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Mariana Anacleto- T1 MEDSBC HIPOCALEMIA • 98% potássio está no LIC • [K+ ] LEC= 3-5 mEq/L • Advém da alimentação • Eliminação = suor, fezes e urina (90%) • Bomba Na/K ATPase • Funções potássio → pot. repouso da membrana celular = contração musculatura (lisa, estriada, esquelética) Hipocalemia • < 3,5 • Redução da ingesta por tempo significativo • Desvio do LEC para o LIC • Aumento das perdas renais/TGI • K+ sérico entre 3 e 3,4 = hipocalemia leve, assintomático • K entre 2,5 e 2,9 mEq/L = hipocalemia moderada • K < 2,5 mEq/L= grave → sintomas coração, músculos e intestino Manifestações no ECG • Potássio = 3 → onda T começa a achatar e U começa a aparecer • Potássio = 2 → onda T achatada e aparecimento de onda U mais proeminente, onda P começa a apicular • Potássio= 1 → emergência!! Onda T ausente, onda U presente, onda P apiculada • Predispõe a diversas arritmias: bloqueio atrioventricular, TV ou Taquisupra, Torsades de pointes, FA, extrassístoles atriais e ventriculares, bradicardia sinusal Mariana Anacleto- T1 MEDSBC Manifestações clínicas • Câimbras • Paralisia muscular • Rabdomiólise • Íleo paralitico (vômitos, distensão abdominal, parada de eliminação de gases e flatos) • Fraqueza muscular ascendente Etiologias: • Redução da ingesta → anorexia, jejum prolongado • Desvio do K do LEC para o LIC → insulina EV, sd de realimentação, inação de beta-agonistas, feocromocitoma, delirium tremens e tireotoxicose, alcalose metabólica, paralisia periódica hipocalêmica (doença genética com disfunção nos canais de potássio) • Perdas TGO → vômitos ou drenagem nasogástrica, diarreia aguda ou crônica, fistulas biliares ou pancreáticas, uso de laxativos • Perdas urinárias o Diuréticos de alça ou tiazídicos o Sd de Bartter ou Gitelman o ATR tipo 1 ou 2 o Sd de Lidlle o Doenças endócrinas – hiperaldosteronismo primário, sd Cushing, hiperplasia adrenal congênita, cetoacidose diabética ou estado hiperosmolar hiperglicêmico o Hipomagnesemia o Medicamentos- anfotericina B, aminoglicosídeos, cisplatina, fludrocortisona e glicocorticoides em doses altas o Leptospirose Diagnóstico • K < 3,5 → ver se tem leucemia (blasto é uma célula muito ativa, podendo absorver o potássio – pseuhipocalemia) • Não tem leucemia → causas triviais (TGI, perdas renais) = tto causa base e reposição • Sem causas triviais → potássio urinário de 24h e pedir avaliação para nefrologista Tratamento • Hipocalemia leve = reposição VO ou enteral • Moderada/grave = reposição parenteral em BIC • Diluição = não usar SG 5% e sim SF 0,9%, pois pico de insulina → agrava hipocalemia • Monitorar potássio sérico após cada reposição volêmica Reposição oral/enteral Dose inicial: 10 a 20mEq de K+ 2 a 4x/dia (20 a 80meQ/dia); xarope de KCL 6% 10mL de 8/8h a 25mL de 6/6h ou Slow K 1 a 3 drágeas de 8/8h Mariana Anacleto- T1 MEDSBC Reposição venosa KCl 10% (ampola com 10mL – 13,4mEq) KCl 19,1% (ampola com 10mL – 25 mEq) Obs: limite de concentração da solução → veia periférica: 10mEq em 100 mL (mais que isso = risco de flebite) - limite de velocidade de infusão: Veia periférica: 20mEq/hora; veia central: 40mEq/hora → para não fazer uma hipercalemia iatrogênica
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