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FeLV - Vírus da Leucemia felina

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Resumo por: Yasmin Barros - @idealizavet @yasminbarro.s 
Vírus da Leucemia felina 
 Etiologia 
 
 Família: Retroviridae 
 Subfamília: Orthoretrovirinae 
 Gêneros: 
 Gammaretrovirus: Vírus da 
Leucemia felina 
 Feline Leukemia 
Vírus – FeLV 
 Envelopado: não é muito 
resistente no ambiente 
 Vírus RNA de fita simples 
 Enzima RT: transcreve o genoma 
RNA em DNA. Quando infecta a 
célula do hospedeiro 
 NÃO SÃO ZOONOSES!! 
Subgrupos: baseada no gene 
envelopados/receptores de entrada 
FeLV-A: único transmissível 
FeLV-B: recombinação de Felv A com 
retrovírus endógenos (50% dos gatos 
infectados com FeLV-A terão a B); linfomas 
e neuroatogenicidade 
Felv-C (raro): mutação no gene de 
envelope do FeLV-A; anemia fatal 
FeLV-T: mutação na sequência SU do FeLV-
A; tropismo por linfócitos 
T/Imunodeficiência 
 Epidemiologia 
 
 Distribuição mundial; 
 Contato/troca de saliva entre 
gatos: transmissão viral; também 
pode ocorrer por brigas, assim 
como FIV. 
 Felídeos domésticos e selvagens; 
Prevalência: 
 Europa: 2,3% (6.005 gatos 
testados); 
 EUA e Canadá: 3,1% (62.301 gatos 
testados); 
 Belo Horizonte, Minas Gerais - PCR 
→ DNA proviral: Coelho et al., 
2008: 
o • 47% positivos 
(507/1072); 
o 47% (219/464) doentes; 
o 47% (288/608) saudáveis. 
 Uberlândia (UFU) - Teste rápido: 
o 30% (483 gatos testados) 
o 1-8% (gatos saudáveis) 
o 38% (gatos doentes) 
o 75% (gatos com linfoma) 
o 80-90% (gatos com linfoma 
tímico) 
 Diminuição com teste e 
separação/vacinação 
 Grupo de risco: filhotes, alta 
densidade populacional, higiene 
inadequada 
Acima de 16 semanas os gatos vão se 
tornando mais resistentes, porém em 
desafio com altas doses virais eles podem 
ser infectados. Isso se deve, pois ao 
decorrer do tempo, os felinos vão 
perdendo os receptores 
 Transmissão 
 
 Filhotes são mais susceptíveis por 
possuírem maior quantidade de 
receptores 
 Eliminação pela saliva: lambedura, 
mordedura, compartilhamento de 
vasilhas comida/água, cuidados de 
higiene 
 Intrauterina 
 Transmamária 
 Iatrogênica 
 Venérea: não tem dado em 
literatura 
Fêmeas lactantes, quando estão em 
infecção latente, o teste rápido não 
identifica (falso negativo) mas o PCR 
consegue detectar o provírus e dar 
positivo. Nesse momento, elas não vão 
estar transmissível, porém com estresse 
durante o parto, pode passar de infecção 
latente para infecção progressiva, podendo 
infectar os filhotes 
O teste rápido quando positivo, indica 
transmissão do vírus. 
 Patogenia 
O vírus infecta orofaringe e tecidos 
linfoides locais → infecta linfócitos e 
monócitos (viremia primária), conseguindo 
se disseminar para o restante do 
organismo (até 2 semana PI), 
posteriormente infecta medula óssea, e 
depois neutrófilos, plaquetas e tecido 
intestinal (1-3 semanas pós infecção), 
infecção de neutrófilos e plaquetas 
(viremia secundária, 2-4 semanas); 
infecção de tec mucoide (3-8 semanas PI). 
4 tipos de infecção 
Infecção progressiva: onde tem viremia 
persistente e não tem resposta imune 
protetora. Os filhotes são mais 
susceptíveis. 
Infecção regressiva: viremia transitória ou 
ausente; latência - pode ou não acontecer 
reativação, se acontecer, ele vai para fase 
progressiva 
Infecção localizada/focal (rara): viremia 
ausente/transitória e geralmente o vírus 
está sequestrado em baço, linfonodos ou 
glândulas mamárias. Portanto, não 
identifica nos exames sanguíneos. 
Infecção abortiva: viremia ausente, 
anticorpo presentes 
 Sinais clínicos 
 
 Mais comuns: anemia, 
imunossupressão, linfoma 
 Menos comuns: doença 
imunomediada, enterite crônica, 
desordens reprodutivas, 
neuropatias 
Para felv, os linfomas e algumas leucemias 
podem acontecer pelo fato do vírus estar 
integrado no genoma do hospedeiro, 
mesmo sem estar produzindo partículas 
virais (sem replicação viral). O corte do 
genoma do hospedeiro pode ser perto do 
oncogênese, podendo fazer com que o 
oncogênese se expresse, resultando em 
neoplasias. 
Taxa de mortalidade em gatis: devido a 
elevada transmissibilidade do vírus 
 50% em 2 anos 
 80% em 3 anos 
Desordens mieloproliferativas: leucemia, 
mielofibrose, fibrossarcoma 
Anemia – FeLV 
 FeLV-C (raro): causa anemia pela 
inibição de produção de 
eritrócitos, acúmulo fatal de heme. 
 Imunomediada (hemolítica) 
 Anemia da inflamação crônica 
 Secundária: 
 Doenças 
mieloproliferativas 
 Doenças mielossupressivas 
(citopenias, pancitopenias) 
 Outros agentes: 
Mycoplasma haemofelis; 
Candidatus M 
haemominutum; 
Candidatus M turicensis – 
co-infecções comuns de 
serem observadas em 
gatos com FeLV; 
Quando se faz esfregaço sanguíneo em 
presença de EDTA, o mesmo faz com que a 
ligação do mycoplasma com a superfície da 
hemácia seja perdida, então, não pode-se 
utilizar EDTA. Porém de qualquer forma é 
fácil passar despercebido as estruturas do 
mycoplasma durante os exames, além 
disso, toda vez que o eritrócito passa pelo 
baço, o baço desprende o mycoplasma dos 
eritrócitos, também dificultando o 
diagnóstico, por isso o diagnóstico é feito 
por PCR. 
Desenvolvimento de tumores: 
Uma vez que o vírus entra na célula (RNA), 
ele é convertido em DNA pela enzima 
transcriptase reversa, agora chamado de 
provírus (fita dupla). O provírus entra no 
núcleo da célula do hospedeiro e a enzima 
integrasse corta de forma aleatória o 
genoma do hospedeiro e insere o genoma 
viral no genoma no hospedeiro (momento 
de latência – pode passar um tempo 
integrado sem produzir novas partículas 
virais). 
Linfomas: mediastínico (timo); alimentar; 
multicêntrico; extra-nodal (pele, olhos, 
rins) 
Outras manifestações clínicas: 
 Desordens reprodutivas: aborto 
reabsorção fetal, infertilidade, 
natimortos 
 Enterite associada ao FeLV: 
diarreia, hematêmese, anemia 
 Disfunção neurológica 
 Imunossupressão: mais grave que 
em gatos com FIV; linfopenia e 
neutropenia 
Diagnóstico (Ag) de acordo com o tipo de 
infecção: O teste rápido detecta Ag no caso 
de FeLV e detecta Ac no caso de FIV. 
Progressiva (viremia persistente): 
POC (point of care – teste rápido) 
+, RT-PCR +, PCR+ 
 
Infecção regressiva (viremia 
transitória ou ausente): POC e RT-
PCR (detecta RNA viral), pode dar 
falso negativo se estiver com 
viremia ausente; PCR + que detecta 
DNA (pro-vírus) 
Infecção localizada/focal (rara): 
apresenta resultados discordantes, 
quando tem PCR positivo nas 
células do local e outros testes 
negativos. Pode ter resultado 
positivos, pela infecção transitória 
 
Infecção abortiva (viremia 
ausente): POC -; RT-PCR -; 
anticorpos presentes 
 
 Tempo de detecção dos testes de 
FeLV: 
 
 POC → detecta 3-6 semanas PI 
(pós-infecção). 
 RT-PCR → detecta 1 semana PI. 
 PCR → detecta 1-2 semanas PI. 
 Há boa correlação de POC+ com a 
presença do vírus na saliva → 
disseminadores. 
 Clearance de antigenemia: 1-12 
meses (em casos raros pode 
ocorrer depois de meses) 
Quando os gatos podem devem ser 
testados? 
 Todos os gatos devem ser testados 
pelo menos uma vez na vida 
 Todos os gatos recém-adquiridos 
ou filhotes 
 Após exposição a um gato positivo 
ou a um gato com status 
desconhecido 
 Antes da vacinação inicial contra 
FeLV 
 Ao entrar em um abrigo 
 Gatos que vivem em ambientes 
com gatos positivos: testes anuais 
 Doadores de sangue: POC + DNA 
pro-viral FeLV. 
Conscientização do tutor 
 Vacinação – FeLV 
 Tester antes de vacinar 
 Para filhote (até 1 ano de idade) é 
considerada vacina essencial - 
(Guidelines AAFP, 2020). 
 Primo-vacinação: 8- semanas; 12 
semanas 
 1° reforço: anual 
 Primovacinação de adulto precisa 
ser com 2 doses (intervalo de 3-4 
semanas) 
 Reforços seguintes: depende do 
estilo de vida do gato 
 Alto risco: anual Baixo risco: após 3-4 anos 
de idade a cada 2-3 anos. 
 
Prevenção e controle – FIV e/ou FeLV 
 Conscientização do tutor 
 Diagnósticos: antes da introdução 
de novos animais 
 Separação de infectados/não-
infectados 
 Desinfecção simples: vírus 
envelopado (detergente, sabão) 
 Fatores de risco: gatos de vida-
livre, gatos não castrados (brigas) 
 Vacinação FeLV 
Monitoramento FIV e/ou FeLV 
 Manter os gatos sem acesso à rua 
 Hospitais veterinários: desinfecção 
simples s (água e sabão são 
capazes de eliminar o vírus). 
 Animais assintomáticos toleram 
procedimentos cirúrgicos 
 Cuidado: atb pré-
operatório 
 Não alimentar com alimentos crus 
(carne, leite, ovos): infecção 
parasitárias e bacteriana 
 Retornos semestral/anual: exames 
bioquímicos, hemograma e de 
urina, controle de peso. 
 Não existe tratamento específico 
para FIV e FeLV → tratamento 
sintomático, de acordo com as 
apresentações clínicas do animal.

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