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1.1. Apresentação do Processo HPS: 1.1.1. Definições - HPS (Hybrid Pelletized Sinter) Processo híbrido de pelotização e sinterização. - Pellet Feed (MP) Minério de ferro fino com granulometria < 0,105 mm na mina, muito utilizado em processo de pelotização. - Sinter Feed (MF) Minério de ferro fino com fração granulométrica > 0,105 mm e < 6,35 mm, utilizado no processo de sinterização. - Partícula Núcleo Refere-se às partículas > 0,70 mm que formam os núcleos das micropelotas. - Partícula Aderente Refere-se às partículas < 0,20 mm que formam a camada aderente das micropelotas. - Micropelota Produto resultante da aglomeração da fração aderente (< 0,20 mm) à fração nucleante (> 0,70 mm). - Cok Coating É o combustível sólido utilizado no recobrimento da micropelota após o processo de pelotamento. - SSW Sistema de carregamento (Segregating Slip Wire) 1.1.2. Descrição do Processo HPS O HPS é um processo de aglomeração que utiliza elevado percentual de Pellet Feed, minério este impróprio ao consumo no processo convencional de sinterização. Consiste na completa aglomeração da mistura a sinterizar, formando micropelotas. Após, as pelotas são revestidas com finos de combustíveis sólidos em um segundo misturador, formando então a mistura a sinterizar, que é carregada na máquina de sinterização através do sistema de segregação intensa (SSW). Isso favorece a permeabilidade e permite a utilização de camada com altura de até 650,0 mm. Durante o processo de queima, o combustível sólido contido na superfície da camada é posto em combustão pelo calor gerado no forno de ignição e o ar é succionado por um sistema de exaustão, passando a queimar todo o combustível nela disseminado. A frente de combustão progride até o fundo do leito pelo fluxo de ar succionado e o calor gerado promove a vaporização da água, a decomposição dos carbonatos e hidratos (calcário, dolomita, Ca(OH)2), provoca uma fusão parcial das partículas em um ambiente redutor-oxidante e a ligação entre elas por uma matriz de escória, a uma temperatura entre 1200 e 1400 ºC. O resultado é uma massa resistente e porosa denominada sínter HPS. A fig. 1 ilustra a micropelota e o sínter produto obtido no processo HPS. Fig.: 1 - Micropelota e produto HPS 1.1.3. Histórico do Processo HPS Para produzir sínter de alta qualidade com baixo volume de escória e utilizando grande quantidade de pellet feed a NKK desenvolveu o processo de aglomeração chamado HPS. Este processo foi construído e implantado na máquina de sinterização nº 5 de Fukuyama – Japão, e teve o seu início de operação em novembro de 1988. A melhoria da produtividade e qualidade do produto HPS ocorreu com a introdução de novas tecnologias, conforme apresentado na Fig. 2 HPS SSW Limpeza SSW P ro d u ti v id a d e – t/ m 2 h 1.8 1.6 1.4 1.2 T e s te T a m b o r % > 1 0 ,0 m m 69 68 67 C o q u e – k g /t 39 38 37 36 R e to rn o – k g /t 230 210 190 170 150 130 1988 1990 1995 1.65 1.63 1.38 68.0 67.5 68.9 36.2 37.6 38.2 131 162 220 Fig.: 2 – Evolução do Processo HPS na NKK 1.1.4. Vantagens Apresentadas pelo Processo na Produção de Sínter Com a introdução do processo HPS são esperadas as seguintes melhorias: - Utilização de pellet feed na proporção de 50,0 % na mistura de minérios; - Redução do consumo de coque; - Redução do consumo de gás de coqueria; - Elevação do teor de FeT do sínter; - Possibilidade de aumento de produtividade; - Aumento do índice de redutibilidade do sínter; - Aumento do rendimento. Lavra Processo de beneficiamento mineral Sinter Feed 43,21 % Granulado 14,29 % Pellet Feed 16,43 % Barragem de Rejeitos 26,07 % 1.1.5. Benefícios do Processo HPS para as Minerações Até meados da década de setenta, o pellet feed produzido não possuía valor comercial, sendo considerado rejeito nas minerações assoreando as barragens e cursos d’água, com graves problemas ambientais. Atualmente, em alguns casos são estocados em barragens, sendo, entretanto, grande parte da produção destinada à pelotização. Para os grandes estoques de barragens, que apesar do baixo valor comercial, até então faltavam alternativas para o seu aproveitamento, tem no HPS o processo capaz de utilizá-lo. A fig. 3 – apresenta o fluxo de produção em minerações Fonte: Balanço Mineral Brasileiro – 2001 Fig.: 3 – Fluxo de produção em minerações