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Fichamento - DSM 5 Transtorno do espectro Autista

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Psicopatologia 
299.00 (F84.0) Transtorno do Espectro Autista (50) 
Especificar se: Associado a alguma condição médica ou genética conhecida ou a fator ambiental; Associado 
a outro transtorno do neurodesenvolvimento, mental ou comportamental. 
 
Especificar a gravidade atual para Critério A e Critério B: Exigindo apoio muito substancial, Exigindo apoio 
substancial, Exigindo apoio. 
 
Especificar se: Com ou sem comprometimento intelectual concomitante, Com ou sem comprometimento 
da linguagem concomitante, Com catatonia (usar o código adicional 293.89 [F06.1]) 
 
Critérios Diagnósticos: 
Déficits persistentes na comunicação social e na interação social em múltiplos contextos, conforme 
manifestado pelo que segue, atualmente ou por história prévia (os exemplos são apenas ilustrativos, e não 
exaustivos; ver o texto): 
 
1. Déficits na reciprocidade sócio emocional, 
• abordagem social anormal 
• dificuldade para estabelecer uma conversa normal, 
• compartilhamento reduzido de interesses, emoções ou afeto, 
• dificuldade para iniciar ou responder a interações sociais. 
 
2. Déficits nos comportamentos comunicativos não verbais usados para interação social, 
• comunicação verbal e não verbal pouco integrada a anormalidade no contato visual e linguagem 
corporal, 
• déficits na compreensão e uso gestos, 
• ausência total de expressões faciais e comunicação não verbal. 
 
3. Déficits para desenvolver, manter e compreender relacionamentos, 
• dificuldade em ajustar o comportamento para se adequar a contextos sociais diversos 
• dificuldade em compartilhar brincadeiras imaginativas ou em fazer amigos, 
• ausência de interesse por pares. 
 
Especificar a gravidade atual: 
1. Gravidade baseia-se em prejuízos na comunicação social e em padrões de comportamento 
restritos e repetitivos. 
 
 
2. Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades, conforme 
manifestado por pelo menos dois dos seguintes, atualmente ou por história prévia (os 
exemplos são apenas ilustrativos, e não exaustivos; ver o texto): 
 
 Movimentos motores, uso de objetos ou fala estereotipados ou repetitivos (p. ex., estereotipias 
motoras simples, alinhar brinquedos ou girar objetos, ecolalia, frases idiossincráticas). 
 Insistência nas mesmas coisas, adesão inflexível a rotinas ou padrões ritualizados de comportamento 
verbal ou não verbal (p. ex., sofrimento extremo em relação a pequenas mudanças, dificuldades 
com transições, padrões rígidos de pensamento, rituais de saudação, necessidade de fazer o mesmo 
caminho ou ingerir os mesmos alimentos diariamente). 
 Interesses fixos e altamente restritos que são anormais em intensidade ou foco (p. ex., forte apego 
a ou preocupação com objetos incomuns, interesses excessivamente circunscritos ou 
perseverativos). 
 Hiper ou hiporreatividade a estímulos sensoriais ou interesse incomum por aspectos sensoriais do 
ambiente (p. ex., indiferença aparente a dor/temperatura, reação contrária a sons ou texturas 
específicas, cheirar ou tocar objetos de forma excessiva, fascinação visual por luzes ou movimento). 
 
3. Os sintomas devem estar presentes precocemente no período do desenvolvimento (mas 
podem não se tornar plenamente manifestos até que as demandas sociais excedam as 
capacidades limitadas ou podem ser mascarados por estratégias aprendidas mais tarde na 
vida). 
 
4. Os sintomas causam prejuízo clinicamente significativo no funcionamento social, profissional 
ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo no presente. 
 
5. Essas perturbações não são mais bem explicadas por deficiência intelectual (transtorno do 
desenvolvimento intelectual) ou por atraso global do desenvolvimento. Deficiência intelectual 
ou transtorno do espectro autista costumam ser comórbidos; para fazer o diagnóstico da 
comorbidade de transtorno do espectro autista e deficiência intelectual, a comunicação social 
deve estar abaixo do esperado para o nível geral do desenvolvimento. 
 
Nota: Indivíduos com um diagnóstico do DSM-IV bem estabelecido de transtorno autista, transtorno de 
Asperger ou transtorno global do desenvolvimento sem outra especificação devem receber o diagnóstico 
de transtorno do espectro autista. Indivíduos com déficits acentuados na comunicação social, cujos sintomas, 
porém, não atendam, de outra forma, critérios de transtorno do espectro autista, devem ser avaliados em 
relação ao transtorno da comunicação social (pragmática). 
• deve-se atentar ao conjunto de sintomas para se qualificar como autismo; 
 
Especificadores: Os especificadores de gravidade (Tabela 2) podem ser usados para descrever, de maneira 
sucinta, a sintomatologia atual, com o reconhecimento de que a gravidade pode variar de acordo com o 
contexto ou oscilar com o tempo. A gravidade de dificuldades de comunicação social e de comportamentos 
restritos e repetitivos deve ser classificada em separado. As categorias descritivas de gravidade não devem 
 
 
ser usadas para determinar a escolha e a provisão de serviços; isso somente pode ser definido de forma 
individual e mediante a discussão de prioridades e metas pessoais. 
 
Características Diagnósticas: As características essenciais do transtorno do espectro autista são prejuízo 
persistente na comunicação social recíproca e na interação social (Critério A) e padrões restritos e 
repetitivos de comportamento, interesses ou atividades (Critério B). Esses sintomas estão presentes desde 
o início da infância e limitam ou prejudicam o funcionamento diário (Critérios C e D). O estágio em que o 
prejuízo funcional fica evidente irá variar de acordo com características do indivíduo e seu ambiente. 
Características diagnósticas nucleares estão evidentes no período do desenvolvimento, mas intervenções, 
compensações e apoio atual podem mascarar as dificuldades, pelo menos em alguns contextos. 
Manifestações do transtorno também variam muito dependendo da gravidade da condição autista, do nível 
de desenvolvimento e da idade cronológica; daí o uso do termo espectro. 
 
Características Associadas que Apoiam o Diagnóstico: Muitos indivíduos com transtorno do espectro autista 
também apresentam comprometimento intelectual e/ou da linguagem (p. ex., atraso na fala, compreensão 
da linguagem aquém da produção). Mesmo aqueles com inteligência média ou alta apresentam um perfil 
irregular de capacidades. A discrepância entre habilidades funcionais adaptativas e intelectuais costuma ser 
grande. Déficits motores estão frequentemente presentes, incluindo marcha atípica, falta de coordenação 
e outros sinais motores anormais (p. ex., caminhar na ponta dos pés). Pode ocorrer autolesão (p. ex., bater 
a cabeça, morder o punho), e comportamentos disruptivos/desafiadores são mais comuns em crianças e 
adolescentes com transtorno do espectro autista do que em outros transtornos, incluindo deficiência 
intelectual. Adolescentes e adultos com transtorno do espectro autista são propensos a ansiedade e 
depressão. Alguns indivíduos desenvolvem comportamento motor semelhante à catatonia (lentificação e 
“congelamento” em meio a ação), embora isso tipicamente não costume alcançar a magnitude de um 
episódio catatônico. É possível, porém, que indivíduos com transtorno do espectro autista apresentem 
deterioração acentuada em sintomas motores e um episódio catatônico completo com sintomas como 
 
 
mutismo, posturas atípicas, trejeitos faciais e flexibilidade cérea. O período de risco de catatonia comórbida 
parece ser maior nos anos de adolescência. 
 
Desenvolvimento e Curso: A idade e o padrão de início também devem ser observados para o transtorno 
do espectro autista. Os sintomas costumam ser reconhecidos durante o segundo ano de vida (12 a 24 
meses), embora possam ser vistos antes dos 12 meses de idade, se os atrasos do desenvolvimento forem 
graves, ou percebidos após os 24 meses, se os sintomas forem mais sutis. 
Os primeiros sintomas do transtorno do espectro autista frequentemente envolvem atraso no 
desenvolvimentoda linguagem, em geral acompanhado por ausência de interesse social ou interações 
sociais incomuns (p. ex., puxar as pessoas pela mão sem nenhuma tentativa de olhar para elas) padrões 
estranhos de brincadeiras (p. ex., carregar brinquedos, mas nunca brincar com eles), e padrões incomuns 
de comunicação (p. ex., conhecer o alfabeto, mas não responder ao próprio nome). Durante o segundo 
ano, comportamentos estranhos e repetitivos e ausência de brincadeiras típicas tornam-se mais evidentes. 
 
Fatores de Risco e Prognóstico 
Ambientais: Uma gama de fatores de risco inespecíficos, como idade parental avançada, baixo peso ao 
nascer ou exposição fetal a ácido valproico, pode contribuir para o risco de transtorno do espectro autista. 
Genéticos e fisiológicos: Atualmente, até 15% dos casos de transtorno do espectro autista parecem estar 
associados a uma mutação genética conhecida, com diferentes variações no número de cópias de novo 
ou mutações de novo em genes específicos associados ao transtorno em diferentes famílias. No entanto, 
mesmo quando um transtorno do espectro autista está associado a uma mutação genética conhecida, não 
parece haver penetrância completa.

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