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Metabolismo do cálcio e fosfato e PTH

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Cálcio 
Concentração de cálcio no plasma é 9,4mg/dL, desse 
valor: 
• 41% encontram-se ligado a proteína do plasma, 
principalmente albumina 
• 9% circulam na forma de sais 
• 50% correspondem ao cálcio na forma livre 
 
 
Fosfato 
É encontrado no plasma como HPO42- e H2PO4-. 
Se pH do meio extracelular mais ácido:  H2PO4- ;  
HPO4-2 
Se pH do meio extracelular mais alcalino:  H2PO4- ;  
HPO4-2 
Funções no organismo 
São funções intracelulares, principalmente: 
• Dupla hélice do DNA – contém fosfato 
• 2,3-bifosglicerato – dissociação do O2 da Hb 
• Sinalização intracelular – enzimas quinases que 
ligam grupos fosfato a outras moléculas 
• AMP e inositol fosfato – mensageiros intracelulares 
• NADP/NADHPH – manutenção do potencial redox 
intracelular 
• Fosforilação da glicose – retenção da molécula no 
meio intracelular 
As funções extracelulares são menos importantes. No 
fluído extracelular, possui apenas função de transporte 
(alcançar o meio intracelular) 
Absorção intestinal de fosfato 
• Ingestão diária de fosfato pela dieta → 1200 a 1600 
mg de fósforo 
• Absorção pelo duodeno e jejuno → 800 a 1200 
mg/dia 
• Dificilmente a ingestão é insuficiente 
Situações de deficiência de fósforo na dieta: 
Alcoolismo, internamento em unidades de terapia 
intensiva, má absorção intestinal, utilização de alguns 
antiácidos 
Excreção e reabsorção de fosfato pelos rins 
Regulada por mecanismo de transbordamento: 
Abaixo de uma concentração crítica (1 mmol/L) → 
totalmente reabsorvido. Acima dessa concentração → 
perda diretamente proporcional ao aumento adicional 
 
Alterações nos níveis de cálcio e fosfato plasmáticos 
• Fosfato -> sem efeitos imediatos importantes 
• Cálcio -> alterações nas contrações. Efeitos 
extremos e imediatos 
Hipocalcemia: excitação do sistema nervoso e 
tetania 
Hipercalcemia: depressão do sistema nervoso e 
atividade muscular 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PTH ou paratormônio 
Hormônio peptídico secretado pelas células principais 
da paratireoide. O principal regulador de sua secreção 
é a concentração de cálcio livre no plasma 
•  [Ca2+] – inibe a síntese e secreção de PTH 
•  [Ca2+] – estimula a síntese e secreção de PTH 
• A presença de 1,25 (OH)2 D suprime a secreção e 
síntese do PTH 
Ações do PTH 
• Influencia diretamente na homeostasia do cálcio e 
fosfato 
• Age diretamente nos ossos e rins 
• Age indiretamente no intestino, através da 1,25 
(OH)2D 
Ações do PTH nos rins: 
1) aumenta a reabsorção de cálcio no túbulo distal 
do néfron; 
2) diminui a reabsorção de fosfato pelo túbulo 
proximal resultando em fosfatúria. 
Ação do PTH no intestino: 
Estimula a absorção intestinal de cálcio e fosfato 
indiretamente através de 1,25 (OH)2 D (forma ativa da 
vitamina D) por induzir a enzima responsável pela sua 
hidroxilação. 
Ações do PTH nos ossos: 
Altera a atividade e o número de osteoclastos e 
osteoblastos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Regulação das concentrações de 1,25 (OH)2D 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ações biológicas da vitamina D 
• estimula a absorção de cálcio pelo duodeno 
• estimula a absorção de fosfato pelo jejuno e íleo 
• age nas paratireoides, inibindo a síntese e secreção 
de PTH 
 
 
 
Regulação das concentrações de cálcio plasmáticas: 
Ingestão de uma carga de cálcio maior que o normal 
(processo agudo) 
Isso provoca um pequeno aumento na concentração 
de cálcio do soro, seguido pela supressão do PTH 
(hormônio da paratireóide). 
A supressão do PTH promove: 
• Excreção de cálcio pelo túbulo distal; 
• Redução da atividade dos osteoclastos (previne a 
reabsorção óssea contínua, mas permite a entrada 
de cálcio do líquido extracelular para o osteóide 
não mineralizado). 
Resultado: redução rápida e a curto prazo dos níveis 
de cálcio do soro até os valores normais. 
Ingestão de uma carga de cálcio maior que o normal 
persistente (processo crônico) 
 Se a quantidade aumentada de cálcio persistir por 
vários dias, a perda contínua de cálcio pelo rim pode 
causar hipercalciúria que leva a nefrolitíase e 
nefrocalcinose. Ocorre também a mineralização 
excessiva do esqueleto (osteopetrose). 
Solução: Para que esses problemas não ocorram, a 
supressão crônica do PTH, devida à ingestão de 
grandes quantidades de cálcio, diminui a quantidade 
de 1,25 (OH)2 D circulante que diminui a absorção de 
cálcio pelo intestino com consequente redução da 
entrada de cálcio no líquido extracelular e redução na 
excreção renal de cálcio. 
Ingestão de uma carga de cálcio menor que o normal 
(processo agudo) 
Ocorre um aumento nos níveis de PTH que impede a 
excreção renal de cálcio e ativação dos osteoclastos 
que liberam cálcio para o líquido extracelular, se isso 
ocorrer por um longo tempo pode causar 
desmineralização óssea. 
 Ingestão de uma carga de cálcio menor que o normal 
(processo crônico) 
O aumento crônico do PTH durante dias ou semanas 
leva a um aumento nas concentrações de 1,25 (OH)2 
D, aumentando a eficiência da absorção intestinal de 
cálcio. Promove aumento da atividade dos 
osteoblastos e síntese óssea com resultante aumento 
da deposição de cálcio no esqueleto. 
 
 
PTH e reabsorção renal de cálcio 
PTH e reabsorção renal de fosfato 
 
Hipercalcemia 
Ocorre como resultado de um fluxo aumentado de 
cálcio para dentro do compartimento líquido 
extracelular, a partir do esqueleto, intestino e rim. Ela 
pode ter diversas causas, mas existem duas principais: 
• A mais comum em pacientes ambulatoriais é o 
hiperparatireoidismo primário. 
• A causa mais comum em pacientes hospitalizados 
é a malignidade. 
Hiperparatireoidismo primário: 
Causas: 
• adenoma solitário de paratireoide (85% dos 
casos) 
• hiperplasia difusa das glândulas paratireoides 
(15% dos casos) 
• carcinoma da paratireóide (menos de 1% dos 
casos) 
 
Avaliação laboratorial: É feito pela determinação 
concomitante de cálcio e PTH no soro. 
Se o PTH estiver elevado na presença de hipercalcemia 
está feito o diagnóstico. 
 Se o PTH estiver no limite superior do intervalo de 
referência é sugestivo de hiperparatireoidismo, uma 
vez que a secreção de PTH deveria estar suprimida se a 
hipercalcemia fosse devida a outra causa. 
Determinação de 1,25 (OH)2D – ½ superior do normal e 
elevada, embora isso também ocorra por outras 
causas. 
Hipercalcemia de malignidade 
Ocorre em 10 a 20% dos pacientes com câncer. A 
maioria dos tumores causa hipercalcemia pela 
produção de PTHrP que é secretado na circulação e 
estimula a absorção óssea. 
PTHrP liga-se ao receptor de PTH e acredita-se ser o 
principal mediador da hipercalcemia humoral da 
malignidade. Alguns linfomas produzem 1,25 (OH)2D. 
Sintomas: letargia, embotamento, náuseas e vômitos. 
Avaliação laboratorial: igual ao do 
hiperparatireoidismo acrescido de um ensaio para 
PTHrP. Em casos de linfomas, dosar 1,25 (OH)2D. 
Hipocalemia 
O nível de cálcio total no soro pode ser encontrado 
baixo devido a uma redução da sua ligação à albumina 
ou à fração livre. 
Causa mais comum: hipoalbuminemia (1 g/dl de 
albumina liga-se a 0,8 mg/dl de cálcio). 
Outras causas: - insuficiência renal crônica 
(hipocalcemia devida à hiperfosfatemia) 
• níveis baixos de 1,25 (OH)2D no soro 
• resistência do esqueleto ao PTH 
• hipoparatireoidismo (destruição das paratireóides 
em cirurgia de pescoço) 
• pseudo-hipoparatireoidismo → resistência 
• deficiência de magnésio → prejudica a secreção 
de PTH e causa resistência órgão-alvo ao PTH. 
Avaliação laboratorial: avaliação da função renal, 
albumina no soro, concentrações de magnésio e níveis 
de PTH intacto no soro (para verificar a ocorrência de 
hipoparatireoidismo ou pseudo-hipoparatireoidismo). 
 
 
 
Biologia do esqueleto e homeostasia do cálcio 
Esqueleto do homem → 1,2 kg de cálcio 
Esqueleto da mulher→ 1,0 kg de cálcio 
As funções do cálcio no esqueleto são integridade 
estrutural. O esqueleto, por sua vez, atua como 
reservatório de cálcio, algumas vezes necessário, para 
manter os níveis do líquido extracelular. 
Através do processo de remodelagem óssea, os 
osteoclastos removem osso velho liberando cálcio e 
fósforo e os osteoblastos produzem continuamente 
osteóide novo que mineraliza, absorvendo cálcio e 
fósforo, substituindo o osso velho removido pelos 
osteoclastos, por osso novo. A ação dos osteoclastos e 
osteoblastos são importantes para regular os níveis 
plasmáticos de cálcio quando esses estão aumentados 
ou diminuídos. 
Fluxo de fosfato no esqueleto 
A reabsorção óssea pelos osteoclastos promove a saída 
de fosfato do esqueleto, enquanto a formação de osso 
pelos osteoblastos promove a entrada de fosfato no 
esqueleto. É um passageiro passivo com o cálcio nos 
processos regulatórios dos níveis de cálcio. 
Em condições patofisiológicas o fluxo de fosfato do 
esqueleto torna-se importante. A destruição do 
esqueleto por mieloma múltiplo ou síndromes com 
imobilização crônica levam a hiperfosfatemia que 
associada a hipercalcemia levam a nefrocalcinose e 
insuficiência renal. 
Osteoporose 
Atividade osteoclastos (reabsorção) > osteoblastos 
(deposição). O osso fica pouco denso, ocorre 
destruição das trabéculas ósseas. 
 
 
 
 
 
 
É mais comum em mulheres mais idosas, ocorre 
principalmente no quadril, nas vértebras. 
A hormonioterapia com estrogênio + progesterona 
melhorou a % da densidade óssea em pacientes com 
osteoporose.

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