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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___VARA DO TRIBUNAL DO JÚRI COMARCA DE BELO HORIZONTE- MG
JOAQUIM DAS COUVES , brasileiro, estado civil, profissão, portador da célula de identidade RG nº XXXXXXXX, inscrito no CPF/MF sob o número XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliado na Rua XXXXXX, Nº XX, Bairro XXXXXXX, na cidade de Contagem/MG, vem por meio de seu advogado e bastante procurador que a esta subscreve, conforme procuração em anexo, com escritório profissional na Rua XXXXXXX, NºXXX, Bairro XXXXXXX, na cidade de XXXXX/XX, vem, muito respeitosamente a Vossa Excelência, apresentar com fundamento no artigo 406 do Código de Processo penal a sua
AÇÃO DE RESPOSTA À ACUSAÇÃO
Pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos
1. DOS FATOS
 No dia 02 (dois) de junho de 2019 (dois mil e dezenove) às 22 horas, João das Couves de Andrade estava acompanhado de sua irmã Maria Flor de Andrade em um passeio na praça da cidade de Contagem, região limítrofe de Belo Horizonte, em Minas Gerais. Quando foi alvejado com três tiros à queima roupa no momento em que sua irmã afastou para comprar pipoca, que de imediato ao perceber a situação correu para socorrer o irmão, tendo em vista o desespero da situação Maria Flor não conseguiu identificar o atirador que aproveitou-se da situação e fugiu do local em uma moto. 
 João foi encaminhado para o hospital de Belo Horizonte em estado grave, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu no dia 01(quatro) de junho de 2019 (dois mil e dezenove) no nosocômio. Durante a investigação de homicídio, o delegado solicitou que Maria fizesse o reconhecimento do autor do crime, através de inúmeras fotos de indivíduos que haviam sido presos em flagrante delito distintos naquela região. Entretanto, a mesma notificou que não se sentia capaz de realizar o reconhecimento fotográfico devido estar psicologicamente abalada e também pelo local do fato possuir pouca iluminação, o que dificultava o seu parecer. Todavia, no seu entendimento, analisando bem as provas, no dia a 20 de setembro de 2019, parecia ser Joaquim das Couves o provável autor do delito, pois, segundo ela, ambos eram brancos, magros e possuíam a cabeça raspada. Após o reconhecimento, o delegado concluiu o inquérito policial e enviou as peças para o Juiz de Direito de Belo Horizonte, que as remeteu ao Ministério Público para manifestação. O órgão do Ministério Público denunciou Joaquim por homicídio doloso, incurso no §2º do inciso IV do art. 121 CP. A denúncia foi recebida, e a Ação Penal encontra-se em trâmite na cidade de Belo Horizonte/MG.
2. DAS PRELIMINARES 
 
Levando em consideração os fatos narrados, é possível observar que existem falhas extremas no que se diz respeito ao andamento do processo que comprometem a integridade do autor dessa ação.
É de conhecimento de todo operador do direito, que em regra o Direito Processual Penal utiliza a Teoria do Resultado para determinar o local do crime, considera-se praticado o delito no local em que a infração se consumou, como determina o artigo 70 do CPP.
 “Art. 70. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução” (BRASIL, 1941, [s. p.]). 
Contudo, o STJ entende que, quando a vítima é socorrida e morre em lugar diverso daquele em que houve a ação delitiva, a competência deve ser determinada pelo local no qual ocorrera o último ato de execução, e não mais pelo local do resultado. 
PROCESSUAL PENAL. COMPETÊNCIA. HOMICÍDIO. ART. 70. CPP. I – o artigo 70 do Código de Processo Penal, explicitamente, indica que o critério ali enunciado atua como regra geral. Incidem, pois em casos especiais os princípios reitores da competência. II – O princípio que rege a fixação de competência é de interesse público, objetivando a alcançar não só a sentença formalmente legal e se possível justa. III- A orientação básica da lei é eleger situações que melhor atendam a finalidade do processo. Este, busca a verdade real. A ação penal, então, deve desenrolar-se no local que facilite a melhor instrução a fim de o julgamento projetar a melhor decisão. IV – No caso dos autos, a ação foi praticada em Catalão; a morte em hospital de Brasília. A vítima removida em consequência da extensão da conduta delituosa. Evidente na espécie o juízo da ação é o local que melhor atenda o propósito da lei. Ali se desenvolveram os atos da conduta delituosa. Agente e vítima moravam no local. A morte em Brasília foi uma ocorrência acidental. V – Conflito conhecido e declarado competente o Juízo de direito de Catalão – GO o Suscitado. (CC n. 8.734/DF). (STJ – CC: 151836 GO 2017/0083687-2, Relator: Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, Data de Julgamento: 14/06/2017, S3 – TERCEIRA SEÇÃO, Data de Publicação: DJe 26/06/2017)
Desta forma, em consonância com os dispositivos legais é cabível que tais autos sejam enviados ao juízo competente,
Ao analisarmos o art. 564 do CPP, percebemos que existe uma cláusula geral, inteiramente aberta, pois possibilita ao intérprete, além de se utilizar da regra posta para definir o alcance das nulidades, questionar a existência de outros fatos que poderiam levar à invalidade do processo, conforme o que se observa no inciso IV do artigo citado.
Art. 564. A nulidade ocorrerá nos seguintes casos: 
(...)
IV -Por omissão de formalidade que constitua elemento essencial do ato.
Dessa forma, por estar a denúncia baseada apenas em um reconhecimento fotográfico que não obedeceu às formalidades legais em consonância com o artigo 226 do CPP, a nulidade deve ser requerida.
Art. 226. Quando houver necessidade de fazer-se o reconhecimento de pessoa, proceder-se-á pela seguinte forma:
I - a pessoa que tiver de fazer o reconhecimento será convidada a descrever a pessoa que deva ser reconhecida;
Il - a pessoa, cujo reconhecimento se pretender, será colocada, se possível, ao lado de outras que com ela tiverem qualquer semelhança, convidando-se quem tiver de fazer o reconhecimento a apontá-la;
III - se houver razão para recear que a pessoa chamada para o reconhecimento, por efeito de intimidação ou outra influência, não diga a verdade em face da pessoa que deve ser reconhecida, a autoridade providenciará para que esta não veja aquela;
IV - do ato de reconhecimento lavrar-se-á auto pormenorizado, subscrito pela autoridade, pela pessoa chamada para proceder ao reconhecimento e por duas testemunhas presenciais.
 Assim, a prova que não atende às formalidades legais é considerada ilícita e deve ser desentranhada do processo. Vale ressaltar que o reconhecimento fotográfico é considerado uma prova frágil, que deve ser utilizada apenas quando não for possível o reconhecimento pessoal. Além disso, não pode ser utilizado como a única prova a embasar uma condenação, exatamente pela sua falibilidade. 
Constranger alguém a responder a um processo penal apenas com base em reconhecimento fotográfico viola o princípio da inocência ou da não culpabilidade, previsto na Constituição Federal, pois ninguém pode ser processado ou ter a sua liberdade cerceada sem provas ou com fundamento em provas manifestamente ilegais, entendidas como as ilegais e as ilícitas propriamente ditas. 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal. (BRASIL, 1988, [s. p.]
Observar, ainda, os seguintes dispositivos da Constituição Federal de 1988: 
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: III - a dignidade da pessoa humana; Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Paísa inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados: a) a plenitude de defesa; b) o sigilo das votações;
E do CPP: 
Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais. § 5º O juiz que conhecer do conteúdo da prova declarada inadmissível não poderá proferir a sentença ou acórdão. (BRASIL, 1941, [s. p.])
3.DOS MERITOS
Como mencionado, não restou comprovado a veracidade dos argumentos elencados na exordial acusatória, uma vez que não se pode provar com precisão que o cidadão acusado é o responsável pelo crime, tão pouco deverá ser julgado pelo fórum a qual o processo é encontrado. Ao contrário, o cidadão acusado apenas possui algumas características do atual réu, que não podem ser comprovadas devido ao estado de Maria Flor Andrade, ocasionando assim a lesão ao seu direito fundamental previsto no artigo 5º da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal. (BRASIL, 1988, [s. p.]
Cumpre ressaltar que, apesar de não estar especificado em lei, o reconhecimento fotográfico tem sido aceito pela doutrina e jurisprudência, mas trata-se de uma prova frágil, que deve ser utilizada apenas quando não for possível o reconhecimento pessoal. Além disso, não pode ser utilizado como a única prova a embasar uma condenação, exatamente pela sua falibilidade, como disciplina Badaró: 
Não se trata, pois de um simples caso de prova atípica, que seria admissível ante a regra do livre convencimento judicial. As formalidades de que se cerca o reconhecimento pessoal são a própria garantia da viabilidade do reconhecimento como prova, visando a obtenção de um elemento mais confiável de convencimento. (BADARÓ, 2016, p. 484) 
Esse tem sido também o entendimento majoritário dos tribunais superiores.
 EMENTA HABEAS CORPUS. ROUBO MAJORADO. RECONHECIMENTO FOTOGRÁFICO DE PESSOA REALIZADO NA FASE DO INQUÉRITO POLICIAL. INOBSERVÂNCIA DO PROCEDIMENTO PREVISTO NO ART. 226 DO CPP. PROVA INVÁLIDA COMO FUNDAMENTO PARA A CONDENAÇÃO. R PROBATÓRIO. NECESSIDADE PARA EVITAR ERROS JUDICIÁRIOS. PARTICIPAÇÃO DE MENOR IMPORTÂNCIA. NÃO OCORRÊNCIA. ORDEM PARCIALMENTE CONCEDIDA. 1. O reconhecimento de pessoa, presencialmente ou por fotografia, realizado na fase do inquérito policial, apenas é apto, para identificar o réu e fixar a autoria delitiva, quando observadas as formalidades previstas no art. 226 do Código de Processo Penal e quando corroborado por outras provas colhidas na fase judicial, sob o crivo do contraditório e da ampla defesa. Segundo estudos da Psicologia moderna, são comuns as falhas e os equívocos que podem advir da memória humana e da capacidade de armazenamento de informações. Isso porque a memória pode, ao longo do tempo, se fragmentar e, por fim, se tornar inacessível para a reconstrução do fato. O valor probatório do reconhecimento, portanto, possui considerável grau de subjetivismo, a potencializar falhas e distorções do ato e, consequentemente, causar erros judiciários de efeitos deletérios e muitas vezes irreversíveis. 3. O reconhecimento de pessoas deve, portanto, observar o procedimento previsto no art. 226 do Código de Processo Penal, cujas formalidades constituem garantia mínima para quem se vê na condição de suspeito da prática de um crime, não se tratando, como se tem compreendido, de "mera recomendação" do legislador. Em verdade, a inobservância de tal procedimento enseja a nulidade da prova e, portanto, não pode servir de lastro para sua condenação, ainda que confirmado, em juízo, o ato realizado na fase inquisitorial, a menos que outras provas, 10 por si mesmas, conduzam o magistrado a convencer-se acerca da autoria delitiva. Nada obsta, ressalve-se, que o juiz realize, em juízo, o ato de reconhecimento formal, desde que observado o devido procedimento probatório. 4. O reconhecimento de pessoa por meio fotográfico é ainda mais problemático, máxime quando se realiza por simples exibição ao reconhecedor de fotos do conjecturado suspeito extraídas de álbuns policiais ou de redes sociais, já previamente selecionadas pela autoridade policial. E, mesmo quando se procura seguir, com adaptações, o procedimento indicado no Código de Processo Penal para o reconhecimento presencial, não há como ignorar que o caráter estático, a qualidade da foto, a ausência de expressões e trejeitos corporais e a quase sempre visualização apenas do busto do suspeito podem comprometer a idoneidade e a confiabilidade do ato. (...) HABEAS CORPUS Nº 598.886 - SC (2020/0179682-3)
Em relação a competência de julgamento, o STJ entende que, quando a vítima é socorrida e morre em lugar diverso daquele em que houve a ação delitiva, a competência deve ser determinada pelo local no qual ocorrera o último ato de execução, e não mais pelo local do resultado.
 PROCESSUAL PENAL. COMPETÊNCIA. HOMICÍDIO. ART. 70. CPP. I – o artigo 70 do Código de Processo Penal, explicitamente, indica que o critério ali enunciado atua como regra geral. Incidem pois em casos especiais os princípios reitores da competência. II – O princípio que rege a fixação de competência é de interesse público, objetivando a alcançar não só a sentença formalmente legal e se possível justa. III- A orientação básica da lei é eleger situações que melhor atendam a finalidade do processo. Este busca a verdade real. A ação penal, então, deve desenrolar-se no local que facilite a melhor instrução a fim de o julgamento projetar a melhor decisão. IV – No caso dos autos, a ação foi praticada em Catalão; a morte em hospital de Brasília. A vítima removida em consequência da extensão da conduta delituosa. Evidente na espécie o juízo da ação é o local que melhor atenda o propósito da lei. Ali se desenvolveram os atos da conduta delituosa. Agente e vítima moravam no local. A morte em Brasília foi uma ocorrência acidental. V – Conflito conhecido e declarado competente o Juízo de direito de Catalão – GO o Suscitado. (CC n. 8.734/DF). (STJ – CC: 151836 GO 2017/0083687-2, Relator: Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, Data de Julgamento: 14/06/2017, S3 – TERCEIRA SEÇÃO, Data de Publicação: DJe 26/06/2017)
Sendo assim, pode-se concluir que a utilização de provas em desacordo com as formalidades legais é causa de nulidade e deve ser alegada na peça. Távora e Alencar, parafraseando Mirabete (2003), assim dispõem sobre nulidade: 
“é, sob um aspecto, vício, sob outro sanção, podendo ser definida como a inobservância de exigências legais ou a falha ou imperfeição jurídica que invalida ou pode invalidar o ato processual ou todo o processo” (TÁVORA; ALENCAR, 2019, p. 1547). 
Constranger alguém a responder a um processo penal apenas com base em reconhecimento fotográfico viola o princípio da inocência ou da não culpabilidade, previsto na Constituição Federal, pois ninguém pode ser processado ou ter a sua liberdade cerceada sem provas ou com fundamento em provas manifestamente ilegais, entendidas como as ilegais e as ilícitas propriamente ditas.
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: III - a dignidade da pessoa humana; Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe dera lei, assegurados: a) a plenitude de defesa; b) o sigilo das votações; 10 c) a soberania dos veredictos; d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida; LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal; LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos; (BRASIL,
1988, [s. p.])
Desta feita, restando comprovada a fragilidade da acusação, face às provas de conduta atípica, bem como a falta de materialidade e autoria do delito, não há se falar em crime cometido pelo cidadão acusado.
4.DOS PEDIDOS
Diante de todo o exposto, requer-se a Vossa Excelência:
a) Seja rejeitada de plano a denúncia, com fulcro no art. 395, e incisos, do CPP, eis que objetiva a denúncia imputar responsabilidade penal sob conduta atípica e inexistentes as condições para o exercício da ação. 
b) Subsidiariamente, seja o cidadão acusado absolvido sumariamente, em conformidade com o ar. 397, III do CPP.
c) Caso superadas as preliminares, o que admitimos apenas por amor a argumentação- requer sejam intimados, na qualidade de informante elencada a rol abaixo.
d) No mérito, requer a presente seja a denúncia julgada totalmente IMPROCEDENTE.
 Protesta provar o alegado por todos meios de provas, documental, testemunha e demais meios de prova em direito admitidos.
Termo em que, pede deferimento.
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com três tiros à queima roupa no momento em que sua irmã afastou para comprar pipoca, que de 
imediato ao perceber a situação correu para socorrer o irmão, tendo em vista o desespero da 
situação Maria Flor não conseguiu identificar o atirador que aproveitou-se da situação e fugiu do 
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Durante a investigação de homicídio, o delegado solicitou que Maria fizesse o reconhecimento do 
autor do crime, através de inúmeras fotos de indivíduos que haviam sido presos em flagrante 
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