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1 - Artigo - Abertura - Políticas públicas é preciso ir além do


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3Maringá, domingo, 18 de julho de 2021OPINIÃO/GERAL
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Os artigos assinados representam a opinião dos
autores, que assumem a responsabilidade.
COMPROMISSO COM A VERDADE
Verdelírio Barbosa
“ Se alguém está em Cristo, nova criatu-
ra é: as coisas velhas já passaram; eis
que tudo se fez novo” ( 2 Corintios 5:17)
SACANAGEM
Fizeram uma tremenda sacanagem com a primeira dama
de Maringá, Eliane Maia Kotisifas com uma postagem
montada nas redes sociais, na qual Eliane teria se mani-
festado contra o presidente Jair Bolsonaro em razão de
sua nova internação em consequência da facada. A posta-
gem que é totalmente falsa foi repercutida até pelo deputa-
do federal Ricardo Arruda , que também já foi vítima de
postagens falsas. Quem conhece a Eliane sabe que ela
não se mete em política e que jamais faria uma postagem
daquelas por pior quem fosse a pessoa, e mesmo se fosse
alguém que tenha cometido alguma maldade contra a pri-
meira dama. O caso já foi encaminhado pelo prefeito Ulis-
ses Maia e pela Eliane para providências dos departamen-
tos competentes, para investigação.
VAI SAIR
A direção do Hospital Vila Nova Star comunicou ontem
que foram feitos exames no presidente Jair Bolsonaro e
que entre hoje ou amanhã ele deixará aquele hospital.
A SALVADORA
Henrique Pinto , produtor rural e empresário que já re-
cusou diversas vezes o convite para presidir a Sociedade
Rural de Maringá disse: “ Aquilo é um pepino muito grande,
nossa salvação é a Maria Iraclézia , que gosta, é compe-
tente e arranja tempo para se dedicar a SRM”.
BÃO DEMAIS, SÔ
Com uma oferta de R$ 4,8 bilhões o Banco Itaú venceu
a licitação do Governo de Minas Gerais pela folha de paga-
mento dos servidores e folha de pagamento dos fornecedo-
res. O contrato tem validade de cinco anos. O negócio foi
bão demais, para os dois.
O INQUILINO
O fazendeiro e empresário Leão Diniz Guimarães , que
é pai do Rony Guimarães , do Moinho Vermelho tem um
inquilino muito importante. Há 18 anos ele aluga uma casa
para o apresentador Ratinho , e nem contrato eles têm”.
Não é nem no fio de bigode, pois só o Ratinho tem.
JOÃO DE BARRO
O empresário Chico Simeão que tentou montar uma re-
ciclagem de pneus e foi secretário de Indústria e Comércio no
Governo Roberto Requião e foi também suplente de Re-
quião no Senado, resolveu mudar de atividade. Por R$ 25
milhões ele comprou um terreno em Cascavel onde vai cons-
truir o Ecoparque com 130 edifícios e 11.400 apartamentos.
É DESTAQUE
A Universidade Estadual de Maringá é destaque na Amé-
rica Latina. O ranking Latin América University publicou que
a UEM pulou do 81º lugar para 48º lugar entre as 177 uni-
versidades Latina.
SÓ NO DELES
O Senado aprovou projeto que garante reserva de cadei-
ras para candidatas do sexo feminino, de forma escalona-
da na Câmara Federal, nas Assembleias Legislativas, na
Câmara Legislativa do Distrito Federal e nas Câmaras Mu-
nicipais. A reserva será feita de forma progressiva até 2038
quando as mulheres terão direito a 30% das vagas propor-
cionais. O Senado ficou fora.
HOMEM DAS REDES
O jornalista Amarildo Torres , da equipe do prefeito Ulis-
ses Maia e que durante muitos assessorou o então depu-
tado federal Odílio Balbinotti é homem on-line. Ele está
com coluna no Manchete, O Diário de Maringá e O Marin-
gá. Por enquanto, pois ele ainda quer mais.
MISSA DIFERENTE
O Papa Francisco publicou decreto que restringe a re-
alização de missas em latim, nas quais o sacerdote se
posiciona de costas para os fiéis. Celebrações nesse for-
mato dependerão de autorização de um bispo.
TODOS CONTRA UMA
A briga da empresa TCCC para compensar o desequilí-
brio financeiro é muito difícil. A empresa tem que enfrentar
uber, motos, bike, a Prefeitura e os políticos.
AS PODEROSAS
Não é só na administração Ulisses Maia que as mulhe-
res estão podendo. Na rede Renner 65% dos cargos de
lideranças são ocupados por mulheres.
VAI ENCARAR?
Se quiser e se realmente está preocupado com as fi-
nanças do país e desperdício do dinheiro público, o presi-
dente Jair Bolsonaro pode vetar a decisão absurda do
Congresso, que elevou de R$ 2 bilhões para R$ 5,7 bilhões
o chamado fundo de campanha.
FRANGO CAÍPIRA
O médico e deputado estadual Dr. Batista está com a
“mistura” garantida. Ontem ele foi atender um paciente que
mora na chácara Zaúna, e ganhou dois frangos caipira.
FINANCIAMENTO
A jovem escritora Hada Maller quer publicar o seu livro:
A Ilha dos Sentimentos Perdidos”, mas está faltando recur-
sos. A publicação poderá ser viabilizada através de financi-
amento coletivo.
ANIVERSÁRIOS
Estão aniversariando hoje:
Arnaldo Romualdo Martins, Donizete Oliveira,
Walter Poppi, Ana Carolina Mana Belasalma, Beni-
valdo Ramos Ferreira Terceiro, Rosângela Gonçalves
Negreiros, Lana Lucia Furlan Cunha, Cleonice Afon-
so, Cilene Pedro de Aquino, Maria de Lourdes Sabai-
ne, João Cioffi, Márcia Regina L. de Oliveira, Birilo
Oliveira da Silva, Gilson Odair Barbiero, Henrique Lau-
riano de Souza, Norvan Noronha Dias, Roberto Colin.
Amanhã (19) estarão aniversariando:
Amna Paula de Goes Cappelline, Ernesto Lopes,
Sirley Alcântara da Silva, Roseli Cristina Cardoso,
Marlene Tasso, Paulo Roberto Assis, Sonia de Olivei-
ra Pitombo, Ana Girardi, Sergio Ricardo Bravin, Edna
Savoldi Martins, Mariah Furlan.
www.conterpavi.com.br
Políticas públicas: é preciso ir além do
barulho das redes sociais
Um olhar mais atento aosdiferentes cenários do
nosso país leva a uma con-
clusão: o Brasil sofre pela au-
sência de boas políticas pú-
blicas. Uma boa política pú-
blica é efetiva; é elaborada a
partir de problemas concre-
tos e aplicada, sem interrup-
ções, para tornar melhor a
vida das pessoas.
Entretanto, qual será o en-
tendimento das pessoas a res-
peito do que são políticas pú-
blicas? Você, por exemplo,
saberia dizer do que se trata?
Este é um termo que ouvi-
mos bastante, mas, na práti-
ca, pouca gente associa o ter-
mo ao que efetivamente é uma
política pública. E o efeito des-
se desconhecimento é sentido
por todos nós, porque cabe a
cada cidadão escolher repre-
sentantes públicos que apre-
sentem propostas concretas
para o enfrentamento de situ-
ações que comprometem a
vida das pessoas hoje e pre-
ver problemas futuros, tornan-
do real a ideia do fundador da
Sociologia, Auguste Comte:
“prever para prover” .
De maneira simples, diria
que políticas públicas são um
conjunto de ações que en-
volve o poder público, re-
presentado pelo Estado, mas
também à sociedade em ge-
ral, a fim de tratar dos mais
diferentes problemas que en-
frentamos.
Vejamos alguns exemplos.
Primeiro, o desastre da edu-
cação brasileira, a falta de
qualidade no ensino, se deve
ao desconhecimento sobre a
diferença entre políticas pú-
blicas e promessas pontuais
de campanha. Como socie-
dade, temos pensado em re-
cortes: tipo, o salário do pro-
fessor. Quando aparece um
político que promete aumen-
tar os salários dos professo-
res como solução para a edu-
cação, votamos no sujeito.
Fazemos isso na esperança
de que alguns reais a mais na
remuneração tornará o ensi-
no melhor.
Segundo exemplo, a se-
gurança pública. Numa
campanha eleitoral, quando
aparece um político que
promete a instalação de câ-
meras de vídeo em todos os
principais lugares de circu-
lação de pessoas como es-
tratégia para resolver o pro-
blema da violência, facil-
mente somos iludidos pela
argumentação de que a ci-
dade se tornará segura.
Entretanto, as coisas não
funcionam assim.
No caso da educação, o
salário é uma das variáveis.
Porém,há inúmeras outras.
Elas envolvem a forma de se
Ronaldo Nezo- Jornalista e Professor - Especialista em Psicopeda-
gogia - Mestre em Letras - Doutor em Educação
A
rq
u
ivo
pensar a educação, os pro-
jetos político-pedagógicos, a
formação (continuada) dos
professores, a concepção do
material didático, o ambiente
escolar, tecnologias educaci-
onais adequadas, o perfil do
aluno (inclusive de sua con-
dição sócio-cultural e econô-
mica). Detalhe, e estas variá-
veis citadas não são as úni-
cas; cito-as apenas para pon-
tuar a complexidade do pro-
blema. Logo, uma política
pública educacional que in-
tencione ser efetiva precisa
ser amplamente estudada e
abordada para além das mo-
tivações ideológico-partidári-
as a fim de que haja continui-
dade em diferentes governos.
Sobre a segurança, inves-
timentos pontuais em câme-
ras de vigilância, contratação
de policiais etc. não repre-
sentam uma política pública.
São medidas interessantes,
mas que não promovem o
enfrentamento real da violên-
cia e do medo. Não dá para
esperar resultados sustentá-
veis sem compreender a ne-
cessidade de aliar ações na
educação, esporte, assistên-
cia social, inclusive com apoio
às famílias disfuncionais.
Um terceiro exemplo, a
fome. Garantir uma renda
mínima pra quem tem fome
uma ação fundamental - quem
tem fome, precisa de comida
no prato -, mas uma boa po-
lítica pública não trata apenas
da ajuda financeira, também
trata de aspectos sanitários,
formação educacional, saúde
mental, apoio familiar, entre
outras medidas que promo-
vam o desenvolvimento hu-
mano. Ou seja, uma política
pública deve ser sustentável.
E assegurar a promoção hu-
mana e também de toda a
coletividade.
Por isso, como cidadãos,
precisamos compreender
que o discurso fácil de reso-
lutividade dos problemas não
funciona. Os problemas de
uma sociedade são comple-
xos. E, por isso, o país pre-
cisa de políticas públicas que
tenham efeito de curto, mé-
dio e longo prazos. Logo, não
devem ser interrompidas
numa eventual troca de go-
verno, ou mesmo de secre-
tário ou ministro (como ocor-
re frequentemente). Políticas
públicas podem ser revistas
e corrigidas, mas carecem de
continuidade para que os ob-
jetivos sejam alcançados.
Políticas públicas con-
templam problemas atuais
da sociedade, mas também
devem prever problemas fu-
turos. Por exemplo, como
estamos nos organizando
para o futuro do trabalho? A
chamada “quarta revolução
industrial” é uma realidade.
A inteligência artificial tem eli-
minado inúmeros postos de
trabalho. Pesquisadores têm
alertado: as tecnologias digi-
tais estão produzindo uma
massa populacional inútil -
gente que não servirá para
nada. Klaus Martin Schwab,
fundador do Fórum Econô-
mico Mundial, em diferentes
ocasiões já questionou: como
as sociedades estão se pre-
parando para garantir que as
pessoas encontrem formas
de sobreviver?
A partir de perguntas
como essa poder ser organi-
zadas diferentes ações para
resolver cada uma das de-
mandas priorizadas pelo Es-
tado. A ausência dessas polí-
ticas públicas resulta na eter-
nização de problemas com os
quais convivemos há décadas
e outros tantos que ainda en-
frentaremos no futuro breve.
Enfim, o assunto merece
uma abordagem muito mais
profunda; é impossível resu-
mi-lo num artigo de jornal.
Mas, hoje, fica aqui apenas
minha provocação: você so-
nha com um Brasil melhor?
Invista um pouco de tempo
em estudar o que são políti-
cas públicas e a importância
delas. Procure compreender
melhor os problemas reais do
país. Discursos simplistas que
circulam pelas redes sociais
e pelo whatsapp com possí-
veis soluções para o Brasil
não passam de barulho, ruí-
do que impede enxergar to-
dos os aspectos que envol-
vem cada carência de nossa
gente. Tenho certeza que pes-
quisando em boas fontes, aos
poucos, você vai se tornar
muito mais criterioso na es-
colha dos seus representan-
tes políticos e vai compreen-
der o real sentido do exercí-
cio da cidadania.

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