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Introdução a imunologia

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Introdução a Imunologia
Conceitos
		Gabriela Sodré- MED-3°
Imunologia: estudo dos mecanismos de defesa do organismo contra as doenças/ infecções.
Sistema imune: é o conjunto de células, tecidos e moléculas que medeiam a resistência às infecções no organismo.
Imunidade ativa: está relacionada a resposta imune adaptativa, o individuo é exposto a um antígeno seu sistema imune cria uma resposta específica para ele e uma memória imunológica, por exemplo a vacina.
Imunidade passiva: é uma imunidade adquirida não desenvolvida, não há a construção de uma memória imunológica, nem a ativação da resposta imunológica adaptativa, por exemplo, acontece no bebê recém nascido onde seu sistema imune não está bem desenvolvido e a mãe através do leite ou da placenta transmite anticorpos para o bebê. 
Resposta imunológica: reação coordenada de células e moléculas a antígenos no organismo.
Resposta primária: primeiro contato com o antígeno, baixa intensidade, mais lenta.
Resposta secundária: secundo contato com antígeno, muito mais rápida e eficiente que a primeira resposta devido a memória imunológia.
Anticorpos: são grupamentos protéicos específicos que compõem a resposta imune adaptativa, são responsáveis por se ligar e neutralizar antígenos. 
Patógenos: organismos vivos causadores de doenças. (ex. vírus, bactérias, fungos...) 
Antígeno: corpo estranho ao organismo que gera uma reação imunológica, podendo ser organismos, moléculas, substâncias, proteínas,... 
Imunidade protetora: é a imunidade que gera memória imunológica esta associada a resposta imunológica adaptativa, com ela estamos protegidos em casos de reinfecção. 
Receptores de antígenos: são compostos geralmente protéicos que se apresentam na membrana das células do sistema imunológico e atuam no reconhecimento de antígenos, processo fundamental para desencadear a resposta imunológica.
Memória imunológica: acontece quando após a exposição de um organismo a um patógeno ou antígeno, a resposta imune adaptativa é ativada e há o combate a esse antígeno após esse combate, uma parte dos linfócitos gerados para aquele antígeno sofre diferenciação em linfócitos de memória, estes com uma meia vida mais longa permanecendo no corpo para em caso de reinfecção a resposta ao antígeno seja feita de modo mais rápido e mais efetivo protegendo o organismo contra a infecção. 
Citocinas: são mensageiros químicos da resposta imunológica, são polipeptídeos produzidos por células mediante estimulo de um antígeno, que agem estimulando ou inibindo as células, se essa estimulação acontecer na própria célula produtora é autócrina, se acontecer em células próximas é parácrina, se acontecer em células distantes é endócrina. Elas são responsáveis por regular e mediar as reações imunológicas e inflamatórias, podendo ser pró ou anti- inflamatórias, nesses casos são chamadas de interleucinas. 
Granulócitos: ou leucócitos polimorfonucleados, é o termo coletivo para os leucócitos chamados neutrófilos, eosinófilos e basófilos, são assim chamados porque têm grânulos densamente corados em seu citoplasma, pertencem a classe dos fagócitos, são caracterizados também pela presença de leucotrienos.
Fagócitos: são as células do sistema imune que realizam a destruição de antígenos por fagocitose, sua função é identificar, ingerir e destruir antígenos, dentro dessa classe tem: os monócitos, os macrófagos, os granulócitos e as células dendríticas.
Inflamação: acúmulo de leucócitos no local de infecção, com vasodilatação concomitante e com o aumento do fluxo de líquidos e proteínas para o tecido.
Opsonização: processo em que a células revestem/ expõem em suas membranas restos de antígenos (proteínas e rnas) para facilitar o reconhecimento deste antígeno por outras células e desencadear uma reposta imune. 
Quimiocinas: proteínas secretadas que atuam como quimioatraentes (daí o nome "quimiocina"), atraindo as células portadoras de receptores de quimiocinas, como neutrófilos e monócitos, da corrente sanguínea para o tecido infectado, são liberadas por macrófagos ativados.
Linfócitos virgens: ou células T virgens, são linfócitos inativos cuja cromatina se encontra ainda condensada no núcleo.
Linfócitos efetores: são linfócitos ativados, ou seja, que já encontraram seu antígeno, cuja cromatina encontra-se não condensada.
Função do sistema imune
 A função fisiológica do sistema imune é prevenir infecções através da memória imune, reconhecer antígenos, eliminá-los e também erradicar infecções e lesões teciduais já presentes no organismo, além disso, ele é responsável por regular/ controlar essa resposta imune para que ela não se torne exacerbada, nem ausente.
Tipos de resposta imune
 Imunidade inata: é a resposta imune natural, já nascemos com ela, é imediata e inespecífica, não gera uma memória imunológica, é a primeira linha de defesa do organismo, reage a proteínas, glicoproteínas e polissacarídeos de patógenos, metais, substâncias e materiais tóxicos, entre outros. Componentes: barreiras biológicas: fagócitos (macrófagos, monócitos, bastonetes, neutrófilos), células natural killers, células dendríticas, eosinófilos, basófilos, mastócitos, barreiras físicas e químicas (pele, saliva, lagrimas, ph), citocinas, proteínas do sangue do sistema de complemento.
Exemplo: A pele com suas células justapostas, seus antibióticos naturais e células especializadas de defesa impedem a entrada de antígenos no corpo, a acidez estomacal, acidez vaginal é uma barreira química que desnatura e mata os microorganismos, lágrimas, cílios saliva, células caliciformes produtoras de muco e células colunares ciliadas na mucosa do trato respiratório capturam e neutralizam partículas de poeira e substâncias estranhas. 
 Imunidade adaptativa: é a resposta imune adquirida durante a vida em contato com o meio e os diversos micro-organismos, essa resposta é específica e gera uma memória imunológica, é mais lenta, porém mais eficiente, e é desencadeada pela resposta imunológica inata, ela responde normalmente tanto a antígenos microbianos, quanto não microbianos, como proteínas, substâncias alergênicas entre outros. Componentes: linfócitos B, anticorpos, macrófagos, linfócitos T auxiliar e citotóxico, células apresentadoras de antígeno (células dendríticas, macrófagos e células B), células efetoras (linfócito T e B, macrófagos, células natural killer).
Principais características da Resposta imune adquirida
1. Especificidade: os leucócitos responsáveis por essa resposta imunológica contêm receptores celulares específicos para cada antígeno, agindo sobre o complexo antígeno-anticorpo ou diretamente na célula infectada.
2. Diversidade: ele é capaz de responder a uma gama de antígeno devido a presença de seus receptores, do processo de reconhecimento e da memória imunológica realizada pelas células.
3. Memória: os linfócitos B, se diferenciam em uma linhagem de plasmócitos com o tempo de meia vida mais longo que ficam circulando no organismo inertes para que caso haja um processo de reinfecção o organismo ele possa agir protegendo o organismo.
4. Expansão clonal: a replicação em massa dos linfócitos t específicos para o antígeno, aumentando rapidamente em número no sangue permitindo um combate eficiente da infecção.
5. Especialização: graças ao sistema de reconhecimento e a memória imunológica o corpo consegue gerar respostas variadas, boas e compatíveis com seu antígeno, indiferentemente aos variados tipos de microorganismos que o ataca.
6. Contração e homeostasia: o corpo é capaz de aumentar seu leucócitos e ativar diversos mecanismos de combate para acabar com uma infecção, mas é também capaz, ao fim da infecção, de retornar a seu estado de homeostasia, os linfócitos T reguladores estão muito associados a essa característica de controle da imunidade. 
7. Não reatividade própria; o sistema imune reage a de versos antígenos exógenos ao corpo, mas não ataca seus auto-antigenos, se isso acontecer é o processo que chamamos de doenças autoimunes.
Tipos de resposta imune adaptativa
 Humoral: é uma defesa mediada por anticorpos,é uma defesa extracelular, ela impede que o micro-organismo ou toxina infecte a célula eliminando os antes. Os anticorpos agem reconhecendo, neutralizando e eliminando os antígenos. 
 Celular: é uma defesa mediada por células, os linfócitos T, é uma defesa intracelular, eles agem reconhecendo e destruindo células infectadas trabalham junto as células fagocitárias e as células natural killers do organismo. 
Olhar clínico: 
Vacinas: é um meio de imunização coletiva conhecido mais eficiente por trabalhar com a imunização ativa da população a vacina nada mais é do que um preparado contendo um antígeno fraco ou inativado que vai ativar a resposta imune adaptativa e vai gerar memória imunológica protegendo o individuo. Já o soro é uma forma de imunização passiva por ser um preparado contendo anticorpos prontos de um outro individuo, portanto não estimulando a imunidade adaptativa e não gerando células de memória.
 Transplante- um dos grandes desafios para os transplantes é o sistema imunológico, a rejeição ao órgão nada mais é do que uma reação do sistema imunológico aos tecidos do novo órgão que é visto pelo sistema imune como estranho.
Reações alérgicas- nada mais são do que reações exacerbadas e hipersensibilidade do sistema imunológico a determinadas substâncias e compostos, sendo o choque anafilático a resposta mais grave dessa alergia. 
Medicamentos anti- histamínicos: em reações alérgicas os mastócitos agem na resposta imune inata liberando seus grânulos para o meio, estes que contem em seu interior histamina, composto que mediante a ligação com receptores age na vasodilatação e desencadeia muitos sintomas característicos das alergias como a vermelhidão, edema, prurido. Os medicamentos anti- histamínicos vão ser administrados durante essas reações e eles vão agir bloqueando os receptores da histamina e amenizando os sintomas. 
 Anemia megaloblástica: doença causada por deficiência alimentar ou distúrbio genético que gera hemácias mal formadas e de tamanho aumentado, desencadeando uma resposta imunológica que gera a destruição maciça desses eritrócitos na medula gerando um quadro anêmico.
Doenças autoimunes: a imunidade adquirida tem a característica de não reatividade própria, contudo por processo de disfunções que pode ter fundamento genético ou não, que pode ser por falhas nos linfócitos T reguladores ou em outros mecanismos do processo, não se sabe ao certo, o sistema imune começa a atacar componentes, tecidos, substâncias, células do próprio organismo. Exemplo: lúpus, inflamações crônicas, doenças neurodegenerativas (esclerose múltipla, síndrome de Guille-baré, sistema imune ataca as baias de mielina dos neurônios), choque séptico (resposta imunológica exagerada, a muitas citocinas), diabéticos tipo 1 (as células do sistema imune destroem as hilhotas pancreáticas, impedindo a produção da insulina e causam um quadro de diabetes) 
Deficiência de adesão leucocitária: doença rara de base genética que gerou uma produção errônea de integrinas o que impossibilitou o deslocamento de leucócitos como os neutrófilos dificultando sua ação durante infecções.
Emissão do pus- em processos infecciosos a emissão de pus nada mais é do que um dos mecanismos da imunidade, esse liquido viscoso é composto de bactérias, neutrófilos mortos e líquido extracelular.

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