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CAUSAS, PROCESSOS E DEGRADAÇÃO DE PASTAGEM

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Conhecimento das causas, processos e indicadores de qualidade e degradação das pastagens
Prof. Dr. Fábio Régis de Souza
Líder do GEPASIPA- Grupo de Estudos em Pastagens e Sistemas Integrados de Produção Agropecuária.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO-MEC
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA-UNIR
CAMPUS DE ROLIM DE MOURA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM AGROECOSSITEMAS AMAZÔNICOS 
MESTRADO EM AGROECOSSISTEMAS AMAZÔNICOS 
Sumário da Aula 
Introdução;
Conceitos e Definições;
Causas, Processos e indicadores de Degradação;
Indicadores de qualidade de pastagem;
Considerações Finais;
Resultados de Pesquisa
Alta
Média-Alta
Média
Baixa-Média
Baixa
Muito Baixa-Baixa
Muito baixa
Fertilidade do solo
Mapa de fertilidade dos solos do Brasil
FONTE: Embrapa (1980) 
Solos com Fertilidade
Baixa ou Muito Baixa
Acidez Excessiva
Deficiência de P
Avanço da Agricultura
Cerrado
Área cultivada – grãos
58 milhões ha
210 milhões ton grãos
 
Sistema Plantio Direto
60% da área de grãos
Maior sustentabilidade
da agricultura em regiões
tropicais e subtropicais 
4
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
22
24
26
Milhões de hectares
Fonte: EMATER-RS, EPAGRI-SC, EMATER-PR, CATI-SP, FUNDAÇÃO MS, APDC (Cerrado)
BRASIL - EVOLUÇÃO DA ÁREA CULTIVADA EM PLANTIO DIRETO
1972/73 à 2005/06
Área 0,00 0,00 0,01 0,03 0,06 0,06 0,05 0,13 0,21 0,23 0,26 0,38 0,50 0,58 0,65 0,73 0,80 0,90 1,00 1,35 2,03 3,00 3,80 5,50 8,85 11,3313,3714,97 17,4 18,7 20,2 21,9 23,6 25,5
72/
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05/.
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 Potencial Agrícola e ZEE
Anjos (2016)
 Pedodiversidade 
	Unidade de mapeamento	Área (km²)	%
	Latossolos	79504,8	33,6%
	Argissolos	76621,5	32,4%
	Neossolos	34858,8	14,7%
	Nitossolos	8647,6	3,7%
	Plintossolos	8327,5	3,5%
	Cambissolos	7945,5	3,4%
	Gleissolos	6827,7	2,9%
	Planossolos	1571,5	0,7%
	Espodossolos	1268,0	0,5%
	Chernossolos	289,6	0,1%
	Luvissolos	275,3	0,1%
	Afloramento de rochas	7373,1	3,1%
	Água	3091,1	1,3%
	TOTAL	236601,7	100,0%
Base: IBGE 1:250.000
Anjos (2016)
Foram classificados como áreas “inaptas” ao cultivo de espécies vegetais rotacionadas com pastagens no sistema ILP em Rondônia 1.806.404,24 ha. Áreas “aptas” compreenderam 6.502.125,76 ha, e estão localizadas, predominantemente na porção Norte do referido Estado. Áreas classificadas como aptas, porém, com alguma restrição de solo e/ou declividade ocupam 7.760.664,53 ha.
Outros consumidores
Produção animal
Atmosfera
Consumo
Volatilização
Deposição
Fertilização
Fertilização
Lixiviação
Erosão
Excreção Fezes	Urina
Planta
Detritos
Absorção
de nutrientes
Solo
Matéria orgânica
Imobilização	Mineralização Nutrientes disponíveis
Disponibilização	Fixação
Nutrientes indisponíveis
FATORES QUE INFLUENCIAM O SISTEMA SOLO- PLANTA-ANIMAL
(Adaptado de Wilkinson e Lowery, 1973)
Degradação agrícola
Degradação Biológica
Mudança na composição botânica
(-forragem + PD)
Drástica diminuição da biomassa vegetal (degradação do solo)
+ Potencial de produção de biomassa vegetal -
NH4+ 
NH3 
NO3- 
P 
Ca 
Mg 
K 
Al3+ 
K 
10
Degradação de Pastagem
De natureza química , física e biológica
De natureza química , física e biológica
11
Degradação de Pastagem
De natureza química , física e biológica
12
Degradação de Pastagem
-N
Vigor e Produtividade
-N e P
Qualidade e Produtividade
Cobertura do solo 
Plantas Daninhas
Matéria Orgânica
Compactação do solo
Infiltração de água no solo
Erosão
Degradação da Forragem e do solo
Tempo
De natureza química , física e biológica
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28
Síndrome da morte da B. brizantha cv. Marandu
Como assim?
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Degradação de Pastagem
Pastagem degradada: área om acentuada diminuição na produtividade agrícola ideal (diminuição da capacidade de suporte ideal), podendo ou não ter perdido a capacidade de manter produtividade biológica (acumular biomassa) significativa.
Pastagem degradada: área om acentuada diminuição na produtividade agrícola ideal (diminuição da capacidade de suporte ideal), podendo ou não ter perdido a capacidade de manter produtividade biológica (acumular biomassa) significativa.
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Causas e Processos de Degradação de Pastagens
Práticas inadequadas de pastejo
Ausência de adubação de manutenção
Falhas no estabelecimento
Fatores Bióticos
Uso excessivo de fogo
Fatores abióticos
Área descoberta do solo
Diminuição da capacidade produtiva da forrageira
Plantas daninhas
Ciclagem de Nutrientes
Menor disponibilidade de forrageira
Degradação da pastagem
Causas e Processos de Degradação de Pastagens
Práticas inadequadas de pastejo
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O manejo do pastejo deve ser baseado em princípios compatíveis com as características fisiológicas do capim e as condições ambientais.
Taxa de lotação ou intervalos de pastejo e descanso fixo e únicos, podem não acompanhar as características de crescimento e produção do capim.
O superpastejo pode provocar a perda da cobertura vegetal do solo, aumentando a taxa de erosão e a decomposição da matéria orgânica
A altura do pasto deve ser usada como parâmetro indicador dos momentos de entrada e de saída dos animais na pastagem
O manejo do pastejo deve ser baseado em princípios compatíveis com as características fisiológicas do capim e as condições ambientais.
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Manejo da Pastagem e o processo de Degradação
Manejo da fertilidade do solo
Pastagens em solos arenosos
De natureza química , física e biológica
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Classes de Produtividade de Pastagens
Muito Alta (>53 @/ha)
Alta (31-53 @/ha)
Média (11-30 @/ha)
Baixa (8-10 @/ha)
Leve (5-7 @/ha)
Moderada (2-4 @/ha)
DEGRADAÇÃO
INTENSIFICAÇÃO
Fonte: Andrade & Valentim (2019)
Avançada < 2@
Avançada < 2@
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RECUPERAÇÃO DE PASTAGEM
Não precisa substituir o pasto
REFORMA DE PASTAGEM
Precisa substituir o pasto
X
Manejo
Adubação
Preparo de solo
Adubação
Plantio
Controle de invasoras
Pastejo de formação
R$ 300 a R$ 600 / ha 
R$ 1.000 a R$ 2.000 / ha 6 a 13 @ / ha
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Limpeza
Manejo
 ha 2 a 4 @ / ha
TOMADA DE DECISÃO
RECUPERAR OU
REFORMAR PASTAGENS?
RECUPERAÇÃO
MANUTENÇÃO
REFORMA
Aqui temos três situações de manejo de pastagem ou seja dependendo do nível de infestação, Stand da forrageira vamos optar por alguma destas situações de manejo
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MANUTENÇÃO
PASTAGEM COM BAIXA A MÉDIA % DE INFESTAÇÃO.
CONTROLE LOCALIZADO DE INVASORAS. 
Foto: Alcino Ladeira
Exemplo de manutenção onde temos um pasto com bom stand e uma baixa a média infestação apresentando um controle localizado ou seja catação.
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RECUPERAÇÃO
Foto: Flavio Rossi
Pastagem com média a alta % de infestação mas com bom stand de capim.
 Controle em área total e também em invasoras de difícil controle. 
Devemos enfatizar a quantidade de capim que existe nesta área proporcionando um bom stand. A mesma possui uma infestação média a alta podendo ser utizado aplicação com auxílio de pulverizadores e também controle no toco. Sendo possível a recuperação.
 Devemos indicar um período de 30 dias de veda para que o capim se recupere.
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RECUPERAÇÃO DE PASTAGENS
Para quem olha a imagem do antes pode-se afirmar que é uma área passível de reforma pois, não consegue visualizar o capim que nela existe. Aqui entra o serviço dos ténicos ou promotores em realizar um bom levantamento de área. Onde os mesmos devem percorrer a área avaliando se existe ou não capim.
No segundo momento quando visualizamos a área depois da utilização do herbicida vemos o quanto de capim existe na mesma.
Devemos aqui enfatizar o baixo custo da recuperação frente a reforma que envolve máquinas, insumose tempo que não se utiliza esta pastagem. Quando se recupera a pastagem podemos utilizar a mesma assim que haja a sua recuperação indicamos veda de 30 dias; já na reforma no mínimo 120 dias sem pasto. 
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REFORMA
Foto: Neivaldo Caceres
Pastagem com média a alta % de infestação, mas com baixo stand de capim
Não compensa fazer o controle da planta invasora, pois não há capim para fechar a área
???
Pastagem degradada com baixo stand de plantas forrageiras e alta infestação de camboatá, não sendo passível de recuperação, indicamos neste caso a reforma.
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BOM STAND
REFORMA
RECUPERAÇÃO
REFORMAR OU RECUPERAR?
BAIXO STAND
Para definição de recuperar ou reformar temos que examinar a área para observar se na mesma existe capim para que quando eu realize a aplicação de herbicida ou adubo a mesma tenha condição de formar um dossel fechado não deixando flancos de solos nú na área.
Caso o stand existente não seja possível para fechar área novamente, recomenda-se a a reforma dessa pastagem.
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REFORMA
REFORMAR
BAIXO STAND
Para definição de recuperar ou reformar temos que examinar a área para observar se na mesma existe capim para que quando eu realize a aplicação de herbicida ou adubo a mesma tenha condição de formar um dossel fechado não deixando flancos de solos nú na área.
Caso o stand existente não seja possível para fechar área novamente, recomenda-se a a reforma dessa pastagem.
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PASSO A PASSO DA REFORMA
Mar/Abr
Calagem
Ago/Out
Preparo
do solo
Calagem
Nov/Dez
Plantio
Jan/Fev
Controle
invasoras
Fev/Mar
Pastejo
leve
Mar/Abr
Utilização
da pastagem
FASE DE PREPARO
08 meses
FASE DE FORMAÇÃO
04 meses
PERÍODO SEM PASTEJO PARA FORMAÇÃO
05-06 meses
Não perder a época ideal de plantio!
	Mês
Cidade, Estado(1)	 	
Jan.	Fev.	Mar.	Abr.	Maio	Jun.	Jul.	Ago.	Set.	Out.	Nov.	Dez.												
	Palmas, TO	246	217	171	100	15	02	00	02	19	121	197	212
	Rio Branco, AC	289	285	230	190	93	32	44	38	90	171	221	265
	Alta Floresta , MT	341	342	330	215	71	12	08	29	114	189	248	324
	Porto Velho, RO	321	316	274	251	127	50	24	36	120	193	225	319
	Marabá, PA	253	405	421	313	98	39	24	15	63	122	156	266
	Manaus, AM	264	290	335	311	279	115	85	47	74	113	174	220
	Paragominas, PA	267	292	358	343	213	85	61	48	51	47	64	137
	Macapá, AP	306	342	408	379	362	220	182	98	43	32	59	133
	Boa Vista, RR	25	18	31	89	213	321	268	188	99	64	61	44
Ideal	Marginal	Não recomendado
Indicadores de Qualidade de Forragem 
Qual é o melhor indicador?
De natureza química , física e biológica
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	Out	Nov	Dez	Jan	Fev	Mar	Abr	Mai	Jun	Jul	Ago	Set
												
Milho consorciado com capim
Boi Safrinha-Pastejo
Soja
Milho/sorgo consorciado com capim
Boi Safrinha-Pastejo
Soja
Plantio de Forrageiras/leguminosas
Boi Safrinha-Pastejo
Soja
Plantio de Forrageiras em sobressemeadura
Boi Safrinha-Pastejo
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Fuja desse Círculo Vicioso!
Necessidade de Pesquisa para Região Amazônica
1 - Avaliação de novas opções de gramíneas forrageiras. 
2 - Ênfase na seleção de leguminosas forrageiras para consórcio com forrageiras na Amazônia. 
3 – Investigar adubação de manutenção com macro e micro nutrientes
4 – Incrementar estudos sobre pragas e doenças em forrageiras na Amazônia. 
5 – Ampliar os estudos com gado leiteiro e outros ruminantes.
6 - Incrementar e aprofundar estudos sobre GEE e seu balanço em pastagens na Amazônia. 
7 - Avaliar efeitos na conservação do solo, água e qualidade física e química do solo.
8 - Incrementar experimentos de longa duração em pontos estratégicos.
9 - Ampliar as atividades de TT e avaliação econômica dos do manejo e adubação de pastagens.
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