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Adaptação: Hiperplasia, Hipertrofia, Necrose e Metaplasia.

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Introdução a Patologia
 Patologia é o estudo das alterações estruturais, bioquímicas e funcionais nas células, tecidos e órgãos que fundamentam doença. E pode ser dividida em: patologia geral (alterações a nível celular) e sistêmica (alterações no nível de órgãos e sistemas). 
		Gabriela Sodré- MED-3°
· Aspectos do processo doença que regem a patologia: 
etiologia (causa, fatores genéricos ou adquiridos, agentes etiológicos), patologia (doença, resposta a nível celular do organismo ao agente etiológico), alterações moleculares e morfológicas (mudanças no organismo típicas da doenças, alterações teciduais e celulares,mecanismo da doença), perturbações funcionais e manifestações clinicas (alterações funcionais provocadas pela doença, sinais e sintomas, curso da doença e final).
· Resposta celular ao estresse e estímulos nocivos:
A célula é a unidade morfofuncional do seres vivos, e durante a nossa vida ela é exposta diariamente a diversos fatores, muitos deles são fatores estressantes (privação de nutrientes, oxigênio, água) e estímulos nocivos (isquemia, toxinas, infecções) a ela. Diante deles a célula desenvolveu mecanismos de controle e proteção para reagir a essas situações.
 O primeiro é a adaptação mecanismo reversível no qual a célula altera suas funções diante de estímulos de estresse para se adaptar e logo que retoma o seu equilíbrio volta para o seu estado de homeostase. O segundo, contudo, é quando a célula é incapaz de se adaptar diante do estimulo de estresse ou se ela é exposta a um estímulo nocivo, a célula não consegue alterar suas funções para retomar seu estado de equilíbrio e sofre uma lesão celular (perda de função) essa que pode ser reversível (temporária, é possível retornar a homeostasia) ou pode ser irreversível (permanente, não é possível retornar a homeostasia). Nessa segunda opção a lesão irreversível é geralmente progressiva e pode caminhar para a morte celular que pode ocorre por: necrose ou apoptose (morte programada da célula). 
Respostas celulares adaptativas
 São alterações reversíveis em tamanho, número, fenótipo, atividade metabólica ou funções das células, em resposta a alterações do seu ambiente. Tais adaptações podem assumir várias formas distintas.
· Tipos de adaptações:
Hipertrofia: aumento do volume celular, que se feito em um tecido pode gerar aumento de um órgão, pode ocorrer associado à hiperplasia ou não, pode ser patológico (hepatomegalia, cardiomegalia, esplenomegalia), ou seja, uma resposta a uma infecção, ou pode ser um aumento fisiológico devido a estímulos hormonais como durante o crescimento, ou no trabalho da musculatura mediante a prática de exercício físico (há o desenvolvimento da musculatura por hipertrofia). Bioquimicamente esse processo acontece pelo aumento da produção de proteínas na célula.
 
 Hipertrofia Necrose
 
 Olhar clínico: Uma adaptação ao estresse pode progredir para lesão celular funcionalmente significativa, se o estresse não for aliviado, por exemplo no caso do coração que tem células altamente especializadas e tem dificuldade em se regenerar e se reproduzir, quando submetidas a um alto estresse esses cardiomiócitos sofrem hiperplasia numa tentativa de adaptação, contudo se o estimulo não sede e a hiperplasia continua, a musculatura cardíaca é lesionada, podendo acontecer de modo reversível ou até uma necrose ou apoptose o que pode gerar uma Insuficiência cardíaca. 
 
 Coração com Ventrículo esquerdo hipertrófico Coração hipertrófico e hiperplásico e necrosado 
 
OBS:
Dentro dos cortes histológicos e na observação do tecido é possível diferenciar as lesões mais recentes das antigas pelas mais antigas terem depósitos de cálcio, pois a morte do tecido mediante lesão irreversível gera um acúmulo local de cálcio com o tempo. No caso de infarto onde há uma isquemia de tecido cardíaco com o tempo e a cicatrização no local da lesão/isquemia há a calcificação dos cardiomiócitos, o que atrapalha o funcionamento elétrico do coração
2. Hiperplasia: aumento do número de células em um órgão ou tecido, que tende a acontecer em paralelo com a hipertrofia, tendo os mesmos estímulos e podendo ser de origem fisiológica e patológica. Tipos de hiperplasia fisiológica: hiperplasia hormonal (advém de necessidades naturais de crescimento, ex. puberdade) e hiperplasia compensatória (advém de lesões processos, rompimentos, ex. regeneração hepática mediante lesão por álcool). Hiperplasia patológica é causada por excesso de hormônios ou fatores de crescimento atuando em células alvo (ex. o aumento da próstata com a idade induzida por desequilíbrios hormonais, verrugas em infecção por HPV).
 
Atrofia: é a redução do tamanho de um órgão ou tecido que resulta da diminuição do tamanho e do número de células, gerada pela da diminuição da síntese proteica, do aumento da degradação das proteínas nas células e da autofagia, processo que pode ser fisiológico ou patológico. Fisiológica (durante o desenvolvimento muitas estruturas vão desaparecendo como no desenvolvimento embrionário a notocorda foi se atrofiando, na evolução o apêndice vermiforme se atrofiou), Patológica (perda muscular por falta de exercício em pessoas imobilizadas em leitos, perda muscular por danos em nervos, má nutrição gera atrofia de fibra muscular).
 
 Normal Atrofiada
Metaplasia: é uma alteração irreversível na qual um tipo celular diferenciado (epitelial ou mesenquimal) é substituído por outro tipo celular, um tipo de substituição de células menos aptas por células mais aptas. Um exemplo desse processo é a metaplasia endotelial na qual em fumantes crônicos o endotélio de células colunares e ciliadas do trato respiratório vão ser gradualmente substituídos por células escamosas de epitélio pavimentoso simples.
 
Olhar clínico: Mesmo a células escamosas da metaplasia endotelial serem mais resistentes, no sistema respiratório isso é prejudicial e perigoso, pois a perda das células ciliadas tornam o individuo suscetível a infecções por reduzir a movimentação do muco e o papel na resposta imunológica inata das células ciliadas. O exemplo significativo da metaplasia é esôfago de Barrett, no qual o epitélio escamoso do esôfago é substituído por células colunares semelhantes às intestinais, sob influência do refluxo do ácido gástrico, deixando essa região suscetível a cânceres.
Referências Histologia de Ross & Pawlina

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