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Medvet_study.layla 3 Medicina Veterinária Resumo: Doenças Infecciosas Leucemia Viral Felina (Felv) Introdução: A FeLV é conhecida como ¨ Doença Dos Gatos Amigos¨ pois é comum entre felinos que têm o habito de se lamberem uns aos outros para manutenção da higiene. Epidemiologia: · É uma doença bastante emergente nos dias atuais. · Possui distribuição mundial em torno de 1%, mas, há carência de inquéritos epidemiológicos de sorologia · A FeLV e a FIV; apesar de existirem poucos estudos, a ocorrência de felinos com a doença causadas por esses dois vírus é frequentemente observada na rotina da clínica medica de felinos · No Brasil, estudos relatam a prevalência da FeLV em até 12% dos animais testados em algumas regiões do pais. · FeLV => densidade populacional felina = prevalência da FeLV em gatis = soro prevalência de 33% nos gatis. Hematopoese: É o processo de formação, desenvolvimento e maturação dos elementos figurados (eritrócitos, leucócitos e plaquetas) do sangue. Ataque do vírus da FelV · As células – tronco Melodies originam as hemácias (glóbulos vermelhos ou eritrócitos), as plaquetas (ou trombóticos) e os leucócitos (glóbulos brancos), tais como neutrófilos, basófilos, eosinófilos e monócitos. · Já as células-tronco Linfoides são origem aos linfócitos B e T. LEUCEMIA A leucemia é um tipo de câncer que atingem a medula ósseo, ocasionando a proliferação (hematopoese) descontrolada de células de defesa. A leucemia Linfoide acontece quando os linfócitos passam a se reproduzir de madeira descontrolada (câncer / neoplasia / tumor) e, por isso perdem as suas funções de defesa. Sistema Linfático A linfa é um liquido esbranquiçado, de constituição semelhante à do sangue, diferindo apenas por não conter hemácias. 2/3 da composição da linfa deriva do fígado e do intestino. A linfa é composta também por leucócitos, sendo que 90% são linfócitos. O sistema linfático é constituído por uma rede de vasos capilares, semelhantes ás veias, chamados de vasos linfáticos. Quando o sangue passa pelos capilares, parte do liquido que compões extravasa pela parede celular e se espalha entre as células próximas. Nutrindo-as e oxigenando-as. As células também fazem trocas de substancias como o meio e elimina gás carbônico e excreções no liquido extravasando, chamado de liquido tissular. Grande parte do liquido tissular é reabsorvida pelos capilares e reincorporadas ao sangue. A pequena parte do liquido extravasado não retorna ao sistema circulatório, sendo coletada pelo sistema linfático. Os vasos linfáticos estão distribuídos por todo o corpo com a função de drenar o excesso de liquido que sai do sangue e banha as células, filtrando-o e encaminhando-o para circulação sanguínea. O liquido que circula no interior dos vasos linfáticos é chamado de Linfa, que é o liquido esbranquiçado de construção semelhando ao do sangue, diferindo apenas por não conter hemácias. 2/3 da composição da linfa deriva do fígado e do intestino. Ela é composta também por leucócito, sendo que 90% são linfócitos. A linfa transportada pelos vasos linfáticos é filtrada nos linfonodos, também chamados de gânglios linfáticos ou nódulos linfáticos. Os linfonos são estruturas esponjosas que se localizam em regiões estratégicas do corpo, para realizar a sua principal tarefa, filtra a linfa. Os linfonodos, por possuírem finos canais com a presença de leucócitos que identificam e destroem substancias e corpos estranhos, filtram a linfa, eliminando todo e qualquer corpo estranho que ela possa conter, como vírus e bactérias. Quando o organismo é invadido por microrganismos, os leucócitos presentes nos linfonodos que estão próximos à área identificam o invasor e começam a se multiplicar para combate-lo Com isso: os Linfonodos aumentam de tamanho, tornando inchações chamados de ínguas. As amígdalas são órgãos linfáticos que se localizam na entrada das vias respiratórias e do tubo digestivo, com a função de barrar a entrada de microrganismos invasores. Pescoço, axilas e virilhas também possuem linfonodos que tem a função de destruir e reter partículas estranhas que penetrem com os alimentos, ou que são produzidos por bactérias que vivem no intestino. O baço é um órgão linfático em linfonodos e que desempenha algumas funções importantes, como: filtragem do sangue com a destruição de micróbios, restos de tecidos, substancias estranhas, células do sangue desgastadas como eritrócitos, leucócitos e plaquetas, reação a alguns agentes infecciosos, participando na resposta do sistema imunológico, e, por armazenar hemácias, funciona como banco de sangue de emergência. Lançando-as na correntes sanguínea em momentos de emergências. Os linfócitos (são células de formato esférico, com núcleo esférico e grande, ocupando quase todo citoplasma) se originam na medula óssea e chegam aos órgãos linfáticos por meio do sangue e da linfa. Nódulos Linfáticos ou linfonodos Técnicas de exploração de linfonodos: Inspeção e Palpação · Tamanho · Forma · Superfície · Posição / localização · Consistência · Temperatura · Sensibilidade · Mobilidade · Estado da pele que recobre FeLV · É uma doença infecciosa e neoplásica que acomete tanto os felinos domésticos quando os selvagens · É uma doença neoplásica (crônica) que afeta o sistema Imunológico – Medula Óssea e Leucócitos. · É uma doença bastante agressiva nos órgãos linfoides, especialmente, na Medula Óssea · Doença crônica, de caráter proliferativo ou degenerativo · Entre as principais Doenças causadas pelo Vírus da FeLV estão: · Leucemia · Linfoma · Alterações displasias* da medula óssea (podendo ser observada em esfregaços sanguíneos e em Leucogramas) · Desenvolvimento anormal de qualquer tecido. · Portanto, o vírus da FeLV é responsável por causar uma Variedade de Síndromes Clinicas e Graves disfunções do Sistema Hematológico · Se replicando nós órgãos linfoides causando diferentes Neoplasias (tumores) como a leucemia e os linfomas (linfossarcomas) · Responsável por Altas Taxa de Mortalidade · É causada por um Retrovírus Imunossupressor e Ontogênico que está associado aos distúrbios Mieloproliferativos e degenerativos (da medula óssea) · Associada a Anemia e a Imunossupressão, resultando na maior susceptibilidade do hospedeiro a infecção oportunista · Podem precipitar o aparecimento da PIF (peritonite Infecciosa Felina) em animais infectados pelo Corona vírus Felino Linfoma · Pode ser agressivo e, se não tratado, pode levar a alta mortalidade · Ocorre além dos gânglios linfáticos, no baço, fígado, pâncreas, estomago, intestino, linfonodos, mesentéricos, tecidos cutâneos, tórax, olhos, rins e ossos. · Atingindo machos e fêmeas, geralmente entre 5 a 9 anos de idade O vírus da FeLV apresenta diversos Mecanismos Oncogênicos (de formação de tumores/neoplasias Inserção de seu genoma viral no genoma da célula hospedeira e induzir de mutação genética através da inserção de DNA viral no genoma do hospedeiro, o que leva a alteração da estrutura / função de genes geralmente envolvidos na regulação do ciclo celular. Ativar Protooncogenes do hospedeiro. - são genes celulares normais, responsáveis pela regulação do crescimento e diferenciação celular. - um protooncogene se torna oncogene devido a uma mutação ou ao aumento de expressão gênica. - são definidos como genes ligados ao surgimento de tumores, tanto malignos quantos benignos. Sintomas do Linfoma · Podem não ser Evidentes, principalmente, no início da doença. · As manifestações clinicas se alteram, conforme o tipo de linfoma · Considerando todos os tipos da doença, os sintomas percebidos podem ser: · Perda de peso · Vômitos · Diarreia · Falta de ar · Coceira · Nódulos cutâneos · Aumento dos gânglios · Inchaço Dos membros · Feridas que não cicatrizam · Anorexia · Letargia (alteração de comportamento, sem reação à estímulos externos) · Sangue nas Fezes · Há relatos sobre gatos com OTITES recorrentes que são acometidos com FeLV e não apresentem outros sinais clínicos, por isso é importante como diagnosticodiferencial para otites incuráveis¨ Etiologia · É causado por um RETOVIRUS ONCOVÍRUS (Neoplásico) · Pertence à família do Retroviridae · Tem a capacidade de introduzir o seu material genético no (RNA) NO GENOMA DAS CELULAS DO INDIVIDO INFECTADO · A subfamília ONCOVIRINAE: tem a capacidade de causar neoplasias · Ao gênero GAMMARETORIRUS 9Difernte do LENTIVIRUS) · É a primeira doença causada por retrovírus que tem uma vacina de prevenção Portanto, na infecção da FeLV, o animal pode ser REGRESSOR à doença, ou seja, pode ser soropositivo mas eliminar completamente o vírus do seu organismo, ficando curado! É uma doença que causa dor e pode ser fatal · O FeLV POSUI GUPOS DE VARIANTES GENÉTICAS: A, B, C, T que são diferenciados geneticamente, B e C não são infecciosos. · Possui Gp70 na superfície · A variante ¨A¨ é mais prevalente e mais patogênica; · Portanto, essa variante é o alvo para produção de vacinas contra a FeLV · É não sobrevivi muito tempo fora do hospedeiro · É sensível a maioria dos desinfetantes e ao calor O vírus da FeLV é um retrovírus oncogênico envelopado medindo 110 nm de diâmetro composto de uma fita simples de RNA (ácido ribonucleico) que é transcrito pela enzima transcritas reversa. O FeLV possui três genes internos que codificam as proteínas do núcleo (gag), as proteínas do envoltórios (env), e a enzima transcriptase reversa (pol). Os retrovírus possuem um envoltório externo no qual estão inseridas as glicoproteínas virais (gp70) que permitem sua ligação com a célula. Essas proteínas representam o alvo para os anticorpos neutralizantes produzidos pelo sistema imunológico do hospedeiro. A ligação dessas glicoproteínas com a membrana citoplasmática é feita por uma pequena molécula proteica não glicosada, a p15E, que desempenha um papel importante como mediadora da imunossupressão e da anemia. As gp70 interagem com receptores existentes em inúmeras células, o que permite a replicação do vírus em uma multiplicidade de células do organismo animal infectado. Gatos capazes de produzir anticorpos neutralizantes contra a gp70 em níveis significativos, após a infecção inicial, são também capazes de eliminar completamente o agente etiológico, livrando-se da infecção. Dentre as várias proteínas do núcleo, a p27 tem maior significância, pois é através desse antígeno que se detecta o vírus nos testes para o vírus da FeLV Meios de transmissão A transmissão ocorre mediante a exposição à urina, lágrima, leite, sangue, saliva, mordedura ou contato com material contaminado como alimentos, água ou caixas de micção e defecação, transfusão sanguínea e fômites. Principalmente por contato direto com a saliva. Patogênico FeLV-A é o subgrupo menos patogênico, e as infecções nos gatos adultos geralmente resultam em viremia transitória com, ou sem, um período subsequente de infecção latente. Em gatinhos jovens, este subgrupo pode causar uma anemia hemolítica e eventualmente levar ao desenvolvimento de linfoma. No entanto, há evidências de um maior risco de desenvolvimento de linfoma em gatos infectados com uma mistura dos subgrupos FeLV-A e FeLV-B, quando comparada com infecções apenas por FeLV-A. Em contraste, o FeLV-B é encontrado com o FeLV-A em alguns, mas não em todos os gatos cronicamente infectados, e é muito pobremente transmitidos mesmo em altas doses. O subgrupo FeLV-B, uma vez enxertado, pode causar moléstia mieloproliferativa ou mielossupressora, enquanto que o subtipo FeLV-C está relacionado com o rápido desenvolvimento de um tipo específico de anemia caracterizado por uma completa interrupção da diferenciação eritróide. Alterações específicas nos aminoácidos e uma pequena inserção na proteína do envoltório resultam na emergência de um variante citopático, o FeLV-T, que causa depleção linfoide e imunodeficiência. A especificidade celular do FeLV-T surge devido a um co-fator requerido para a entrada do FeLV-T, sendo mais altamente expressado em células linfoides. Formas de Apresentação da FelV · Regressiva · Quando classificada nessa categoria é chamada de viremia transitória. · Ela atigem cerca de 30% dos gatos · O arganismo do gato trabalha para expelir esse vírus, combatendo-o ainda emmsua fase inicial, conseguindo erradicar a doença e levar uma vida normal · Progressiva · Essa é chamada de viremia persistente, pois o organismo do animal não conseguiu combater , e começa aprecer vários sintomas · Latência · Nessa fase o vírus consegui sair da corrente sanginea e, com isso, não pode ser diagnostidade em um exame. · O animal apresentara problemas de saúde, inclisive quadro de anemia Prognostico · A sobevida de animais infectados positivos assintomadicos de dois a três anos, · Cerca de 80% dos gatos persistentemente viremicos morrem por doenças associadas e 20% pela neoplasia Diagnostico · Sinais inespecíficos: difícil, não existem um dg clinico presuntivo, nem suspeita.... Imunossupressão · Detecção do Antígeno viral; · ELISA: se baseia na detecção da proteína p27 (presente no nucleocapsideo do FELV) em plasma, saliva ou lágrima. O teste detecta animais positivos a partir da quarta semana após infecção e é recomendado como teste de triagem · IFA (inunofluorescência Direta) · Teste rápido imunocromatográficos (kits comerciais) · RT-OCR E PCR (saliva) identificação da fita simples de RNA. É definitivo! · O isolamento viral é pouco utilizado por ser trabalho e demorado emborra possa atuar como teste confirmatório. Tratamento · Tratamento sintomático e contra as infecções secundarias: deve ser realizados para melhorar o quadro clinico do animal · Uso de antibióticos (infecção segundaria) · Fluido terapia · Anti-inflamatórios · Antiparasitários · Transfusões sanguínea ou administração de Eritropoietina Sintética · Quimioterapia: para os linfomas · Antirretrovirais- bloqueiam a transcriptase reversa => inibe a replicação viral => interferindo na produção de proteínas virais · Imunomodelares: Interferem alfa => ainda não licenciado São citocinas como atividade antiviral, imunomoduladora e antineoplásica Observar efeitos coletarias Prevenção Como são doenças graves e não possuem tratamento capaz de alcançar a cura definitiva, devem-se tomar medidas para prevenir a contaminação. Todos os gatos deveriam ser testados para as doenças, mantê-los domiciliados, sem receber visitas de gatos de vida livre. Para quem já tem gatos e quer introduzir um novo gato no lar, deve-se realizar o teste de triagem antes, a quarentena é um fator muito importante. Assim como a vacinação para FeLV. Vacinação: A vacina da FELV é hoje a forma mais eficiente de combater o vírus da leucemia felina. É fato que o animal precisa de proteção humana, mas se não for vacinado, as chances são grandes de adquirir o vírus. Lembrando que esta é uma doença que causa dor e é fatal. E mais! A vacinação deve ser feita antes de haver infecção no animal, pois se já infectado, a vacina não mostra qualquer sinal de melhora.