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Prova 2 de reprodução

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06/04/2021
Exame andrológico
 Avaliar o animal, parte física, reprodutiva, coletar o sêmen.
 Avaliação da aptidão reprodutiva de um macho destinado à reprodução
 Avaliar-se:
o Saúde geral
o Hereditária
o Genital
 Potência coeundi
o Capacidade de copular
 Potência generandi
o Capacidade de gerar prole
 Indicações
o Seleção e comercialização de reprodutores → um comerciante só vai comprar um animal se
ele for um bom reprodutor;
o Avaliação do potencial reprodutivo → saber se o animal é um bom reprodutor ou não;
o Pré-estação de monta → saber se o animal vai entrar em bom estado na estação de monta;
o Diagnósticos de subfertilidade ou infertilidade
o Diagnósticos da ocorrência da puberdade → verificamos que o animal desenvolveu os
testículos, tem boa produção hormonal de qualidade;
o Preservação do sêmen “in vitro” → só preservamos o sêmen se ele for de boa qualidade, se
é um animal sem defeitos genéticos;
o Avaliação dos machos levados às exposições e feiras → alguns leilões e feiras exigem;
-Se o animal machucou-se e queremos saber se interferiu na sua fertilidade; entre outros
exemplos de uso.
 A realização de exames andrológicos é de exclusividade do médico veterinário
Nomes que marcaram a andrologia no Brasil:
1920 – Willians – primeiras observações em exames clínico-reprodutivos e na avaliação do
sêmen
1934 – Lagerlof – patologias dos sptz – infertilidade – classificação morfológica →
primeiro a caracterizar a morfologia do sêmen
 1941 – Weisman (alemão)
 Brasil – Jordão, Megale, Mies Filho, Fonseca, Barreto, Vale Filho, etc.
Órgão oficial que regulamenta os exames andrológicos: Colégio Brasileiro De Reprodução
Animal → ele determina a sequência e os critérios do exame andrológico;
 Exame andrológico:
o Identificação:
▪ Proprietário/propriedade
▪ Nome do animal
▪ Número de registro
▪ Data de nascimento
▪ Raça
▪ Peso
▪ Filiação
o Histórico e anamnese
▪ Dados relativos ao indivíduo
▪ Nutrição → animal se alimenta de ração? pasto? (casos de gado)
▪ Manejo (monta natural, número de fêmeas, repetição de cios, alimentação)
▪ Motivo do exame
▪ Tempo de aparecimento e evolução do problema e tratamentos → ex: se ele tem uma
balanopostite com fimose já não é algo agudo.
▪ Situação sanitária e reprodutiva do rebanho
▪ Procedência, etc.
o Exame clínico geral:
▪ Avaliar os sistemas: devemos focar nos sistemas de acordo com a inspeção visual do animal
e queixa do proprietário; se desconfiar de algo nós investigamos mais profundamente;
∙ Respiratório
∙ Circulatório
∙ Digestivo
∙ Nervoso
∙ Tegumentar
∙ Auditivo, visual, olfativo
▪ Aprumos → animal para cobrir a fêmea joga o peso em cima dos posteriores, e para isso
deve ter aprumos sem lesões, para subir na fêmea e descer tranquilamente. Se você desconfiar
que ele tem problema de aprumos, colocá-lo para andar. Algumas doenças podem ser
subclínicas, como a laminite, em que o animal somente não realiza a cópula.
▪ Atenção para defeitos genéticos → um reprodutor não pode ter problemas reprodutores, pois
transmite aos seus filhos.
▪ Temperamento → temperamentos ruins: não podemos usar animais ariscos como
reprodutores, pois os filhos serão ariscos também, o comportamento é uma característica de
herdabilidade;
o Exame do sistema reprodutivo: é mais detalhada para ver se tem sistema reprodutivo intacto
e boa reprodução;
▪ Inspeção, palpação, ultrassonografia (dá pra avaliar puberdade), termografia (parasitos
aumentam a temperatura corporal)
▪ Escroto:
∙ Pele (ectoparasitos, feridas)
∙ Conteúdo
∙ Mobilidade → se tiver preso significa fibrose e aderências;
∙ Sensibilidade → inflamação
∙ Espessura → espessura grande indica inflamação, aderências e fibroses;
∙ Temperatura → aumentada indica inflamação, e se tem aumento gera problemas da
regulação da temperatura espermática;
Quando se avalia o escroto já sobe a mão para cima para palpar cordão espermático e
testículos abaixo.
▪ Cordões espermáticos: volume, comprimento
▪ Testículo: pegar os dois testículos juntos para fazer a avaliação;
∙ Forma (se é o da espécie e se os dois estão iguais) → são ovais na maioria das espécies, mas
em cão e equino são ovais;
∙ Tamanho → avalia se tem patologia testicular;
∙ Simetria
∙ Consistência (classificação: flácido, elástico, duro-elástico) → flácido é a pele da mão solta,
elástico é ela fechada, duro-elástico é mão fechada forçando. O testículo duro indica fibrose;
∙ Mobilidade → segurar a bolsa e ver se testículos movimentam dentro dela;
∙ Sensibilidade → verificar se o animal sente dor: desse a mão bem devagar aos testículos, não
levar de uma vez pois ele sente cócegas;
∙ Temperatura (termografia testicular) (dá pra ver locais com processo inflamatório)
Animal sempre deve estar preso no tronco no caso de bovinos, em equinos prender no tronco
simples com barra de proteção.
∙ Posição
∙ Biometria (PE) (circunferência escrotal em bovinos, perímetro e largura em caprinos e
ovinos e suínos, volume testicular em cão) (usa com fita métrica ou com fita específica)
(mede na maior curvatura, não da prega na pele e não deixa espaços vagos entre fita e
testículo – medida justa) (máximo 10% de diferença entre um testículo e outro, sendo 5% o
ideal)
Os testículos ideais tem boa distribuição de temperatura; caso não esteja assim, classificamos
ele como questionável.
Perímetro escrotal: Usar paquímetro normal para medir o seu comprimento e largura: o ideal é
que os dois testículos tenham tamanhos iguais. Medimos em equinos, cães e gatos, sendo que
em ruminantes só fazemos biometria.
Tabelas por idade:
Olhamos para saber qual o tamanho do testículo do animal segundo sua idade; quanto maior a
idade maior o testículo.
▪ Epidídimos: cabeça, corpo e cauda (não precisa ser idêntico dos dois lados). As caudas de
epidídimo não precisam ser simétricas, pois uma reserva pode estar mais cheia do que a outra.
▪ Prepúcio: tamanho, sensibilidade, abertura óstio prepucial;
▪ Pênis (não é fácil de expor em algumas espécies, nesse caso se tiver suspeita: anestesia
epidural): nas espécies com músculo retrator do pênis é muito difícil expor o pênis, se não for
possível fazer tudo bem, mas se for muito necessário, devemos sedar o animal. Podemos fazer
sem problemas em cães, gatos e cavalos.
∙ Tamanho
∙ Mobilidade
∙ Desvios → em casos de pênis infantil, onde o pênis quando exposto sai pela lateral e o
animal não consegue cobrir a fêmea.
∙ Mucosa
∙ Secreções
Podemos passar a mão ao longo do prepúcio com bastante cuidado e ver se tem aumento de
volume, se ele deixar vc expõe
Em equinos é bem mais simples de ser feito.
▪ Genitália interna (muito estressante)
-Podemos avaliar as glândulas por meio de palpação retal caso tenha suspeita de alterações.
Além disso, não tem fundamento palpar uma vez para dizer se está grande ou não.
▪ Comportamento sexual e índole
▪ Libido (zebu) e capacidade de serviço (taurino)
Análise física do sêmen
 Aparência e volume:
o Coloração uniforme e aparência opaca (indica alta concentração de células espermáticas)
o Volume utilizado para cálculo do número total de células
 Volume médio ejaculado:
o Bovino: 5 – 8 mL
o Ovino: 0,8 - 1,2 mL
o Caprino: 0,8 - 1,2 mL
o Suíno: 150 – 200 mL
o Equino: 60 – 100 mL
o Cão: 0,5 - 4,0 mL
o Gato: 0,04 - 0,3 mL
 Volume:
o Varia com a espécie, estação do ano, tempo de repouso e coleta o Medido em tubos
graduados
o Gel deve ser retirado
o Aspecto e coloração
o Odor
▪ Deve ser característico
▪ Se ácido tem urina
▪ Se pútrido sinal que tem piócitos, tem alguma lesão
o Sangue, urina, pus, sujeira, etc.
Sempre que coletamos o sêmen colocamos em local com controle térmico.
Ácido cítrico pode estar presente no sêmen de bovinos, dando uma coloração amarelada.
 Motilidade:
o Porcentagem de sptz com motilidade progressiva
o Estimativa subjetiva da viabilidade e qualidade espermática
o Lâmina e lamínula aquecidas a 37ºC
o Feita sob microscopia de 100 a 400x
o Análise muito rápida pós coleta
o Motilidademédia do ejaculado é de 70 a 90%
▪ Não existe sêmen 100%
Valores médios de motilidade → quanto menor a motilidade, menos viável é o sêmen.
Pode ser uma avaliação subjetiva, não tendo concordância entre diferentes observadores.
É uma das análises mais importantes.
 Vigor:
o Intensidade do movimento espermático
o Avaliado de 0 a 5:
▪ 0: ausência de movimento
▪ 1: movimentos oscilatórios, maior parte imóvel
▪ 2: movimentos oscilatórios e progressivos, metade imóvel
▪ 3: maioria com movimento progressivo
▪ 4: maioria com movimento progressivo enérgico e retilíneo
▪ 5: todos com movimento progressivo enérgico e retilíneo
o Se os sptz forem muito lentos podem ser fagocitados no trato reprodutivo da fêmea
Uso de placas aquecidas.
Analisamos motilidade e vigor ao mesmo tempo.
-CASA → visualiza e digitaliza imagens, observando a sua cinética e dando estatísticas e
valores objetivos sobre a motilidade progressiva e total, retilinearidade, velocidade, etc.
É muito caro. Seus valores são muito bons.
Entrave: equipamento de laboratório, não é levado ao campo.
 Turbilhonamento: movimento em forma de ondas observado em uma gota de sêmen puro.
o Ondas de evolução dos sptz
o Resultado de concentração elevada com motilidade e vigor o Gota em lâmina aquecida
o Análise subjetiva
o Não tem em suínos e equinos
o Expresso de 0 a 5 ou em cruzes
o Se não tiver, não desclassifica o sêmen por isso
Não classifica sêmen do animal, somente a amostra, que quando apresenta turbilhonamento
tem alta concentração espermática.
 Gel
o Suínos e equinos → funciona como tampão na fêmea para evitar perda espermática.
o Separar da porção líquida e descartar
o Função só biológica
o Verificar aspecto e volume → aspecto esbranquiçado ou transparente. Quando tem lesão em
bulbouretral o volume fica amarelo e em pouca quantidade. Só observamos a sua presença.
 Concentração
o Quantidade de células/mL no ejaculado
o Métodos:
▪ Câmara de Neubauer:
▪ Espectrofotometria
▪ “Micro-cell-counter”
Tabela de concentração espermática. Essa
concentração é bem variável. Devemos ter uma noção dos valores normais de cada espécie,
pois se tiver uma grande discrepância sabemos que pode ter a presença de alguma patologia.
 Câmara de Neubauer:
o Micropipeta – 0,02 mL de sêmen
o Colocar em frasco com 2 mL de formol salina
o Homogeneizar
o Colocar pequena gota na câmara sob a lamínula até cobrir todo o espaço o Observar em
aumento de 100 ou 400x
o Conta os 25 quadradinhos do centro (cada um tem 16 divisões) o Conta um lado, conta o
outro, soma e divide por 2 para ter uma contagem precisa
o Conta tudo o que está dentro da célula, o que está em cima das 4 linhas externas só conta se
o sptz tiver mais de 50% da cabeça para dentro da câmara
o Não importa se tem defeito, não importa se tem só a cabeça, conta tudo o Dentro da câmara
se conta tudo, todas as células
o Sobre o que tiver bem em cima de uma linha interna, costuma-se contar o que ta dentro do
quadro e o que tiver na linha da direita e na inferior
 Cálculo da concentração:
o Numero de sptz/mL = numero de contados x diluição x volume da câmara
 Espectrofotometria
o Fotocolorímetro mede feixe luminoso que passa por volume e diluição conhecida
o Curva com várias concentrações
o Método confiável
o Vê a absorbância e aí confere na curva padrão
o Medida rápida, mas não tem a mesma precisão da câmara
o Muito usado
o Resultado muito próximo da concentração real, rápido e confiável
 Contador automático
o Contagem eletrônica em aparelho próprio para contagem de células o Leitura rápida e
confiável
o Contagem baseada nas dimensões da células
▪ Precisa calibrar quando troca a espécie
Análise morfológica do sêmen
 Morfologia espermática
o Verificar cada célula individualmente
o Contar e classificar os defeitos
o Estudar origem dos defeitos (ex: delgado na base tem origem em defeitos na
espermatogênese, na moldagem da cabeça do sptz pela célula de sertoli. Ou a gota
citoplasmática proximal, que é normal no animal jovem)
o Efeito na fertilidade do animal
o Cada espécie tem um limite de patologias aceitáveis (ex: máx de 20% de patologias)
o Quanto menor o número – melhor o animal
 Métodos de avaliação
o Lâmina corada
o Preparação úmida
▪ Contraste de fase
▪ Contraste de interferência diferencial
o Avaliar sob aumento de 1000x
o Avalia-se 200 células
o Registra-se separadamente os defeitos
o Pode ser feita com sêmen fresco, resfriado ou congelado
*Corante de célula sanguínea não usa pra sêmen!!!
Cada espécie tem um formato de cabeça de sptz.
Leitura em zig zag na lâmina, para evitar de ler as mesmas células.
*Precisa de um microscópio mais sofisticado – caro
Microscópio de fase → vemos células “em 3 D”
Morfologia em sêmens frescos, lâminas aquecidas para evitar formação de defeitos.
Lâmina corada: 1 ml de formol salina e coloca sêmen até turvar.
Essa técnica é uma boa coloração, mas complicado
Vermelho congo e eosina e nigrosina
câmara úmida
ASMA → Sistema automatizado que analisa um grande número de células quanto ao padrão
de cada espécie.
*Classificam só cabeça normal ou com defeito, não classifica todos os defeitos
**Normalmente é feito apenas para um tipo de espécie
 Classificação das anormalidades:
*Primeira classificação de anormalidades
*Essa é a que a gente usa
**Defeitos maiores são os mais graves
***Acima de 10% de defeitos maiores já não vai para congelamento
*Não usa essa classificação na rotina → defeitos compensáveis e não compensáveis.
Particularidades nas espécies:
Em suínos fazemos preparação úmida pois a célula é frágil, e GCD não é defeito.
Em cães usamos corante eosina/nigrosina preferencialmente.
Ficha de exame andrológico
Conclusão é a parte mais importante, pois concluímos se o animal está apto para reprodução
ou não.
Inapto temporário: inapto no momento que você avaliou, como em casos de erro na técnica.
Fazendo a técnica correta o que você encontrar será o reflexo do que o animal tem no
momento.
Recomendações: ex. descarte de animais criptorquídicos.
Na conclusão mostramos o que encontramos e damos um desfecho.
O exame andrológico é de exclusividade do médico veterinário fazer, e necessita da sua
assinatura e CRMV. Ao assinar você se compromete que o que foi assinado no documento é
verdadeiro.
Espermograma:
 Conclusões do exame:
o Animal apto para reprodução
o Animal inapto para reprodução
▪ Defeito genético
o Animal inapto temporariamente
▪ Exemplo touro com 40% de patologia espermática – repetir com 60 a 90 dias
▪ Não desclassifica animal antes de fazer 3 exames
 Exame andrológico tem validade máxima de 60 dias
 Apenas médicos veterinários com CRMV podem fazer exame andrológico
27/04 Coleta e avaliação de sêmen em bovinos, ovinos, caprinos e equinos
 Análise da qualidade das células espermáticas
 Assepsia no processo
 Riscos de acidentes com animal e coletador
 Técnica correta para cada espécie
 Métodos de coleta:
o Vagina artificial
o Eletroejaculação
o Massagem de ampolas
 VAGINA ARTIFICIAL
o Melhor técnica – simula cópula
o Construção simples
o Importante:
▪ Temperatura
▪ Lubrificação
▪ Pressão adequada
o Cuidado com assepsia (lavar e secar material de um animal para o outro) o Habilidade
técnica do coletador
o Vantagens:
▪ É a técnica mais próxima da monta natural
▪ Obtém sêmen com maior densidade e concentração (não tem estímulo em glândula então
sai o sêmen que tava la nas ampolas, sai muito concentrado)
▪ Menor risco de contaminação (sêmen sai de dentro do prepúcio direto pra vagina artificial)
o Desvantagens:
▪ Animal tem que ser treinado
▪ Ambiente ideal (piso antiderrapante, areia, grama)
▪ Treinamento da pessoa
▪ Manequim (mecânico ou não)
▪ Nem todo animal ejacula
▪ Se qualquer coisa do tópico “importante” estiver fora do adequado, o animal NÃO ejacula
o Usa muito em central (bov e ovi)
o Bovinos
▪ Muito importante é a temperatura – 45ºC na hora da coleta (38º a 45ºC) ▪ Tubo aquecido
(onde vaicair o sêmen)
▪ Lubrificante estéril
▪ Vagina oblíqua e na direção do pênis do touro
▪ Desvia-se o pênis e introduz a vagina
▪ 2 coletas/dias – 2x por semana
o Equinos
▪ Só pode usar vagina artificial
▪ Exigente quanto à pressão e fricção na vagina artificial
▪ Higiene do pênis (smegma)
▪ Égua peiada
▪ Alça – peso e arrancada do garanhão (maior e mais pesada)
▪ Temperatura – 45 a 55ºC
▪ Filtrar ejaculado – retirar gel (tampão mucoso)
▪ 3x por semana
**Muito cuidado para retirar a vagina do pênis do animal!!!
o Ovinos e caprinos
▪ Temperatura em torno de 45ºC
▪ Semelhante a bovinos
▪ Impulso muito rápido
▪ Baixo volume de sêmen
▪ Pode adaptar a vagina ao manequim
▪ Coletas diárias (lembrar que quando mais coletas menor concentração) ▪ Vagina artificial
idêntica dos bovinos
 ELETROEJACULAÇÃO
o Mais utilizado na rotina ou se o animal não aceitar vagina
o Touros, carneiros e bodes
o Não prejudica o animal
o Sêmen mais diluído
o Local de coleta – evitar acidentes
o Não causa dor nem prejudica o animal
o Método – passagem de uma corrente alternada ao nível da 4ª vértebra lombar, sêmen
liberado por contração dos músculos uretrais
o Eletrodo inserido no reto com eletrodos em forma longitudinal promove a estimulação
elétrica
o Vantagens:
▪ Fácil, realizado em qualquer lugar e qualquer animal
o Desvantagens:
▪ Tem que ter o equipamento e estrutura
o Estímulos:
▪ 2 a 3 segundos de duração com 1s de descanso
▪ Liberação do ejaculado – estímulos intensos e mais prolongados (5 a 10s) ▪ Sempre observar
reação do animal
▪ Jovens – estímulos baixa potência
▪ Fica olhando para o animal para decidir tempo e potência
o Ovinos e caprinos:
▪ Boa resposta e rápida
▪ Em pé ou deitado em uma mesa
▪ Direcionar a glande para o frasco de coleta com uma gase
Pode vestir o saquinho no pênis se o animal expor ele demais
 MASSAGEM DE AMPOLAS
o Não é possível usar outra técnica
o Massagem na região da ampola do ducto deferente e glândulas anexas o Apenas bovinos
o Pequeno volume e alta concentração de células
Coleta de sêmen em cães e gatos
 Tempo de cópula e volume de sêmen
 Cão ejacula em 3 porções
o Pré-espermática
o Espermática
o Pós-espermática
o Coletar tudo sempre, é muito pouco, difícil de diferenciar as porções
o Frequência de coleta – 1 a 2x por semana
o Intervalo – 4 a 5 dias
o Local de coleta: no ambiente dele, na casa dele, no espaço dele, sem gente por perto, etc.
 Métodos de coleta (cão):
o Vagina artificial:
▪ Modelo semelhante a de bovinos
▪ Pouco utilizada
▪ Necessita fêmea em cio próximo
▪ Gato: 20% ejaculam bem
▪ Cão: manter pressão no bulbo
o Eletroejaculação
▪ Pouco utilizada
▪ Sob anestesia geral
▪ Não prejudica o animal
▪ Ejaculação retrógrada (vai pra bexiga) (relaxa esfíncter da bexiga) o Estimulação manual
▪ Spalanzani (1780) – primeira coleta
▪ Usada principalmente para cães
▪ Fêmea em cio e local tranquilo
▪ Pressionar bulbo da glande para ereção
▪ Manter pressão bulbo durante a ejaculação
▪ Rotação de 180º
 Três frações (cão)
o Clara – sem células – 5 a 20 min
o Turva – rico em sptz – 4min
o Clara em grande volume – fluido prostático – muito tempo
 Cuidado com água
 Cone ou frasco aquecido
 Gatos: só experimental
 Causas de falhas na coleta:
o Falha ao expor o pênis
o Tempo inapropriado de exposição do pênis
o Aplicação de força excessiva no pênis
o Material de coleta frio
o Toque digital no pênis
o Local que desvie a atenção do macho
o Grande número de observadores
o Ausência ou presença do proprietário
 Gatos:
o Métodos de coleta:
▪ Vagina
▪ Eletroejaculação
11/05: MANEJO REPRODUTIVO DE CACHAÇOS
Potencial multiplicador: O reprodutor atende até 20 fêmeas na reprodução natural e pode
atender até 150 fêmeas se usarmos a inseminação artificial por técnica natural (deposição do
sêmen dentro da porca). A importância do reprodutor se acentuou ainda mais. Mas se usarmos
a técnica intrauterina com doses de menor número de espermatozóides conseguimos alcançar
índices maiores de números de fêmeas (um ejaculado consegue atender 800 fêmeas).
Anatomia: Glândula vesicular, bulbo-uretrais (bem desenvolvidas), cauda do epidídimo
(localizada para cima), testículos, músculo retrator do pênis (retração e exposição do pênis),
curva sigmóide (permite a exposição do pênis), pênis, prepúcio (com divertículos prepuciais).
A extremidade do pênis do suíno tem forma espiralada, visto que a porca tem a cérvix (onde o
pênis se encaixa na monta natural) e ela é cheia de anéis cervicais.
As bulbo-uretrais são mais desenvolvidas do que em outras espécies, o escroto não é pendular.
O escroto fica localizado em posição perineal.
Anatomicamente:
A cabeça do epidídimo fica para baixo e cauda para cima devido a postura oblíqua dos
testículos.
Puberdade no reprodutor suíno: presença de espermatozóides nos túbulos seminíferos,
ocorre por volta de 150 dias de idade - 5 meses (variando de acordo com a genética), o animal
após atingir a puberdade pode não estar apto para reproduzir, visto que ainda ocorrerá um
incremento de peso testicular, com aumento da sua função espermática. Após a puberdade
ainda tem aumento grande do peso testicular.
5-8 meses de idade: salto no crescimento testicular
-Aumento no volume de sêmen
-Fração gelatinosa aumenta
-Aumento da concentração de espermatozóides
-Aumento do total de espermatozóides ejaculados
-Liberação diária de espermatozóides.
Embora púbere aos 5 meses não podemos inseri-los na rotina de inseminação ainda,
devemos esperar.
Treinamento do suíno no manequim
O animal não nasce apto para subir no manequim, deve passar por um treinamento logo após
os 7-8 meses de idade, data em que ocorre incremento na função espermática. O treinamento
dura de 2 a 3 semanas. Todos os dias o macho deve ser apresentado ao manequim por
10-15 minutos. O animal vem e apoia os membros anteriores no suporte, ocorrendo a coleta.
Vamos monitorar a qualidade espermática, e ele é liberado para a rotina quando tem
parâmetros dentro do esperado, com estabilidade na qualidade espermática. O sêmen varia de
bom a ruim no início.
Vídeo de treinamento dos reprodutores
Maturidade sexual aos 10-12 meses: produção constante de espermatozóides, embora ainda
tenha aumento de peso corporal e testicular, os animais só são considerados maduros quando
produzem continuamente espermatozóides.
Produção espermática no suíno: varia com uma série de fatores, como:
-Idade: Animais jovens tem alto número de alterações espermáticas pois não estão maduros
sexualmente, e não produzem sêmen constantemente. É um fator extremamente importante e
que influencia na produção espermática.
-Tamanho testicular: maior gera maior produção espermática pois tem maior número de
túbulos seminíferos se o animal for sadio e sem disfunções testiculares que diminua o número
de túbulos seminíferos.
-Ambiente: extremamente sensível ao estresse térmico, que gera efeito na produção e
qualidade espermática, tendo alto percentual de células anormais com relação a morfologia
espermática, diminuindo a produção espermática e sua fertilidade. O animal deve estar
confortável em suas instalações.
-Frequência de coleta
-Nutrição
Modelos de produção de sêmen suíno brasileiro
Granjas com centrais de inseminação: estrutura organizada em granjas comerciais, e a
central só atende àquele plantel. Esse tipo tende a migrar para a genética líquida.
Genética líquida: empresas de genética com unidades de inseminação genética (UDG), com
locais apropriados para produção de doses inseminantes, que são vendidas aos produtores
comerciais. Atendem vários produtores independentes em sua maioria, visto que os
integrados tem um fornecimento de sêmen da UDG da integradora.
Instalações
-Alojamento dos machos
-Sala de coleta
-Laboratório
Precisamos colocar os reprodutores suínos em baias ou gaiolas?
→ Pode ser feito das duas maneiras. Nas baias geralmente tem-se 6 metros quadrados por
animal, onde eles ficam sozinhos e confortavelmentelocados. Pode ter palha para melhorar
seu conforto. Nas gaiolas: as UDGS têm grande número de reprodutores alojados em gaiolas,
principalmente por questão de espaço, visto que elas tem mais de 400 reprodutores.
As gaiolas são uma opção em que devemos nos atentar, pois não pode ser uma gaiola
projetada de qualquer jeito, visto que qualquer lesão testicular pode prejudicar sua produção
espermática. Devemos prestar atenção no comprimento da gaiola, piso ripado (em fêmeas
foca na parte de trás por conta da localização da vulva e assim a urina vai para o ripado, mas
em machos reprodutores o ripado deve ficar no meio da gaiola em razão da posição do
pênis). Quando alojamos o macho em gaiolas para fêmea a urina se acumula no piso e
aumenta os problemas de casco e riscos de acidentes.
-Foto: UDG de melhoramento genético brasileiro, em que tem tendência em utilizar piso
ripado em todo galpão, pois ajuda na limpeza de instalações. Pode ter arraçoamento
automático.
Instrução normativa 116: lançada ano passado e fala sobre as normas de bem estar
animal com relação ao alojamento, em que as gaiolas passaram a ser substituídas por
baias. Os projetos existentes tem até 2045 para se adequarem.
Ambiência
A maioria das centrais brasileiras são galpões abertos com manejo de cortinas.
Algumas tem climatização: se for instalação fechada deve ser obrigatoriamente climatizada.
Investimento alto em ambiência devido a importância para evitar estresse térmico nos
animais. Vários experimentos já foram feitos em reprodutores que passam por estresse
calórico: a motilidade cai ao longo da semana em reprodutores que estão passando por
estresse térmico, diferente dos que estão em ambiente controlado.
Instalações
Dois layouts são sugeridos dentro das granjas:
A sala de coleta, laboratório e alojamentos devem estar ligados e conectados
horizontalmente. Tem comunicação da sala de coleta com o laboratório por meio de janelas,
onde se passa o copo coletor vazio ou cheio.
Na UDG a entrega da dose pode ser por sistema pneumático, onde chegam por cápsulas ao
laboratório para serem avaliadas (locais mais tecnificados).
No Brasil tem salas de coletas simples ou muito modernas, tendo grandes variações. A coleta
pode ser manual ou automática.
Temos como se fosse um fosso de ordenha, onde o coletador desse e a área de coleta fica na
altura das mãos e olhos para que ele possa posicionar o pênis do animal e colocar na
cérvix artificial. Tem barras de segurança, pois embora os reprodutores sejam dóceis, os
trabalhadores tem maior segurança.
É muito importante que antes da coleta o macho passe pela gaiola de pré-limpeza, onde
retiramos todo o conteúdo prepucial. Como os suínos tem divertículo prepucial, esse local
pode acumular urina. Devemos usar sobreluvas para retirar o conteúdo prepucial e limpeza
externa com toalha de papel a seca, visto que a água mata os espermatozóides.
Sala de coleta
Espaço reduzido (evitando que o animal não demore a subir no manequim), de fácil
higienização, proteção para o coletador. Manequim firme e de altura regulável, pois temos
reprodutores de diferentes alturas.
Layout de sala de coleta
-Barras de segurança: o trabalhador passa facilmente para área que o reprodutor não tem
acesso.
-Manequim emborrachado e de fácil higienização, deve ser não abrasivo, regula a altura, piso
não escorregadio, plástico fácil de higienizar.
-Piso emborrachado para o reprodutor não se machucar quando ele sobe no manequim.
Antigamente cobriam os manequins com couro que se sujava e contaminava, mas hoje não se
faz devido aos riscos sanitários.
O manequim fixo e sem regulagem de altura dificulta a coleta em certos animais.
Laboratório
Deve ser perto da sala de coleta, pois não queremos que tenha perdas no transporte. Deve ser
climatizado (22-24ºC). Tem área suja e área limpa, sendo que os funcionários usam roupas
específicas e tomam banho por questões de biosseguridade. Podem ser mais simples a
elaborados. Precisa de banho maria para aquecer sêmen nas avaliações iniciais, balança para
pesagem e avaliação do volume ejaculado, estufa quando se usa vidrarias (se usa plástico para
descartar e tem menor risco de contaminação), microscópio (avaliação espermática),
concentração espermática (câmara de neubauer, espectrofotômetro ou espermiodensímetro
onde misturamos sêmen à água destilada e tem uma escala de graduação em que por
densidade colocamos visualizar o número mais próximo de turbidez do sêmen e dá uma
concentração estimada dos espermatozóides).
A câmara de neubauer é o mais preciso, porém é mais demorado, e os outros dois métodos são
mais rápidos.
Vários equipamentos podem ser usados: podem ser feitos manualmente ou não.
Conservadora (não é uma geladeira), visto que o sêmen suíno não reage bem ao
congelamento e descongelamento, visto que sua membrana do espermatozóide tem
proporção de fosfolipídeos diferente do sêmen bovino. Os sêmens são resfriados e não
congelados. A temperatura deve ser de 15 a 18ºC, e as amostras devem ser etiquetadas.
Sistemas mais sofisticados para misturar sêmen ao diluente, dependendo de concentração
espermática. A água de diluição corresponde a 90% do volume da dose, e por isso que a
fonte de água da granja é de grande importância. É uma água misturada a um diluente
específico ao sêmen suíno, e não somente água pura, pois ela mata o espermatozóide.
Destilador associado a um deionizador e preferencialmente osmose reversa.
UDG pode ter central de qualidade de água, em que faz monitoramento rigoroso da qualidade
de água.
Fotos: temos centrais mais elaboradas ou então mais simples. Nas elaboradas tem sistema
mais computadorizado.
Coleta e processamento do sêmen nos suínos
Método de coleta por mão enluvada → estimulação mecânica do pênis, com fixação manual
da extremidade do pênis. O macho ao subir no manequim expõe o pênis, e nós fixamos
mecanicamente o pênis, e então o macho realiza a ejaculação e nós coletamos a amostra no
copo coletor. O animal tem 10 minutos para ejacular. Após ele terminar nós o ajudamos a
descer do manequim. A fixação do pênis deve ser feita de maneira correta, visto que se nós
pegarmos muito na sua extremidade, todo o ejaculado vai passar e ficar em contato com a
luva, o que pode contaminar o ejaculado ao encostar na luva. A extremidade do pênis deve
ficar livre. Queremos evitar contaminação química e microbiológica.
Preparo do copo de coleta
É um copo de coleta térmico que dentro vamos colocar um saco descartável, que deve ser
usado somente em um animal. Tem filtro que deve ser colocado em cima do copo. Luva de
coleta para coleta e sobreluvas que usamos em higienização.
Manequins automáticos
Assim que o reprodutor sobe no manequim expõe o pênis e o fixamos na cérvix artificial. O
animal não precisa de um coletador segurando o seu pênis até que ele termine de ejacular. O
coletador pode ir preparando outro animal enquanto um está em coleta, aumentando a rapidez
do processo.
A coleta dura de 10-15 minutos, e o fim da coleta é marcado por retração espontânea do pênis.
Frequência de coleta
É diferente para machos considerados jovens e para os machos considerados adultos:
jovens de 8-12 meses fazemos de 1 a 2 coletas na semana, enquanto adultos (15-18 meses)
podemos aumentar as coletas na semana. Fazemos a coleta baseado no número de doses
que a granja precisa. Não podemos coletar muito sêmen em pouco tempo, pois não
conseguimos uma maturação espermática adequada, visto que não respeitamos o descanso do
reprodutor, e além disso se ficar muito tempo sem coletar, o ejaculado não tem qualidade, pois
os espermatozóides envelhecem. Podemos fazer o esgotamento do reprodutor, que são coletas
mesmo sem que usemos o ejaculado na granja para a produção de doses.
Fases do ejaculado suíno
Pré espermática
É formada por secreções uretrais, que são os primeiros jatos do ejaculado e sem
espermatozóides, com a função de limpar a uretra, já que sêmen e urina tem via de
eliminação comum. São secreçõestransparentes.
Rica
Contém 70% dos espermatozóides do volume, o qual é determinado pelas vesículas
seminais.
Pobre
Restante do número de espermatozóides e mais volume seminal de vesículas seminais.
Gel
Não tem função nas granjas comerciais, mas na monta natural é tampão cervical na porca.
Serve para fechar a cérvix da porca e evitar o refluxo de sêmen. Os sistemas brasileiros e do
mundo todo de matrizes tecnificadas não usam o gel, sendo descartado.
AVALIAÇÃO DO SÊMEN SUÍNO
-Macroscópica de volume (pesagem: 1 mL=1 grama, pode chegar à 400 mL); cor
(esbranquiçada, se tiver vermelho suspeitamos de lesão, se tiver amarelado é contaminação
por urina), odor (se tiver fétido deve ser descartado) e aspecto (seroso, leitoso, seroleitoso
dependendo da concentração).
-Microscopicamente: aglutinação (0-5), motilidade (percentual de espermatozóides móveis,
onde não aproveitamos ejaculados abaixo de 70%), concentração (neubauer, e outras formas
já comentadas, podendo usar análise computadorizada também) e morfologia.
-Nos laboratórios: primeiro avaliamos tudo e só depois a morfologia, que é feita para
monitorar a qualidade espermática dos animais.
Após avaliação de todas essas caracterizações, fazemos a diluição do sêmen com água
destilada purificada e diluente (o mais usado em suínos é o BTS, que vem em pó em saco a
qual preparamos como um suco e medimos a água).
Após uso de diluente, fazemos a diluição do sêmen: como não congelamos os
espermatozóides, precisamos colocar os espermatozóides nesse meio, que garante um maior
tempo de conservação espermática e impedir a proliferação microbiana nas doses. A diluição
deve ser feita facilmente e não pode ter alterações da dose inseminante.
-Após diluição tem homogeneização em grandes centrais.
-Envase do sêmen: primeiras doses tem baixas concentrações de espermatozóides e as últimas
tem alta se não fizermos uma boa homogeneização do envase. Em granjas tecnificadas tem
aparelhos que fazem isso e é mais tranquilo.
-Etiquetas: data da coleta, reprodutor.
-Doses na conservadora: espermatozóides se concentram por gravidade no fundo do pote. Não
pode ser feita agitação mecânica vigorosa, pois se não gera lesões em espermatozóides. Após
envasar resfriamos as doses, o que provoca a redução do metabolismo espermática e redução
do gasto de energia, conservando ela para ser gasta no trato reprodutivo feminino.
As doses são armazenadas de 15-18ºC, sendo que temperaturas baixas geram degeneração
espermática e as altas aceleram seu metabolismo e eles consomem os nutrientes do diluente e
ao chegarem no trato reprodutivo não fertilizam a fêmea.
-Tendência a usar doses inseminantes em locais descartáveis, o que reduz o custo e a
contaminação bacteriana. Usamos diferentes cores para as doses inseminantes, de acordo com
o reprodutor usado e com a dose de cada processo reprodutivo suíno.
Genética líquida (UDG´S)
-Extinção das centrais dentro das granjas;
-Entregam doses inseminantes por meio de transporte próprio.
Realização da inseminação artificial
Feita após a coleta de sêmen.
Teresinha: o reprodutor suíno tem rotatividade - em que coletamos o seu sêmen por 3 meses
e logo após é descartado, visto que o melhoramento genético é muito rápido dentro da
suinocultura, gerando animais geneticamente superiores.
18/05 - Coleta de semen em cão e gato
A cópula do cão leva em média 20 minutos, enquanto no gato é segundos. O cão produz 2 mL
de sêmen e o gato 0,04 mL.
Podemos coletar de uma a duas vezes por semana em cães para congelamento de sêmen. Em
casos de cobertura dia sim ou não, podemos fazer três vezes por semana.
O cão é muito suscetível ao ambiente e às pessoas. O ideal é coletar na casa do animal no
ambiente mais tranquilo possível, sem observadores. Uma cadela no cio ajuda na hora da
coleta.
Trazer um animal ao laboratório não é ideal, pois ele se sente retraído.
É importante lembrarmos as posturas do cão na cópula: ele sobe na fêmea, faz um giro e
fica no estágio de ré, em que se mantém no tempo que está ejaculando. Devemos respeitar
essa característica do animal na coleta.
3 formas de coleta de sêmen em cão: vagina artificial, eletroejaculação e estimulação
manual.
Vagina artificial: modelo semelhante aos bovinos, pouco usada na espécie, necessita fêmea
em cio próximo, manter pressão no bulbo com a mão na ejaculação, se não ele perde a ereção.
O bulbo prende o macho na fêmea na cópula natural. Tem tubo rígido interno, frasco de
coleta. Estimulando o animal com a fêmea no cio, e então quando ele subir na fêmea
colocamos a vagina nele. Muitos cães não aceitam esse método.
O pênis do cão expande muito em comprimento e largura na ereção, e quando
pressionamos o bulbo, mantemos a ereção. Se soltar a pressão, o retorno venoso ocorre e a
ereção para. O animal precisa ser treinado caso se use essa técnica. Não existe uma
temperatura ideal para os cães. Usamos temperatura de 37°C.
Eletroejaculação: pouco usada em cães, pois o animal precisa estar sob anestesia geral. É
muito complicado por causa dos protocolos anestésicos, que em sua maioria causam
dilatação do orifício da entrada da bexiga, e como a desembocadura do ducto deferente é
próximo, ocorrendo a ejaculação retrógrada, onde o sêmen vai para dentro da bexiga. O
grande problema é ter uma técnica de anestesia que faça relaxamento do animal sem dilatação
do orifício da bexiga.
Estimulação manual: técnica de eleição. Usada principalmente em cães. Fêmea no cio (ou
swabs de cadela no cio congelados) e local tranquilo. Pressionar o bulbo da glande para
ereção. Manter pressão da glande durante ereção. Rotação de 180°C (animal passa a perna
sobre o seu braço) → é fisiológico e devemos respeitar. O cão ejacula em três porções:
-Clara: porção sem células, só líquido prostático. Varia muito de animal para animal, alguns
fazem em dois minutos. É uma limpeza da uretra do animal. Dura de 5 a 20 minutos.
-Turva: 4-5 minutos. Vem em forma de jatos. Rico em espermatozóides - 4 min. É a que nos
interessam.
-Prostática: muito tempo, só conteúdo da próstata.
Em animais mais jovens coletamos tudo, porque podemos perder todo o seu sêmen. Os jovens
tem sêmen menos concentrado, algumas raças também.
Cuidado com água, porque mata as células. Tudo deve estar seco. Todos os frascos e cones
usados devem estar aquecidos.
Podemos usar cones de borracha em tubos. Podemos usar sacos plásticos finos.
Técnica: primeiro usamos a cadela no cio para estimular o animal ou se não tivermos
estímulo: posicionamos os dedos na lateral do animal e faz movimento de vai e vem até que
ele tem completa ereção. Podemos coletar com prepúcio cobrindo o pênis ou com este
retraído. O cão passa a pata por cima do braço do coletador. Pode ser feita por trás do
animal ou na sua lateral. Após começar a massagem, não podemos parar.
Falhas de coleta
-Falha de expor o pênis
-Tempo inapropriado de exposição do pênis: alguns animais demoram mais para expor o pênis
do que outros.
-Material de coleta frio: deve estar quente.
-Toque digital do pênis: animal pode perder a ereção. Só pressionamos o bulbo.
-Local que desvie a atenção do macho: devemos deixar ele no local tranquilo para que ele se
sinta bem.
-Grande número de observadores: um dos maiores problemas.
-Ausência ou presença do proprietário: sempre avaliar se o proprietário está ajudando ou não.
Normalmente o proprietário fica na frente do animal segurando ele para a coleta.
Parâmetros seminais
Volume de 1 a 6 mL (variação de raça para raça)
Concentração de 100 a 500 milhões/mL
Motilidade - maior de 70%
Morfologia - maior de 80% de normais
Variação muito grande de raças em cães, e fica difícil analisar o padrão de ambiente ideal,
devido às diversas formas de criação dos animais.
O espermatozóide do cão é pequeno.
Eosina e nigrosina é muito usada para corar o sêmen canino.
Cães como modelos para canídeos selvagens.
Aumento do estudo em cães e gatos visando trabalhar com cães e gatos selvagens.
Prática: medimos comprimentoe largura dos dois testículos em cães, desconsiderando a
cauda do epidídimo. Podemos pegar o cão pelo lado ou por trás. O importante é que quando
começamos a massagem não paramos. Devemos firmar o bulbo do pênis na mão quando ele
entrar em ereção.
Coleta de sêmen em gatos
Em gatos tem pouca coisa descrita na literatura.
Comportamento natural: cópula curta e rápida. Aproximação do macho da fêmea, que faz a
mordedura do seu pescoço. Período de intromissão peniana rápido.
Três técnicas: cateterização uretral, vagina artificial e eletroejaculação
Usamos eppendorf como tubo de coleta, devido ao baixo volume de sêmen.
Vagina artificial: adaptação de borracha com eppendorf. Podemos usar uma gata no cio ou
treinar o gato no manequim (um bichinho de pelúcia).
Animal cheira a fêmea, sobe, e depois você já encaixa a vagina artificial. Devemos ser rápidos
para não perder a coleta.
O animal não expõe o pênis e nem o infla.
Se você conseguir treinar o gato perfeito, mas exige treinamento. Conseguimos sêmen de boa
concentração e qualidade, desde que ele seja treinado e acostumado.
Eletroejaculação: mesmo eletro usado em outras espécies, com probe fina. Boa técnica, mas
o problema é a necessidade de anestesia geral. Devemos monitorar o animal ao anestesiar. O
volume é bem pequeno mas temos bom resultado. Não se tem um protocolo ideal para o
gato, e tem risco de ejaculação retrógrada.
O gato é extremamente sensível aos estímulos, e geralmente fazemos 2 a 6 volts de
intensidade máxima de estímulo.
-Protocolo de Howard, 1990: 10 estímulos com 2v, depois acrescenta 1 v, dá um intervalo de
2 a 3 minutos, dando estímulos crescentes. Esperamos de 2 a 3 minutos entre um estímulo e
outro. O estímulo máximo é de 80 (protocolo de Howard, 1990 é o que tem dado mais certo).
Se fizer boa anestesia, perfeito. Se ele não ejacular após atingir o valor de estímulo máximo,
não continuamos.
Difícil acertar no bom protocolo anestésico, sem ocorrer ejaculação retrógrada.
Os cães e gatos servem de modelo para estudos de protocolos para serem usados em animais
selvagens.
Um dos protocolos mais usados é a cetamina associada com alfa adrenérgicos, ou diazepam,
ou fenotiazínicos. Tem grande diversidade, e sua grande maioria relaxa esfíncteres. Podemos
usar tiletamina e zolazepam também associados.
-Medetomidina associada a cetamina tem sido um protocolo que é usado com sucesso.
Medetomidina não pode ser comprada no Brasil, então se adaptou usar dexmedetomidina no
lugar.
-Normalmente usamos os protocolos mais acessíveis e com os melhores resultados.
Ejaculação farmacológica
-Começou em felinos selvagens e está sendo usada em domésticos agora. Tem vantagem pois
é fácil, não precisa de eletro, o sêmen não contamina-se com urina, sêmen concentrado, não
precisa que os animais sejam treinados.
-Uso de um fármaco, que faz com que o animal ejacule sem que o sêmen se contamine.
Medetomidina + cetamina. Ao terminar adm o atipamezol como reversor.
-Quando o animal está anestesiado, passamos uma sonda uretral 120-140 minutos após
aplicação do anestésico, e a detomidina faz com que tenha contração do epidídimo e pênis,
com consequente ejaculação.
-Normalmente expomos o pênis do animal após sondagem. Usamos tom cat de 14 cm, semi
flexível. Aspiramos sêmen com seringa. O volume é muito pequeno, mas a técnica é
vantajosa.
-Tem se usado bastante em felinos selvagens.
-Conseguimos de 10-15 microlitros.
-Tem sido grande procurada para coleta de sêmen em felídeos selvagens e domésticos.
Parâmetros seminais em gatos
Volume baixo, de 0,02 a 0,4 mL.
Concentração de 12 a 30 milhões/mL - muito grande.
Motilidade de 50 a 80%.
Morfologia - maior de 60% normais. Os gatos tem muita teratospermia. Muitos defeitos de
sêmen. Quanto mais sofisticada a raça, menor a qualidade de sêmen. Ao congelar, temos
baixo volume de sêmen e muitas patologias. Ter 40% de patologias é normal em gatos.
Tem muitos problemas de cauda, gota citoplasmática, cauda dobrada e fortemente enrolada.
Isso tudo dificulta muito para fazer as pesquisas.
25/05/2021
Comportamento sexual
-Diferenciar comportamento sexual de libido.
O comportamento sexual é aquele exibido pelo macho desde a sua exposição com a fêmea no
cio até que ocorra a cobertura.
A libido é o desejo do animal, determinado por hormônios, principalmente a testosterona. É o
desejo de efetuar a monta e completar o serviço.
A capacidade do serviço é a mensuração do número de serviços realizados pelo animal sob
condições predefinidas.
A importância de estudar comportamento: não adianta ter reprodutor com produção hormonal
normal, qualidade do sêmen boa se ele não tiver comportamento da espécie, e
comportamentos ligados à característica de cobertura. Isso é válido para todas as espécies.
Bovinos:
É a espécie que mais estuda sobre o comportamento sexual.
O reconhecimento da fêmea no cio ocorre por estímulos olfativos e visuais (cheirar, lamber a
fêmea). Ou comportamentos de cio mesmo (como fêmeas subir uma nas outras).
-Etapas:
Cortejo: pode ser em minutos ou demorada, dependendo dos animais.
Ereção
Protusão do pênis, lembrando que o pênis é fibrocartilaginoso, e ele relaxa o músculo retrator
do pênis.
Monta
Introdução (procura)
Ejaculação (marcada pelo arranque final)
Desmonta
Período refratário: período que ele vai ter entre uma cobertura e a próxima.
O período refratário é bem marcante em bovinos, alguns tem período mais demorado e outros
é mais curto. A qualidade do animal, ambiente e temperatura podem interferir nisso.
O macho procura a fêmea, funga, em seguida tem reflexo de flehmen (levanta o focinho como
se cheirasse o ar, para determinar ferormônios pelo órgão vomeronasal no seu palato mole).
Coloca a cabeça, sobe nela, prensa as patas, completa a cópula com a ejaculação.
Na imagem podemos ver o órgão vomeronasal, que interliga cavidade oral e nasal, tem
receptores nervosos que captam os ferormônios.
O animal cheira ou lambe a fêmea e capta seus feromônios. Em seguida ele entra em ereção e
faz a cobertura da fêmea, faz contrações abdominais no momento que estiver ejaculando e
desce. Algumas coisas podem interferir:
Animal jovem em fase de aprendizado ainda está aprendendo as características, pode colocar
pênis muito rápido ou cortejar por muito tempo. Nós devemos aguardar o animal completar o
seu crescimento.
Hierarquia social/dominância: muito forte entre os bovinos. Os animais mais velhos exercem
dominância sobre os mais jovens. Os jovens não mostram comportamento normal pois está
sofrendo interferência de outros machos. Não consegue mostrar seu comportamento
característico, e sofre uma série de interferências. Podemos colocar o animal no mesmo lote
de animais para tentar diminuir isso.
Pressão de cio: é quando tem sêmen demais, e o animal fica completamente perdido, sobe
numa fêmea, e não ejacula, depois vai para outra. Em casos de excesso de fêmeas no cio e
poucos machos pode haver interferência também.
Raça: Algumas raças, como taurinos, tem cortejo mais longo e tem monta mais breve.
Ambiente: interfere muito pois se tem fêmeas no pasto, e tiver terreno grande, ele não
consegue ver todo o grupo de fêmeas. E assim, o animal não apresenta mais o comportamento
sexual.
Manejo: quando se trabalha com bovinos no pasto, devemos manejar em rotação nos cochos
para ter mistura de machos e fêmeas, que terão comportamento e cobertura.
Comum ver isso, que é hierarquia social e briga entre machos por dominância.
Os dominantes transformam os outros em subordinados, que ficam à mercê deles e não
apresentam comportamento sexual.
Os subordinados ficam na beirada do rebanho, e os dominantes que são mais velhos e maiores
ficam no meio.
Sempre devemos evitar isso quando trabalhamos com mais de um touro no rebanho.
Teste para taurinos:
Teste de Blockey ou teste de capacidade de serviço
Para os bovinos foi determinado como se mede o grau de libido e comportamento.
É feito da seguinte forma: imobiliza um certo número defêmeas e expô-las a um número
maior de touros por 20-40 minutos. Observamos quantas fêmeas que os machos vão cobrir
durante esse tempo. Nesse teste as fêmeas vão estar imobilizadas, porque o touro é atraído
pela fêmea imóvel.Vamos anotar o número de coberturas que o touro realiza.
A pontuação é feita da seguinte forma:
Nessa tabela classificamos a capacidade de serviço dos touros em baixa, média ou alta.
Esse teste é pouco feito hoje em dia, pois a inseminação artificial já vem sendo bastante
utilizada. Mas alguns lugares ainda vem usando. É um teste fácil de realizar e é
internacionalmente reconhecido.
Teste para zebuínos:
Para os zebuínos muda um pouco: o zebuíno é atraído pela fêmea em movimento. É feito
pelo teste de Chenoweth, modificado por Pineda.
O teste é feito com 2 vacas no cio para um touro, soltas em um curral por 10 minutos,
anotando todas as atitudes do animal. O teste é feito de touro a touro. A cada 10 minutos
trocamos os touros. O teste é bem fácil de ser feito, e a pontuação é baseada em uma tabela. O
critério na realização do teste deve ter, pois os zebuínos são muito sensíveis ao barulho. O
observador deve ficar em uma posição de ver o curral mas o animal não pode te observar, e
não pode ter barulhos ambientes, visto que são muitos sensíveis e podem interromper o
comportamento sexual. A pontuação é baseada nas características que ele apresentou.
Comportamento dos touros:
Quanto maior a nota, melhor.
1 serviço completo = 1 monta com ejaculação.
Pontuamos a libido do animal e dependendo do seu resultado, a monta mostra que o animal
tem maior ou menor libido do que determinado animal.
Uma coisa muito importante: animal com nota 0 é questionável, pode não estar
desclassificado, ele só teve uma nota ruim no teste, podendo ser interferência do ambiente.
Podemos classificar o reprodutor e assim determinar quantas fêmeas ele pode receber para
cobrir.
São testes muito importantes e fáceis de serem feitos, tendo resultados positivos. Se ele tem
interesse muito grande, ele irá cobrir muitas fêmeas e dará um bom resultado no final da
estação de monta.
O bovino é a única espécie com teste oficializado.
Equinos
Ainda não tem teste preconizado e que dá notas. Temos observações. Uma sequência de
eventos que ocorrem em casos normais:
cortejo: animal emite som ao ser exposto a fêmea + flehmen, o cortejo é muito demorado. É
um importante momento de interação do macho com a fêmea. Entra em ereção (aumento de
volume do corpo do pênis), tem intromissão (aumento de volume da glande do pênis),
ejaculação (sabemos que ocorreu porque o animal apresenta movimentos de cauda, e
movimento de membros posteriores, após ele dá um pequeno salto). Após a ejaculação ele
desmonta.
Faremos a monta e observamos os comportamentos. Podemos pontuar essas características:
Tempo de reação, ereção, monta, introdução, ejaculação, desmonta.
Não são testes oficiais, e não classificam o animal, devemos testá-lo.
Sempre que fazemos exames andrológicos é importante realizar esse exame de
comportamento, pois assim garantimos que ele apresenta uma boa fertilidade, mas também
libido e capacidade de realizar cobertura.
O animal se aproxima da fêmea, cheira ela no flanco e pelo corpo, e pode mordiscar o
pescoço. Em seguida ele sobe nela, prende ela e completa a cobertura. Podemos trabalhar
nesses tempos. No momento que ele interage realiza o reflexo de flehmen.
Os equinos são carinhosos no cortejo, ficam próximos dela e a lambem, depois dá pequenas
mordiscadas. Em seguida cheira e detecta se ela está no cio. O reflexo de flehmen é bem
característico.
É muito importante que a gente garanta para a pessoa que adquire o reprodutor que o animal
tem os comportamentos de reprodutor. Colocamos o macho em frente à fêmea no cio em uma
baia e vemos como ele demonstra o comportamento. Os animais podem ter hierarquia
também, jovens são mais lentos.
Garanhões podem ser mais bravos e não demonstram o comportamento, já chegam subindo na
fêmea. Existem várias patologias que geram desvios de comportamento.
Ovinos e caprinos
Tem comportamentos muito parecidos. Apresentam comportamentos semelhantes aos
bovinos, mas tem particularidades.
Os testes de comportamento são realizados somente com animais adultos, pois animais em
puberdade ainda estão em fase de aprendizado e podem não ter ações que se espera.
Com relação aos caprinos e ovinos: reconhecimento por tentativa de monta e rufiação. O
animal cheira a fêmea e tenta montar.
A sequência de eventos em seguir é muito parecida com os bovinos, pois apresentam:
Cortejo: pode ser demorado demorando da raça.
Ereção
Protusão
Monta
Introdução (procura)
Ejaculação (arranque final)
Desmonta
Essas etapas não podem ser suprimidas, devem ter uma sequência. Um animal que faz uma
monta sem ereção não consegue cobrir por exemplo.
O animal deve ter SEQUÊNCIA DE EVENTOS.
A fase de cortejo é primordial em todas as espécies.
Sobre essas duas espécies:
-Efeito da época do ano: muita interferência. No período de baixa luminosidade, tem uma
diminuição da libido e pequena queda da qualidade de sêmen.
Pouco expressivo no macho, mas temos que nos preocupar com os animais de regiões
de luminosidade baixa. No Brasil temos períodos de alta luminosidade, mas na região Sul tem
grande variação, e isso pode interferir com a expressão de comportamentos pelo macho e na
qualidade do sêmen.
-Diminuição da libido.
-Queda da qualidade do sêmen.
Diferença entre ovinos e caprinos:
-Ovinos: possui comportamento característico:
Cheira vulva e corpo da fêmea
Pequenas mordidas
Quando mantemos o animal somente fechado em baias, pode não ter essa característica, pois
ele não tem costume e é muito influenciado pelo ambiente.
-Caprinos: muito característico:
Pequenas mordidas na nuca
Bate pata no flanco da fêmea
Após desmontar, a fêmea urina, e o macho ao perceber o cheiro emite som e tem
reflexo de flehmen.
O reflexo de flehmen é idêntico aos outros animais, com levantamento da narina e percepção
do ar.
A característica da fêmea urinar pode ocorrer antes ou após a cobertura.
Temos variações pois tem muitas raças de ovinos e caprinos. Não podemos querer
comportamentos idênticos de animais criados em sistema aberto e de outros que são criados
em confinamento. Tudo depende do manejo, experiência, idade. O homem modifica seu
ambiente e interfere no comportamento natural.
Suínos
Vai reconhecer a fêmea no cio de forma diferente, pois a fêmea no cio procura o macho,
cheirando sua região prepucial. Primeiro ela corre do macho e logo após interage com ele. A
característica de reconhecimento da fêmea no cio é feita depois da fêmea se aproximar dele.
Ocorre secreção de ferormônios pela saliva, mascar constante e espumar pela boca. Isso
ocorre quando ele detecta a fêmea à distância.
O cortejo:
Morde as orelhas, o flanco e o dorso das fêmeas. Além disso, faz o teste de mobilidade
focinho a focinho: pressiona o focinho na fêmea, e se ela ficar parada está no cio. Logo após
realiza a protrusão do pênis com ou sem masturbação.
Hoje em dia não visualizamos tanto os comportamentos, pois os machos quase não veem as
fêmeas, e a maioria faz inseminação.
Cortejo muito curto, monta, introdução rápida com duração de 3 minutos, ejaculação entre 3 a
15 minutos variando de animal para a animal, em seguida desmonta a fêmea, que fica imóvel.
Nos suínos hoje raramente vemos um macho passando por testes de comportamento, pois os
reprodutores são trocados muito rapidamente. Se ele é de linhagem boa é criado, em seis
meses dá sêmen, e depois é trocado por outro. É difícil expressar comportamento sexual
normal devido a isso. Mas em suínos livres tem esses comportamentos.
Cães
-Reconhecimento da fêmea no cio: estímulos olfatórios (urina) e comportamento da fêmea
(cadela no cio anda com a traseira mais baixa, libera secreções, tem lateralização da cauda).
-Etapas: cortejo - cheira a fêmea, lambe a urina e tem reflexo de pressão da língua sob o
palato,onde força a entrada do feromônio no órgão vomeronasal. Não tem reflexo de
flehmen.
-Ereção: monta em semi-ereção.
-Introdução - reflexo da cauda da fêmea que se lateraliza e a traseira abaixa e movimentos
rítmicos pélvicos. O animal faz rotação, completa ereção e fica ao contrário da fêmea.
Permanece por um período muito longo ejaculando, podendo ser até 30 mins.
-Ejaculação: movimentos rítmicos pélvicos e fixação. Após a ejaculação retrai o bulbo e
desmonta.
Todas essas fases devem ser verificadas, visto que o movimento de ré com a fêmea e ereção
do bulbo é característico de que o animal está ejaculando.
Os cães são muito carinhosos com a fêmea no cio, ficam cheirando, lambendo. Se a fêmea
não deixa ele cobrir, ele fica próximo pageando.
Os comportamentos em cães são muito variáveis, pois temos muitas raças que são mais
exóticas e podem não apresentar alguns desses comportamentos. Com a interferência humana
pode perder os comportamentos. O tutor pode interferir, dependendo da relação dos dois ele
não tem nenhum comportamento, já chega cobrindo a fêmea. Alguns casos ele fica em frente
a fêmea e não faz nada, e isso é visto em casos de maus tratos.
Gatos
Tem pouco estudo, mas tem características que podem ser claras.
O macho reconhece a fêmea no cio por estímulos olfativos por ferormônios, detectados a mais
de quilômetros. Além disso pelo comportamento da fêmea no cio, que pode ter traseira baixa,
cauda lateralizada, emite miados.
As etapas:
-Cortejo - cheira e persegue a fêmea, emite miados, bate as patas na fêmea. É uma fase um
pouco mais demorada. Emite miados demonstrando que já reconheceu o cio, e dá tapinhas na
fêmea para isso também.
-Ereção
-Introdução do pênis - reflexo da cauda da fêmea para o lado e movimentos rítmicos pélvicos
de baixar a traseira para facilitar a cobertura.
-Ejaculação - movimentos rítmicos pélvicos que demonstram que está ejaculando e fixação
devido espículas penianas durante ejaculação, e então ocorrem pequenos miados da fêmea. As
espículas não machucam a fêmea, e a ejaculação do macho e cobertura é muito rápida.
-Desmonta após a ejaculação.
O gato é muito carinhoso, fica cheirando e lambendo a fêmea, próximo à ela.
O animal se aproxima, ele sobe, ela lateraliza a cauda e abaixa o corpo para facilitar a cópula.
Dura menos de um minuto a cobertura. Em seguida a fêmea fica rolando desorientada e faz a
lambedura da vulva e se recusa a ser coberta nos momentos seguintes.

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