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1ª tutoria – Modulo Fadiga, Perda de Peso e Anemias. Andressa Berton Bandeira. Objetivos: 1) Descrever a anatomia e fisiologia da medula óssea. 2) Elucidar os diagnósticos sindrômicos para a paciente. 3) Correlacionar o mecanismo de hematopoiese com a fisiopatologia das síndromes anêmicas. 4) Elaborar um fluxograma diagnóstico das síndromes anêmicas. 5) Identificar os exames a serem solicitados para a paciente. RESUMO SOBRE: Anemias hemolíticas e hemolíticas adquiridas. 1) ANEMIAS HEMOLÍTICAS: - Queria falar um pouco sobre a anemia hemolítica – que é justamente um diagnóstico diferencial. - E os distúrbios hemolíticos geralmente são classificados como intrínsecos ou extrínsecos: *As anemias hemolíticas causadas pelos fatores externos são as imunes, as microangiopáticas e as que são causadas por infecção dos eritrócitos. * E em relação aos intrínsecos foram descritos distúrbios em todos os componentes das hemácias, incluindo membrana celular, sistemas enzimáticos e hemoglobina. – E em sua maioria, esses distúrbios são hereditários. - Existem características que são comuns as anemias hemolíticas: * A haptoglobina, que é uma proteína plasmática que se liga a hemoglobina liberada no plasma para depuração, pode estar reduzida nos distúrbios hemolíticos. * Mas como o nível dela é influenciado por vários fatores – de forma isolada o nível de haptoglobina não pode ser considerado um indicador confiável de hemólise. * E quando ocorre uma hemólise intravascular – você consegue observar uma hemoglobinemia transitória. - Além disso, a hemoglobina é filtrada pelos glomérulos e é reabsorvida pelas células tubulares: * Vai haver uma hemoglobinúria quando a capacidade de reabsorção da hemoglobina pelos túbulos renais for superada. * Na sua ausência, a hemólise vai ser indicada por causa da presença de hemossiderina nas células tubulares renais (ai o paciente vai apresentar um teste positivo para hemossiderina na urina). * E nos casos que tem uma hemólise intravascular intensa, pode ter uma hemoglobinemia e metalbuminemia. * Nesses casos o paciente vai ter um aumento da bilirrubina indireta e a bilirrubina total pode chegar a 4 mg/dL – Se o nível for superior a esse pode ser um indicado de disfunção hepática. * Em relação aos níveis séricos de LDH – Eles vão estar muito elevados nos casos de hemólise microangiopática e podem estar elevados em outras anemias hemolíticas. - Em relação as crises anêmicas – Elas são exacerbações agudas de uma anemia hemolítica crônica. E as anemias hemolíticas hereditárias, como a esferocitose hereditária e a anemia falciforme, são as principais condições associadas a essas crises. * A crise aplásica: É a mais comum das “crises anêmicas”: E algumas desordens hemolíticas crônicas podem não cursar com anemia ou podem cursar com uma anemia de leve intensidade. E qualquer fator que acabe inibindo diretamente a eritropoiese pode precipitar uma anemia grave e sintomática, justamente porque o mecanismo compensatório passa a ser prejudicado. Quando isso ocorre podemos dizer ocorreu uma crise aplásica. - Em relação a sua etiologia: *A infecção pelo parvovírus B19 é a principal etiologia da crise aplásica. * O vírus tem tropismo pelo pró-eritroblasto, quando ele é infectado ele vai perder a capacidade de se tornar reticulócito. * E consequência imediata vai ser uma anemia com reticulocitopenia. * O tratamento vai ser uma hemotransfusão. E nos indivíduos imunocompetentes normalmente a infecção pelo parvovírus B19 é autolimitada e vai durar uma média de 3-7 dias. - Em relação a crise megaloblástica: * O turnover aumentado de hemácias - que está presente nas desordens hemolíticas – vai exigir uma maior produção de hemácias pela medula óssea. E portanto, uma maior utilização de nutrientes como o ferro, o ácido fólico e a vitamina B12. *O ácido fólico normalmente esgota primeiro. * E se não ocorre uma reposição rotineira do acido fólico, pacientes que tem hemólise crônica podem evoluir de forma progressiva para uma anemia megaloblástica por carência de folato. 2) EM RELAÇÃO A ANEMIA HEMOLÍTICA ADQUIRIDA: - É um grupo incomum de distúrbios caracterizados por um mau funcionamento do sistema imunológico, que produz autoanticorpos que atacam os glóbulos vermelhos como se eles fossem substâncias estranhas ao corpo. - Pode acontecer em qualquer idade e de maneira geral afeta mais as mulheres do que os homens. - Em mais o menos metade dos casos, não é possível determinar a causa da anemia hemolítica adquirida. Mas ela pode ser causada por distúrbios como o lúpus ou até por um linfoma, e também por alguns medicamentos como a penicilina, por exemplo. - A destruição de glóbulos vermelhos pelos autoanticorpos pode ocorrer de forma súbita ou se desenvolver gradualmente. - E existem dois tipos principais de anemia hemolítica autoimune adquirida: * Anemia hemolítica por anticorpos quentes: E nesse caso os autoanticorpos vão se ligar liga aos glóbulos vermelhos em temperatura corporal normal e vão destruir eles. * E a anemia hemolítica por anticorpos frios: Nesse caso os autoanticorpos se tornam mais ativos e vão atacar os glóbulos vermelhos somente em temperaturas muito abaixo da temperatura corporal normal. a) Em relação aos sintomas: - Alguns pacientes podem não apresentar sintomas, principalmente quando a destruição de glóbulos vermelhos for leve ou se desenvolver de forma lente. - Outros pacientes podem apresentar sintomas similares aos de outros tipos de anemia. Como por exemplo: fadiga, fraqueza e palidez. - E os pacientes que estão apresentando uma destruição grave e rápida de glóbulos vermelhos. Eles podem ter sintomas como icterícia, febre, dor no peito, dispneia e podem apresentar episódios de sincope. - E quando a destruição dos glóbulos vermelhos é grave é necessário fazer uma transfusão sanguínea nesse paciente.
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