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1 Culpabilidade DIREITO PENAL www.grancursosonline.com.br Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online CULPABILIDADE A culpabilidade é o próprio crime ou não? Quando se olha fato típico, olha-se o fato, é tudo relacionado ao fato, critérios objetivos do fato. A ilicitude é a con- trariedade desse fato ao ordenamento jurídico, à lei penal. Ao olhar para a culpabilidade, não se observa o fato, mas o autor. Se o autor entende, se era exigível outra conduta do autor. O Direito Penal tem que ser do fato, e não do autor. Quando as características do autor são consideradas? Na culpabilidade. Para o conceito bipartido, crime é fato típico + ilícito. Para o conceito tripar- tido, crime é fato típico + ilícito + culpável. Para o conceito quadripartido, crime é fato típico + ilícito + culpável + punível. Qual a teoria majoritária? O crime é fato típico, ilícito e culpável (teoria tripar- tite). Para essa teoria, a punibilidade é pressuposto de aplicação da pena. Para a teoria bipartida, a culpabilidade é pressuposto da pena. Se a pessoa é menor de 18 anos, é inimputável. Se é inimputável, não pratica crime. Para ser crime, além do fato, é preciso inimputabilidade. O crime é culpa- bilidade mais o fato. Atenção! Não há crime → exemplo de excludente de ilicitude. Culpabilidade é o juízo de reprovação do agente por ter praticado fato típico e ilícito. Se a pessoa é inimputável pelo critério biopsicológico, a conduta não é reprovável, não é possível reprová-la, pois é doente mental. Os elementos do fato típico são: conduta dolosa ou culposa, resultado, nexo de causalidade e atipicidade (formal e material). O segundo substrato é a antiju- ricidade. Existem fatos típicos que podem ser justificados. As excludentes de ilicitude não são elementos da antijuricidade. Elas são causas que excluem a antijuricidade (legítima defesa, estado de necessidade, estrito cumprimento do dever legal e exercício regular de um direito). AN O TAÇ Õ ES 2 Culpabilidade DIREITO PENAL www.grancursosonline.com.br AN O TA Ç Õ ES Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online Na culpabilidade, é possível olhar de duas formas: elemento ou causas de exclusão. Os elementos da culpabilidade são: • Imputabilidade; • Potencial consciência da ilicitude; • Exigibilidade de conduta diversa. Causas de exclusão da culpabilidade: • Inimputabilidade; • Erro de proibição (art. 21); • Inexigibilidade de conduta diversa (obediência hierárquica e coação moral irresistível). Atenção! Coação física irresistível exclui fato típico. Teorias da culpabilidade: limitada e extremada. As teorias que evoluíram o crime também modificaram a culpabilidade. A primeira é a teoria psicológica, que era da teoria clássica (positivista-natu- ralista). Essa teoria, para a culpabilidade, adota a teoria psicológica, pois não existe elemento normativo. A imputabilidade é pressuposto de culpabilidade. O dolo e a culpa são espécies da culpabilidade. Na teoria psicológica da culpabilidade (teoria clássica), a imputabilidade era um pressuposto da culpabilidade. Além disso, na teoria clássica, o dolo e a culpa estavam na culpabilidade. Eram espécies de culpabilidade. O dolo e a culpa, na primeira teoria psicológica, estão dentro da culpabili- dade, como modalidades, como espécies. Ou será uma culpabilidade dolo ou uma culpabilidade culpa. Na teoria psicológica, o dolo é voltado somente para a conduta. Não é voltado para a norma, ou seja, não há elemento normativo. Não importa se a prática é crime ou se é proibida. Esse dolo é formado por vontade e consciência sobre a conduta. 3 Culpabilidade DIREITO PENAL www.grancursosonline.com.br AN O TAÇ Õ ES Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online A teoria normativa ou psicólogico-normativa é da teoria neoclássica/norma- tiva do direito. A teoria clássica é causal, só verifica o mundo dos fatos. A teoria neocantista é causal valorativa, verifica o valor. Na teoria normativa ou psicólogico-normativa, a culpabilidade ficou da seguinte forma: • Imputabilidade; • Dolo e culpa; • Exigibilidade de conduta diversa. Esse dolo era formado de vontade, consciência e atual consciência da ili- citude. De acordo com essa teoria, o dolo é formado de elementos naturais e consciência da ilicitude. Na teoria neoclássica, o dolo era formado da consciência sobre o fato e uma consciência sobre a norma. Se houvesse erro de consciência sobre o fato, era considerado erro de tipo. O erro de proibição e erro de tipo estavam juntos. �Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pelo professor Wallace França.