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SOU SURDA E NÃO SABIA

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SOU SURDA E NÃO SABIA
A Sandrine retratada no filme nasceu em uma família de ouvintes e as primeiras lembranças são visuais, assim que os pais desconfiam de sua deficiência leva ela ao medico. O medico faz um teste simples, bate um palito num porta-óculo, por conta dela esboçar uma reação chorando o medico acredita que a menina é normal. 
Sandrine afirma que nesse período até os pais descobrirem, ela criou uma ligação com os pais e diz que nos dias atuais não ocorrem mais por conta da tecnologia, assim que o bebê nasce já sabe se possui ou não deficiência. Ela levanta duas questões importantes, qual a necessidade de descobrir tão cedo à deficiência? E como fica a ligação dos pais e do bebê após a descoberta?
Assim que os pais recebem o diagnostico, já vão em busca da cura. Sandrine passa a freqüentar o hospital constantemente e começou a considerar com sua segunda casa aquele local. Ela afirma que a ligação que havia com os seus pais antes de descobrir, acaba. Passa a se sentir como se tive feito algo muito grave e sempre que tentava se aproximar de seus pais sentia que tinha algo bloqueando esse contato.
Para os pais a criança não falar sonoramente, é como se fosse privado da linguagem e fala, sendo doente. Os médicos dizem que esse conceito é abusivo e parcial, pois podem falar por gestos e sinais.
Sandrine chega à fase escolar, ao ver a professora e alunos se comunicando sonoramente, ela se sente rejeitada e invisível. Ela afirma que não tinha amigos de sua idade, só amigos adultos que a reeducava, passava pela fonoaudióloga e psicóloga. Com a psicóloga ela amava passar pois brincavam bastante, quando ela vai realizar o teste do aparelho auditivo ao colocar teve a sensação ruim no corpo,ouvia sons mas nenhum comprendivel.
 Por se sentir excluída na escola, ela traça uma única meta que era falar sonoramente. Na escola integrada não funcionou, os pais resolveram colocar ela num instituto para surdos, o objetivo desse instituto eram falar. A linguagem de sinal era proibida, se fossem pegos eles batiam na mão para lembrarem que não podia. 
Aqui levanto outro ponto, até que ponto chegamos para que alguém surdo se adapte ao mundo de ouvintes, onde é mais fácil o ouvinte se adaptar a realidade do deficiente. Assim como na escola ensina as disciplinas essenciais e idiomas, por que não ensinar a linguagem de sinais, sendo que é uma importante forma de comunicação e inclusão. Palestra sobre a inclusão é interessante, mas não passa de uma parte teórica de um dia, como fica a pratica quando o aluno se deparar alguém que possui a deficiência, vão excluir a pessoa por falta de conhecimento. 
O deficiente sofre muito preconceito mais pelo desconhecido, atualmente com tantas tecnologias, o assunto tem pouquíssimo espaço. Podemos notar com as olimpíadas que teve transmissão em canal aberto e se falava o dia inteiro e a paraolimpíada teve uma baixa aderência e transmissão em canal fechado.
No dia que ela foi ao instituto, foi a primeira vez que ela teve contato com um surdo, mesmo ela sem entender a língua de sinais a solidão que carregava dentro de si simplesmente some, foi nesse dia que ela faz sua primeira amizade da mesma idade. Em casa se sentia excluída, até que um dia sua amiga Mathilde a convida para ir a sua casa, chegando lá ela nota que tudo era diferente, os pais de sua amiga eram surdos.
Na frança há poucas escolas bilíngües, Sandrine foi privada da linguagem de sinais até os nove anos. Ao falar a língua de sinais é muito importante ter expressão para ser mais fácil o compreender, essa linguagem não é um obstáculo para apreender ler e escrever. Muitos deficientes não acham que são eles querem ser autônomos para ter sua própria vida, sem depender de ninguém. Sandrine faz um questionamento, de onde vem o preconceito dos ouvintes em chamá-los de incapazes? Encontrar obstáculos onde não há?
Na educação física é importante para o profissional, pois irá facilitar a interação entre aluno-professor através da Língua de Sinais e ter interação no momento de ensino. A libra é importante para todas as áreas da nossa vida, não deveríamos esperar estar cursando uma graduação para apreender, assim como já descobre cedo a surdez, da mesma forma deveria começar o ensino da mesma.

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