Buscar

APG 14 - Anatomia, Embriologia e Fisiologia da Glândula Tireoide

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Apg 14: Anatomia, Embriologia e Fisiologia da Tireoide 
Objetivos 
 
 
 
OBJETIVO 1: Entender a anatomia microscopica, macroscópica, fisiologia da glândula tire-
oide e seus hormônios secretados
OBJETIVO 2: Compreender a embriologia da glândula tireoide 
 
Glândula tireóide 
 
Anatomia macro e microscópica 
 
Localização: abaixo da laringe e nas regioes lateral 
e anterior à traqueia. 
 
 
A glandula tireoide é dividida em lobos, sendo eles: 
➔ Lobo Piramidal 
➔ Lobo Direito 
➔ Lobo do Istmo 
➔ Lobo Esquerdo 
 
 
É composta por: 
Folículos: fechados são cheios de uma substancia 
secretora, chamada de colóide; eles são revestidos 
por células epiteliais cuboides que secretam seus 
produtos para o interior dos folículos 
Coloide: constituida de glicoproteína 
tireoglobulina, molécula que contém hormônios 
tireoidianos. Quando a secreção chega aos folículos 
ela deve ser reabsorvida pelo epitélio folicular 
para o sangue, de modo a realizar sua função no corpo. 
Células C: secretam calcitonina, hormonio que 
contribui para a regulação da concentrações 
plasmática de ions cálcio. 
 
 
Fisiologia:
• 93% dos hormônios metabolicamente ativos, secre-
tados pela tireoide consistem em tiroxina (T4) e 7% 
são tri-iodotiranina (T3) 
• Quase toda tiroxina é convertida em triiodoti-
ronina nos tecidos. 
• A triiodotironina (T3) é quatro vezes mais po-
tente que a tiroxina (T4), mas está no sangue 
em menor quantidade e persiste por um tempo 
curto. 
• As funções da tiroxina e triiodotironina são parecidas, 
porém variam na velocidade e intensidade da 
reação 
HORMÔNIOS – CICLO DE PRODUÇÃO 
➔ Os hormônios da tireoide são aminas derivadas 
do aminoácido tirosina 
➔ A síntese dos hormônios ocorre nos folículos 
tireoidianos (também denominados de acinos), es-
truturas esféricas cujas paredes são compostas 
por uma camada única de células epiteliais. 
➔ O centro oco dos folículos é preenchido por 
uma mistura de glicoproteínas denominada 
coloide. O coloide mantém um suprimento de 2 a 
3 meses de hormônios da tireoide 
Etapas do ciclo: 
1. As células foliculares que cercam o coloide sin-
tetizam uma glicoproteína denominada tireo-
globulina, e enzimas para a síntese dos hor-
mônios tireoidianos 
2. Essas glicoproteínas são empacotadas em 
vesículas e secretadas no centro do folí-
culo; as células foliculares também concentram 
o iodo proveniente da alimentação. 
3. O transporte de iodo para o coloide é me-
diado pela pendrina (transportador de 
ânions). 
Conforme o iodo entra na coloide, a en-
zima tireoide peroxidase remove um elé-
tron do iodo e adiciona à tirosina na molé-
cula de tireoglobulina. 
4. A adição de um iodo à tirosina cria a monoio-
dotirosina (MIT); e a adição de 2 iodos cria 
a di-iodotirosina (DIT); essas 2 moléculas 
(DIT e MIT) se combinam para forma o 
hormônio triiodotironina (T3). Duas DIT 
unem-se para formar a tetraiodotironina 
ou tiroxina (T4). Neste momento os hormô-
nios ainda estão ligados à tireoglobulina. 
Quando a síntese hormonal esta completa o 
complexo tireoglobulina (T3 e T4) é recaptu-
rado pelas células foliculares em vesícu-
las. 
5. As enzimas intracelulares liberam os hor-
mônios T3 e T4 da tireoglobulina. Evidências 
atuais indicam que os hormônios da tireoide se 
movem através das membranas por meio 
de proteínas carreadoras. 
6. Transportador da glândula tireoide que exporta 
T3 e T4 ainda não foi identificado completa-
mente, mas parece ser uma isoforma do 
transportador monocarboxilato 
7. T3 e T4 possuem solubilidade limitada no 
plasma devido ao fato de serem molecular 
lipofílicas. Logo, os hormônios da tireoide 
se ligam às proteínas do plasma, como a 
globulina ligadora da tiroxina (TBG). 
Grande parte dos hormônios no plasma estão na 
forma de T4. 
 
 
• Os receptores dos hormônios da tireoide estão no 
núcleo das células-alvo 
• A ligação do hormônio inicia a transcrição, tradução 
e síntese de novas proteínas 
 
CONTROLE DA TIREOIDE – PAPEL DO 
TSH 
➔ O TSH (hormônio de tireotrofinas do hipotálamo) 
controla a secreção do hormônio da adeno-hi-
pósife, tireotrofina, também conhecida como hor-
mônio estimulador da tireoide. 
➔ O TSH age na glândula tireoide promovendo a sín-
tese hormonal. os hormônios da tireoide atuam 
como um sinal de retroalimentação negativa 
para evitar a hipersecreção. 
➔ A ação principal dos hormônios da tireoide é pro-
ver substrato para o metabolismo oxidativo. Os 
hormônios da tireoide aumentam o consumo de 
oxigênio nos tecidos. O mecanismo exato não 
está claro, mas acredita-se que está relacionado as 
mudanças no transporte de íons através das mem-
branas mitocondrial e celular. 
➔ Os hormônios da tireoide interagem com ou-
tros hormônios para modular o metabolismo 
das proteínas, carboidratos e lipídeos. 
 
Nas crianças, os hormônios da tireoide são necessários 
para a expressão do hormônio GH, ou seja, são essen-
ciais para o crescimento e desenvolvimento do sistema 
nervoso. 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS: 
• GUYTON, A.C. e Hall J.E.– Tratado de Fisiologia Médica. 
Editora Elsevier. 13ª ed., 2017. 
• SILVERTHORN, D. Fisiologia Humana: Uma Abordagem 
Integrada, 7ª Edição, Artmed, 2017. 
 
Embriologia da tireoide 
➔ A tireoide é a primeira glândula endócrina a se 
desenvolver no embrião 
➔ Começa a se formar cerca de 24h após a fe-
cundação, a partir de um espessamento endodér-
mico mediano do assoalho da faringe primitiva 
➔ Esse espessamento forma uma pequena saliência 
que é o primórdio da tireoide 
➔ Com o crescimento do embrião e da língua, a tire-
oide desce pelo pescoço passando ventral-
mente ao osso hioide e as cartilagens laríngeas 
em desenvolvimento 
➔ Por um curto período a tireoide fica conectada à 
língua por um tubo pequeno e estreito chamado 
ducto tireoglosso 
➔ O primórdio da tireoide é oco, mas logo se torna 
maciço e divide-se em dois lobos (direito e es-
querdo) unidos pelo istmo e situados anterior-
mente ao segundo arco da traqueia 
➔ Na 7ª semana a tireoide já assume sua forma 
definitiva e atinge sua localização final no pescoço. 
O ducto tireoglosso já desapareceu. 
➔ A abertura proximal ao ducto tireoglosso persiste 
como uma pequena fosseta, o forame cego. 
➔ Um lobo piramidal se estende para cima a partir do 
istmo em cerca de 50% das pessoas. 
➔ O lobo piramidal pode estar preso ao osso hioide 
por um ligamento fibroso ou por fibras de músculo 
liso – elevador da tireoide. 
➔ O lobo piramidal e o músculo liso associado repre-
sentam uma parte da extremidade distal do ducto 
tireoglosso. 
 
 
 
 HISTOGÊNESE 
• O primórdio da tireoide é definido como uma massa 
compacta de células endodérmicas 
• Mais tarde o mesênquima vascular circundante 
invade esse agregado de células e forma uma rede 
de cordoes epiteliais. 
• Por volta da 10ª semana, os cordoes se dividiram 
em pequenos grupos celulares. Logo se forma 
uma luz em cada aglomerado de células e está 
se dispõe em uma camada em torno da luz. 
• Na 11ª semana se dá o aparecimento da co-
loide nestas estruturas – folículos tireoidianos; 
há concentrações de iodo e a síntese dos hormônios 
tireoidianos 
• Por volta da 20ª semana os níveis de hormônio 
fetal estimulante da tireoide e tiroxina come-
çam a aumentar chegando a níveis adultos em 
torno da 35ª semana. 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS: 
• MOORE, K.L. & Persaud, V. Embriologia Básica. Rio 
de Janeiro: Elsevier, 2004. 
 
Tópicos importantes: 
➔ A tireoide e revestida por tecido conjuntivo frouxo 
➔ Os tipos celulares são: células foliculares (possui co-
loide) e células C (secretam calcitonina) 
➔ As desiodases são enzimas que ativam ou inativam 
o hormônio tireoidiano podem ser de 3 tipos: 
I – presente nos tecidos que possuem alto fluxo san-
guíneo (fígado, rins e musculo esquelético) 
II – presente no cérebro (células da glia) 
III – inativante, tranforma T4 em T3 reverso 
➔ MIT+DIT = T3 
➔DIT + DIT = T4 
➔ A secreção dos hormônios acontece após eles se 
ligarem a um receptor megalina e depois saem por 
difusão no lado basal 
➔ As células-alvo da calcitonina são os ossos 
➔ As células-alvo do T3 e T4 são basicamente todas 
as células do corpo, visto que esses hormônios es-
tão relacionados ao metabolismo 
➔ A atuação da calcitonina: ela é liberada por células 
parafoliculares

Outros materiais