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SEMIOLOGIA DA HIPERTENSÃO ARTERIAL

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Suzana Feltrin - MED LVIII 
semiologia 
hipertensão arterial
 
ASPECTOS INICIAIS 
• Hipertensão arterial foi o maior fator de risco 
responsável por mortes em 2004, mantendo-se 
em 2019. 
• A hipertensão arterial sistólica ou diastólica 
aumenta o risco de morte por AVC, infarto, 
insuficiência renal; aumentando-se também o 
risco de problemas cardiovasculares. 
• Alvos da HAS: 
o Coração: insuficiência cardíaca e 
doença coronariana; fibrilação atrial e 
arritmias ventriculares; morte súbita. 
o Cérebro: AVC isquêmicos e 
hemorrágicos e declínio cognitivo na 
terceira idade (demência senil). 
o Rins: insuficiência renal, nefrosclerose 
hipertensa maligna (isquemia renal por 
vasoconstrição) e benigna. 
o Vasos: aneurismas e obstruções 
ateroscleróticas periféricas. 
• É a doença mais comum brasileira. 
• Exame físico, eletrocardiograma e 
ecocardiograma mostram possível hipertrofia 
ventricular. 
• Hipertensão episódica: relacionada ao estado 
emocional. Indicação para fazer o MAPA ou 
MRPA. 
 
CONCEITO 
• Pressão sistólica e diastólica > ou igual a 140 x 
90 mmHg. 
• Pelo menos duas medidas em pelo menos duas 
ocasiões (na mesma consulta). 
• Este valor é no qual o risco do tratamento 
(remédios de pressão) é inferior ao da inação, 
ou seja, o limiar terapêutico. Em outras 
palavras, dar remédios diminui o risco. 
 
EVOLUÇÃO DA CLASSIFICAÇÃO DA HAS 
• Com o tempo, o limiar terapêutico da HAS foi-se 
aumentando. 
• 130 x 80-89 mmHg pode ser o limiar terapêutico 
para pacientes com risco cardiovascular prévio. 
• A diretriz de 2020 é a atual utilizada, em 140 x 
90 mmHg. 
 
 
HISTÓRIA NATURAL DA HIPERTENSÃO 
• Os hipertensos passam por uma fase não 
complicada e assintomática por 15 anos. 
• A partir dos 52 anos, a HAS pode manifestar-se 
malignamente, levando os pacientes a morte 
por aterosclerose e arteriosclerose. 
 
Sintomas clássicos 
• Cefaleia 
• Zumbidos 
• Tontura 
• Desmaios 
• Epistaxe 
o Normalmente, o paciente não 
apresenta os sintomas, assintomática. 
o Toda consulta médica deve ser 
acompanhada de aferição da pressão 
arterial. 
 
Por ser uma doença majoritariamente 
silenciosa, mais da metade não sabe que possui 
hipertensão arterial, e menos ainda trata e controlam a 
hipertensão (25-30%). 
 
Objetivos da avaliação clínica 
• Diagnóstico 
• Diagnóstico diferencial 
• Lesão do órgão alvo 
• Fatores de risco associados 
• Condições associadas 
• Estratificação de risco 
 
DIAGNÓSTICO 
• Aferição da pressão arterial 
o Korotkoff (1874-1920) - Método 
auscultatório da pressão arterial. 
• Pressão arterial sistólica: Primeiro som de 
Korotkoff. 
• Pressão arterial diastólica: Quinto som de 
Korotkoff. 
 
PADRONIZAÇÃO DA TÉCNICA - diretriz 2021 
• Cadeira por 5 min, costas e pés apoiados 
• Braço desnudo, supino, ao nível coração 
• Não consumir cafeína (↑), cigarro (↑), exercício 
(30 min), refeições (), álcool (↑) e (↓). 
 Suzana Feltrin - MED LVIII 
• Intestino e bexiga vazia (com bexiga cheia 
pode haver ativação do SN Simpático, com 
aumento da pressão arterial) 
• Manguito adequado 
• Aparelho calibrado 
• Insuflação rápida a 30 mmHg acima PAS 
• Deflação lenta em 2mm/segundo 
• Sons de Korotkoff: Primeiro e quinto sons 
• Não arredondar 
• Anotar imediatamente 
• Pelo menos duas medidas 
• Pelo menos duas consultas ou três consultas 
o Efeito do avental branco 
• Medir em ambos os MMSS, utilizando a maior 
medida (aneurisma de aorta, aterosclerose) 
• Utilizar a membrana ou campânula (sons de 
Korotkoff mais audíveis na campânula) 
• Palpar pulso radial (evita hiato auscultatório) 
• Erro de paralaxe: olhar o visor de um ângulo 
errôneo, subestimando ou superestimando a 
pressão 
• Informar a pressão ao paciente e o significado 
 
Anotar o quarto som apenas em duas situações 
específicas: se a diferença for de mais de 40 mmHg entre 
sistólica e diastólica e se continuar batendo até o 0. 
 
 
 
• Medida invasiva da pressão arterial: utilização 
de cateter na artéria radial. 
 
Hipertensão do avental branco: hipertensão no momento 
da consulta ao consultório e normal na MAPA 
residencial. 
 
Hipertensão sustentada: hipertensão no momento da 
consulta e no MAPA residencial. 
 
Hipertensão mascarada: hipertensão normal no momento 
da consulta e MAPA residencial. Prestar atenção a 
manifestações em órgãos alvo. 
 
MEDIDA RESIDENCIAL DA PRESSÃO ARTERIAL 
• A MRPA é o registro da PA por método indireto, 
com 3 medidas pela manhã e 3 a noite, por 5 
dias, realizando pelo paciente ou pessoa 
treinada. 
• A MRPA permite a obtenção de grande numero 
de medidas de PA de modo simples, eficaz e 
pouco dispendioso. 
• Não deve ser confundida com auto-medida da 
PA, que é o registro não-sistematizado de 
acordo com a orientação do médico. 
• São consideradas anormais as médias de PA 
acima de 135/85 mmHg. 
 
 
• Emergência hipertensiva está relacionada a 
manifestação de complicações da pressão 
arterial, e não exatamente a uma medida 
específica. 
 
CONCLUSÃO 
• Avaliar a PA em toda consulta médica 
o Significado prognóstico 
o Fator de risco modificável 
o Sub-diagnóstico (oportunidade 
perdida) 
• Técnica correta 
• Equipamento calibrado 
• Avaliação extra consultório 
 
HIATO AUSCULTATÓRIO 
• É o momento em que o som desaparece entre o 
primeiro e o terceiro som de Korotkoff, fazendo 
com que subestimemos a pressão ou 
superestimemos a pressão diastólica. 
• Acontece por causa de artérias que perderam a 
elasticidade. 
• Como evitar: medir a pressão sistólica com o 
pulso antes de medir com o estetoscópio. 
 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
• Hipertensão arterial x febre 
 Suzana Feltrin - MED LVIII 
 
História natural da HÁ 
 
CAUSAS DA HA 
• Primária 
• Renal 
• Renovascular 
• Medicamentosa 
• Endócrina 
o Cushing 
o Feocronocitoma 
o Hipertireoidismo 
o Acromegalia 
o Hiperparatireoidismo primário 
• Apneia do sono 
• Coarctação da aorta 
 
LESÃO DE ÓRGÃO ALVO 
 
• Identificação de órgão alvo adequada, com 
anamnese e exame físico bem feitos. 
• Mapeamento global do paciente para cuidar de 
fatores de risco. 
 
 
 
anamnese 
 
IDENTIFICAÇÃO 
• Sexo 
• Idade 
• Cor da pele: mais frequente em 
afrodescendentes 
• Profissão: exposição ao estresse e alimentação 
• Renda 
• Escolaridade: maior escolaridade, menor 
hipertensão arterial 
 
QUEIXA E DURAÇÃO 
Tempo desde o início da hipertensão arterial. 
 
HMA 
• Como descobriu ser hipertenso? 
• Elevação da PA foi súbita ou gradual? 
• Quais os níveis de PA? 
• Teve adesão e reações adversas a tratamentos? 
 
ISDA 
• Geral: 
o Emagrecimento ou ganho de peso 
acelerados (hiper ou hipotireoidismo) 
o Astenia, fraqueza muscular 
• Nódulos no pescoço (doenças da tireoide) 
• Dor torácica: angina; dor noturna 
• Dispneia aos esforços; dispneia de repouso; 
ortopneia; DPN (dispneia paroxística noturna) 
• Edema: MMII, na face (edema renal); 
vespertino ou matutino 
• Broncoespasmo: os betabloqueadores não 
devem ser usados em asmáticos 
• Déficits neurológicos, do sono e ronco (apneia 
do sono) 
• Depressão, ansiedade, pânico 
• Claudicação intermitente: aterosclerose 
• PPP: tríade do diabetes (poliúria, polidipsia e 
polifagia) 
• Tríade do Feo: PSC (palpitação, sudorese e 
cefaleia) 
o Tumor da suprarrenal que produz 
catecolaminas - crises, pressão lábil 
• Função sexual (betabloqueadores podem 
causar disfunção erétil) 
 
ANTECEDENTES PESSOAIS 
• Tabagismo: lesão de vasosSuzana Feltrin - MED LVIII 
• Alcoolismo: aumento da pressão e posterior 
diminuição da pressão 
• Dieta rica em sal, gordura, cafeína 
o Aumentar frutas e verduras 
• Atividade física 
• Diabetes mellitus (dislipidemia) 
• Nefrite 
• Calculose renal 
• Gota 
• Anti-hipertensivos já utilizados: adesão e 
efeitos colaterais 
• Drogas antihipertensoras 
o Corticoides 
o Vasoconstritores nasais 
o Antiinflamatórios 
o Anovulatórios/TRH/Hormônio do 
crescimento 
o Anorexígenos 
• Drogas ilícitas (cocaína e oclusão de artérias 
coronárias) 
• Situação familiar e condições de trabalho 
 
ANTECEDENTES FAMILIARES 
• Hipertensão arterial 
o Com que idade começou? 
• Diabetes mellitus, dislipidemia 
• Doenças cardiovasculares e renais (precoce?) 
o Infarto agudo do miocárdio (IAM) 
o Insuficiência cardíaca congestiva (ICC) 
o Acidente vascular encefálico (AVE) 
o Aterosclerose obliterante periférica 
(AOP) 
o Insuficiência renal crônica (IRC) 
• Morte súbita 
• Idade do evento 
 
EXAME FÍSICO GERAL 
• Peso 
• Altura 
• IMC 
• Circunferência da cintura 
• Fácies (causa renal ou endócrina)

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