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Relatório Educação Inclusiva (3)

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18
CURSO DE PSICOLOGIA
RELATÓRIO TÉCNICO-CIENTÍFICO
EDUCAÇÃO INCLUSIVA
ESTÁGIO BÁSICO III
ANA CAROLINA DE OLIVEIRA HENRIQUES, 2010443
ANNY SPANGEMBERG BENTO, 2010098
CLARA GRUBER TELLES, 2010398
JÚLIA WIDER VIEIRA, 2010116
MARIA ALICE FERNANDES DA COSTA, 2010129
PATRICIA REIS FIRMEZA DE SOUZA LIMA, 2010413
THAÍS COUTO SILVA, 2010445
PETRÓPOLIS
2021.1
ÍNDICE
1	INTRODUÇÃO	3
2	DESCRIÇÃO DA ORGANIZAÇÃO/INSTITUIÇÃO	5
3	OBJETIVOS	6
3.1 OBJETIVO GERAL	6
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS	6
4	REFERENCIAL TEÓRICO	7
5	METODOLOGIA	8
6	DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS REFERÊNCIAS UTILIZADAS	9
6.1 DESCRIÇÃO DO REFERENCIAL TEÓRICO	9
6.2 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES	9
7	ANÁLISE DOS RESULTADOS	10
8	CONSIDERAÇÕES FINAIS	17
9	REFERÊNCIAS	18
RESUMO
A inclusão escolar é a capacidade de entender e reconhecer o outro e assim aceitar e conviver com pessoas com deficiência, compartilhando experiências que possibilitem seu desenvolvimento social e educacional. O trabalho em questão dispõe de três problemas centrais ao se pensar a inclusão: a tarefa da educação e da escola em defesa dos direitos humanos; a tarefa da educação e da escola na consolidação e defesa da inclusão; e a importância do debate sobre o lugar da psicologia na consecução da educação inclusiva.
Palavras-chave: Inclusão; Educação; Psicologia; Direitos Humanos.
INTRODUÇÃO
	O tema a ser abordado é a educação inclusiva e foi escolhido por ser uma questão já vista anteriormente e o grupo achou interessante aprofundar o tópico, devido a sua complexidade e importância. Além de ser um assunto atual e que podemos relacionar às disciplinas do período.
	A inclusão escolar é a capacidade de entender e reconhecer o outro e assim aceitar e conviver com pessoas com deficiência, compartilhando experiências que possibilitem seu desenvolvimento social e educacional. Neste sentido, a finalidade da educação inclusiva é acolher a todos sem exceção, especialmente os estudantes que têm algum tipo de deficiência ou até mesmo aqueles que são discriminados do convívio social. Entendemos que a inclusão social é uma proposta importante de participação e controle social, visto que trabalha para garantir direitos a todos os cidadãos e também na promoção da democracia como regime político igualitário e de acesso a todos.
	Há três problemas centrais ao se pensar a inclusão: a tarefa da educação e da escola em defesa dos direitos humanos; a tarefa da educação e da escola na consolidação e defesa da inclusão; e a importância do debate sobre o lugar da psicologia na consecução da educação inclusiva. Cabe refletir sobre o contexto ideológico, econômico e político sobre a realidade concreta de cada aluno.
	Podemos perceber, de acordo com Michel (2006), a inclusão a partir de duas tendências. A perspectiva propositiva, que traz como pauta a ausência das análises sociais e a instauração dos modelos, já definidos, de compreensão dos alunos, e a analítica permeada que trata os alunos como constituintes e constituidores de suas relações sociais. Atualmente, as escolas se assemelham mais a primeira tendência, o que pode ser uma das causas da exclusão presente em muitas delas.
	É valido ressaltar desde então a importância da atuação dos psicólogos nas escolas, atuando de forma a buscar novas formas de avaliação, deverá estar preocupado com a prevenção e a promoção da saúde e do bem-estar subjetivo, deverá também se preocupar com a interação se apropriando de referenciais teóricos que levem em consideração os processos de interação, conscientes e inconscientes, constitutivos dos sujeitos em processo de ensino, de desenvolvimento e de aprendizagem.
	Há uma necessidade de que os professores também sejam incluídos no processo para que, deste modo, fiquem mais capacitados profissionalmente e se identifiquem com a proposta da inclusão. Além disso, nota-se que ainda há uma dificuldade dos professores em conciliar os conteúdos programáticos da grade escolar com vias e mecanismos diferentes para a educação e ensino dos outros alunos.
	Reconhecemos que educação inclusiva faz parte de um todo e para ter seu valor e reconhecimento é importante que os alunos especiais cresçam seu desempenho junto com a escola, nem sempre a pessoa com deficiência teve reconhecimento nesse processo de inclusão, foi um processo de luta e que se dá até hoje, por muito tempo o ensino excluía e gerava preconceitos.
Conclui-se, portanto, que segundo o artigo publicado em agosto de 2012: “Vygotsky: sua teoria e a influência na educação” de Luana Coelho e Silene Pisoni, para Lev Vygotsky, a educação precisa ser inclusiva, visto que o aluno se desenvolve, aprende e atinge seu potencial somente se relacionando com o meio a sua volta, tendo como principal incentivador e mediador deste processo, o professor.
DESCRIÇÃO DA ORGANIZAÇÃO/INSTITUIÇÃO
	O relatório está sendo realizado, de forma remota devido ao contexto pandêmico, vivido desde março de 2020, no Centro Universitário Arthur de Sá Earp Neto, no curso de Psicologia que, de acordo com o site da instituição, “tem como objetivo formar Psicólogos para a atuação profissional, para a pesquisa e para o ensino de Psicologia. Assim, o perfil do profissional egresso do Curso é o de um Psicólogo firmemente comprometido com valores humanistas, com uma compreensão crítica e reflexiva acerca do homem e da sociedade, capaz de diagnosticar problemas de natureza tanto psicológica quanto psicossociológica e apto a planejar, desenvolver e avaliar intervenções que visem a prevenção e promoção da saúde integral de indivíduos, grupos e coletividades, em qualquer âmbito da vida social”. O relatório em questão, está sendo desenvolvido na unidade curricular Estágio Básico III, “que tem como objetivo desenvolver, de forma aplicada, atitudes, competências e habilidades gerais e específicas em Psicologia do Desenvolvimento e Psicologia Social”. Sendo mediado pela plataforma EAD da organização, Moodle.
Segundo o site da FMP/UNIFASE:
Em 1965, o Reitor Arthur de Sá Earp Neto, acompanhado por um grupo de médicos idealistas, instituiu a Fundação Octacílio Gualberto – FOG, com a finalidade de criar e manter a Faculdade de Medicina de Petrópolis - FMP, que iniciou suas atividades em 31 de outubro de 1967. Esta, em seus anos de atividade contínua, tem diplomado médicos que se destacam, por sua sólida formação, onde quer que exerçam suas atividades profissionais. 
Em 1998, dando continuidade ao projeto de seu fundador, a Fundação criou a Faculdade Arthur Sá Earp Neto - Fase, prestando assim justa homenagem aquele que foi o criador dos cursos superiores em Petrópolis. Desde então, FMP e Fase formam uma única instituição. 
Hoje, além da graduação em Medicina, a FMP/Fase oferece os seguintes cursos: Administração – com linhas de formação específicas em Gestão de Sistemas de Informação, Gestão do Marketing e Gestão da Saúde, Enfermagem – nas modalidades Bacharelado e Licenciatura, Nutrição, Odontologia, Psicologia e Cursos Superiores de Tecnologia em Gestão Ambiental, Gestão de Recursos Humanos, Gestão Pública, Radiologia e Secretariado. 
Todos os cursos contam com corpo docente altamente qualificado e com adequada infraestrutura, tanto para o ensino das ciências básicas quanto das profissionalizantes. Seus projetos pedagógicos propiciam a interação entre os diversos cursos objetivando a formação de profissionais com visão global, capacidade de trabalho em equipe multiprofissional, conscientes das necessidades sociais e aptos para o mercado de trabalho.
OBJETIVOS
OBJETIVO GERAL
	Analisar e discutir artigos que trabalhem o tema da Inclusão Escolar.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
· Investigar a tarefa da educação e da escola em defesa dos direitos humanos;
· Dissertar a tarefa da educação e da escola na consolidação e defesa da inclusão;
· Debater a importância do lugar da psicologia na consecução da educação inclusiva.
REFERENCIAL TEÓRICO
	Tomando como base o artigo “Inclusão: Uma Mudança No Olhar Da Comunidade Escolar Para A Construção De Uma Escola MelhorInclusiva” de Fernanda Papa, Silvia A. G. Viégas, Anderson V. Zamor e E. E. Manuel Borba Gato, temos como proposta a seguinte definição, que será trabalhada junto a outras bases teóricas no decorrer deste relatório, do que é a inclusão: “A inclusão como processo social amplo, vem acontecendo em todo o mundo, desde a década de 50. É a modificação da sociedade como pré-requisito para que uma pessoa com necessidades especiais possa buscar seu desenvolvimento e exercer a cidadania (SASSAKI, 1997). Segundo o autor, a inclusão é um processo amplo, com transformações, pequenas e grandes, nos ambientes físicos e na mentalidade de todas as pessoas, inclusive da própria pessoa com necessidades especiais.”.
	O trabalho está sendo constituído também a partir dos artigos: “A Psicologia Escolar e a Educação Inclusiva: Uma Leitura Crítica” de Maria Virgínia Machado Dazzani; “O processo de inclusão do aluno deficiente no ensino regular publica na última década no Brasil” de Maria de Fatima Matos Ferreira e Terezinha Vicenti; “Psicologia e Inclusão Escolar: Reflexões Sobre o Processo de Subjetivação de Professores” de Claudia Gomes e Vera Lucia Trevisan Souza; e “Vygotsky: sua teoria e a influência na educação” de Luana Coelho e Silene Pisoni.
METODOLOGIA
	A metodologia utilizada foi a revisão da literatura, que é o processo de busca, análise e descrição de um corpo do conhecimento em busca de resposta a uma pergunta específica. Através de artigos científicos que abordam a inclusão na educação.
É importante para definir bem o problema, para obter uma ideia precisa sobre o estado atual dos conhecimentos sobre um dado tema e a contribuição da investigação para o desenvolvimento do conhecimento.
DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS REFERÊNCIAS UTILIZADAS
 DESCRIÇÃO DO REFERENCIAL TEÓRICO
	Ao investigar a tarefa da educação e da escola em defesa dos direitos humanos, utilizou-se o artigo Educação em Direitos Humanos: um desafio da sociedade e da escola de Julia Culau, Daiane Lira e Denise Aparecida Martins Sponchiado. Que explica como o conhecimento acerca direitos humanos é importante e como eles devem ser ensinados desde a escola. Apresentá-los às crianças faz com que elas saibam que são seres com direitos e ajuda no processo de criarem opinião, para que se tornem membros importantes em futuras lutas pela cidadania, diversidade e respeito.	
	No tópico: Tarefa da educação e da escola na consolidação e defesa da inclusão, o artigo utilizado foi “O processo de inclusão do aluno deficiente no ensino regular público na última década no Brasil”, que nos ajudou a compreender a construção histórica da inclusão escolar no Brasil, além de apresentar algumas perspectivas sobre como ela deve continuar sendo trabalhada nos próximos anos.	
	O artigo utilizado para debater a importância do lugar da psicologia na consecução da educação inclusiva foi "A psicologia escolar e a educação inclusiva: Uma leitura crítica" tendo em vista que aborda pontos como psicologia e invenção do fracasso e da exclusão, psicologia escolar e democratização da escola e a psicologia, o psicólogo e a educação inclusiva. Dentro desta temática, utilizamos o artigo “O PAPEL DO PSICÓLOGO ESCOLAR NO PROCESSO DE INCLUSÃO EDUCACIONAL DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIAS” para nos aprofundarmos mais sobre o papel do psicólogo na inclusão da educação.
 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES
	A proposta da atividade que foi realizada com a turma foi em forma de seminário, com objetivo de dar um contexto geral sobre a inclusão no contexto educacional. Abordamos assuntos como: a tarefa da educação e da escola em defesa dos direitos humanos; a tarefa da educação e da escola na consolidação e defesa da inclusão; e a importância do debate sobre o lugar da psicologia na consecução da educação inclusiva.
ANÁLISE DOS RESULTADOS 
	Ao pensar a tarefa da educação e da escola em Defesa dos Direitos Humanos, deve-se falar sobre educação em Direitos Humanos. Dessa forma, entende-se educar em Direitos Humanos como educar a partir da prática, de modo que haja construção comunitária da cidadania e participação ativa no coletivo. Assim formando indivíduos e grupos sociais éticos, críticos e políticos, que se identifiquem como seres que possuem direitos e que entendam e respeitem os direitos do outro. Ela vai promover um desenvolvimento em que cada sujeito seja capaz de compreender o outro em sua condição humana, de forma que possa ajudar a construção da cidadania, dos conhecimentos acerca dos direitos fundamentais, do respeito à pluralidade e à diversidade sexual, étnica, racial, cultural, de gênero e de crença religiosa. A Educação em Direitos Humanos é de suma importância para o combate às violações de Direitos Humanos, uma vez que a educação se dá a partir da valorização da dignidade e dos princípios democráticos. Segundo as Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos, “[…] é um paradigma que foi construído com base na diversidade e na inclusão de todos os estudantes. É considerada também um meio de efetivação do diálogo entre estas diversidades no ambiente educacional, o qual pode ocorrer por meio da produção de conhecimentos voltados à defesa e promoção dos Direitos Humanos” (BRASIL, 2012, p. 8). 
	Os Direitos Humanos são universais e inclusivos, uma vez que são necessários, tanto individual quanto coletivamente, no marco da situação histórica, temporal e cultural que permeia a convivência dos indivíduos. Desse modo, a forma em que os Direitos Humanos são postos em prática depende da situação social, política e cultural dos seres humanos que os exercem, defendem e reivindicam. Então, percebe-se que trabalhar Direitos Humanos nas escolas é essencial, uma vez que sua função social não é apenas preparar seus alunos para a cidadania e para o trabalho, mas formá-los para que haja a convivência em uma cultura de diversidade e de direitos. Conviver com a diversidade desafia o indivíduo a questionar continuamente seus valores, repensar posicionamentos e a integrar novas crenças.
	Podemos observar que a Educação em Direitos Humanos ocorre diariamente e em variadas situações, porém, é extremamente importante que haja um compromisso da escola com os direitos humanos. As escolas apresentam formação através da Educação em Direitos Humanos, quando há uma prática pedagógica articulada em valores. Segundo Nascimento, essa prática é indispensável pois faz com que as pessoas explorem sua própria dignidade, capacidade de reconhecer o outro, de vivenciar a solidariedade, cria canais de participação e organização e encontram a igualdade na diferença; o que faz com que o exercício efetivo da cidadania e da tomada de decisões coletivas ocorra de maneira correta. Sendo assim, podemos concluir que a prática pedagógica promove o empoderamento individual e coletivo, ampliando assim, os espaços de poder e a participação de todos. 
	A educação é o caminho mais importante para se desenvolver consciência nas pessoas, de forma que elas passem a promover e respeitar os Direitos Humanos; isso ocorre pois, o processo educativo faz com que as pessoas adquiram um maior conhecimento sobre os Direitos Humanos e passem a agir de acordo com eles. É notável que a escola tem um importante papel em relação aos processos educativos dos Direitos Humanos, levando em consideração alguns princípios fundamentais, como: educar para o respeito, efetivação, divulgação e defesa dos direitos humanos; além de promover a diversidade de seus alunos em todas as suas formas, promover a troca de vivências entre os alunos e desenvolve a identidade dos alunos, para que todos se considerem sujeitos de direito. Proporcionando, a partir daí, que seus alunos aprendam de acordo com a inclusão de todos no convívio e respeito com todas as pessoas. 
É importante que todos os relacionados ao processo de educação, sejam professores, gestores e estudantes, tenham consciência de que não são apenas transmissores de conteúdo, mas sim alguém que tem em mente o fato de que os Direitos Humanos são fundamentais para todos e devem serrespeitados. É importante também que os professores analisem a realidade de seus alunos, tendo como compromisso as transformações sociais, o que formará pessoas ativas nas lutas pelo respeito aos direitos de todos, tendo sempre em mente o fato de que todos possuem os mesmos direitos, independentemente de cor, raça ou religião.
	A exclusão em nossa sociedade não é um fenômeno isolado, e sim uma ligação entre a organização institucional e de produção de poder, por esse motivo não é exclusiva ao ambiente escolar, estando presente em todo lugar. Entretanto essa exclusão no âmbito escolar se dá devido a ideia de que a mesma oferece condições para todos os alunos, sem exceção, e o êxito e o fracasso seria consequência da competência intelectual de cada indivíduo. 
	Por mais que seja um problema que sempre existiu, apenas a partir da Idade Contemporânea começaram a existir políticas implementares. Ao decorrer dos anos diversos países começaram a mostrar interesse na educação de pessoas com deficiência, entretanto, não foi o caso do Brasil, que só começou em 1854 e 1857 com a criação do Imperial Instituto dos Meninos Cegos atualmente: Instituto Beijamin Constant e o Imperial Instituto de Surdos-mudos.
	Em 1954 foi criada a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) que consistia em um trabalho de educação e reabilitação, com profissionais ligados à educação e também à área da saúde. No final da década 1970 e início da década de 80, a integração começou a ser feita em escolas regulares, e as crianças com deficiência compareciam apenas por metade turno.
	Na década de 1980, inúmeros movimentos sociais começaram a surgir no Brasil demandando direitos a pessoas com deficiência, muitas dessas conquistas foram importantes para reforçar a inclusão.
	Em 1988, a criação da Constituição Federal (BRASIL, 1988) representa um novo marco na Educação Especial no Brasil. O artigo 205, estabelece a Educação como um direito de todos, sendo dever do Estado promover condições educacionais igualitárias, sem nenhum tipo de discriminação. 
	Alguns anos depois, em junho de 1994, foi realizada a Conferência Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais: Acesso E Qualidade em Salamanca na Espanha (SALAMANCA, 1994), que contou com a presença de 88 governos e 25 organizações, para discutir a importância da democratização da Educação. Nesse evento, foi estabelecida uma declaração que garantia o acesso à escolares regulares para todas as crianças, independentemente de suas características físicas, sociais ou emocionais. Assim, esse foi um grande passo para a Educação Inclusiva em todo o mundo.
	Dois anos mais tarde, em 1996, foi criada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB 9394/96 (BRASIL, 1996), que define a Educação gratuita e de qualidade como um direito de todos. De acordo com o seu artigo 58, a Educação deve ser “oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação”. Assim, essa lei garante o pleno atendimento das necessidades individuais desses grupos para que sejam amplamente incluídos em um contexto escolar. 
	No ano de 2007, é criada a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (BRASIL, 2007) que integra marcos históricos normativos da Educação Especial a fim de mostrar como ela foi construída, estabelecendo algumas novas diretrizes e definindo o público-alvo a que se destina. Nesse documento, também foram reconhecidos indivíduos com altas habilidades como alunos de inclusão. 
	Por fim, em 2015 é instituída a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com deficiência – LBI 13146/2015, que estabelece alguns dos direitos educacionais da pessoa com deficiência. Desse modo, ela garante o acesso a um intérprete e tradutor de LIBRAS para o aluno com deficiência auditiva, o direito a adaptações em Braile, ampliação de fontes e a comunicação tátil como direitos do educando com deficiência visual e a oferta de profissionais de apoio escolar para qualquer estudante com necessidades especiais.
	Assim, podemos entender como ocorreu a construção da inclusão escolar no Brasil e sua importância para o cenário nacional de educação. Sendo assim, é preciso continuar lutando para assegurar que os direitos conquistados sejam cumpridos, garantindo a plena inclusão e o desenvolvimento da pessoa com deficiência.
	A participação da Psicologia dentro das escolas nem sempre foi positiva. Algumas literaturas revelam que a Psicologia, no Brasil, colaborou de certa forma com o desenvolvimento de uma escola exclusiva. Algumas teorias de desenvolvimento e aprendizagem junto as concepções de normalidade e infância são interpretadas muitas vezes erroneamente, de maneira que criam expectativas de que os alunos se adaptem aos critérios e modelos da escola, ou daquilo que é visto como normal. 
	Deste modo, é importante que estejamos sempre preocupados em garantir uma crítica ao modelo tradicional de Psicologia escolar, baseado na concepção de clínica; fazer uma reflexão sobre os desafios da educação no Brasil atual; investigar o processo de produção institucional da queixa escolar e da produção social do fracasso escolar; propor um novo perfil do psicólogo que se adeque a realidade educacional, social e cultural brasileira, estabelecendo um novo campo de atuação que implique noções de saúde, qualidade de vida e cidadania; necessidade de uma reflexão crítica sobre a formação teórico-epistemológica do psicólogo escolar e educacional e sua articulação com a pesquisa e a prática; além da crescente busca de novas formas do processo de avaliação e das estratégias de intervenção psicológica. 
	Quando a educação não se realiza, quando a escola não consegue cumprir sua tarefa, quando a aprendizagem não se dá, é aqui precisamente que o discurso e os saberes da Psicologia surgem com uma força especial. Os educadores, teóricos e políticos se veem obrigados a compreender os mecanismos internos da prática pedagógica para, daí, encontrar os caminhos de superação.
	As teorias psicológicas da educação, em quase todas as suas acepções, o conceito de aprendizagem, de fracasso, de adaptação, são conceitos psicologicamente construídos, ou melhor, são conceitos tributários das teorias psicológicas.
	É necessário o debate em torno da proposta de uma Psicologia educacional engajada com os desafios da educação no Brasil, na qual deve ser caracterizada por uma crítica ao modelo clínico e pela proposição de uma Psicologia escolar crítica.
	Podemos destacar três aspectos que podem caracterizar a contribuição da psicologia escolar para a democratização da educação: a formação do psicólogo, a psicologia na formação do professor e a pesquisa na psicologia. 
	Portanto, o primeiro aspecto que se refere a formação do psicólogo, pôde-se inferir que este aspecto influência de fato na democratização da educação, visto que, se o psicólogo conclui um curso de formação que o capacite de lidar com situações concretas do dia a dia, intervir na comunidade educacional, ou seja, um curso que cultive uma atitude intelectual crítica e não dogmática.
	O segundo aspecto se refere a psicologia na formação do professor, também é um aspecto que contribui para a democratização da educação. Visto que, de fato teorias psicológicas, podem contribuir para a formação de professores. Pois as teorias do desenvolvimento psicológico e as teorias da aprendizagem são referências para a compreensão do processo ensino aprendizagem.
	O último aspecto que vou ressaltar que também contribui para a democratização da educação se refere a pesquisa em psicologia, visto que, a pesquisa ela deve deixar de ter um caráter puramente acadêmico e dialogar mais com o cotidiano da escola (como disse Martinez 2001, no artigo que nos baseamos A psicologia escolar e a educação inclusiva: Uma leitura crítica). Portanto, o psicólogo deve atuar pesquisando o cotidiano, sem reduzir os alunos a condições de aluno, ter um olhar biopsicossocial.
	Ou seja, com todos esses aspectos a gentepode concluir que atualmente tem certa tendência de simplesmente transferir as teorias originárias da prática clínica para contextos educacionais, o que acarretou a psicologização dos processos pedagógicos e ao abandono da investigação dos processos socioculturais.
	O principal papel da psicologia e da educação é sempre em defesa dos direitos humanos, destacando que a escola é um ambiente plural e que conta com vários indivíduos. O trabalho do psicólogo no ambiente escolar é caracterizado sempre por um processo preventivo e terapêutico. As crianças se encontram em situações de vulnerabilidade social, porque na maioria das vezes acumulam experiências de fracasso em tarefas de desenvolvimento, desempenho escolar, ajustamento ao ambiente escolar e capacidade de formar amizades.
	Uma escuta psicológica poderá ser realizada com o intuito de desenvolver uma metodologia e traçar métodos de intervenções como também acolhimento das angústias, sofrimentos emocionais dos alunos, familiares e profissionais da instituição, possibilitando ao psicólogo uma melhor compreensão do cenário educativo. 
	A finalidade da educação inclusiva é acolher a todos sem exceção, especialmente os estudantes que têm algum tipo de deficiência ou até mesmo aqueles que são discriminados do convívio social. Essa prática só será possível, se houver mudança nas escolas, que viabilizem às pessoas com necessidades especiais condições para que todos tenham acesso e permanência na escola, de forma que sejam respeitadas e trabalhadas suas limitações.
	Após a exposição do seminário, a turma questionou alguns pontos sobre a inclusão no contexto escolar, como por exemplo o lugar do psicólogo. Sendo assim, destacamos a parte do seminário que abordamos o lugar da psicologia e do psicólogo na democratização da educação. Outra questão levantada pela turma foi sobre o trabalho que o psicólogo escolar pode desenvolver dentro das escolas para trabalhar a inclusão e também os desafios encontrados. 
	Diante disso, encontramos no artigo “Contribuições Da Atuação Do Psicólogo Escolar Na Educação Inclusiva: Concepções De Professores E Diretores” de Izabella Mendes Sant’Ana, as possíveis respostas para estas questões, como: “oferecer suporte aos professores de educação regular e especial por meio da coleta e da busca de dados relacionados às crianças e suas dificuldades; investigar as possíveis variáveis que interferem na manutenção dos problemas; analisar condições ambientais e interpessoais; propor e desenvolver estratégias e planos de intervenção, como também avaliar os resultados obtidos (McNamara, 1998).”. Além disso, vimos que “Acrescentam-se a essas funções o fornecimento de apoio aos programas de transição para alunos com deficiências, a assessoria a professores e administradores, colaborando com sugestões para a melhoria de currículos e programas de instrução tendo em vista a organização de conteúdos e de padrões de desempenho, bem como o favorecimento da relação escola-família pela comunicação mais próxima com a comunidade, pais e alunos (Ysseldyke e Geenen, 1996; Witter, 2002).”. E como desafio, o decorrer do texto nos traz a seguinte reflexão “Além dos aspectos já mencionados, Pires e Pires (1998) afirmam que o desafio inicial da proposta de inclusão é a realização de um trabalho que favoreça a conscientização de educadores, da equipe técnica, das famílias e da comunidade a respeito das novas demandas produzidas por essa política.”. 
	Conclui-se, portanto, que os desafios e questões propostas para a atuação do psicólogo escolar diante da educação inclusiva são inúmeros, visto que passa a ser um grande trabalho de desconstrução e análise daqueles indivíduos, porém, é um processo necessário devido a todas as questões que já propusemos acima. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
	Segundo o artigo "Vygotsky e a Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP): três implicações pedagógicas", de Carlos Nogueira Filho, Lev Vygotsky propõe em sua teoria que a aprendizagem ocorre através da chamada Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP), que é a distância entre o nível de desenvolvimento real, que ele caracteriza como aquelas conquistas já estabelecidas e consolidadas que a criança realiza sozinha, sem o auxílio de outra pessoa, e o nível de desenvolvimento proximal, ou seja, aquilo que a criança realiza hoje com o auxílio de alguém (que o autor chama de “mediador”), mas amanhã poderá realizar sozinha. Segundo o psicólogo, a aprendizagem e o desenvolvimento são dois processos indissociáveis, além disso, ainda diz que são as aprendizagens que ocorrem na ZDP que fazem com que a criança se desenvolva ainda mais. Ou seja, será no processo de inclusão da criança que ela irá se desenvolver e aprender, portanto, segregar a mesma do meio não fará com que ela atinja seu potencial.
	De acordo com Wallon, a emoção, os sentimentos e a paixão são extremamente importantes para a evolução afetiva. Ele aponta também o acolhimento como principal fator no processo da aprendizagem. Vale ressaltar que esse acolhimento pode partir de familiares, grupos de amigos ou professores. Outro fator importante no processo de aprendizagem é a imitação. Através dela a criança vivencia novas situações e aprende. Os modelos para suas atitudes podem ser adultos, antigos colegas, amigos ou professores. É importante destacar que o processo de aprendizagem por imitação ocorre com os adultos e com as crianças.
	Portanto, podemos concluir com este trabalho que a inclusão no contexto escolar é um assunto que deve ser debatido, devido a sua importância. Visto que, sem ela, muitos deixam de ter acesso ao aprendizado.
REFERÊNCIAS
DAZZANI, Maria Virgínia Machado. A Psicologia Escolar e a Educação Inclusiva: Uma Leitura Crítica. Psicologia: Ciência e Profissão, Bahia, v.30, n.2. 2010. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932010000200011 Acesso em: 28 abr. 2021
FERREIRA, Maria de Fatima Matos, VICENTI, Terezinha. O processo de inclusão do aluno deficiente no ensino regular publica na última década no Brasil. Disponível em: http://www.uniedu.sed.sc.gov.br/wp-content/uploads/2017/02/Maria-de-Fatima-Matos-Ferreira.pdf. Acesso em: 28 abr. 21
GOMES, Claudia, SOUZA, Vera Lucia Trevisan. Psicologia e Inclusão Escolar: Reflexões Sobre o Processo de Subjetivação de Professores. Psicologia: Ciência e Profissão, São Paulo, v.23, n.3. 2012. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932012000300006&lng=en&nrm=iso Acesso em: 28 abr. 21
PAPA, Fernanda; VIÉGAS, Silvia; ZAMOR, Anderson; GATO, Manuel Borba. Inclusão: Uma Mudança No Olhar Da Comunidade Escolar Para A Construção De Uma Escola Melhor Inclusiva. Boas Prática na perspectiva da Educação Especial Inclusiva. CAPE (Núcleo de Apoio Pedagógico Especializado). São Paulo, v. 1. 2015. Disponível em: 
http://cape.edunet.sp.gov.br/cape_arquivos/BoasPraticas/INCLMUDANCAOLHARCOMUNESCOLARCONSTRESCOLAMELHORINCLUSIVA.pdf. Acesso em: 19 de maio de 2021.
BESSA, Liz. O que é inclusão social?. POLITIZE!, 18 de set. de 2019. Disponível em: https://www.politize.com.br/inclusao-social/. Acesso em: 19 de maio de 2021. 
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