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DEFICIÊNCIA AUDITIVA E LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Prof.: Denise Matias No período do extermínio as pessoas com deficiência não tinham direito a vida, nos períodos da segregação e institucionalização o contexto de vida dessas pessoas é modificado e marcado por práticas assistencialistas e filantrópicas, associadas à Igreja Católica. Esses períodos correspondem ao período pré-científico, em que a sociedade não mantinha nenhuma relação com a deficiência. As doenças mentais e físicas eram consideradas “desvios de conduta”. DEFICIÊNCIA AUDITIVA E LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS A partir do século XIX, período científico, são identificadas duas outras fases, a integração e a inclusão, períodos considerados contemporâneos, em que a sociedade desempenha um papel diferenciado frente a inclusão. DEFICIÊNCIA AUDITIVA E LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS O nascimento da pessoa com deficiência era uma forma de corromper a sociedade, pois, essas pessoas não seriam capazes de lutar, de compor os exércitos, além de não apresentarem a força de trabalho esperada socialmente. Se não apresentavam direito a vida, quiçá à educação. DEFICIÊNCIA AUDITIVA E LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS A partir do século XVI, o contexto em que se insere a surdez passa por algumas modificações, surgem os primeiros interesses pela educação. Os surdos começam a sair do anonimato para ocupar lugares na sociedade e serem reconhecidos socialmente. DEFICIÊNCIA AUDITIVA E LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Na França em 1750, o Abade Charles Michel de L’Epée, inicia o ensino de sinais método criado por meio de códigos visuais para os surdos. Esse método teve como base a observação da comunicação de monges beneditinos, que não faziam uso da fala, mas dos gestos. DEFICIÊNCIA AUDITIVA E LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Na Alemanha, Samuel Heinicke dá início a um trabalho baseado na filosofia oralista. A educação para os surdos a partir de então toma novos contornos: a dualidade entre Oralidade e Gestualidade. Ele destacou-se pela abordagem oralista, que consistia basicamente em ensinar os surdos a falar, para que fossem posteriormente alfabetizados. Se tornou conhecido popularmente como o “pai do método alemão”. DEFICIÊNCIA AUDITIVA E LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Resoluções do Congresso de Milão 1ª A oralidade era a forma mais adequada de inserção dos surdos na sociedade. 2ª Adoção total do Oralismo. 3ª Cabia ao Estado assegurar e garantir a educação dessas pessoas. 4ª Exposição das crianças desde a mais tenra infância a língua escrita. 5ª Cabia aos professores do sistema oral a publicação de materiais. 6ª Os surdos só poderiam se comunicar por meio da fala. 7ª Início da vida escolar aos 8 anos, com duração de 7 a 8 anos em classe de 10 alunos. DEFICIÊNCIA AUDITIVA E LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS O dualismo entre oralismo de gestualismo provocou um retrocesso na educação dos surdos, retirando-os mais uma vez do contexto social, político e educacional. Nesse cenário a Língua de Sinais perde significado e força! DEFICIÊNCIA AUDITIVA E LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS É preciso refletir que toda essa mudança, e o fortalecimento do oralismo apresenta bases na visão clínico-terapêutica desde o início da história dos Surdos. O modelo clínico-terapêutico está associado ao modelo da medicalização, que objetivava a cura ou a reabilitação da surdez, em outras palavras, o que se vive até nos dias de hoje, a normalização da deficiência, principalmente no contexto educacional. DEFICIÊNCIA AUDITIVA E LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS