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Anna Beatriz Rambaldi | 4° Semestre 22/09 21.2 Farmacologia do Sistema Nervoso Autônomo Parassimpático Neurotransmissores ↳ Ação em milissegundos ↳ Grande número de neurotransmissores - Mais de 50 moléculas sinalizadores identificadas no SN ↳ Promovem excitação ou inibição celular pós-sináptica Norepinefrina e epinefrina, acetilcolina, dopamina, serotonina, histamina, GABA → Envolvidos com as ações dos fármacos terapeuticamente úteis ↳ Principais NT do SNA: acetilcolina e norepinefrina Neuro transmissor Função Localização Noradrenalina NT excitatório do SNC Tronco cerebral e hipotálamo Dopamina Prazer e bem-estar, estados de psicoses Núcleo caudado, sistema mesolímbico e medula espinhal Serotonina Humor, sono, funções neuroendócrinas Tronco cerebral, amígdala, mesencéfalo, hipotálamo Acetilcolina Excitatório e inibitório, aprendizagem e memória Cerebelo, tálamo, córtex GABA NT inibitório do SNC, coordenação Córtex, cerebelo Glicina NT inibitório do SNC Tronco cerebral e medula espinhal Glutamato e Aspartato NT excitatório do SNC, sistema cognitivo SNC (neurônios e células da glia) Sinapses Químicas - Informações transmitidas por neurotransmissores → transportam, estimulam e equilibram sinais entre os neurônios - Neurotransmissores fazem a comunicação entre o neurônio pré- - sináptico e o neurônio pós-sináptico, sendo liberados na fenda sináptica. 1- Síntese do neurotransmissor 2- Armazenado em uma vesícula 3- Liberação na fenda sináptica (vesícula se funde à membrana neuronal e libera o NT) Na fenda sináptica - NT pode se ligar ao seu receptor pós-sináptico - NT pode ser recapturado → controla a liberação de NT - NT pode ser degradado → enzimas → Forma de controlar o processo - a liberação de NT não pode ser nem baixa nem excessiva Sistema Nervoso Parassimpático ↳ Ação inibitória sobre os órgãos, diminuindo a atividade dos órgãos em que atua o simpático, levando o organismo a um estado de relaxamento. ↳ Efeitos opostos ao do simpático → reduz atividades adrenérgicas ↳ Mantém o equilíbrio do organismo ↳ As fibras nervosas parassimpáticas secretam acetilcolina (ACh) → fibras COLINÉRGICAS ↳ Todos os neurônios pré-ganglionares e pós-ganglionares do SNP são COLINÉRGICOS → No SNA Parassimpático, o neurônio pré e pós-ganglionar liberam acetilcolina Whalen, Karen. Farmacologia ilustrada – 6. ed. – Porto Alegre: Artmed, 2016. Acetilcolina ↳ Importante neurotransmissor do sistema nervoso periférico na junção neuromuscular e encéfalo. ↳ Neurônios que liberam acetilcolina são denominados de neurônios colinérgicos ↳ Produzida a partir da colina e acetilcoenzima-A ↳ Produzida no citoplasma das terminações sinápticas e armazenada em vesículas sinápticas ↳ Degradada pela enzima acetilcolinesterase→ presente em membrana pré e pós-sináptica → libera colina e acetato - Acetato é excretado - Colina é reciclada → será reutilizada Síntese, armazenamento e liberação de acetilcolina Síntese ↳ Presença de colina → entra no neurônio por transportador (dependente de Na+) ⬇ Colina associa-se à acetilcoenzima A (acetilação da colina) ⬇ Colina acetiltransferase une colina + AcCoa ⬇ Forma acetilcolina Armazenamento ↳ Ach entra nas vesículas por transportador e é armazenada Liberação ↳ Neurônio despolarizado (potencial de ação) → influxo de Ca+2 → mobilização das vesículas e exocitose de Ach ↳ Liberada na junção neuromuscular → impulso nervoso pré-sináptico → libera 100 a 500 vesículas ↳ Liberação bloqueada pela toxina botulínica Degradação ↳ Acetilcolinesterase - enzima que degrada Ach na fenda ↳ Colina é reciclada e acetato é excretado ↳ A colina é recaptada pelo transportador acoplado ao NA+ Whalen, Karen. Farmacologia ilustrada – 6. ed. – Porto Alegre: Artmed, 2016. Recaptação ↳ Quando ocorre recaptação há inibição da liberação de NT → indica que já tem muito NT na fenda ↳ receptor nicotínico de Ach (neurônio pré-sináptico) Colinesterases → tipo de enzima que degrada Ach - limita a sinalização ↳ Tipos de colinesterases: - AChE → acetilcolinesterase → mais eficiente - BuChE → butirilcolinesterase Receptores de acetilcolina ↳ Ach pode se ligar a receptores muscarínicos e nicotínicos Muscarínico (M) ↳ é metabotrópico → acoplado à proteína G - ativa segundos mensageiros ↳ Alteram a atividade de várias enzimas e canais iônicos ↳ Ativado pelo veneno de cogumelo (muscarina) ↳ Afinidade: muscarina > acetilcolina > nicotina ↳ localizados em gânglios do sistema nervoso periférico e em ógãos efetores autônomos: Encéfalo, glândulas salivares, coração e músculo liso → 5 Subtipos de receptores (todos encontrados em neurônios) - todos ativados por Ach - M1 → células parietais gástricas (produz HCl) → aumenta a liberação de HCl ↳ Receptores M1 (“neurais”) - excitação lenta dos gânglios. - M2 → células cardíacas e mm. lisos ↳ Receptores M2 (“cardíacos”) - redução da FC e força de contração (principalmente dos átrios). - M3 → bexiga, gl. exócrinas e m. liso ↳ Receptores M3 (“glandular”) - secreção, contração da musculatura lisa visceral e relaxamento vascular. → Segundos mensageiros ativados - ativa fosfolipase C (IP3 e DAG) → M1 e M3 - Gq - inibe a adenilato ciclase (catalisa a conversão da ATP em cAMP e ainda em pirofosfato (PPi) como subproduto da reação) → M2 - Gi - ativam canais de K+ ou inibem canais de Ca2+ Nicotínico (N) ↳ receptor ionotrópico → acoplados a canal iônico → transmissão sináptica excitatória rápida ↳ permeável ao Na+ e K+ ↳ Afinidade: nicotina > acetilcolina > muscarina ↳ Nicotina em baixas concentrações estimula o receptor, e em altas concentrações o bloqueia ↳ Presentes na junção neuromuscular (m. esquelético), nos gânglios autônomos e em vários locais do SNC ↳ Cérebro: funções cognitivas, comportamentos ↳ Adicção → A modulação da nicotina nos receptores nAChRs pré-sinápticos, induz a liberação de neurotransmissores (acetilcolina, dopamina, serotonina e norepinefrina) que irão ativar os neurônios pós-sinápticos → causa a dependência Receptores nicotínicos podem ser: - Neuronal (Nn) → gânglios autônomos, medula supra-renal, SNC - Muscular (Nm) → junção neuromuscular (m. esquelético) → Diferem na sua estrutura molecular e farmacologia Efeitos fisiológicos da acetilcolina - Contrai a bexiga (M3) - ↑ sudorese (gl. exócrina - M3) - ↑ lacrimejamento (gl. exócrina - M3) - ↑ secreção brônquica - ↑ salivação - miose (constrição da pupila - M3) - ↓ FC (cronotropismo -) e ↓Força de contração (coração - M2) - ↑ Atividade peristáltica (m. liso - M3) - ↑ Secreção de HCl (M1) - Broncoconstrição (pulmão - M3) Sinapse Química na Junção Neuromuscular ↳ Ach se liga em receptor nicotínico na JNM → gera contração muscular ↳ Receptor nicotínico - estimulação rápida (canal iônico) Ach se liga ao receptor nicotínico no músculo ⬇ Despolarização (PA) → influxo de Ca+2 (liberado pelo retículo sarcoplasmático) ⬇ Contração muscular ↳ Existem bloqueadores da JNM - se ligam no receptor nicotínico e impedem a ação da Ach → causa paralisação Gás Sarin ↳ Inibe acetilcolinesterase ↳ Acúmulo de ACh na fenda sináptica ↳ Contrações musculares descontroladas ↳ Dessensibilização dos receptores e paralisia Alzheimer ↳ Pode ter relação com a degeneração de receptores colinérgicos ↳ Diminuição de ACh em determinadas áreas cerebrais - ausência de estímulo - Hipocampo - sistema límbico - Córtex motor ↳ Pode ocorrer a perda de neurônios pós-sinápticos ↳ Mecanismos genéticos (cromossomo 19) ↳ Mutações nos genes 1/14/21 ↳ Aumento da proteína beta-amilóide (30 anos) Miastenia grave ↳ Degeneração de receptores de Ach → musculatura fica flácida
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