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IASC IV GRUPO J PRINCÍPIOS DO SUS Universalidade: todos têm direito de utilizar o SUS, e cabe ao estado a assegurar o direito a saúde. Integralidade: integralidade da atenção dentro Sistema de Saúde, considerando os três níveis de atenção: Primária, Secundária e Terciária. E tem objetivo de considerar a pessoa como um todo, atendendo todas as suas necessidades, em diferentes níveis de complexidade. Equidade: disponibilizar recursos e serviços de forma justa, de acordo com as necessidades de cada um. SITUAÇÃO PRÁTICA Equidade: tratar diferente pessoas diferentes, como fazer visitas domiciliares para quem não consegue ir até o medico. Integralidade: sistema em que o paciente entra na unidade básica de saúde, e é encaminhado aos serviços de maior complexidade, por exemplo quando tem necessidade de um procedimento cirúrgico. Através de um sistema de referencia e contra-referencia, ou seja ocorrendo comunicação dos diferentes níveis de complexidade. Universalidade: todos tem direito a saúde, independente da raça, renda, religião, entre outros, ao chegar no APS, todos vão ser atendidos. DIRETRIZES DO SUS Descentralização: Responsabilidade dividida nas 3 esferas de governo, foi descentralizada para Estados e Municípios. Dando Maior autonomia e responsabilidade dos governos estaduais e municipais para decidir e implementar ações e serviços de saúde. Regionalização: Distribuição espacial dos serviços de modo a atender às necessidades da população por regiões em diferentes níveis de complexidade. Exige ação articulada entre União, estados e municípios. Hierarquização: saúde deve ser organizada em serviços de níveis de complexidade diferenciados: primaria, secundaria e terciaria. Participação da comunidade: a sociedade deve participar por meio da gestão participativa, através de conselhos e conferências de saúde, nos 3 níveis de governo, ou seja, participar do dia-a-dia do sistema SITUAÇÃO PRÁTICA Descentralização: isso permite maior autonomia e responsabilidade dos governos estaduais e municipais para decidir e implementar ações e serviços de saúde, assim cada um consegue ver o que mais precisa em cada esfera de governo. Hierarquização: a divisão do sistema em primário (unidade básica de saúde), secundário (Centros especializados) e terciário (hospitais de referência). Uma situação partia é quando o paciente vai na UBS, é encaminhado a fazer um exame como por exemplo RX (nível secundário) e depois precisa de uma ressonância, sendo encaminhado para o nível terciário. Regionalização: processo de articulação entre os serviços que visam o comando unificado dos mesmos. Participação da comunidade: a população pode participar das conferencias e conselhos de saúde, pode também ligar para ouvidoria do SUS, ajudando assim o melhor direcionamento dos recursos. PARTICIPAÇÃO POPULAR A Constituição de 1988 consagrou, entre seus princípios fundamentais, a "participação popular” na gestão pública como direito à dignidade da pessoa humana. Em seu artigo 1º, parágrafo único, o legislador constituinte, expressa o princípio da soberania popular pelo qual "todo o poder emana do povo" que o exerce através de seus representantes ou "diretamente", na forma estabelecida pela Constituição. Este princípio reúne as concepções de democracia direta e democracia representativa, de modo a somar seus efeitos em benefício da coletividade, objetivo final do Estado e da Administração Pública. É um princípio inerente à democracia, garantindo aos indivíduos, grupos e associações, o direito não apenas à representação política, mas também à informação e à defesa de seus interesses. Possibilita-lhes, ainda, a atuação e a efetiva interferência na gestão dos bens e serviços públicos. A participação popular significa a satisfação da necessidade do cidadão como indivíduo, ou como grupo, organização, ou associação, de atuar pela via legislativa, administrativa ou judicial no amparo do interesse público - que se traduz nas aspirações de todos os segmentos sociais. O mecanismo da iniciativa popular possui o escopo de sanar possíveis imperfeições praticas do sistema representativo, devolvendo a titularidade do poder soberano a parcela da população interessada em influenciar no processo legislativo. A retirada de qualquer intermediário entre a vontade popular e o conjunto de atividade desenvolvido pelo Estado aperfeiçoando o desenvolvimento de suas atividades no plano institucionais. DEMOCRACIAS REPRESENTATIVAS E OS INSTRUMENTOS DE PARTICIPAÇÃO POPULAR Dentre os dispositivos da democracia semi direta estão o plebiscito, o referendo e a iniciativa popular Esses dispositivos no sistema de democracia representativa, não substituem a figura do representante, apenas servem de complemento para o papel dos representantes, que recebem com esses dispositivos as opiniões e sentimentos de seus representados. Sendo também instrumentos usados, pelos representados, para questionar ou interferir nas ações dos representantes. Plebiscito Consiste numa consulta prévia à opinião popular, perante a qual, dependendo de seus resultados, adotar-se-ão providências legislativas ficando reservadas dificuldades para sua diferenciação de referendos. Referendo O referendo representa a forma clássica e tradicional de exercício direto de poder. O referendo “é o que mais aproxima o Governo da democracia pura, mas também é o mais complexo, tanto por sua intimidade com outros instrumentos, como o plebiscito e o veto popular, como pelas diferentes classificações que abriga”. É geralmente definido como uma consulta à opinião pública para a aprovação de normas legais ou constitucionais relacionadas a um interesse público relevante. Iniciativa popular A iniciativa legislativa popular é a possibilidade do povo de manifestar suas exigências no Parlamento, livre da influência dos partidos e dos grupos de pressão, segundo um procedimento de formação do ato apresentação da proposta legislativa e coleta de assinaturas. Configura-se, assim, num direito do eleitorado de propor ao Poder Legislativo, projetos de lei, iniciando, ao lado de outros agentes políticos, o processo legislativo. Através desses instrumentos, a sociedade civil pode interferir nas decisões do parlamento ou do governo sem a mediação de partidos ou representantes políticos. CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 A saúde é garantida como um direito social à todo cidadão pelo artigo 6º, além de colocar como obrigação à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente em defesa da saúde pelo artigo 24. Já no artigo 124, institui ao Poder Público, nos termos da lei, “organizar a seguridade social, com base na universalidade da cobertura e do atendimento, uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais, seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços, irredutibilidade do valor dos benefícios, equidade na forma de participação no custeio, diversidade da base de financiamento, identificando-se, em rubricas contábeis específicas para cada área, as receitas e as despesas vinculadas a ações de saúde, previdência e assistência social, preservado o caráter contributivo da previdência social, caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados”. Além disso, há uma Seção exclusiva onde se destrincha todas as obrigações do Poder Público em regulamentar, fiscalizar e controlar a saúde. Nessa mesma Seção, também é determinado que o financiamento do sistema único de saúde (SUS) seja com “recursos do orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras fontes”. Inclusive, permite a iniciativa privada de atuar como um sistema complementar ao SUS seguindo suas diretrizes, porém, vedando “a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na assistência à saúde no País”. LEI ORGÂNICA N. 8.142 Essa lei foi sancionadapelo então presidente Fernando Collor, em dezembro de 1990 e “dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do sistema único de saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências.” O art. 1º, caput, incisos e §§ 4º e 5º do referido diploma dispõe sobre as instâncias colegiadas que compõem o SUS, sendo elas a conferência de saúde e o conselho de saúde, previstos em cada uma das esferas do executivo (federal, estadual e municipal), cada qual com representação paritária e regimento próprio. Já o art. 2º trata dos recursos financeiros do fundo nacional de saúde (FNS) e tais recursos deverão ser destinados à investimentos na rede de serviços, à cobertura assistencial ambulatorial e hospitalar e às demais ações de saúde; e repassados de forma regular e automática para os municípios, estados e distrito federal. Por sua vez, o art. 4º cuida dos requisitos para que municípios, estados e distrito federal sejam contemplados com os recursos já citados, devendo contar com: a) fundo de saúde; b) conselho de saúde; c) plano de saúde; d) relatórios de gestão que permitam o controle de que trata o § 4° do art. 33 da lei n° 8.080/90; e) contrapartida de recursos para saúde no respectivo orçamento; f) comissão de elaboração do plano de carreira, cargos e salários (PCCS). NORMA OPERACIONAL BÁSICA DE 1996 A edição da NOB 96 acelerou a descentralização dos recursos federais em direção aos estados e municípios. Com isso, ela consolidou à autonomia de gestão dessas esferas, permitindo o investimento em programas dirigidos às populações mais carentes, como o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) e o Programa de Saúde da Família (PSF). As principais inovações da NOB 96, no quesito de participação popular, foram o fortalecimento das instâncias colegiadas e da gestão pactuada e descentralizada (Comissões Intergestores e os Conselhos de Saúde), as transferências fundo a fundo (do Fundo Nacional de Saúde direto para os fundos municipais de saúde) e a divisão dos municípios em gestão plena da Atenção Básica (recursos transferidos de acordo com os procedimentos) e gestão plena do sistema municipal (transferência automática da totalidade dos recursos). MESA NACIONAL DE NEGOCIAÇÃO PERMANENTE NO SUS A MNNP-SUS é um fórum paritário e permanente de negociação, que reúne gestores públicos, prestadores de serviços privados da saúde e entidades sindicais nacionais representativas dos trabalhadores da saúde. Ela contribui para o funcionamento efetivo do SUS, com base em seus princípios e diretrizes, através de processos negociais entre todas as esferas para tratar conflitos e demandas decorrentes das relações de trabalho. OUVIDORIAS PÚBLICAS Segundo o artigo 2(V) do decreto 8.243/2014, ouvidoria publica é a “instância de controle e participação social responsável pelo tratamento das reclamações, solicitações, denúncias, sugestões e elogios relativos às políticas e aos serviços públicos, prestados sob qualquer forma ou regime, com vistas ao aprimoramento da gestão pública”, o que resumidamente significa que buscam a aprimoramento dos serviços e da gestão publica pela participação dos usuários As Ouvidorias do SUS viabilizam a comunicação entre os cidadãos e as estruturas do SUS para apresentação, encaminhamento e resposta a demandas. Elas são responsáveis por realizar a mediação administrativa com as unidades administrativas dos órgãos e entidades do SUS com vistas à correta, objetiva e ágil instrução das demandas apresentadas pelos(as) cidadãos(ãs), bem como a sua conclusão dentro do prazo estabelecido para resposta ao demandante. É importante salientar que as ouvidorias do SUS não são estruturas de marcação de consultas nem da solução de problemas dos usuários, unidade de soluções de conflitos(internos ou externos); unidade de auditoria, assessoria jurídica, investigação ou de fiscalização; serviço de atendimento ao consumidor e assessoria de comunicação social CONSELHOS GESTORES Conceitos: Sua função é planejar, avaliar, fiscalizar e controlar a execução das políticas e das ações de saúde, ou seja, atua no planejamento das ações a serem desenvolvidas nas Unidades de Saúde1 do território e na Supervisão Técnica de Saúde. Composição: composto por representantes dos segmentos: gestor, trabalhador e usuários das Unidades de Saúde e das Supervisões Técnicas de Saúde. É importante salientar que os representantes são da sociedade civil e poder publico Ações: segundo a lei municipal 13.325/2002, artigo 7, cabe aos conselhos gestores: acompanhar, avaliar e fiscalizar serviços e ações da saúde; propor medidas de aperfeiçoamento das ações e serviços da saúde; examinar proposta, denuncias e queixas, encaminhadas por qualquer pessoa ou entidade, e a elas responder; definir estratégias visando a interação do trabalho da Unidade aos planos; elaborar e aprovar o regimento interno e normas de funcionalmente. → As ações de saúde são definidas pelas políticas de saúde, temos várias políticas: Política de Atenção Básica, Política de Promoção da Saúde, Política de Equidade, Política de Humanização, Política Saúde Integral da Mulher, do Idoso, da população negra, da população LGBT... e outras. CONFERÊNCIAS DE SAÚDE Conceito e composição: Uma Conferência de Saúde é um espaço democrático de construção da política de saúde. Um encontro em que representantes do governo, profissionais da saúde, movimentos sociais e a comunidade em geral que a cada 4 anos reúnem-se para discutir a saúde das pessoas e a situação do sistema de saúde da população. Ações: as Conferências têm como objetivos principais avaliar a situação de saúde e propor diretrizes para a formulação da política de saúde nos três níveis de gestão. Isso significa dizer que as deliberações das Conferências devem servir para orientar os governos na elaboração dos planos de saúde e na definição de ações que sejam prioritárias nos âmbitos estaduais, municipais e nacional. NOTÍCIA SOBRE CONFERÊNCIA DE SAÚDE https://www.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/45644- 16-conferencia-nacional-de-saude-comeca-neste-domingo-2 https://www.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/45644-16-conferencia-nacional-de-saude-comeca-neste-domingo-2 https://agencia.fiocruz.br/fiocruz-aprova-tres-mocoes-na- conferencia-nacional-de-saude NOTÍCIA SOBRE CONFERÊNCIA DE SAÚDE https://agencia.fiocruz.br/fiocruz-aprova-tres-mocoes-na-conferencia-nacional-de-saude https://jundiai.sp.gov.br/noticias/2019/12/19/em-ultima- reuniao-do-ano-comus-aprova-ampliacao-de-convenio- com-hu/ NOTÍCIA SOBRE CONSELHO DE SAÚDE https://jundiai.sp.gov.br/noticias/2019/12/19/em-ultima-reuniao-do-ano-comus-aprova-ampliacao-de-convenio-com-hu/ CONSELHOS E CONFERÊNCIAS DE SAÚDE A participação na saúde traz a cidadania, desde a Constituição Federativa de 1988, como instrumento para a participação, entende-se que se esta for orientada pela cidadania definida como "ato de solidariedade”, no qual todos os indivíduos são iguais sob sua tutela e a saúde é um bem de consumo e um direito. Questões relacionadas ao poder e ao conhecimento continuam presentes, dificultando a participação dos desiguais. A participação nos espaços institucionais com esta concepção ainda imprecisa de cidadania pode levar os usuários do SUS a não resolverem suas reivindicações e a apenas cumprirem o papel de aprovadores de programas e financiamento para a saúde. Este papel pode levar a negociações e acordos com o Estado que, muitas vezes, não condizem com as reais reivindicações a luta para os que acreditam numa saúde pública e de qualidade, conforme explicitada na Constituição Federal de 1988 e nas leis de saúde. PARTICIPANET SUS É um Sistema de Informações sobre os Conselhos de Saúde Objetivo: produção e a disseminação de informações que subsidiem e avaliem a atuação dos Conselhos de Saúde, contribuindo para um planejamento das ações de gestão participativa e dos processos de aperfeiçoamento do controle social Sistema dinâmico: permite atualizaçãoconstante e acompanhamento da evolução dos Conselhos de Saúde Instrumento de coleta de dados realizados com os Conselhos Estaduais de Saúde (CES) e Conselhos Municipais de Saúde (CMS) Análise de variáveis agrupadas em: • Presidência • Estrutura organizacional • Estrutura física e equipamentos • Funcionamento Com base nas variáveis, foram analisados índices: • Índice de Autonomia dos Conselhos de Saúde (IACS) • Índice de Democratização dos Conselhos de Saúde (IDCS) • Índice de Gestão dos Conselhos de Saúde (IGCS) • Índice de Estrutura Física e Equipamentos (IEFE) • Índice de Pleno Funcionamento (IPF) • Índice de Adequação à Resolução CNS nº 333/03 (IA333) IACS: avalia capacidade de se gerirem ou administrarem e de articulação com administração pública; capacitação dos conselheiros; e condições físicas, materiais e financeiras IDCS: promoção da democratização na participação dos Conselhos IGCS: avaliação da capacidade de gerenciamento e administração IEFE: sintetiza a existência e disponibilidade de recursos e materiais IPF: avaliação da capacidade de funcionamento IA333: indicadores relacionados com as normatizações e recomendações sobre o estabelecimento, organização, estrutura, funcionamento e competência dos Conselhos de Saúde Possibilita: • Participação da sociedade no SUS • Consolidação dos Conselhos de Saúde conferindo efetividade e capacidade deliberativa • Efetiva conjugação entre os princípios norteadores do SUS, a participação e descentralização O portal ParticipanetSUS foi desativado. As informações atualizadas sobre os Conselhos agora são gerenciadas pelo Sistema de Acompanhamento dos Conselhos de Saúde (SIACS) Ponto negativo: o novo sistema oferece limitações quanto às informações abertas ao público DISK SAÚDE SUS Criado desde 2011 para substituir um antigo 0800. O telefone de contato, 136, é gratuito de qualquer lugar do Brasil para chamada de telefone fixo ou celular. O serviço: • Além, do número, conta com atendimento por internet, presencial, carta e, agora, por chat; • Fornece informações sobre várias doenças e orientações de como ter uma vida mais saudável; • Recebe reclamações, denúncias e sugestões sobre o serviço prestado pelo SUS. Funciona 24 horas; • De segunda-feira a sexta-feira, das 8h às 20h, e aos sábados, das 8h às 18h - o cidadão pode falar diretamente com o teleatendente • Fora desses horários, as informações são disponibilizadas pela Unidade de Resposta Audível (URA), com informações gravadas Chat: • Disponível no portal do Ministério da Saúde, na aba “Contatos”, em “Atendimento via chat Disque Saúde 136” • Acessível de segunda-feira a sexta-feira, das 8h às 20h, e aos sábados, das 8h às 18h.
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