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Neurologia - Bulbo

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- Todas as informações que saem do 
córtex em direção a medula passam 
pelo tronco encefálico ➜ o tronco 
encefálico é composto de mesencéfalo, 
ponte e bulbo 
 
- O tronco encefálico é constituído de 
núcleos (aglomerados de corpos de 
neurônios), vias (vias descendentes e 
vias ascendentes), formação reticular 
(parte do tronco cerebral envolvida em 
ações de ciclo circadiano e filtragem de 
estímulos sensoriais) e circuito 
cerebelar (movimentos involuntários e 
aprendizagem motora) 
 
- Muitos núcleos do tronco encefálico 
recebem ou emitem fibras nervosas 
(constituem os nervos encefálicos) 
 
 
 
 
OBS: Todos os nervos cranianos se 
originam do encéfalo (cérebro + 
cerebelo + tronco encefálico) 
OBS: Todos os nervos (exceto o I e II) 
se originam do tronco encefálico (dos 
núcleos dos nervos cranianos) ➜ os 
núcleos são aglomerados de corpos 
celulares de neurônios do SNC ➜ os 
núcleos possuem áreas de 
comunicação do tronco encefálico em 
direção a várias regiões do cérebro 
OBS: Núcleo x gânglios ➜ núcleos são 
aglomerados de corpos celulares de 
neurônios do SNC e gânglios são 
aglomerados de corpos celulares de 
neurônios do SNP 
 
 
Núcleos dos nervos cranianos 
originados do bulbo 
- Existem 7 núcleos diferentes 
relacionados aos nervos cranianos do 
bulbo 
1º) Núcleo ambíguo ➜ saem fibras 
eferentes viscerais especiais que 
inervam a laringe e a faringe 
2º) Núcleo do hipoglosso ➜ ganha suas 
fibras de inervação por meio do nervo 
hipoglosso ➜ são fibras eferentes 
 
somáticas (inervam a musculatura da 
língua) 
3º) Núcleo dorsal do vago ➜ formado 
por neurônios pré-ganglionares ➜ os 
axônios saem do nervo vago ➜ é um 
núcleo motor do SNA parassimpático 
(inerva as vísceras) 
4º) Núcleos vestibulares ➜ são 
formados por 4 massas de núcleos 
separados ➜ no bulbo existem 2 
(núcleo inferior e núcleo medial) ➜ são 
núcleos sensitivos que penetram a 
porção vestibular do 8º par craniano 
(nervo vestíbulo-coclear) 
5º) Núcleo do trato solitário ➜ é um 
núcleo sensitivo relacionado a fibras 
aferentes viscerais ➜ associa-se à 
gustação 
- O núcleo do trato solitário recebe 
fibras aferentes especiais e gerais ➜ as 
gerais são responsáveis pela 
sensibilidade geral da faringe, laringe, 
traqueia, esôfago e vísceras tóraco-
abdominais ➜ as especiais são 
responsáveis pela sensibilidade 
gustatória da epiglote 
- O núcleo do trato solitário tem 2 
divisões ➜ fibras aferentes somáticas 
gerais (inervam o terço posterior da 
língua, tonsilas e tuba auditiva) ➜ levam 
sensações de dor, tato e sensibilidade 
térmica ➜ a outra divisão são as das 
fibras aferentes somáticas especiais da 
gustação do terço posterior da língua 
6º) Núcleo do trato espinhal do nervo 
trigêmeo ➜ está associado a 
sensibilidade de quase toda a cabeça 
➜ recebe sensibilidade por meio do 
nervo trigêmeo ➜ é constituído de 
fibras aferentes somáticas gerais 
7º) Núcleo salivatório inferior ➜ fibras 
pré-ganglionares que saem do nervo 
glossofaríngeo e inervam a glândula 
parótida 
OBS: História do sorvete ➜ quando se 
realiza a compra de um sorvete a 
pessoa tem que ficar em pé e manter 
o equilíbrio (núcleo vestibular) ➜ ao 
pegar o sorvete coloca-se a língua para 
fora (núcleo do hipoglosso) ➜ ao 
encostar a língua no sorvete é sentida 
a temperatura do sorvete (núcleo do 
trato espinhal do trigêmeo) ➜ o gosto 
também é sentido (núcleo do trato 
solitário) ➜ ao sentir o gosto do 
sorvete a pessoa começa a salivar 
querendo mais (núcleo salivatório 
inferior) ➜ o sorvete é engolido 
(núcleo ambíguo) ➜ o suco gástrico 
 
age para digerir o sorvete (núcleo 
dorsal do vago) = secreta suco gástrico 
- O bulbo é a estrutura que está entre 
a ponte e a medula espinhal (medula 
oblonga) ➜ é uma “precursora” da 
medula ➜ o bulbo apresenta algumas 
características anatômicas da medula 
espinhal (“continuação” da medula) ➜ o 
bulbo é limitado inferiormente pelo 1 
filamento radicular do nervo cranial (isso 
delimita a região do bulbo e da medula) 
➜ superiormente o bulbo é delimitado 
pelo sulco bulbo pontino (delimita o 
bulbo e a ponte) 
 
- Na região anterior: observa-se 
estruturas anatômicas semelhantes à da 
medula, como a fissura mediana 
anterior, sulcos laterais (anterior e 
posterior) e o sulco mediano posterior 
➜ ao lado da fissura mediana anterior 
tem as pirâmides bulbares (dos 2 lados 
da fissura mediana anterior) ➜ essas 
pirâmides são feixes de fibras nervosas 
descentes que ligam as áreas motoras 
do cérebro aos neurônios motores da 
medula (é onde passa o trato córtico-
espinhal) 
- Na região inferior dessas pirâmides é 
possível ver a região em que ocorre a 
decussação das pirâmides 
- Nas laterais das pirâmides bulbares 
tem as olivas ➜ são formadas por uma 
massa de substância cinzenta (núcleo 
olivar inferior) ➜ as olivas ficam na área 
lateral do bulbo entre os sulcos laterais 
anterior e posterior ➜ recebem as 
informações do córtex, da medula e do 
núcleo rubro e encaminha essa 
informação até o cerebelo por meio 
das vias olivo-cerebelares ➜ as olivas 
possuem a função de aprendizagem 
motora 
- Existem 4 nervos que possuem sua 
origem aparente no bulbo ➜ o nervo 
hipoglosso se origina do sulco lateral 
anterior do bulbo dos 2 lados (emerge 
ventralmente a oliva ➜ o nervo 
“recobre” a oliva) ➜ os demais nervos 
(nervo glossofaríngeo, nervo vago e 
nervo acessório) emergem do sulco 
lateral posterior do bulbo ➜ o nervo 
 
acessório emerge apenas a raiz 
craniana/bulbar dele 
 
 
 
- Na região posterior: o bulbo pode ser 
dividido em 2 porções ➜ uma porção 
mais fechada (caudal) e outra mais 
aberta (cranial) ➜ essas duas porções 
do bulbo tem origem embriológica ➜ 
o sistema nervoso se origina por 
completo do tubo neural ➜ o tubo 
neural é uma camada de células com 
um canal neural no meio (um 
orifício/abertura) ➜ esse canal neural 
continua existindo em todo o 
desenvolvimento do sistema nervoso 
➜ na medula esse orifício é o canal 
central da medula ➜ esse canal 
continua da medula até a parte fechada 
do bulbo e é visível no 4º ventrículo 
(inicia a parte aberta da medula), 
quando termina o fascículo grácil e 
cuneiforme ➜ esse 4º ventrículo é 
cheio de líquor (essa abertura contribui 
para a própria circulação do líquor pelo 
SN) 
- Na visão posterior do bulbo (com o 
cerebelo que recobriria essa parte 
seccionado) vê-se o sulco mediano 
posterior ➜ se abre inferiormente 
formando o 4º ventrículo 
- O sulco lateral posterior delimita o 
fascículo grácil e cuneiforme (são as 
vias ascendentes da medula) ➜ esses 
2 fascículos terminam no bulbo em 2 
massas de substâncias cinzenta 
(núcleos grácil e cuneiforme) ➜ 
externamente esses núcleos são 
chamados de tubérculos grácil e 
cuneiforme 
 
 
- No bulbo se encontra o núcleo do IX, 
X, XI e XII pares cranianos, as vias 
ascendentes e descendentes do bulbo 
e na formação reticular do bulbo está 
presente o centro respiratório 
vasomotor e de vômito 
- Topografia de decussação dos 
lemniscos mediais ➜ o núcleo grácil e 
cuneiforme originam as fibras 
arqueadas internas (cruzam o plano 
mediano para formar o lemnisco 
medial) ➜ existe o núcleo olivar inferior 
que junto ao núcleo olivar acessório 
forma o complexo olivar inferior ➜ o 
núcleo olivar inferior recebe fibras do 
córtex da medula e do núcleo rubro e 
se liga ao cerebelo pelas fibras olivo-
cerebelares (essas fibras cruzam o 
plano mediano pelas fibras arqueadas 
internas e penetram no cerebelo pelo 
pedúnculo cerebelar inferior) ➜ os 
núcleos olivares acessórios possuem a 
mesma estrutura, mesma função e 
conexões do núcleo olivar inferior 
- Topografia de decussação das 
pirâmides bulbares ➜ o trato 
córticoespinhal lateral ascende em 
direção ao bulbo e chega nas pirâmides 
bulbares ➜ nessas pirâmides ocorrem 
a decussação (cruzamento) dessasfibras motoras ➜ essas fibras 
ascendem até o tálamo 
 
- A região bulbar mais próxima a 
medula possui uma substância cinzenta 
mais parecida com a da medula ➜ 
essa substância se modifica a medida 
 
que ascende cranialmente pelo bulbo 
(adquire características mais bulbares) 
- Substância cinzenta própria do bulbo 
➜ essa substância passa a ser mais 
fragmentada ➜ não tem o formato de 
H medular igual na medula ➜ forma 
ilhas de substância cinzenta cercadas 
por substância branca (núcleos de 
substância cinzenta) ➜ essa mudança 
na configuração da substância cinzenta 
ocorre devido às decussações que 
existem no bulbo (feixes de substância 
branca cruzam pelo bulbo de um lado 
para o outro e fragmenta a substância 
cinzenta) 
 
 
 
 
- A substância cinzenta própria do 
bulbo é aquela que não tem um 
correspondente na medula ➜ núcleo 
grácil, núcleo cuneiforme, núcleo olivar 
inferior 
- Substância cinzenta homóloga da 
medula ➜ está sempre relacionada a 
nervos cranianos e impulsos aferentes 
e eferentes ➜ é onde possui os 
núcleos que originam os nervos 
cranianos que emergem do bulbo 
OBS: Todo nervo (mesmo aqueles que 
possuem mais de uma função) está 
associado ao núcleo da sua função ➜ 
EX: o nervo oculomotor possui 2 
funções e cada função associada a um 
núcleo diferente ➜ então o 
óculomotor está ligado a 2 núcleos (1 
núcleo só pode estar ligado a apenas 1 
 
nervo mas um mesmo nervo pode 
estar ligado a mais de 1 núcleo) 
 
 
Substância branca do bulbo 
- A substância branca do bulbo possui 
2 tipos de fibras ➜ as fibras 
longitudinais e as fibras transversais 
 
 
 
 
 
 
 
Fibras transversais 
 
- Existem as fibras arqueadas internas 
➜ são de 2 tipos: as que saem do 
núcleo grácil e cuneiforme ➜ cruzam 
transversalmente o plano mediano e 
ascendem cranialmente formando um 
novo conjunto de fibras (lemnisco 
medial ➜ conjunto de fibras sensitivas 
que se dirigem para o tálamo) ➜ leva 
para o tálamo informações de 
propriocepção consciente, 
esterognosia, sensibilidade vibratória e 
tato discriminatório ➜ e as fibras 
arqueadas internas carregam as fibras 
olivo-cerebelares ➜ essas fibras 
nascem no núcleo olivar-inferior e 
penetram no cerebelo a partir do 
pedúnculo cerebelar inferior ➜ os 
pedúnculos cerebelares são massas de 
substância branca que se dirigem do 
tronco encefálico para o cerebelo (no 
 
bulbo emerge o pedúnculo cerebelar 
inferior) 
- Fascículo grácil e cuneiforme 
(medula) ➜ ascendem para o bulbo e 
fazem sinapse com os núcleos grácil e 
cuneiforme ➜ desses núcleos foi 
formada as fibras arqueadas internas ➜ 
essas fibras fletiram cranialmente 
formando o lemnisco medial 
- As fibras arqueadas externas ➜ essas 
fibras nascem dos núcleos cuneiformes 
acessórios ➜ cruzam o bulbo de 
forma superficial e penetram no 
pedúnculo cerebelar inferior 
Fibras longitudinais 
- As fibras longitudinais são os tratos 
que existem na medula e continuam no 
bulbo ➜ muitos deles para 
ascenderem ao tálamo tem que passar 
pelo bulbo (caminho) 
- O fascículo grácil e cuneiforme 
terminam no núcleo grácil e 
cuneiforme no bulbo ➜ ascendem da 
medula até o bulbo 
- Lemnisco medial ➜ o núcleo grácil e 
cuneiforme possuem fibras arqueadas 
internas que se cruzam formando o 
lemnisco medial ➜ esse lemnisco 
medial ascende até o tálamo 
- Trato espinotalâmico anterior e lateral 
➜ lateral = passa lateralmente ao bulbo 
(função de dor e temperatura) e 
anterior = passa anteriormente ao 
bulbo (função de tato e pressão) 
- Trato espinocerebelar anterior e 
posterior ➜ o trato espinocerebelar 
posterior termina no bulbo (penetra 
pelo pedúnculo cerebelar inferior no 
cerebelo) ➜ o trato espinocerebelar 
anterior ascende passando pelo bulbo e 
só termina lá no mesencéfalo (onde 
penetra no cerebelo pelo pedúnculo 
cerebelar superior) 
- Trato do sistema lateral da medula ➜ 
continua da medula para o bulbo o 
trato corticoespinhal (lateral e anterior) 
➜ (vias piramidais) e as vias (extra 
 
piramidais) ➜ o trato rubro-espinhal, 
trato tecto-espinhal, trato vestíbulo-
espinhal e o trato retículo-espinhal ➜ o 
trato corticoespinhal termina em 2 
núcleos no bulbo (o núcleo hipoglosso, 
relacionado à movimentação da língua 
e o núcleo ambíguo, relacionado a 
musculatura da faringe e da laringe) 
- Trato do sistema medial da medula 
➜ são fibras originadas em várias 
áreas do tronco encefálico que descem 
em direção a medula ➜ cortico-
espinhal anterior, tecto-espinhal, 
vestíbulo-espinhal e reticulo-espinhal 
- Trato corticonuclear ➜ está 
relacionado a motricidade da mesma 
forma que o trato corticoespinhal ➜ o 
trato corticonuclear termina em núcleos 
motores de nervos cranianos no tronco 
encefálico 
- Trato espinhal do nervo trigêmeo ➜ 
o nervo trigêmeo penetra o tronco 
encefálico lá na ponte ➜ as fibras vão 
descer da ponte até o núcleo do trato 
espinhal do trigêmeo, formando o trato 
espinhal do trigêmeo 
- Trato solitário ➜ é formado por 
fibras que vem de vários pares 
cranianos do SN ➜ essas fibras 
descem e penetram no núcleo do trato 
solitário no bulbo 
 
 
Vias de associação 
- São vias que vão ligar os diversos 
núcleos motores existentes em 
diferentes níveis do tronco encefálico 
➜ isso ocorre por meio do fascículo 
longitudinal medial ➜ importante para 
movimentos de coordenação do 
 
movimento da cabeça com o 
movimento dos olhos ➜ EX: a 
coordenação do movimento de uma 
pessoa cavalgando que mantém o olhar 
fixo em um ponto ocorre por causa 
desse fascículo 
Formação reticular do bulbo 
- A formação reticular é uma formação 
típica do tronco encefálico (a medula 
não tem formação reticular, só o 
tronco encefálico) ➜ é uma formação 
intermediária da substância branca e da 
substância cinzenta ➜ a formação 
reticular é responsável por funções 
importantes no corpo ➜ no bulbo 
existem 3 centros principais de 
formação reticular: 
1º) Centro do vômito ➜ é quem gera o 
reflexo do vômito ➜ se o paciente 
tem uma irritação gástrica, por 
exemplo, receptores estomacais vão 
detectar a irritação e vão enviar fibras 
que vão chegar ao centro do vômito 
➜ o centro do vômito irá coordenar a 
resposta do vômito ➜ provoca 
contração do estômago, aumento da 
pressão intra-abdominal, protusão da 
língua para fora... (respostas do vômito) 
2º) Centro vasomotor ➜ regula a 
pressão arterial ➜ esse centro recebe 
fibras que vem de receptores na 
parede dos vasos sanguíneos que 
“medem” a pressão arterial ➜ o centro 
vai coordenar uma resposta a uma 
queda ou aumento a PA 
3º) Centro respiratório ➜ controla o 
ritmo respiratório ➜ uma lesão nesse 
centro é fatal (a pessoa deixa de 
respirar) 
 
Nervos cranianos 
- Os nervos cranianos de origem bulbar 
são o nervo glossofaríngeo (IX par), 
nervo vago (XX par), nervo acessório 
(XI par) e nervo hipoglosso (XII par) 
 
Introdução 
- É um nervo misto que possui 
componentes aferentes e eferentes ➜ 
possui origem aparente no encéfalo no 
sulco lateral posterior do bulbo e 
origem aparente no crânio no forame 
jugular 
 
Função 
- Função sensitiva ➜ leva informações 
sensitivas do pavilhão auditivo e do 
meato acústico externo, do 1/3 
posterior da língua, faringe, úvula, 
tonsilas, tuba auditiva, seio e corpo 
carotídeos 
 
- Função motora ➜ emite fibras que 
inervam o músculo estilo-faríngeo 
(levanta a faringe na deglutição e na 
fala), e inerva parcialmente a faringe, 
laringe, traqueia e esôfago 
 
- Função vegetativa ➜ um grupo de 
nervos sai da região posterior do bulbo 
na face lateral ➜ contém fibras 
eferentes viscerais gerais ➜ conduzem 
impulsos secretor-motores para a 
glândula parótida ➜ a glândula parótida 
é a única glândula salivar inervada pelo 
nervo glossofaríngeo 
 
- Função gustativa ➜ o nervo 
glossofaríngeo inerva o 1/3 posterior da 
língua 
 
 
- O núcleodo nervo glossofaríngeo se 
comunica com outras estruturas 
centrais, como o hipotálamo ➜ medo 
e ansiedade provam o estado de boca 
seca (xerostomia) ➜ se comunica, 
também, com o núcleo olfatório, 
havendo salivação em resposta ao 
cheiro de comida 
- O nervo glossofaríngeo possui 
divisões que se conectam com o 
núcleo espinal do trigêmeo e o trato 
solitário, são componentes aferentes 
➜ responsáveis pela inervação 
retroauricular 
- O nervo glossofaríngeo possui ramos 
que inervam o seio carótico (contém 
quimio e barorreceptores) ➜ regulam 
a frequência cardíaca e pressão arterial 
pelo reflexo glossofaríngeo-vagal 
Lesões 
- Lesões unilaterais levam a perda do 
reflexo faríngeo, do reflexo 
glossofaríngeo-vagal, da sensibilidade 
gustatória do terço posterior e ocorre 
o desvio da úvula para o lado não 
lesado 
- Neuralgia glossofaríngea ➜ dor me 
pontada/fisgada (origina da garganta e 
irradia para a trompa de Eustáquio) 
Sinais semiológicos 
- Sinal da cortina ➜ desvio da faringe e 
úvula para o lado contralateral à lesão 
- Redução da atividade salivar ipisilateral 
a lesão ➜ glândula parótida 
- Avaliação do reflexo faríngeo ➜ 
estimula-se o músculo faríngeo (nervo 
IX e X) e observa se houve alterações 
➜ como elevação do palato mole a 
fim de fechar a nasofaringe, 
 
fechamento da glote para proteger a 
via aérea e constrição da faringe para 
impedir a entrada de substâncias para a 
laringe 
Introdução 
- É um nervo misto que contém fibras 
aferentes e eferentes ➜ possui 
origem aparente no encéfalo no sulco 
lateral posterior do bulbo e origem 
aparente no crânio no forame jugular 
- O nervo vago emerge do bulbo 
lateral da oliva por radículas que se 
unem para formar uma única raíz e 
emergem pelo forame jugular do 
crânio 
- Se relaciona com 4 núcleos no bulbo 
➜ o núcleo posterior de nervo vago 
emite fibras na face lateral (entre a oliva 
e o pedúnculo cerebelar inferior) ➜ 
contém fibras parassimpáticas pré-
ganglionares com impulsos eferentes 
para vísceras tóraco-abdominais ➜ as 
fibras pós-ganglonares vem de gânglios 
que se localizam encima dessas 
vísceras 
Função 
- Função vegetativa ➜ possui 
inervação parassimpática da árvore 
traqueobrônquica, miocárdio e maior 
parte do trato digestivo ➜ quando uma 
pessoa tem cólica essa informação é 
conduzida pelo nervo vago 
 
- Função sensitiva ➜ parte do pavilhão 
auditivo e meato acústico externo, 
conduzem impulsos aferentes 
originados da faringe, laringe, traqueia, 
esôfago, vísceras do tórax e abdome 
 
- Função motora ➜ inerva 
parcialmente os músculos da faringe e 
da laringe 
- O nervo vago tem conexão com 
fibras do nervo vestíbulo-coclear ➜ se 
relaciona com o enjoo e vômito após o 
estímulo vestibular excessivo 
- O núcleo espinal do nervo trigêmeo 
recebe fibras aferentes somáticas da 
 
orelha, do meato acústico externo e da 
parte externa da membrana timpânica 
➜ seus corpos de neurônios estão no 
núcleo jugular do nervo vago 
- O núcleo ambíguo é o núcleo motor 
ventral do nervo vago ➜ se localiza 
entre a oliva e o núcleo espinhal do 
nervo trigêmeo ➜ emite fibras que 
emergem da face lateral e seus 
impulsos eferentes viscerais vão para a 
faringe e a laringe e inervam a 
musculatura para a deglutição ➜ os 
músculos envolvidos são os constritores 
da faringe, cricotireoideo, intrínsecos da 
laringe, levantador do véu palatino, 
palatoglosso, palatofaríngeo e o 
músculo da úvula ➜ as ações 
coordenadas desses músculos 
promovem a deglutição e o vômito 
Lesões 
- Uma lesão bilateral do nervo vago é 
fatal ➜ promove a paralisia completa 
dos músculos e asfixia 
- Uma lesão unilateral leva à paralisia 
ipisilateral do palato mole, faringe e 
laringe (sinal da cortina ➜ desvio da 
parede posterior da faringe e úvula 
para o lado ileso durante a fonação) ➜ 
leva a um estado de rouquidão, disfagia 
(dificuldade para deglutir) e dispneia 
(dificuldade para respirar) 
 
Sinais semiológicos 
- Avalia-se a sensibilidade gustativa do 
1/3 posterior da língua e inspeção do 
palato mole e úvula 
Introdução 
- É um nervo motor que possui raízes 
espinais e cranianas (bulbar) ➜ possui 
alguma de suas origens na medula 
espinhal ➜ origem aparente no 
 
encéfalo no sulco lateral posterior do 
bulbo e na medula espinhal e a origem 
aparente no crânio é no forame jugular 
 
Função 
- Porção bulbar inerva a laringe e a 
porção medular inerva os músculos 
trapézio e esternocleidomastóideo 
 
Lesões 
- Uma lesão nesse nervo gera disfonia, 
voz rouca, bitonal, respiração estridulosa 
e atrofia dos músculos trapézio e 
esternocleidomastóideo 
Sinais semiológicos 
- Avalia-se a fala e a força muscular do 
trapézio e do esternocleidomastóideo 
Introdução 
- É um nervo motor ➜ possui origem 
aparente no encéfalo no sulco lateral 
anterior do bulbo e origem aparente no 
crânio no canal do hipoglosso 
 
 
 
 
 
 
Função 
- Motricidade da língua 
Lesões 
- Uma lesão nesse nervo gera 
atrofia/disartria ➜ se a lesão for 
nuclear ou infranuclear (compromete o 
2º neurônio) o desvio da língua é para 
o lado da lesão ➜ se a lesão for 
supranuclear o desvio da língua é 
contralateral a lesão (aponta para o lado 
oposto ao da lesão) 
Sinais semiológicos 
- Realiza-se uma inspeção da língua (se 
tem atrofia, desvios ou fasciculações) e 
observa-se se o paciente consegue 
realizar todos os movimentos da língua 
- As lesões bulbares podem levar a 
óbito, disfagia (dificuldade na deglutição), 
disfonia (alteração da fala), 
comprometimento motor e sensitivo 
Introdução 
- É uma síndrome relativa a uma 
síndrome de tronco ➜ é também 
chamada de síndrome bulbar lateral 
(local onde essa síndrome ocorre) ou 
também chamada de síndrome da 
artéria cerebelar póstero-inferior ➜ 
essa síndrome se caracteriza por um 
conjunto de achados semiológicos que 
unidos evidenciam uma lesão bulbar 
Causas 
- Essa síndrome é relacionada a uma 
etiologia vascular ➜ está relacionada a 
uma alteração da artéria cerebelar 
póstero-inferior/AICA (doenças 
ateroscleróticas, secção ou trombo) ➜ 
problemas na artéria vertebral também 
podem originar a síndrome de 
Wallemberg (levam a isquemia da 
região bulbar lateral) ➜ se o paciente 
se queixar de cefaleia anterior as 
 
manifestações clínicas da síndrome de 
Wallemberg pode ser secção de artéria 
- A AICA é responsável pela irrigação 
da região dorso-lateral do bulbo e da 
região posterior e inferior do cerebelo 
 
 
Sintomas 
- Pedúnculo cerebelar inferior ➜ ao 
lesar essa topografia do pedúnculo o 
paciente apresenta ataxia apendicular 
ipisilateral a lesão (dificuldade de 
coordenação motora) 
- Trato espinhal do nervo trigêmeo e 
núcleo do trato espinhal do nervo 
trigêmeo ➜ ao lesar esse trato (que 
se inicia no bulbo) o paciente apresenta 
uma redução da sensibilidade térmica e 
dolorosa no mesmo lado da lesão 
(hipoestesia ipisilateral a lesão) 
- Lesão no trato simpático (passa nessa 
região bulbar) ➜ síndrome de Horner 
➜ causa semiptose (pálpebras caídas) 
- Trato espino-cerebelar posterior e 
anterior ➜ relacionados a 
propriocepção ao cerebelo (atividades 
motoras e de coordenação) 
- Trato espino-talâmico lateral ➜ ao 
lesar esse trato o paciente apresenta 
hemihipoestesia contralateral a lesão 
(diminuição da sensação de tato e 
temperatura) e ipisilateral na face 
- Núcleo ambíguo ➜ ao ser lesionado 
o paciente apresenta disfagia 
(dificuldade para engolir) e queda do 
palato no lado ipisilateral ➜ o núcleo 
ambíguo é responsável pela deglutição 
➜ pode apresentar, também, disartria 
(dificuldade para utilizar os músculos 
para a fala) 
- O paciente apresenta vertigem, 
náusea e vômitos ➜ está associado ao 
núcleo vestibular inferior que está 
localizado nessa região do bulbo 
- Apresenta alteração da sensibilidade 
termoalgésica do tronco, braço e pernacontralateral a lesão devido ao trato 
 
espinotalâmico que se localiza nessa 
região 
 
 
Introdução 
- O suprimento simpático do olho é 
constituído por 3 neurônios diferentes 
➜ o 1º neurônio é o neurônio central 
(começa no hipotálamo posterior), 
desce pelo tronco cerebral e termina 
no centro cilioespinal de Budge (na 
altura de C8 e T12 na medula espinhal) 
sem cruzar ➜ o 2º neurônio é o 
neurônio pré-ganglionar (passa do 
centro cilioespinal de Budge até o 
gânglio cervical superior no pescoço) 
➜ o 3º neurônio é o pós-ganglionar 
(sobe ao longo da artéria carótida 
interna e entra no seio cavernoso) ➜ 
se junta ao nervo oftálmico originado 
do trigêmeo e inerva o músculo 
dilatador da pupila e o corpo ciliar 
 
- A síndrome de Claude-Bernard-
Horner é uma lesão das fibras 
simpáticas (caracterizam a midríase ➜ 
dilatação da pupila) ➜ pacientes com 
essa síndrome apresentam a pupila 
menor ➜ ocorre lesão das fibras 
simpáticas (midríase) e então as fibras 
parassimpáticas se 
acentuam/”sobressaem” (miose ➜ 
contração da pupila) ➜ na penumbra 
essa assimetria fica mais evidente 
 
 
 
OBS: No caso acima a paciente possui 
uma síndrome de Horner à direita 
Causas 
 
Sintomas e fisiopatologia 
- A sintomatologia depende da 
localização da lesão ➜ se ocorreu em 
um neurônio de 1º ordem (que sai do 
hipotálamo até C8-T12), 2º ordem (pré-
ganglionar) ou 3º ordem (pós-
ganglionar) 
- O corpo do neurônio está localizado 
no núcleo póstero-lateral do hipotálamo 
➜ envia fibras para a coluna lateral da 
medula ➜ o 2º neurônio envia fibras 
para o 3º neurônio no gânglio cervical 
superior ➜ o gânglio cervical superior 
se ramifica e envia fibras para os 
músculos da face, para as glândulas 
sudoríparas e para os músculos 
intrínsecos do olho (algumas fibras do 
3º neurônio acompanham o nervo 
oftálmico e inervam o músculo tarsal 
superior e o músculo dilatador da 
pupila) 
 
- O músculo tarsal superior ajuda a 
levantar a pálpebra superior mantém a 
elevação da pálpebra superior realizada 
pelo músculo levantador da pálpebra 
➜ como a inervação do músculo tarsal 
superior está prejudicada há um 
enfraquecimento da ação desse 
músculo ➜ observa-se a pálpebra 
caída (ptose parcial) 
- Os músculos intrínsecos do olho são 
músculo dilatador da pupila e o músculo 
esfíncter da pupila ➜ o m. dilatador da 
pupila aumenta o diâmetro da pupila no 
escuro (midríase) ➜ é inervado pelas 
fibras simpáticas do gânglio cervical 
superior ➜ o m. esfíncter da pupila 
 
realiza a constrição da pupila (miose) 
em ambientes de muita luz ➜ é 
inervado por fibras parassimpáticas do 
gânglio ciliar (nervo oculomotor) ➜ na 
síndrome de horner o m. esfíncter da 
pupila se sobressai e causa a miose (a 
pupila fica sempre menor), já que a 
inervação do músculo responsável pela 
midríase está lesada 
 
- Anidrose hemilateral ➜ depende da 
lesão, se essa lesão ocorre em um 
neurônio de 1º ordem ou de 2º ordem 
(anidrose ipisilateral ➜ diminuição de 
suor) ➜ se acometer um neurônio de 
3º ordem nas fibras vasomotoras 
(inervam os músculos) ou sudomotoras 
(inervam as glândulas sudoríparas) a 
anidrose ocorrerá em uma área limitada 
da face (próxima a sobrancelha e 
ipisilateral) 
- Heterocromia da íris ➜ ocorre uma 
despigmentação (menor produção de 
melanina pelos melanócitos do estroma 
da íris) ➜ esses melanócitos são 
inervados pelas fibras simpáticas ➜ 
essa heterocromia é mais visível em 
crianças menores de 2 anos congênita 
Tratamento 
- Possui tratamento, mas não existe um 
tratamento específico para essa 
síndrome 
Introdução 
- As síndromes de base se bulbo são 
lesões que comprometem a pirâmide e 
o nervo hipoglosso ➜ a lesão da 
pirâmide compromete o trato 
córticoespinhal lateral (trato já cruzado 
na pirâmide) ➜ isso gera hemiparesia 
(paralisia que dificulta o movimento de 
um dos lados) e contralateral (já que 
houve o cruzamento nas pirâmides) ➜ 
a lesão do nervo hipoglosso causa uma 
plegia (paralisia) dos músculos da língua 
situado ao lado lesado (ipisilateral) ➜ 
esses músculos atrofiam ➜ a 
musculatura da língua desvia para o 
lado lesado 
OBS: O grau de acometimento dessa 
lesão depende do grau da causa do 
problema ➜ EX: na doença de 
Dejerine a causa é a artéria vertebral 
 
(aterosclerótica, isquemiada, 
trombótica...) ➜ essa artéria não irriga 
a região e lesiona o local ➜ 
dependendo do grau de lesão da 
artéria tem sequelas divergentes ➜ se 
a lesão ocorrer antes do cruzamento 
(sequelas homolateriais), nas pirâmides 
(sequelas contralaterais), no rato 
corticoespinhal lateral (sequelas 
contralaterais) 
- O grau da isquemia da artéria pode 
comprometer, também, o lemnisco 
medial ➜ gera comprometimento 
sensitivo (propriocepção consciente, 
sensibilidade vibratória, tato epicrítico, 
esterognosia 
Causas 
- A trombose, isquemia ou 
aterosclerose da artéria vertebral ➜ 
essa artéria irriga a região anterior do 
bulbo 
 
 
 
Sintomas 
- Pode gerar hemiparesia contralateral 
(motora) ➜ lesão das pirâmides 
bulbares 
- Pode gerar comprometimento 
sensitivo ➜ lesão dos lemniscos 
mediais 
- Pode gerar paralisia ipisilateral da 
língua ➜ a língua desvia para o lado 
lesado ➜ lesão do nervo hipoglosso

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