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Estrongiloidíase - Parasitologia Médica

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E S T R O N G I L O I D Í A S E DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
É muito comum no Brasil, existem poucos casos mas
existem relatos principalmente em pacientes que
vivem na zona rural por conta do contato maior
com substâncias orgânicas, além do ato de andar
descalços (o que pode favorecer a
contaminação/infecção). 
CARACTÉRISTICAS EPIDEMIOLÓGICAS
- A doença ocorre mais em regiões tropicais e
subtropicais
– No Brasil, há variação regional em função da
idade, diferenças geográficas e socioeconômicas
– Os estados que mais frequentemente
diagnosticam são: Minas Gerais, Amapá, Goiás e
Rondônia.
MORFOLOGIA
A forma parasita deste verme possui corpo
cilíndrico, filiforme, esbranquiçada, com as
extremidades afiladas. Na porção anterior
encontramos a boca com três pequenos lábios.
Possui esôfago estreito e cilíndrico (filarióide).
– Menor dos nematoides de interessemédico (0.7–
2.5mm) com várias fases de desenvolvimento.
- Apresentam dimorfismo sexual 
Parasitologia médica
A estrongiloidíase é uma infecção intestinal
causada pelo parasita Strongyloides stercoralis,
que provoca sintomas como diarreia, dor abdominal
e excesso de gases intestinais.
Este verme infecta as pessoas através da pele, na
forma de larva, e se espalha pelo corpo até chegar
ao intestino, onde cresce e se reproduz. 
Atualmente essa doença tem sido muito comentada
pois essa larva gosta de se instalar na região
pulmonar, geralmente a pessoa é assintomática,
porém, em situações como imunossupressão e o
estadp nutricional do hospedeiro pode fazer com
que essa doença se manifeste e o paciente
apresenta principalmente sintomas pulmonares,
como o quadro de pneumonia. 
AGENTE ETIOLÓGICO 
Verme adulto = larva 
– Larva Rabditoide: Mede de 180-380µm x 14-
20µm, possui o vestíbulo bucal curto (2-3µm) e
primórdio genital, de forma ovóide, grande e bem
nítido. O esôfago rabditóide (com dilatação nas
extremidades e constrição na porção mediana).
A cauda é afilada. 
- Larva Filarioide: Mede de 500-600µm x 16µm e
apresenta a cauda bifurcada (principal
caractéristica); o esôfago é tipicamente filarioide
(cilíndrico e retilíneo), ocupando
aproximadamente ½ do comprimento do corpo. 
Tem uma capacidade infectante, no solo ela
pode penetrar pela epiderme e chegar à
circulação sanguínea e no intestino ou no local
em que estiver pode gerar alguns danos. 
OVO
– Possui aproximadamente 50μm, Casca fina e
lisa. 
CICLO BIOLÓGICO 
No ciclo direto a larva que está presente na
região do ânus vai ser eliminada pelas fezes e
quando eliminada no solo pode se desenvolver à
uma larva rabditoide ou filarioide de vida livre e
penetrar na pele.
Na penetração ela ganha a circulação sanguínea
podendo ir pra região do pulmão e depois para a
região do intestino, no intestino grosso vai se
desenvolver em larva adulta, reproduzir e liberar
os ovos nas fezes ou liberando até mesmo as
próprias larvas. 
Existe também a possibilidade de se infectar pelo
ovo através do consumo de alimentos mal
higienizados.
PATOGÊNIA 
– Doença parasitaria intestinal, frequentemente
assintomática 
– As formas sintomáticas apresentam inicialmente
alterações cutâneas, secundarias a penetração das
larvas na pele (filarioide) e caracterizadas por lesões
urticariformes 
– Pode levar a manifestações pulmonares, intestinais
e infecções secundárias a infestação ---> sintomas
graves.
Quando não tratada pode levar a letalidade de até
85% dos pacientes.
Reservatório: O homem. Gatos, cães e primatas
tem sido encontrados infectados.
No pulmão pode ter um aumento no infiltrado
inflamatório caracterizando eosinofilia. 
Sindrome de Loeffler = causada por um
aumento na concentração de eosinófilos. 
COMPLICAÇÕES CLINÍCAS 
– A migração da larva pode causar manifestações
pulmonares, como tosse seca, dispneia ou
broncoespasmo e edema pulmonar (síndrome de
Loefler) 
– As manifestações intestinais podem ser de média
ou grande intensidade, com diarreia, dor abdominal
e flatulência, acompanhadas ou não de anorexia,
náusea, vômitos e dor epigástrica, que pode simular
quadro de úlcera péptica 
– Na radiografia de tórax, pode-se observar ate
cavitação
– Fêmea partenogenética e ovos no intestino
delgado humano. 
DIAGNÓSTICO
- Em casos graves, podem ser utilizados testes
imunológicos, como Elisa, hemaglutinação
indireta, imuno-fluorescência indireta 
– O estudo radiológico do intestino delgado auxilia
o diagnostico
 
– Diagnóstico parasitológico através do encontro
das larvas rabditoides nas fezes: Baermann-Moraes
e Rugai: hidro e termotropismo das larvas; 
MÉTODO DE RUGAI
TRATAMENTO
- Cambendazol, 5mg/kg, em dose única, via oral
- Tiabendazol, via oral, em vários esquemas
terapêuticos: a. 25mg/kg/dia, durante 5 a 7 dias,
esquema muito utilizado b. 50mg/kg/dia, em dose
única, a noite (A dose máxima recomendada e de
0,3g) c. 10mg/dia, durante 30 dias 
- Invermectina (bem tolerada) 
Obs. Esse esquema é recomendado para situações
de autoendoinfecção e deficiência da imunidade
celular
Obs: Os derivados benzimidazólicos não devem ser
utilizados em gestantes no primeiro trimestres e não
podem ser associados ao álcool. A ivermectina
associada ao álcool causam danos no fígado.
MEDIDAS DE CONTROLE 
– Redução da fonte de infecção com tratamento
sanitário adequado das fezes e uso de calcados
- Ter cuidado com ambientes com alta
concentração de matéria orgânica 
- Andar calçado para evitar penetração da larva

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