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Unidade IV Gestão de Áreas Degradadas e a Legislação Ambiental

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Gestão de Áreas 
Degradadas 
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Profa. Ms. Bianca Mayumi Silva Kida
Revisão Textual:
Profa. Esp. Kelciane da Rocha Campos
Gestão de Áreas Degradadas e a Legislação Ambiental
5
• Introdução
• Gestão de áreas degradadas e a legislação ambiental
• Relatório Ambiental Preliminar e Termo de Referência (RAP/TR)
• Licença Prévia (LP), Licença de Instalação (LI) e Licença de Operação (LO)
• Relatório de Controle Ambiental e Plano de Controle Ambiental 
(RCA e PCA)
• Atividades técnicas do Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de 
Impacto Ambiental
• Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD)
• A Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) 
• Monitoramento ambiental
• Auditoria ambiental
• Certificação ambiental
• Passivo ambiental
• Sistema de Gerenciamento Ambiental (SGA) ou Sistema de Gestão 
Ambiental
• Considerações finais
 · Introduzir a legislação ambiental relacionada à Gestão de Áreas Degradadas e 
Gestão Ambiental;
 · Relacionar o conteúdo visto nas unidades anteriores com a legislação ambiental 
envolvida;
 · Apresentar os principais documentos, normas e regras sobre a gestão ambiental;
 · Instigar o aluno a buscar mais sobre o assunto, dada a complexidade da unidade;
 · Concluir a disciplina de Gestão de Áreas Degradadas.
Nesta unidade, veremos de uma forma geral como os conceitos e conteúdos já vistos nas 
unidades anteriores serão aplicados no processo de Recuperação de Áreas Degradadas, e como 
se dão as etapas desse processo com relação às exigências legais, o que envolve a elaboração 
de estudos e relatórios ambientais a fim de monitorar os danos que podem ser causados por um 
empreendimento, assim como mitigar as formas de compensação e recuperação ambiental.
Gestão de Áreas Degradadas e a 
Legislação Ambiental
6
Unidade: Gestão de Áreas Degradadas e a Legislação Ambiental
Contextualização
Ao longo do curso, pudemos observar a evolução sobre o tema de degradação ambiental e 
como este vem sendo abordado pela sociedade.
Você já pensou na complexidade para controlar e monitorar os processos de degradação 
ambiental? Como tudo isso é feito, já que podem ocorrer inúmeras formas de degradação? É 
possível contabilizar todas as formas de impacto ambiental?
Pensando nisso, vamos refl etir sobre as formas como pode ocorrer esse monitoramento. 
Vimos a aplicação da Legislação Ambiental no Brasil e como existem muitas vertentes legais 
para que diminuam os impactos ambientais, mas além disso, muitos documentos, estudos e 
relatórios, bem como licenças, são exigidos pelos empreendimentos para não só garantir que 
estes diminuam os impactos ambientais que serão gerados com a sua instalação, mas também 
se responsabilizem pelos danos que causarão e proponham formas de recuperação das áreas 
que foram ou serão degradadas.
Dessa forma, o conhecimento nessas áreas se torna importante para atender todos 
os empreendimentos que possam causar algum tipo de impacto ambiental, pois todos 
estes precisarão de profi ssionais especializados para que auxiliem na parte burocrática do 
funcionamento e responsabilidade ambiental de sua empresa.
As exigências mudam de acordo com o porte e magnitude do empreendimento, porém 
todos os documentos têm como objetivo principal gerenciar os impactos ambientais de forma 
que estes diminuam e sejam controlados.
Além disso, cada vez mais as empresas estão se preocupando em tornar a sua produção e 
seus serviços sustentáveis, priorizando a qualidade ambiental. Isso vem crescendo, o que torna 
o papel do profi ssional da área ambiental essencial para que essa preocupação aumente e para 
que um dia todos aqueles que causam a degradação ambiental se responsabilizem pelos danos 
e ponham em prática as medidas compensatórias.
7
Introdução
Com base no que foi visto até agora, a preocupação com os problemas ambientais é cada vez 
maior, e a necessidade de controlar os processos de degradação se torna cada vez mais urgente, 
dado o nível de destruição dos ecossistemas que temos atualmente. O cumprimento de normas 
e leis ambientais é exigido para empreendimentos que em sua execução causarão alguma forma 
de degradação do ambiente onde se instalarão, ou que afetarão a população da região.
Portanto, veremos de forma geral como se dá o processo de recuperação e como este é 
controlado por meio de estudos, relatórios e planos de controle, a fi m de minimizar os efeitos 
causados pelas ações antrópicas, e as etapas exigidas para esse processo. Lembrando que em 
uma atividade multidisciplinar, é necessário o engajamento de inúmeros profi ssionais para esse 
processo e, portanto, um bom profi ssional deve ser capaz de conhecer as etapas envolvidas, 
para contribuir com o trabalho em equipe. Dessa forma, os profi ssionais que trabalham na área 
ambiental devem sempre procurar saber quais as normas e procedimentos que regem cada 
estado ou município para o funcionamento e instalação de um empreendimento (BARROS; 
MONTICELLI, 1998), uma vez que estes podem variar consideravelmente de estado para estado.
Então, vamos conhecer um pouco sobre o que é exigido pela Legislação Ambiental envolvida 
para a obtenção do Licenciamento Ambiental. 
A Resolução CONAMA 237/97 determina o processo de Licenciamento Ambiental como 
Processo administrativo pelo qual o órgão ambiental competente permite 
a localização, instalação, ampliação e operação de empreendimentos 
e atividades utilizadoras de recursos ambientais consideradas efetiva ou 
potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam 
causar degradação ambiental.
Há, então, diversos documentos envolvidos nesse processo que precedem o 
Licenciamento Ambiental.
8
Unidade: Gestão de Áreas Degradadas e a Legislação Ambiental
Relatório Ambiental Preliminar e Termo de Referência (RAP/TR)
O Relatório Ambiental Preliminar, ou RAP, se dá por uma análise qualitativa do meio físico, 
biológico e socioeconômico e faz uma avaliação dos impactos decorrentes do empreendimento, 
com a defi nição de medidas mitigadoras e de controle ambiental, e confi gura-se como o 
primeiro documento para o Licenciamento Ambiental Preliminar para obtenção da Licença 
Prévia. Este subsidiará a elaboração do Termo de Referência, TR, para o EIA e RIMA, quando 
da sua exigência.
A partir da Resolução SMA 42/94, normatizaram-se os procedimentos para Licenciamento 
Ambiental, no qual determinam-se o RAP e o TR como instrumentos prévios ao EIA/RIMA, 
que são responsáveis por direcionar a exigência ou dispensa da elaboração do EIA/RIMA, 
para a obtenção de Licença Prévia.
Quando o EIA/RIMA é exigido, elabora-se o TR para que seja realizado o EIA/RIMA. 
Quando esses documentos não são necessários, parte-se diretamente para o processo de 
Licenciamento Ambiental.
Glossário:
Medidas mitigadoras: são aquelas que têm como objetivo minimizar ou 
eliminar eventos adversos que se apresentam com potencial para causar 
prejuízos aos itens ambientais do meio natural (físico, biótico e antrópico), ou 
seja, prevenir ou diminuir a magnitude dos impactos negativos que podem ser 
causados com um empreendimento.
Vamos agora ver como são os procedimentos para obtenção das Licenças Ambientais.
9
Licença Prévia (LP), Licença de Instalação (LI) e Licença de Operação (LO)
A partir do EIA/RIMA, que é exigido pelo órgão ambiental com base nos dados RAP, ou 
a partir do RAP, em caso de dispensa do EIA/RIMA, inicia-se o processo de obtenção das 
Licenças Ambientais.
Dessa forma, no Estado de São Paulo, para a obtenção das licenças ambientais (LP, LI e 
LO), o empreendedor deverá cumprir as seguintes etapas do processo com documentos que 
permitirão a obtenção da Licença de Operação para seu funcionamento.
Portanto, para o licenciamento ambiental no Estado de São Paulo foram defi nidas 3 etapas 
para esse processo: a Licença Prévia (LP), Licença de Instalação (LI), e Licença de Operação 
(LO). Segundo o Decreto 88.351/83, essas licenças foram defi nidas como:
Licença Prévia (LP):
Licençaobtida “na fase preliminar do planejamento da atividade, contendo requisitos 
básicos a serem atendidos nas fases de localização, instalação e operação, observados 
os planos municipais, estaduais e federais do uso do solo”, assumindo o significado 
de viabilidade do empreendimento na área pretendida.
Licença de 
Instalação (LI):
“Autoriza o início da implantação, de acordo com as especificações do Projeto 
Executivo aprovado”, que em outras palavras, significa que o empreendedor agora 
está autorizado para construir as intalações do empreendimento, bem como deve se 
preocupar com o controle de impacto ambiental.
Licença de Operação 
(LO): 
“Autoriza, após as verificações necessárias, o início da atividade licenciada e o 
funcionamento de seus equipamentos de controle de poluição, de acordo com o 
previsto nas Licenças Prévia e de Instalação”.
10
Unidade: Gestão de Áreas Degradadas e a Legislação Ambiental
Relatório de Controle Ambiental e Plano de Controle Ambiental 
(RCA e PCA)
O Relatório de Controle Ambiental e o Plano de Controle Ambiental, conhecidos como RCA e 
PCA, respectivamente, são documentos responsáveis pela caracterização do empreendimento 
quanto aos meios físico, biológico e socioeconômico, além de especifi car as atividades que 
serão realizadas pelo empreendimento.
O RCA é exigido em caso de dispensa do EIA/RIMA para o empreendimento. Por meio 
deste se identifi ca as não conformidades efetivas ou potenciais decorrentes da instalação e da 
operação do empreendimento para o qual está sendo requerida a licença ambiental. 
Já o PCA tem como objetivo descrever as medidas mitigadoras a serem implantadas em um 
empreendimento, de forma a conter os impactos identifi cados no material descrito no RCA. 
De modo geral, esses documentos são desenvolvidos para atividades de médio porte, já que 
para empreendimentos de grande porte realizam-se outros estudos mais detalhados.
Segundo o artigo 5º da Resolução CONAMA nº 9 de 1990,
A Licença de Instalação deverá ser requerida ao meio ambiental competente, 
ocasião em que o empreendedor deverá apresentar o Plano de Controle 
Ambiental – PCA, que conterá os projetos executivos de minimização dos 
impactos ambientais avaliados na fase de LP. 
11
Atividades técnicas do Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de 
Impacto Ambiental
Segundo o artigo 6º da Resolução CONAMA nº 001/86, O Estudo de Impacto Ambiental 
e Relatório de Impacto Ambiental (EIA) desenvolverão as seguintes atividades técnicas:
I. Diagnóstico ambiental da área de infl uência do projeto, completa descrição 
e análise dos recursos ambientais e suas interações, tal como existem, de modo 
a caracterizar a situação ambiental da área, antes da implantação do projeto, 
considerando:
• O meio físico – O subsolo, as águas, o ar e o clima, destacando os recursos minerais, 
a topografia, os tipos e aptidões do solo, os corpos d’água, o regime hidrológico, as 
correntes marinhas, as correntes atmosféricas;
• O meio biológico e os ecossistemas naturais – A fauna e a flora, destacando as 
espécies indicadoras da qualidade ambiental, de valor científico e econômico, raras e 
ameaçadas de extinção e as áreas de preservação permanente;
• O meio socioeconômico – O uso e ocupação do solo, os usos da água e a 
socioeconomia, destacando os sítios e monumentos arqueológicos, históricos e 
culturais da comunidade, as relações de dependência entre a sociedade local, os 
recursos ambientais e a potencial utilização futura desses recursos.
II. Análise dos impactos ambientais do projeto e de suas alternativas, através de 
identifi cação, previsão da magnitude e interpretação da importância dos prováveis 
impactos relevantes, discriminando: os impactos positivos e negativos (benéfi cos e 
adversos), diretos e indiretos, imediatos e a médio e longo prazos, temporários e 
permanentes; seu grau de reversibilidade; suas propriedades cumulativas e sinérgicas; 
a distribuição dos ônus e benefícios sociais.
III. Defi nição das medidas mitigadoras dos impactos negativos, entre elas os 
equipamentos de controle e sistemas de tratamento de despejos, avaliando a efi ciência 
de cada uma delas.
IV. Elaboração do programa de acompanhamento e monitoramento (os impactos 
positivos e negativos, indicando os fatores e parâmetros a serem considerados).
Juntamente à elaboração do EIA, o Relatório de Impacto Ambiental, mais conhecido como 
RIMA, complementa o estudo levantado pelo EIA, ou seja, ele refl etirá as conclusões do EIA. 
De acordo com a Resolução CONAMA 001/86, este deverá conter os seguintes itens:
I. Os objetivos e justifi cativas do projeto, sua relação e compatibilidade com as 
políticas setoriais, planos e programas governamentais;
II. A descrição do projeto e suas alternativas tecnológicas e locacionais, 
especifi cando para cada um deles, nas fases de construção e operação, a área de 
infl uência, as matérias primas, e mão de obra, as fontes de energia, os processos 
e técnica operacionais, os prováveis efl uentes, emissões, resíduos de energia, os 
empregos diretos e indiretos a serem gerados;
12
Unidade: Gestão de Áreas Degradadas e a Legislação Ambiental
III. A síntese dos resultados dos estudos de diagnóstico ambiental da área de 
infl uência do projeto;
IV. A descrição dos prováveis impactos ambientais da implantação e operação 
da atividade, considerando o projeto, suas alternativas, os horizontes de tempo de 
incidência dos impactos, indicando os métodos, técnicas e critérios adotados para sua 
identifi cação, quantifi cação e interpretação;
V. A caracterização da qualidade ambiental futura da área de infl uência, 
comparando as diferentes situações da adoção do projeto e suas alternativas, bem 
como a hipótese de sua não realização;
VI. A descrição do efeito esperado das medidas mitigadoras previstas em relação 
aos impactos negativos, mencionando aqueles que não puderam ser evitados, e o grau 
de alteração esperado;
VII. O programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos;
VIII. Recomendação quanto à alternativa mais favorável (conclusões e comentários 
de ordem geral).
Existem algumas atividades que exigem a elaboração do EIA/RIMA, principalmente pelo 
alto grau de impacto ambiental.
De acordo com o artigo 2° da Resolução CONAMA, a elaboração do EIA/RIMA, que 
são submetidos à aprovação do órgão estadual competente, e do IBAMA em caráter 
supletivo, deve ser realizada para o licenciamento de atividades modifi cadoras do meio 
ambiente, tais como:
I. Estradas de rodagem com duas ou mais faixas de rolamento;
II. Ferrovias;
III. Portos e terminais de minério, petróleo e produtos químicos;
IV. Aeroportos, conforme defi nido pelo inciso 1, artigo 48, do Decreto-Lei nº 32, 
de 18.11.66;
V. Oleodutos, gasodutos, minerodutos, troncos coletores e emissários de 
esgotos sanitários;
13
VI. Linhas de transmissão de energia elétrica, acima de 230KV;
VII. Obras hidráulicas para exploração de recursos hídricos, tais como: barragem 
para fi ns hidrelétricos, acima de 10MW, de saneamento ou de irrigação, abertura de 
canais para navegação, drenagem e irrigação, retifi cação de cursos d’água, abertura 
de barras e embocaduras, transposição de bacias, diques;
VIII. Extração de combustível fóssil (petróleo, xisto, carvão);
IX. Extração de minério, inclusive os da classe II, defi nidas no Código de Mineração;
X. Aterros sanitários, processamento e destino fi nal de resíduos tóxicos ou 
perigosos;
XI. Usinas de geração de eletricidade, qualquer que seja a fonte de energia primária, 
acima de 10MW;
XII. Complexo e unidades industriais e agroindustriais (petroquímicos, siderúrgicos, 
cloroquímicos, destilarias de álcool, hulha, extração e cultivo de recursos hídricos);
XIII. Distritos industriais e zonas estritamente industriais - ZEI;
XIV. Exploração econômica de madeira ou de lenha, em áreas acima de 100 
hectares ou menores, quando atingir áreas signifi cativas em termos percentuais ou de 
importância do ponto de vista ambiental;
XV. Projetos urbanísticos,acima de 100 ha ou em áreas consideradas de 
relevante interesse ambiental a critério da SEMA e dos órgãos municipais e 
estaduais competentes;
XVI. Qualquer atividade que utilizar carvão vegetal, derivados ou produtos similares, 
em quantidade superior a dez toneladas por dia;
XVII. Projetos Agropecuários que contemplem áreas acima de 1.000 ha ou 
menores; neste caso, quando se tratar de áreas signifi cativas em termos percentuais ou 
de importância do ponto de vista ambiental, inclusive nas áreas de proteção ambiental.
Sabia que você pode ter acesso ao EIA/RIMA dos empreendimentos? No site da CETESB 
você pode encontrar algum deles: http://licenciamentoambiental.cetesb.sp.gov.br/eia-rima/
14
Unidade: Gestão de Áreas Degradadas e a Legislação Ambiental
Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD)
Já falamos sobre o PRAD na unidade anterior e sabemos de sua importância. Nesse sentido, 
o artigo 1 da Instrução Normativa nº 4, de 13 de Abril de 2011, estabelecida pelo IBAMA, 
tem por objetivo .
Estabelecer procedimentos para elaboração de Projeto de Recuperação de Área Degradada 
– PRAD ou Área Alterada, para fi ns de cumprimento da legislação ambiental, bem como dos 
Termos de Referência constantes dos Anexos I e II desta Instrução Normativa. 
Segundo o §2º do art. 1º, 
O PRAD deverá reunir informações, diagnósticos, levantamentos e estudos 
que permitam a avaliação da degradação ou alteração e a consequente 
definição de medidas adequadas à recuperação da área, em conformidade 
com as especificações dos Termos de Referência constantes nos Anexos 
desta Instrução Normativa.
Essa normativa, então, traz as características de um PRAD, bem como as informações 
necessárias para a sua elaboração.
Para ter acesso ao material completo da Normativa nº4/2011, acesse: 
http://www.ibama.gov.br/phocadownload/supes_go/in_04_11_prad.doc
15
A Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) 
A Avaliação de Impacto Ambiental ou AIA pode ser defi nida como uma série de procedimentos 
legais, institucionais e técnico-científi cos que tem como objetivo caracterizar e identifi car os 
potenciais impactos na instalação de um empreendimento, e assim antecipar a magnitude e a 
importância desses impactos (BITAR; ORTEGA, 1998).
A AIA deve ser elaborada para qualquer empreendimento que possa causar danos ou impactos 
ambientais futuros, e sua execução se dá antes da instalação do empreendimento, antes de 
serem obtidas as licenças ambientais. Com isso, sua aplicação tem ocorrido principalmente 
em empreendimentos de grandes dimensões e impactos ambientais, como minerações, 
hidrelétricas, rodovias, aterros sanitários, oleodutos, indústrias, estações de tratamento de 
esgoto e loteamentos (BITAR; ORTEGA, 1998).
Esse instrumento de avaliação é bastante difundido no Brasil desde os anos 80, época em que 
se estabeleceram normas e regras ambientais, entre as quais a elaboração do EIA/RIMA, utilizados 
principalmente para determinar detalhadamente a signifi cância de uma alteração ambiental.
Esses métodos de avaliação, então, são específi cos, e de modo geral apresentam de forma 
detalhada os impactos ambientais que um empreendimento pode gerar. Não vamos entrar 
em detalhes quanto às técnicas de cada método, no entanto os principais são: AD hoc, 
Check list, Matrizes de interação, Redes de interação, Superposição de cartas, Simulação e 
Combinação de métodos.
Para saber mais sobre esses métodos, leia o artigo Metodologias para avaliação de impactos 
ambientais de aproveitamentos hidrelétricos, de Diego Lellis de Carvalho e Adriana Villarinho 
de Lima, que apresenta mais informações sobre esses métodos e sua aplicação. 
http://www.agb.org.br/evento/download.php?idTrabalho=2568
16
Unidade: Gestão de Áreas Degradadas e a Legislação Ambiental
Monitoramento ambiental
Consiste na realização de medições ou observações específi cas, a fi m de verifi car a 
ocorrência de impactos ambientais, determinando então a sua magnitude e assim avaliar se as 
medidas preventivas adotadas para a situação estão sendo efi cientes para diminuir os impactos 
ambientais (BITAR; ORTEGA, 1998).
Segundo Machado (1995), a elaboração de um registro dos resultados do monitoramento é 
muito importante para realizar o acompanhamento do processo, que junta dados importantes 
para a empresa, para o Poder Público e para ações futuras, como a auditoria ambiental. 
Nesses casos, o monitoramento é essencial para a auditoria, pois sem o histórico de medições 
e observações de períodos anteriores, a auditoria se restringe apenas a uma avaliação da 
situação atual do empreendimento, e assim o material se torna incompleto e incapaz de tomar 
conclusões concretas.
Auditoria ambiental
A gestão ambiental tem como principal objetivo ajudar as empresas a alcançar um 
desempenho ambiental de alta qualidade. Para tanto, a inserção de questões ambientais passa 
a ter valor nas decisões, nas políticas, nas orientações e nos planos de ação, assim como 
possibilita a divulgação, junto ao mercado, do comprometimento efetivo da empresa com o 
tema (SILVA et al, 2009).
Segundo a ISO 14001 (ABNT NBR ISO 14001/2004), o processo de auditoria ambiental 
compreende as seguintes etapas: a) planejamento da auditoria; b) preparação da auditoria ambiental; 
c) aplicação da auditoria ambiental no local; e d) elaboração do relatório de auditoria ambiental.
Os resultados e as técnicas da auditoria ambiental podem ser utilizados de forma interna 
ou externa ao empreendimento, de forma que na primeira instância a auditoria fornece 
um embasamento para a melhoria do desempenho ambiental do empreendimento. Já 
a auditoria externa tem como objetivo averiguar o desempenho ambiental pelo órgão 
ambiental responsável, bem como pelos clientes, consumidores e sociedade, para que assim 
seja obtida a certifi cação ambiental. Em casos de auditoria externa, esta deve ser realizada 
por um profi ssional que não pertença ao quadro de funcionários do empreendimento, a 
fi m de evitar qualquer interferência nos resultados e garantir a veracidade dos documentos 
(FORNASARI FILHO et al, 1994).
17
Certifi cação ambiental
A certificação ambiental é concedida a empresas que durante o processo produtivo buscam 
respeitar as normas e regras referentes às questões ambientais e aprimorar o desempenho ambiental, 
e apresentam procedimentos exigidos pelo órgão certificador. A certificação ocorre após o processo 
de auditoria ambiental, de acordo com os programas de padronização, como a ISO 14001.
Essa certificação surgiu pela necessidade de diferenciar os produtos que apresentavam uma 
preocupação ambiental. Com o tempo, todo o processo de produção, que envolve etapas 
como a escolha da matéria prima até a destinação dos resíduos, começou a ser considerado 
como fator importante para a obtenção da certificação (BITAR; ORTEGA, 1998).
Portanto, atualmente, o principal objetivo das empresas que pretendem obter a certificação 
ambiental é garantir a qualidade ambiental de todo seu processo produtivo, levando em conta 
todas as etapas, bem como o transporte e comercialização, do ponto de vista ambiental.
Passivo ambiental
O passivo ambiental é definido como um “conjunto de atividades voltado à identificação e 
avaliação de todos os problemas ambientais existentes em um empreendimento e que foram 
gerados no passado” (BITAR; ORTEGA, 1998).
Uma empresa apresenta um passivo ambiental quando suas atividades agridem de alguma 
forma o meio ambiente e não apresentam nenhum projeto de recuperação. Portanto, esse 
instrumento define, do ponto de vista econômico, o custo ambiental de uma área ou empresa, 
devido à degradação efetuada durante o período de atividade.
Normalmente, o surgimento dos passivos ambientais se dá pelo 
uso de uma área, lago, rio, mar e uma série de espaços que 
compõem nosso meio ambiente, inclusive o ar que respiramos, e 
de alguma forma estão sendo prejudicados, ou ainda pelo processo 
de geração de resíduos ou lixos industriais, de difícil eliminação
(KRAEMER, 2007).
Aindasegundo a autora supracitada, 
Pelo que se tem observado nas grandes reorganizações societárias, o 
montante das obrigações de reparação de danos ao meio ambiente 
tem efeito significativo sobre as negociações, causando sérios prejuízos 
ao comprador quando não detectadas no ato da negociação.
Portanto, o passivo ambiental também é uma etapa do processo de Gestão, dado que é um 
dos problemas que deve ser identificado durante os estudos e relatório para garantir a melhor 
forma de recuperação dos danos ambientais.
Para saber mais sobre passivo ambiental e sua importância, leia o artigo Passivo ambiental, de 
Maria Elisabeth Pereira Kraemer, disponível em: http://goo.gl/JDY58t
18
Unidade: Gestão de Áreas Degradadas e a Legislação Ambiental
Sistema de Gerenciamento Ambiental (SGA) ou Sistema de Gestão Ambiental
É um sistema estruturado capaz de integrar todas as atividades de gestão a fi m de atingir 
o desempenho ambiental desejado, através de mudanças para o cumprimento das exigências 
ambientais. Para isso, deve seguir os objetivos principais do SGA, como montar uma estrutura 
organizacional, estabelecer responsabilidades, defi nir procedimentos e alocar recursos. Todos 
esses objetivos direcionam as ações para a melhoria contínua da desenvoltura ambiental do 
empreendimento (BITAR; ORTEGA, 1998).
Para que os objetivos do SGA sejam cumpridos, é necessário o engajamento de todas 
as partes interessadas, como funcionários, acionistas, seguradoras, clientes, consumidores, 
ambientalistas e público em geral.
 
Considerações fi nais
Com base no conteúdo desta unidade, devem ficar claras não só as inúmeras maneiras de 
monitorar e controlar todas as formas de degradação, para que assim se estabeleça como 
recuperar essas áreas, como também as formas de evitar que a degradação ocorra.
Os estudos e documentos aqui levantados são muito importantes, no entanto existem outros 
que complementam essa gama de exigências. Esses documentos se complementam entre si 
e variam de acordo com o empreendimento, a magnitude, o tipo de impacto ambiental, a 
área em que o empreendimento será instalado, estado ou município, entre outros fatores que 
exigem do profissional conhecimento para identificar a melhor forma de desenvolvimento do 
projeto ambiental.
Em vista do que foi exposto ao longo das unidades, esta disciplina teve como objetivo 
seguir uma linha de raciocínio que guiasse o aluno, partindo da situação atual de degradação 
ambiental, passando pelas características afetadas por esse processo, até chegar na forma 
legal de monitorar todo esse processo, a partir de normas e regras.
Todo o conhecimento exposto até então permitiu que o aluno entrasse no universo 
relacionado à preservação ambiental e aos esforços feitos para que haja a reversão desse 
processo, trazendo casos atuais e situações que vivemos no nosso cotidiano.
19
O censo crítico foi despertado durante o curso, tornando o aluno capaz de compreender as 
etapas envolvidas durante a recuperação de áreas degradadas e agir diante de um problema.
É claro que estamos lidando com um assunto de extrema complexidade, logo a participação 
e engajamento de diversos profissionais se tornam necessários para a efetivação de um projeto 
de tamanha grandeza. No entanto, os fundamentos, bem como a introdução aos tópicos 
envolvidos, são necessários para todos que se submetem à reversão dos estados de degradação 
ambiental que vimos na atualidade.
O conhecimento sobre Gestão de Áreas Degradadas permite ao profissional administrar um 
Plano de Recuperação de Áreas Degradadas, que avança diversas etapas a fim de que haja a 
minimização dos impactos ambientais em uma determinada região.
Para gerir todo um processo sobre uma área degradada, é preciso não só o conhecimento 
legal, que engloba as leis ambientais e suas exigências, mas também as formas de remediação 
do problema. Ou seja, para administrar é necessário conhecer, e essa disciplina permitiu 
conhecer cada etapa da realização desse projeto.
Para o aprendizado completo, é importante que o aluno busque mais informações acerca do 
que foi apresentado, pois dada a complexidade do assunto, para aprofundá-lo é muito importante 
que o aluno se dedique ao máximo e vá além do que foi apresentado durante o curso.
Uma abordagem complementar para proteger a diversidade biológica e melhorar a condição 
humana através da legislação rigorosa, incentivos, multas e monitoramento ambiental é mudar 
os valores fundamentais de nossa sociedade materialista. Se a preservação do ambiente 
natural e a manutenção da diversidade biológica se tornassem um valor fundamental em 
toda a sociedade, as consequências naturais seriam a redução do consumo de recursos e um 
crescimento limitado da população. Muitas culturas tradicionais têm coexistido com sucesso 
com seu ambiente há milhares de anos, devido à ética social que encoraja a responsabilidade 
e o uso eficiente de recursos. (PRIMACK; RODRIGUES, 2005)
Assim terminamos essa disciplina, e como professora espero tê-lo(a) motivado a conhecer 
mais sobre o assunto, que este tenha gerado curiosidade e vontade de seguir com os estudos e 
que possa prepará-lo(a) para enfrentar os desafios da profissão. Espero que, além do conteúdo 
teórico, você tenha desenvolvido uma visão crítica sobre a realidade mundial, sobre a situação 
preocupante dos ambientes e como é urgente a ação de profissionais capacitados para reverter 
o atual quadro de degradação ambiental mundial.
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Unidade: Gestão de Áreas Degradadas e a Legislação Ambiental
Material Complementar
Sites:
Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura.
http://www.coalizaobr.com.br/. 
Acesso em: 30 jul. 2015.
Acesso aos documentos da coalizão e suas propostas.
http://www.coalizaobr.com.br/index.php/documentos-da-coalizao.
Acesso em: 30 jul. 2015.
Entrevista com Marina Grossi, Presidente do Conselho Empresarial para o 
Desenvolvimento Sustentável.
ÉPOCA. In: Blog do planeta. Marina Grossi: “União entre empresas e governo é 
crucial para o meio ambiente”. 
http://goo.gl/9OJ3IK. 
Acesso em: 30 jul. 2015.
Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável.CEBDS.
http://cebds.org/. 
Acesso em: 30 jul. 2015.
CONAMA. Resolução nº 001, de 23 de janeiro de 1986. 
http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res86/res0186.html. 
Acesso em: 30 jul. 2015.
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Referências
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com orientações para uso. NBR 14001, 2004.
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Engenharia (ABGE), cap. 33, 509 - 515.
BITAR, O. Y., ORTEGA, R. D. 1998. Gestão Ambiental. In: OLIVEIRA, A. M. S., BRITO, 
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CONAMA, 1986. Resolução nº 001, de 23 de Janeiro de 1986. Ministério do Meio Ambiente. 
Disponível em <http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res86/res0186.html. Acesso 
em 20/07/2015>. Acesso em: 30 jul. 2015.
CONAMA. Resolução nº 009, de 06 de dezembro de 1990. Disponível em: <http://www.
mma.gov.br/port/conama/res/res90/res0990.html>. Acesso em: 02 ago. 2015.
CONAMA. Resolução nº 237, de 19 de dezembro de 1997. Disponível em: <http://www.
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Curitiba. Anais.Curitiba, 25 - 30.
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Unidade: Gestão de Áreas Degradadas e a Legislação Ambiental
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