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IU no cancer de bexiga

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Lara Caroline Pereira 
RA:041199
Dissertação científica 29/05/2021
Fisioterapia na incontinência urinária no câncer de bexiga
Há diferentes tipos de cânceres de bexiga. Eles são divididos nos tipos de células onde o tumor se inicia. Os não invasivos ainda não invadiram camadas mais profundas. Já os cânceres invasivos são mais propensos a se disseminarem e mais difíceis de tratar. Pacientes que apresentam o câncer não invasivo requerem vigilância de longo prazo com cistoscopia para avaliar se há recorrência doença e pode precisar de terapias intravesicais para reduzir o alto risco de recorrência. Como resultado, esses pacientes são propensos a sofrer mudanças significativas em qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS). Um estudo relatou piora da função urinária 12 meses após o diagnóstico do câncer. 
Já no caso de pacientes que apresentam câncer de bexiga invasivo, pode ser necessário a realização da cirurgia de cistectomia (remoção de uma parte ou de toda a bexiga). Apesar da escassez de estudos, observa-se uma quantidade considerável de pacientes com incontinência urinaria devido ao câncer de bexiga, ou devido ao PO de cistectomia. As taxas de incontinência diurna, incontinência noturna e hipercontinência aproximam-se de 20% em pacientes de PO de cistectomia. 
Os exercícios fisioterapêuticos de fortalecimento do assoalho pélvico, os cones vaginais e a eletroestimulação intravaginal têm apresentado resultados expressivos para a melhora dos sintomas de IU em até 85% dos casos. Um dos principais objetivos do tratamento fisioterapêutico é o fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico, pois a melhora da força e da função desta musculatura favorece uma contração consciente e efetiva nos momentos de aumento da pressão intra-abdominal, evitando assim as perdas urinárias. Também colaboram positivamente na melhora do tônus e das transmissões de pressões da uretra, reforçando o mecanismo de continência urinária. Entretanto, muitos pacientes ignoram a localização e a função do assoalho pélvico e são incapazes de contrair satisfatoriamente essa musculatura após apenas uma instrução verbal ou escrita. Deste modo, é importante a utilização de equipamentos de biofeedback para a conscientização e controle seletivo dos músculos do assoalho pélvico.
REFERÊNCIAS 
Rett, Mariana Tirolli et al. Qualidade de vida em mulheres após tratamento da incontinência urinária de esforço com fisioterapia. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia [online]. 2007, v. 29, n. 3 [Acessado 30 Maio 2021] , pp. 134-140. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0100-72032007000300004>. Epub 21 Jun 2007. ISSN 1806-9339. https://doi.org/10.1590/S0100-72032007000300004.
Smith AB, Crowell K, Woods ME, Wallen EM, Pruthi RS, Nielsen ME, Lee CT. Functional Outcomes Following Radical Cystectomy in Women with Bladder Cancer: A Systematic Review. Eur Urol Focus. 2017 Feb;3(1):136-143. doi: 10.1016/j.euf.2016.05.005. Epub 2016 Jun 1. PMID: 28720359.
Brisbane WG, Holt SK, Winters BR, Gore JL, Walsh TJ, Wright JL, Schade GR. Nonmuscle Invasive Bladder Cancer Influences Physical Health Related Quality of Life and Urinary Incontinence. Urology. 2019 Mar;125:146-153. doi: 10.1016/j.urology.2018.11.038. Epub 2018 Dec 12. PMID: 30552938.

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