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PEÇA 1 PENAL - ESTÁGIO SUPERVISIONADO II

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EXMO. SR. JUIZ DE DIREITO DA VARA DO TRIBUNAL DO JÚRI DA COMARCA DE BELO HORIZONTE/MG
Autos nº xxxxxxxxxxxxxxx
Joaquim, (nacionalidade), (Estado civil), (profissão), (portador de célula de identidade (RG) nº xxxxxxx, pessoa física regida pela inscrição referente ao CPF nº xxxxxxxxxxxx, estabelecendo moradia na rua (endereço completo), vem por meio de seu Advogado representar acerca da acusação perpetrada pelo Ministério Público de Belo Horizonte, tendo enquadrado respectiva ação deletéria no crime de Homicídio Qualificado, mormente, sendo assim, com base nos artigos 396 caput e 396-A do Código processo penal, apresenta-se
RESPOSTA A ACUSAÇÃO
Demostrando tudo de direito nos moldes legais abaixo:
1. Dos Fatos.
João das Couves de Andrade foi alvejado com três tiros à queima roupa em uma praça da cidade de Contagem, região limítrofe com a cidade de Belo Horizonte, em Minas Gerais. O crime aconteceu às 22h do dia 2 de junho de 2019. João estava acompanhado de sua irmã, Maria Flor de Andrade, que havia se afastado um pouco para comprar pipoca. Ela ouviu os tiros que alvejaram o irmão e correu para tentar salvá-lo, momento em que o agressor fugiu do local em uma moto. João foi levado para o Hospital de Belo Horizonte em estado grave, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu poucos dias após o crime no nosocômio. Durante a investigação do homicídio, o delegado pediu a Maria para que fizesse o reconhecimento do autor do crime. Para isso, mostrou a ela várias fotos de indivíduos que haviam sido presos em flagrante delito naquela região pelo cometimento de delitos diversos. Maria relatou ao delegado não estar segura para realizar o reconhecimento fotográfico, já que o delito aconteceu à noite e, além de o local do crime estar escuro, ela se encontrava psicologicamente abalada. Todavia, no seu entendimento, analisando bem as provas, parecia ser Joaquim das Couves o provável autor do delito, pois, segundo ela, ambos eram brancos, magros e possuíam a cabeça raspada. Após o reconhecimento, o delegado concluiu o inquérito policial e enviou as peças para o Juiz de Direito de Belo Horizonte, que as remeteu ao Ministério Público para manifestação. O órgão do Ministério Público denunciou Joaquim por homicídio doloso, incurso no § 2º do inciso IV do art. 121 CP. A denúncia foi recebida, e a Ação Penal encontra-se em trâmite na cidade de Belo Horizonte/MG.
1. Preliminares: ante o exposto demonstra-se insuficiência probatória e alegação de exceção no tocante a incompetência Do Juízo onde está acostado os autos processuais.
Quanto ao comento da incompetência, na presente ação houve um fato ocorrido em contagem, esta localizada próximo a cidade de Belo Horizonte, porém, foros diferentes. Por mais que o dano sofrido pela conduta ilícita e antijurídica comentada advinda dos autos se deu longe dos verdadeiros acontecimentos, inicialmente desenvolvidos, perante a cidade mineira, o presente juízo não possui competência material para apreciar e julgar eventuais delitos. Isto, porque, interpretando nosso código penal há entendimento legislativo, que via de regra deve ser considerado praticado a infração no lugar onde consumar tal ilícito. Desta via seria determinado a competência.
Entretanto, notoriamente, nos autos em epígrafe o sujeito passivo fora deslocado para um hospital e veio a falecer gerando dúvidas sobre quem julgaria presente ação. Contra conflitos entre normas o Superior Tribunal De Justiça, neste viés, atentou-se decidindo que quando ficar evidenciado fato semelhante, deve-se sanar a incompetência procurando no mundo dos acontecimentos o último ato executório. Segundo ministro Reynaldo Soares da Fonseca:
PROCESSUAL PENAL. COMPETÊNCIA. HOMICÍDIO. ART. 70. CPP. I – o artigo 70 do Código de Processo Penal, explicitamente, indica que o critério ali enunciado atua como regra geral. Incidem pois em casos especiais os princípios reitores da competência. II – O princípio que rege a fixação de competência é de interesse público, objetivando a alcançar não só a sentença formalmente legal e se possível justa. III- A orientação básica da lei é eleger situações que melhor atendam a finalidade do processo. Este busca a verdade real. A ação penal, então, deve desenrolar-se no local que facilite a melhor instrução a fim de o julgamento projetar a melhor decisão. IV – No caso dos autos, a ação foi praticada em Catalão; a morte em hospital de Brasília. A vítima removida em consequência da extensão da conduta delituosa. Evidente na espécie o juízo da ação é o local que melhor atenda o propósito da lei. Ali se desenvolveram os atos da conduta delituosa. Agente e vítima moravam no local. A morte em Brasília foi uma ocorrência acidental. V – Conflito conhecido e declarado competente o Juízo de direito de Catalão – GO o Suscitado. (CC n. 8.734/DF). (STJ – CC: 151836 GO 2017/0083687-2, Relator: Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, Data de Julgamento: 14/06/2017, S3 – TERCEIRA SEÇÃO, Data de Publicação: DJe 26/06/2017)
Decisão anteriormente diz muito sobre dúvidas entre casos fáticos e quais métodos deveriam ser tomados para correto transcurso processual. Finalmente, deixa-se, preliminarmente, suscitado insuficiência probatória, destarte, haver prova anexada levando em conta meras fotografias, incapaz de provar firmemente verdadeira autoria material.
Aqui o artigo 226 ressalva:
Art. 226. Quando houver necessidade de fazer-se o reconhecimento de pessoa, proceder-se-á pela seguinte forma: I - a pessoa que tiver de fazer o reconhecimento será convidada a descrever a pessoa que deva ser reconhecida; Il - a pessoa, cujo reconhecimento se pretender, será colocada, se possível, ao lado de outras que com ela tiverem qualquer semelhança, convidando-se quem tiver de fazer o reconhecimento a apontá-la; (BRASIL, 1941, [s. p.]).
Portanto não se seguiu formalidades devidas, pois obrigatoriamente a acusação está determinada sempre que possível a agir com lealdade. Algo deve ser provado concretamente sem dúvidas. Neste sentido Badaró:
Não se trata, pois de um simples caso de prova atípica, que seria admissível ante a regra do livre convencimento judicial. As formalidades de que se cerca o reconhecimento pessoal são a própria garantia da viabilidade do reconhecimento como prova, visando a obtenção de um elemento mais confiável de convencimento. (BADARÓ, 2016, p. 484)
Por fim deixa narrado suscintamente alguns pontos essenciais para se chegar frente ao direito orquestrado do sujeito processado.
1. Teses defensivas
Segue-se, portanto, Teses a serem reforçadas sobre manifestação trazida brevemente, incluindo aspectos objetivos entre exceção de incompetência e insuficiência probatória.
· Quando estiver presente dúvida visando decidir qual juízo apreciar causas criminais, neste sentido, porque envolvera circunstancia superveniente como um resgate, transportando vítima para local diverso daquele onde iniciara a conduta penalizadora, certamente será nos fins da última conduta realizada, isto é, o foro principal finda a última ação ou omissão. Decisão sanada pelo Superior Tribunal De Justiça
Os autos processuais acostados perante foro atual (Belo Horizonte) dever-se-ão, obrigatoriamente, transferidos para contagem.
· Segundo critério diz respeito unicamente, no tocante, a fragilidade probatória existente na presente ação incriminadora, gerando respaldo da fala testemunhal relatada pela irmã do sujeito Passivo incursa nos autos.
Contra ineficácia probatória, agir-nos-emos, melhor que possível pedindo nulidade, haja vista, ocasionar sérios prejuízos insanáveis frente o denunciado. Por exemplo: Condenações injustas. Esperamos do poder judiciário acatamento de pretensões seguras e válidas - tal intensão origina especificamente pela adoção Constitucional do devido processo legal extraindo daí contraditório e ampla defesa. Assim em Habeas Corpus nossos Tribunais Superiores já vêm decidindo:
EMENTA HABEAS CORPUS. ROUBO MAJORADO. RECONHECIMENTO FOTOGRÁFICO DE PESSOA REALIZADO NA FASE DO INQUÉRITO POLICIAL. INOBSERVÂNCIA DO PROCEDIMENTO PREVISTO NO ART. 226 DO CPP. PROVAINVÁLIDA COMO FUNDAMENTO PARA A CONDENAÇÃO. R PROBATÓRIO. NECESSIDADE PARA EVITAR ERROS JUDICIÁRIOS. PARTICIPAÇÃO DE MENOR IMPORTÂNCIA. NÃO OCORRÊNCIA. ORDEM PARCIALMENTE CONCEDIDA. 1. O reconhecimento de pessoa, presencialmente ou por fotografia, realizado na fase do inquérito policial, apenas é apto, para identificar o réu e fixar a autoria delitiva, quando observadas as formalidades previstas no art. 226 do Código de Processo Penal e quando corroborado por outras provas colhidas na fase judicial, sob o crivo do contraditório e da ampla defesa. Segundo estudos da Psicologia moderna, são comuns as falhas e os equívocos que podem advir da memória humana e da capacidade de armazenamento de informações. Isso porque a memória pode, ao longo do tempo, se fragmentar e, por fim, se tornar inacessível para a reconstrução do fato. O valor probatório do reconhecimento, portanto, possui considerável grau de subjetivismo, a potencializar falhas e distorções do ato e, consequentemente, causar erros judiciários de efeitos deletérios e muitas vezes irreversíveis. 3. O reconhecimento de pessoas deve, portanto, observar o procedimento previsto no art. 226 do Código de Processo Penal, cujas formalidades constituem garantia mínima para quem se vê na condição de suspeito da prática de um crime, não se tratando, como se tem compreendido, de "mera recomendação" do legislador. Em verdade, a inobservância de tal procedimento enseja a nulidade da prova e, portanto, não pode servir de lastro para sua condenação, ainda que confirmado, em juízo, o ato realizado na fase inquisitorial, a menos que outras provas, 10 por si mesmas, conduzam o magistrado a convencer-se acerca da autoria delitiva. Nada obsta, ressalve-se, que o juiz realize, em juízo, o ato de reconhecimento formal, desde que observado o devido procedimento probatório. 4. O reconhecimento de pessoa por meio fotográfico é ainda mais problemático, máxime quando se realiza por simples exibição ao reconhecedor de fotos do conjecturado suspeito extraídas de álbuns policiais ou de redes sociais, já previamente selecionadas pela autoridade policial. E, mesmo quando se procura seguir, com adaptações, o procedimento indicado no Código de Processo Penal para o reconhecimento presencial, não há como ignorar que o caráter estático, a qualidade da foto, a ausência de expressões e trejeitos corporais e a quase sempre visualização apenas do busto do suspeito podem comprometer a idoneidade e a confiabilidade do ato. (...) HABEAS CORPUS Nº 598.886 - SC (2020/0179682-3) grifo nosso.
Resumidamente o Direito Processual Penal pretende trazer maiores formalismos sempre quando tratar de provas frágeis levadas pela vítima ou testemunha ao processo legal, isto posto, certamente, qualquer identificação Ativa infracional gerará ilicitude daquela prova. inteligencia do art. 226 CPP: Quando houver necessidade de fazer-se o reconhecimento de pessoa, proceder-se-á pela seguinte forma:
I - a pessoa que tiver de fazer o reconhecimento será convidada a descrever a pessoa que deva ser reconhecida;
Il - a pessoa, cujo reconhecimento se pretender, será colocada, se possível, ao lado de outras que com ela tiverem qualquer semelhança, convidando-se quem tiver de fazer o reconhecimento a apontá-la;
III - se houver razão para recear que a pessoa chamada para o reconhecimento, por efeito de intimidação ou outra influência, não diga a verdade em face da pessoa que deve ser reconhecida, a autoridade providenciará para que esta não veja aquela;
IV - do ato de reconhecimento lavrar-se-á auto pormenorizado, subscrito pela autoridade, pela pessoa chamada para proceder ao reconhecimento e por duas testemunhas presenciais.
Parágrafo único. O disposto no no III deste artigo não terá aplicação na fase da instrução criminal ou em plenário de julgamento.
reforçando, há, indubitavelmente, relação com art. 157 CPP, prova ilícita devendo ser tirada (desentranhada do processo).art. 157,CPP:São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais. violação (contra lege).
finalmente incidirá nulidade quando haver desrespeito a formalidade estipulada por lei, obrigando respeita-la para sutir efeitos concretos. art. 564 CPP: A nulidade ocorrerá nos seguintes casos[...] IV - por omissão de formalidade que constitua elemento essencial do ato. portanto temos clara ilegalidade analisando a situação fática anexada nos autos.
Desta feita fica evidenciado as Teses referente ao direito abordado.
Dos Pedidos:
1. Requer-se a absolvição nos termos do art. 386 CPP, inciso VII.
2. Remeter os autos processuais para o juízo competente, isto é: Tribunal do Júri da comarca de Contagem/MG. Segundo interpretação jurisprudencial ante explicitada.
3. a partir dos fundamentos jurídicos apresentados, a defesa requer que seja demonstrada nulidade processual, outrossim, pois houve utilização de prova ilegal (ilícita) pela acusação.
Nestes Termos, pede-se deferimento.
Contagem- MG, xx/xx/xxxx
Advogado xxxxxxxxxxxxx
OAB xxxxxxxxxx

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