o devedor poderá realizar um novo pedido
AUTOFALÊNCIA
A lei diz que o empresário em estado de insolvência deve declarar sua autofalência, mas não
impõe sanções se ele não fizer. Será instaurado um processo falimentar.
● A doutrina classifica a autofalẽncia como regular e aquela requerida por terceiros com
irregular
Benefícios:
● Se o devedor requere sua orópria falência, o patrimônio dos sócios NÃO É ATINGIDO
POR DÉBItOS TRIBUTÁRIOS
● Ainda não tem juriprudência - Nesse caso, extinto o processo, as obrigações também
serão extintas
Não é um pocedimento comum.

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