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Citomegalovírus · Vírus tipo 5 da família herpes e é da subfamília Betaherpesvirinae. · É um vírus linfotrópico: quer dizer que tem tropismo por linfócitos. · Se replica apenas em células humanas (em fibroblastos, células epiteliais, macrófagos e outras células permissíveis). · Estabelece a latência nos linfócitos em células da medula óssea. · Uma vez adquirido estabelece latência. Infecta parte dos recém-nascidos quando nascem (0,5 a 2,5%), e infecta cerca de 50% da população adulta de países desenvolvidos. É a causa mais comum de defeitos congênitos e é um importante patógeno oportunista da má condição do sistema imunológico. Transmissão · Transmitidos através de todos os fluídos corpóreos: urina, saliva, sangue, lavados da garganta, leite, fezes, sêmen, líquido amniótico, secreções vaginais, tecidos transplantados etc. · Portanto por transfusão sanguínea, seringa contaminada, contato sexual etc. Patogenia Ele causa infecções produtivas das células epiteliais e de outras células e estabelece latência nos linfócitos T, macrófagos e outras células. Na maioria das vezes quando em contato com o vírus, ele adentra, se replica, estabelece latência sem provocar qualquer sintoma. Porém em caso de imunossupressão ele pode ser reativado e causar alguns sinais e sintomas, principalmente em caso de diminuição de imunidade celular Epidemiologia Tem distribuição mundial e pode se disseminar em qualquer época do ano. Infecção congênita recém-nascidos-nascidos Nos recém-nascidos e nos fetos pode causar muitos problemas. · O vírus presente no sangue da mãe (infecção primária), ou a partir do colo uterino (por recidiva). · Os sinais e sintomas podem ser menos graves se a resposta imune da mãe for boa, que ajuda no combate do vírus no feto. · Pode causar: microcefalia, calcificação intracerebral, hepatoesplenomegalia e exantema, além da perna da audição e retardo mental que são comuns. · As consequências são mais graves em fetos que a mãe sofreu a infecção primária duramente a gestação do que quando há reativação. · O citomegalovírus é a causa mais viral mais prevalente de infecção congênita. · Ele pode causar a infecção perinatal, quando o bebê nasce de parto normal, adquirindo a infecção pelo CMV, e torna-se excretor do vírus com 3 a 4 semanas de idade. · Nos bebês sadios, a infecção perinatal não causa doença clínica evidente. · Outra forma de aquisição dos RN, é através de transfusão sanguínea, a infecção pode ser subclínica em lactantes, mas pode ter manifestações como pneumonia e hepatite. Infecção em crianças e adultos Apenas de 10% a 15% dos adolescentes são infectados pelo CMV, e aumenta a 50% por volta dos 35 anos de idade. É isolado no colo uterino 13% a 23% das mulheres em clínicas para tratamento avançado de doenças venéreas. O CMV é uma causa de infecções sexualmente transmissíveis. · Podem causar: faringites e linfadenopatias (aumento dos gânglios linfáticos por intensa resposta imune). Promove um supercrescimento dos linfócitos T por causa do tropismo, chamado de linfocitose atípica. · Não tem anticorpos heterofilos. Transmissão através de transfusão e transplante Transmissão do CMV pelo sangue resulta, com mais frequência, em infecções assintomáticas ou então com sintomas inespecíficos como febre, esplenomegalia e linfocitose atípica. Podendo também ocorrer pneumonia ou hepatite branda. Infecção no hospedeiro imunocomprometido · Causa doença sintomática primária ou doença recorrente. · Pneumonia ou pneumonite, porém ser comuns e podem ser fatais. · Causa rinites em pacientes graves. · Colites e esofagites. · Fracasso em muitos transplantes de rim, pela medicação de imunossupressores pra suprimir a resposta imune e evitar que o sistema imune rejeite enxerto, podendo assim ter uma doença recorrente e acabar com o órgão transplantado. Diagnóstico laboratorial (histológico) Células citomegálicas (aumentadas), com inclusão intracelular basofílico central em olho de coruja. E pode ser encontrado em qualquer tecido do corpo e na urina, provavelmente de origem epitelial. Consequências (imagem) As consequências vão depender do estado imunológico do indivíduo. Diagnóstico laboratorial molecular Sondas de DNA e PCR pra detectar diretamente os antígenos e o genoma do vírus nos tecidos ou líquidos orgânicos. Diagnóstico laboratorial cultura Método definitivo de pesquisa da infecção causada pelo CMV. É confiável em imunocomprometidos por apresentar grandes títulos de vírus em secreções. Diagnóstico laboratorial sorológico Feito na rotina e é pesquisado os anticorpos IgM específicos contra o vírus, que estarão elevados na infecção e muito mais elevados em indivíduos portadores do HIV. IgM é produzido tanto na infecção primária quanto na recidiva, não sendo um marcador de infecção primária.
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