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Parte sobre norma juridica e outras normas - Adriana

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1ª Parte: teoria da norma: Relembrando ICD I: O Direito e outras normas éticas 
Inicialmente: o natural e o construído 
• Homem existe e, ao mesmo tempo, coexiste (necessidade da companhia de outros 
homens). 
• Convivência: estabelecimento de relações de coordenação, subordinação, etc – 
ocorrem junto com surgimento de regras de organização e conduta. 
• Relações; entre pessoas, entre pessoas e coisas e entre coisas. 
• Realidade natural: é a realidade que é apresentada ao homem, não dependendo de 
sua participação intencional para seu surgimento ou desenvolvimento. Forma aquilo 
que nos é dado. 
• Realidade construída: o homem exerce sua inteligência e sua vontade para construir. É 
aquilo que acrescentamos à natureza querendo atingir determinado fim. 
Diante dessas realidades: 
• homem irá se comportar de forma diferente; 
• O que há em comum? Procura conhecê-las, desvendando o nexo entre os elementos 
que as compõem (como eles se relacionam, relações causais) e atingindo as leis que as 
governam. 
Cultura: 
• É tudo o que o homem constrói sobre a base na natureza, ou para modificá-la, ou para 
modificar a si mesmo. 
• A cultura existe porque o homem altera aquilo que é dado a ele, e também altera a si 
próprio, na busca pela realização das finalidades sociais e individuais. 
• Existência da cultura se dá porque o homem altera aquilo que é dado a ele para 
realização de fins que lhes são próprios (individualmente ou coletivamente). 
Leis físico-matemáticas e leis culturais 
• Leis físicas: a ciência física pretende ser a mais descritiva do real possível. Objetivo: 
atingir leis que sejam síntese do fato natural. 
• Pretensão de explicar a realidade de forma exata, rigorosa. Desejo do pesquisador de 
se tornar neutro. 
Observação: as investigações científicas são condicionadas por pressupostos teóricos e por 
opções valorativas, mas isso não impede a captação dos fatos de forma objetiva. 
Fenômenos da natureza: 
• Há entre eles relação de funcionalidade e sucessão; 
• Trabalho do físico: examinar fenômenos da natureza com observações e 
experimentações e generalizações para alcançar os princípios e as leis que os 
governam; 
• Lei física – espécie de retrato do fato. É possível no campo do Direito? 
• Mundo físico: lei é uma expressão do fato. Sendo assim, as leis cedem diante de um 
fato que a contrarie. No mundo da física, entre a lei e o fato, o fato prevalece. A lei é 
alterada – princípio da causalidade. 
• Campo da cultura: os fatos, em regra, não alteram as leis. As leis se impõem aos fatos. 
Elas servem para regulá-los. Ex: homicídio. 
 
Característica das leis culturais: são referências a valores (juízos de valor). Fazem a adequação 
entre meios e fins. Natureza axiológica (valor) e teleológica (finalidade). 
Leis culturais: 
• Nem todas as leis culturais são da mesma espécie; 
• Leis sociológicas, históricas e econômicas: são fundadas na observação de fatos do 
ponto de vista da sociologia, da história e da economia. Envolvem também juízos de 
valor. Não há a função de disciplinar as formas de conduta. 
• Com base nas observações econômicas, sociológicas, históricas que o legislador irá 
projetar normas. 
• Plano da Ética: ciência normativa dos comportamentos humanos. 
Então: 
Quando lei (da perspectiva cultural) envolve a tomada de posição diante da realidade – há 
reconhecimento da obrigatoriedade de um determinado comportamento – por isso tem-se 
uma regra ou uma norma. 
Logo: 
Lei 
1. física, matemática ou natural 
e 
2. Cultural 
↓ 
a) Sociológica, histórica, econômica 
b) Ética (moral, política, religiosa, jurídica) 
• Ciências naturais são também patrimônio cultural! 
• Quando o homem se volta para o estudo de si mesmo, de sua atividade: campos da 
História, da Economia, da Sociologia , do Direito, etc.; 
• Objeto dessas ciências: o próprio homem e suas atividades, na busca da realização de 
fins humanos – ciências culturais; 
• Além de serem parte da cultura, as ciências culturais, possuem um bem cultural como 
objeto. 
O mundo ético: leis éticas 
Peculiaridade: além de envolverem um juízo de valor sobre os comportamentos humanos, 
escolhem uma diretriz que se torna obrigatória para uma sociedade. 
↓ 
imperatividade 
O que significa imperatividade? 
• É simplesmente fazer cumprir as leis éticas com o uso de uma arma? Quais seriam 
essas armas para fazer cumprir uma norma? 
• Ou decorre do fato de que essas normas surgem permeadas de valores, de opções que 
são configuradas no interior da sociedade? 
• O ato de aprovação de uma lei pode ter margem de decisão livre, ou de arbítrio (sem 
fundamento); 
• Apesar disso, a obrigatoriedade do Direito vem permeada de exigências axiológicas. 
São opções desenvolvidas no seio da sociedade e a autoridade decisória não se 
desprende delas. E cada sociedade tem seus valores. 
• norma: sempre enuncia um “dever ser”, pois foi reconhecido um valor como 
fundamento de obrigatoriedade de um comportamento considerado obrigatório. 
Sempre há um juízo de valor. Os juízos de valor assumem um caráter obrigatório. 
• Legislador: não descreve o fato como ele é, mas se fundamenta naquilo que deve ser, 
estabelecendo, inclusive, consequências. 
Norma ética 
• Expressa juízo de valor; 
• Conecta-se a uma sanção – objetivo: garantir a conduta; 
• Necessidade de haver sanção – indica um dever ser, o que é diferente de algo que 
tenha que ser inexoravelmente. O dever pode não ser cumprido; 
• Caracterizada pela possibilidade de ser violada – diferença para as leis naturais. 
• objeto: ações e decisões humanas. Por isso, o sim e o não, o adimplemento da regra 
ou a transgressão dela são inerentes à norma ética. 
• A violação da norma não atinge a sua validade. Se transgredida, a regra continua válida 
em virtude da responsabilidade do trangressor. 
“Paradoxalmente”... 
“A norma ética brilha com esplendor insólito no instante mesmo em que é violada”. 
↓ 
Validade da regra é mantida em virtude da responsabilização gerada pelo descumprimento. 
 
Imperatividade da norma ética: 
• O dever ser não exclui a liberdade de seus destinatários; 
• Ao contrário, a liberdade é seu pressuposto; 
• É a relação entre o dever e a liberdade que caracteriza o mundo ético (dever ser), que 
é diferente do mundo do ser, em que não há deveres a serem cumpridos e sim 
previsões que precisam ser confirmadas para seguirem existindo.

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