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1 Nome dos acadêmicos 2 Nome do Professor tutor externo Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (Código da Turma) – Prática do Módulo I - dd/mm/aa PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA E PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL Conrado Fernandes de Souza Salema Daniele Cristina Athayde do Amaral Prof. Roberta Ferreira Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI Serviço Social (FLC 5201 SES) Prática do Módulo I 31/05/2021 RESUMO Neste trabalho abordamos alguns serviços organizados pelo SUAS (Sistema Único de Assistência Social), através da Resolução nº 109, de 11 de novembro de 2009 que aprovou a Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais. Dividida e estruturada segundo os níveis de complexidade, que são Proteção Básica com o objetivo prevenir situações de risco por meios de potencialidades e aquisições e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, para famílias em vulnerabilidade social decorrente da pobreza, privação, fragilização de afetos, vínculos relacionais ou de pertencimento social. Materializada no CRAS (Centro de Referência da Assistência Social) e contempla programas e serviços, trabalhando com orientação sócio familiar e comunitária, compreendendo a particularidade de cada família e indivíduo. Fortalecendo a função protetiva da família, possibilitando a superação das situações de fragilidade social e Proteção Especial de Média e Alta Complexidade. Isto é, a modalidade de atendimento assistencial destinada às famílias e indivíduos que se encontram em situação de riscos e ameaças pessoal e social por ocorrência de abandono, maus tratos físicos e psíquicos, abuso sexual, situação de rua, exploração de trabalho infantil entre outras. É materializada no CREAS (Centro de Referência Especializada de Assistência Social), a média complexidade oferta serviços especializados de caráter contínuo quando a violação do direito ocorreu parcialmente. A alta complexidade garante a proteção integral quando ocorre completamente a violação de direitos oferecendo como proteção a famílias e indivíduos que estão sem referências, moradias, alimentação, higienização, entre outros. Palavras-chave: Proteção Social Básica. Proteção Social Especial. Política Nacional de Assistência Social PNAS. CRAS e CREAS. 1. INTRODUÇÃO O objetivo deste trabalho é apresentar a Tipificação Nacional de Serviço Socioassistenciais, os serviços de Proteção Social Básica e Proteção Social Especial, como forma de organizar a assistência social e esclarecer por nível de complexidade do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). O SUAS regulariza e organiza as ações socioassistenciais em todo o território nacional que se baseia na Política Nacional de Assistência Social (PNAS). https://www.gesuas.com.br/blog/norma-operacional-basica/ 2 Focando em todos os serviços, programas e benefícios que têm como objetivo atender as famílias e indivíduos prevenindo situações de risco, fortalecendo e reconstruindo vínculos familiares e comunitários, assim como defendendo os direitos e criando possibilidades para autonomia destes na sociedade. 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 - Proteção Social Básica O Serviço de Proteção Básica é o primeiro contato das famílias e indivíduos em situação de risco ou vulnerabilidade social, decorrente da pobreza, privação, fragilização de vínculos afetivos dentre outros, (CFESS, 2007, p. 11) afirma que “[...] básico é aquilo que é basilar, mais importante, fundamental, primordial, essencial, ou aquilo que é comum a diversas situações”. Realizam serviços, programas e projetos de prevenção as situações de risco por meio de desenvolvimento de potencialidade e aquisições e fortalecimentos dos vínculos familiares e comunitários. Materializada pelo CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) que é uma unidade pública estatal de referência para o desenvolvimento de todos os serviços de proteção social básica do SUAS, busca prevenir situações de riscos sociais através do desenvolvimento das capacidades dos atendidos, buscando a convivência e fortalecimento de vínculos familiares e comunitários que ainda não foram rompidos em um espaço onde pessoas podem expressar suas necessidades, dificuldades e buscar de forma conjunta, soluções para as situações de vulnerabilidade enfrentadas. Pode-se dizer que básico é aquilo que é basilar, mais importante, fundamental, primordial, essencial, ou aquilo que é comum a diversas situações. Na PNAS (2004) e na NOB (2005), a Proteção Social Básica está referida a ações preventivas, que reforçam a convivência, socialização, acolhimento e inserção, e possuem um caráter mais genérico e voltado prioritariamente para a família; e visa desenvolver potencialidades, aquisições e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários e se destina a populações em situação de vulnerabilidade social (PNAS, p. 27) (CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL, 2011, p. 8). 2.1.1 O Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF): Este é um trabalho social com famílias de serviço continuado. Estas seriam famílias situação de vulnerabilidade social devido a pobreza, com difícil ou nenhum acesso aos serviços públicos. Em especial: Famílias beneficiárias de programas de transferência de renda e benefícios assistenciais; Famílias que atendem os critérios de elegibilidade a tais programas ou benefícios, mas que ainda não foram contempladas; 3 Famílias em situação de vulnerabilidade em decorrência de dificuldades vivenciadas por algum de seus membros; Pessoas com deficiência e/ou pessoas idosas que vivenciam situações de vulnerabilidade e risco social. Sua finalidade é apoiar e fortalecer os vínculos familiares e comunitários, por meio de ações de caráter preventivo, protetivo e proativo das famílias. Prevenindo a ruptura de laços, promovendo o acesso a direitos e contribuindo para a melhoria da qualidade de vida. 2.1.2 O Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV): Destina-se aos atendimentos em grupo com crianças, adolescentes, adultos e idosos. Fortalecendo as relações familiares e comunitárias, este serviço promove a integração e a troca de experiências entre os participantes, valorizando o sentido de vida coletiva. São serviços sempre realizados em grupos, de acordo com o seu ciclo de vida, e que buscam complementar o trabalho social com famílias e prevenir a ocorrência de situações de risco social. 2.1.3 Proteção Social Básica no Domicílio para Pessoas com Deficiência e idosas: Destinado as pessoas com deficiência e pessoas idosas, este serviço contribui para a promoção do acesso das mesmas aos serviços e a toda rede socioassistencial, prevenindo situações de risco, a exclusão e o isolamento. Desenvolve ações extensivas aos familiares de apoio, informação, orientação e encaminhamento, com foco na qualidade de vida, cidadania e inclusão na vida sócia. Essas ações seriam: Acolhida, visita familiar, escuta, encaminhamento para cadastramento socioeconômico, orientação e encaminhamentos, orientação sociofamiliar, desenvolvimento para o convívio familiar, grupal e social. Fig.01: http://cidadeembudasartes.sp.gov.br/embu/assets/uploads 4 2.2 Proteção Social Especial: Voltada especialmente para famílias e indivíduos em situação de risco pessoal e social cujos direitos tenham sido violados e/ou, que já tenha ocorrido rompimento dos laços familiares e comunitários. A PSE oferta serviços, programas e projetos de caráter especializado. Famílias e indivíduos que aqui chegam o fazem em decorrência de abandono, maus-tratos físicos e/ou psíquicos, abuso e exploração sexual, uso de substâncias psicoativas, cumprimento de medidas socioeducativas, situação de rua, situação de trabalho infantil, dentre outras. A PSE, por meio de programas, projetos e serviços especializados de carátercontinuado, promove a potencialização de recursos para a superação e prevenção do agravamento de situações de risco pessoal e social, por violação de direitos, tais como: violência física, psicológica, negligência, abandono, violência sexual (abuso e exploração), situação de rua, trabalho infantil, práticas de ato infracional, fragilização ou rompimento de vínculos, afastamento do convívio familiar, dentre outras (Orientações Técnicas: Centro de Referência Especializado de Assistência Social - CREAS, 2011) Esse nível de proteção é hierarquizado em Proteção Social de Média e Alta Complexidade. 2.2.1 A Média Complexidade destina-se aos indivíduos e famílias com direitos violados, mas que permanecem com os vínculos familiares e comunitários estabelecidos. No âmbito de atuação da Proteção Social de Média Complexidade, constituem unidades de referência para a oferta de serviços: Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS): Oferta, de maneira obrigatória, o Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (PAEFI). São unidades públicas e estatais de abrangência municipal ou regional. Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP): Oferta, obrigatoriamente, o Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua. São unidades públicas e estatais de abrangência municipal. De acordo com a Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais, os serviços da Proteção Social Especial de Média Complexidade são: Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos – PAEFI; Serviço Especializado em Abordagem Social; Serviço de Proteção Social a Adolescentes em Cumprimento de Medida Sócio-educativa de Liberdade Assistida (LA) e de Prestação de Serviços à Comunidade (PSC); Serviço de Proteção Social Especial a Pessoas com Deficiência, Idosos (as) e suas Famílias; Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua. 5 2.2.2 A Proteção Social Especial de Alta Complexidade, por sua vez, tem como o objetivo ofertar serviços especializados, em diferentes modalidades e equipamentos, com vistas a afiançar segurança de acolhida a indivíduos e/ou famílias afastados temporariamente do núcleo familiar e/ou comunitários de origem. Para a sua oferta, deve-se assegurar proteção integral aos sujeitos atendidos, garantindo atendimento personalizado e em pequenos grupos, com respeito às diversidades. Tais serviços devem primar pela preservação, fortalecimento ou resgate da convivência familiar e comunitária - ou construção de novas referências, quando for o caso - adotando, para tanto, metodologias de atendimento e acompanhamento condizente com esta finalidade. De acordo com a Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais a PSE de Alta Complexidade inclui os seguintes serviços de acolhimento institucional nominados abaixo: Abrigo institucional; Casa-Lar; Casa de Passagem; Residência Inclusiva. Serviço de Acolhimento em República; Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora; Serviço de Proteção em Situações de Calamidades Públicas e de Emergências. Assim como os serviços de Proteção social especial de Média Complexidade, a oferta dos serviços de acolhimento deve seguir os padrões técnicos estabelecidos em normativas do SUAS e observar dispositivos das legislações relacionadas. Os dilemas e desafios na PSE trazem consigo a exigência de pensar o novo. Estudos e reflexões sobre a PSE precisam acompanhar o processo de amadurecimento da política, elucidando os desafios postos no cotidiano de trabalho dos profissionais. Martinelli (2011) escreve que o próprio cotidiano de trabalho nos mostra quantas violações e violências ocorrem na vida dos sujeitos que são demandantes e/ou usuários da Assistência pela mediação das intervenções socioinstitucionais. A rigor, nenhum de nós está imune a tais violações na sociedade do capital, sejamos profissionais ou usuários das políticas. 6 REFERÊNCIAS <https://www.sps.ce.gov.br/secretarias-executivas/protecao-social/protecao-social-especial//>. Acesso em: 01 mai. 2021. <http://www.justica.pr.gov.br/Pagina/Servicos-de-Protecao-Social-Basica//>. Acesso em: 10 mai.2021. Secretaria Nacional de Assistência Social Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome – MDS Orientações Técnicas: Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS Brasília, 2011 Gráfica e Editora Brasil LTDA Resolução CNAS nº 109 de 11 de novembro de 2009. http://www.mds.gov.br/suas/resolucao-cnas- nº 109-2009-tipificacaonacional-de-servicos-socioassistenciais. MIOTO, Regina Célia Tamaso. Família, Gênero e Assistência. In: CFESS. O Trabalho do Assistente Social no SUAS. Brasília: CFESS, 2011. Debate Simultâneo, p. 10-17 MARTINELLI, Maria Lúcia. O serviço social e a consolidação de direitos: desafios contemporâneos. Revista Serviço Social e Saúde, n. 12, 2011.
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