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Cons e Leg de Pequenas e Medias empresas AV2

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Cons e Leg de Pequenas e Medias empresas 
AULA 05 
Introdução 
No ano de 1979, o Brasil iniciou um processo de desburocratização, que, dentre essas normas, 
as que versavam sobre as microempresas que até aquele momento existiam apenas em leis 
esparsas referentes a casos específicos. 
Naquela época, os pequenos empreendimentos se submetiam às mesmas exigências legais e 
regulamentares que as grandes empresas, razão pela qual optavam pela sonegação de tributos 
e atos ilícitos administrativos. 
Foi então em o poder legislativo decidiu promulgar, no ano de 1984, o primeiro Estatuto da 
Microempresa (Lei 7.256/1984), que beneficiou os microempresários no campo tributário, 
administrativo, trabalhista, previdenciário, creditícios e de desenvolvimento empresarial, e 
cuja duração levou a uma sucessão de estatutos. 
Essa legislação foi absorvida pelo legislador, na Constituinte de 1988, ao estabelecer, no art. 
179 da CF, “tratamento diferenciado, visando a incentivá-las pela simplificação de suas 
obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou 
redução destas por meio de lei”. 
Já na década de 90, foi editada uma nova lei acerca do assunto: a Lei 8.864/1994, que foi 
denominada Estatuto de Microempresas e da Empresa de Pequeno Porte, que trouxe como 
grande inovação a criação da figura da empresa de pequeno porte. 
 
De acordo com as orientações na referida Resolução do GMC, o Brasil legislou a Lei 
9.841/1999, sobre o tema Novo Estatuto da ME e da EPP, salvo a lei do SIMPLES, que 
permanece em vigor, tendo o poder executivo editado o Decreto 3.474/2000, regulamentado-
a. Com a referida lei, passou a vigorar o Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e 
Contribuições – SIMPLES. A partir desse momento, foram definidas as condições para que as 
Microempresas (ME) e as Empresas de Pequeno Porte (EPP) pudessem se enquadrar no 
sistema, em função do limite de faturamento, objetivo social, natureza jurídica, composição 
societária e outros aspectos legais. 
Estatuto da ME e da EPP (Lei 9.841/1999) segundo a Lei Complementar 123/2006 ou Lei 
Geral do Mês e EPPS 
A Lei Complementar 123/2006 estabelece normas gerais relativas ao tratamento diferenciado 
e favorecido a ser dispensado às microempresas e empresas de pequeno porte no âmbito dos 
poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
Abrange, de modo especial, a apuração e o recolhimento dos impostos e contribuições da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, mediante regime único de 
arrecadação, inclusive obrigações acessórias; o cumprimento de obrigações trabalhistas e 
previdenciárias, inclusive obrigações acessórias; o acesso a crédito e ao mercado, inclusive 
quanto à preferência nas aquisições de bens e serviços pelos poderes públicos, à tecnologia, 
ao associativismo e às regras de inclusão. 
A gestão transparente é um princípio fundamental que todo cidadão deve defender. 
Após a entrada em vigor do Código Civil de 2002, as seguintes expressões passaram a ser 
consideradas para definição de microempresa e de empresa de pequeno porte: 
Órgãos Gestores do Estatuto Nacional da MPE 
 
Conceito de ME e EPP 
Limites proporcionais no início de atividade 
Excesso de receita bruta no início da atividade 
Micro: R$ 240 mil/12 X meses de atividade no período 
ME/EPP: se exceder o limite de RS200.000,00 X meses a considerar no período, a exclusão terá 
efeitos retroativos ao início das atividades, exceto se o excesso não superar 20% do respectivo 
limite proporcional. 
Excesso de receita bruta no sublimite 
Pequena: R$ 2.400.000,00/12 X meses de atividade no período 
ME/EPP: impedidas de recolher ICMS/ISS no calendário seguinte: recolhem os tributos e 
contribuições federais. 
Será devida toda a diferença entre o pago no SIMPLES e o que deveria ter sido pago no Lucro 
Presumido. 
Conceitos utilizados na definição 
Sociedade empresária, sociedade simples e empresário – art. 966 da Lei nº 10.406, de 2002: 
“quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou 
circulação de bens ou de serviços”. 
Microempresário 
O processo de registro e legalização de Microempreendedor Individual observará as 
disposições da Lei nº 11.598, de 2007, da Lei Complementar nº 123, de 2006, alterada pela Lei 
Complementar nº 128, de 2008. 
O empreendedor individual foi criado pela Lei Complementar 128/08, que aprimorou a Lei 
Geral da Micro e Pequena Empresa (LC 123/06). A partir de 1º de julho de 2009, 
empreendedores da indústria, comércio e serviço – exceto locação de mão de obra e 
profissões regulamentadas por lei – com receita bruta anual de até R$36 mil passaram a se 
formalizar por meio desse mecanismo. Os interessados devem ter, no máximo, um funcionário 
com renda de até um salário mínimo mensal. 
A definição de empreendedor individual é: aquele que trabalha por conta própria, se legaliza 
como pequeno empresário, e ainda não tem nenhuma participação em outra empresa como 
sócio ou titular. 
A lei 128/08 permite que o empreendedor individual seja registrado no Cadastro Nacional de 
Pessoas Jurídicas (CNPJ), facilitando em muito a vida do microempreendedor, pois este poderá 
abrir conta bancária, solicitar empréstimos para investimentos no empreendimento e ainda 
emitir notas fiscais. 
Outro ponto importante desta lei é que o empreendedor individual estará dispensado da 
contabilidade formal, como livro diário e razão. Por isso, não precisará escriturar nenhum tipo 
de livro, sendo necessário apenas arquivar as notas de compra de mercadorias, os documentos 
do empregado contratado e o canhoto das notas fiscais que emitir, devendo, ainda, registrar 
mensalmente em formulário simplificado o total das suas receitas. 
Ele é enquadrado no chamado Sistema Simples Nacional, o que o isenta dos seguintes 
impostos federais: Imposto de Renda, PIS, COFINS, IPI e CSLL, desonerando-o da excessiva 
carga tributária que atinge o meio empresarial. 
Destaca-se, também, a isenção do pagamento de qualquer tipo de taxa para que a Prefeitura 
Municipal expeça a licença ou o alvará de funcionamento do empreendimento, o mesmo 
ocorrendo para o registro na Junta Comercial. 
A Lei Complementar nº 128/08 também estabeleceu outras regras com relação ao MEI. Entre 
as quais, destacam-se: processo de registro; redução a zero dos valores referentes às taxas, 
emolumentos e demais custos relativos à abertura, à inscrição, ao registro, ao alvará, à licença, 
ao cadastro e aos demais itens relativos ao seu registro; concessão de Alvará de 
Funcionamento Provisório. 
Também alterou o Código Civil, ou seja, para dispor que, caso venha a admitir sócios, o 
empresário individual poderá solicitar ao Registro Público de Empresas Mercantis a 
transformação de seu registro de empresário para registro de sociedade empresárias 
observadas as regras estabelecidas. 
A Resolução 58, que regulamentou a Lei 128/08, definiu também as atividades que se 
enquadram nessa categoria de microempresário. 
Agora, o que ocorre se o microempresário passar dos R$ 36.000,00 anuais? 
� Se o faturamento foi maior que 36.000,00, porém não ultrapassou R$ 43.200,00. 
Nesse caso, o seu empreendimento é incluído no sistema do SIMPLES NACIONAL, na 
categoria de microempresa, a partir de janeiro do ano seguinte ao ano em que o 
faturamento excedeu os R$ 36.000,00. A partir daí, o seu pagamento passará a ser de 
um percentual do faturamento por mês: 4% se for comércio, 4,5% se for indústria e 6% 
se for prestação de serviço. O valor do excesso deverá ser acrescentado ao 
faturamento do mês de janeiro e os tributos serão pagos juntamente com o DAS 
referente àquele mês. 
� Se o faturamento foi superior a R$ 43.200,00. Nesse caso, o enquadramento no 
SIMPLES NACIONAL é retroativo e o recolhimento sobre o faturamento, conforme 
explicado na primeira situação, passa a ser feito no mesmo ano em que ocorreu o 
excessono faturamento, com acréscimos de juros e multa. 
Por isso, a Secretaria da Receita Federal recomenda que o empreendedor, ao perceber que 
seu faturamento no ano será maior que R$ 43.200,00, inicie imediatamente o cálculo e o 
pagamento dos tributos, acessando diretamente o Portal do SIMPLES NACIONAL. 
Para trabalhar em casa, o microempresário deverá consultar o município para saber se 
naquele endereço residencial pode ser instalado um negócio, lembrando que o bem-estar 
coletivo se sobrepõe ao interesse individual. 
É importante que ele faça isso antes de proceder ao registro. Isso quer dizer que atividades 
barulhentas ou com grande circulação de pessoas dificilmente poderão ser exercidas em 
residência. 
Na atividade de ambulante ou quem trabalha em lugar fixo, deverá consultar a prefeitura do 
seu município antes de fazer o registro, com relação ao tipo de atividade e ao local onde irá 
trabalhar. Apesar de o Portal Empreendedor emitir documento que autoriza o funcionamento 
imediato do empreendimento, as declarações do empresário, de que observa as normas e 
posturas municipais, são fundamentais para que não haja prejuízo à coletividade e ao próprio 
empreendedor que, caso não seja fiel ao cumprimento das normas, como declarou, estará 
sujeito a multas, apreensões e, até mesmo, ao fechamento do empreendimento e ao 
cancelamento dos seus registros. 
a prefeitura poderá cancelar todas as inscrições e opções do microempresário individual, no 
prazo de 180 dias após a inscrição, caso verifique que requisitos legais não foram obedecidos. 
Certificado da Condição de Microempreendedor Individual 
É o documento hábil para comprovar inscrições, alvarás, licenças e sua situação de 
enquadramento na condição de microempreendedor individual perante terceiros, ficando a 
sua aceitação condicionada à verificação de sua autenticidade na internet, no Portal do 
Empreendedor. 
O registro e a legalização do Microempreendedor Individual poderão ser efetuados por 
intermédio de escritórios de serviços contábeis optantes pelo Simples Nacional, 
individualmente, ou por meio de suas entidades representativas de classe, por órgãos e 
entidades dos entes federados, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – 
SEBRAE, por outras entidades, outros prepostos ou pelo próprio microempreendedor. 
A inscrição do microempreendedor individual nos órgãos e entidades responsáveis pela sua 
legalização será cancelada quando, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, for recebida a 
comunicação de cancelamento, de acordo com a RESOLUÇÃO CGSIM Nº 16/2009. A Secretaria 
da Receita Federal do Brasil tem o controle da condição de Microempresário Individual. 
Sociedade empresária 
O direito societário compreende o estudo das sociedades. As sociedades são as pessoas 
jurídicas de direito privado e casos especiais de direito público (empresas públicas, como por 
exemplo: Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento). 
São constituídas com a finalidade de exploração de uma atividade econômica e dividir os 
lucros entre seus participantes. 
A sociedade empresária tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito 
a registro, inclusive a sociedade por ações, independentemente de seu objeto, devendo 
inscrever-se na Junta Comercial do respectivo Estado. (art. 982 e § único), constituindo 
elemento de empresa. 
Obs.: um empresário individual pode exercer uma atividade econômica a partir de sua pessoa 
física, e, no caso de uma constituição de pessoa jurídica, passa a ser uma sociedade 
empresária, que se caracteriza quando duas ou mais pessoas se unem a fim de organizarem 
uma empresa para dela desfrutar de seu exercício e assumir suas responsabilidades, por meio 
de um contrato social. 
Proibições previstas na LC 123/2006: 
� PJ de cujo capital participe outra pessoa jurídica; 
� filial, sucursal, agência ou representação, no País, de PJ no exterior; 
� de cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como empresário, ou seja, sócia 
de outra empresa que receba tratamento jurídico diferenciado nos termos desta lei 
complementar, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o 
inciso II do art. 3º; 
� cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez por cento) do capital de outra 
empresa não beneficiada por esta lei complementar, desde que a receita bruta global 
ultrapasse o limite de que trata o inciso II do art. 3º; 
� cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado, de outra pessoa jurídica com 
fins lucrativos, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o 
inciso II do art. 3º; 
� cooperativa, salvo a de consumo; 
� que participe do capital de outra pessoa jurídica; 
� banco comercial, de investimentos e de desenvolvimento, caixa econômica, sociedade 
de crédito, financiamento e investimento ou de crédito imobiliário, corretora ou 
distribuidora de títulos, valores mobiliários e câmbio, de empresa de arrendamento 
mercantil, de seguros privados e de capitalização ou de previdência complementar; 
� remanescente de cisão ou qualquer outra forma de desmembramento de pessoa 
jurídica que tenha ocorrido em um dos cinco anos-calendário anteriores; 
� S/A. 
Formas de apoio ao desenvolvimento empresarial: 
 
Normas para registro e baixa de empresas para os órgãos e entidades dos três âmbitos do 
governo: 
 
No arquivamento dos Atos Constitutivos: 
• Não se exigirá visto de advogados. 
• Não se exigirá certidão de inexistência de condenação criminal, que será substituída 
por declaração do titular ou administrador, informando não estar impedido de exercer 
atividade mercantil ou a administração da sociedade, em virtude de condenação 
criminal. 
• Prova de quitação, regularidade ou inexistência de débito referente a tributo ou à 
contribuição de qualquer natureza. 
• A baixa da inscrição no CNPJ será feita de imediato, por meio de requerimento 
acompanhado do ato de dissolução da empresa. 
• Será permitida a suspensão temporária das atividades da empresa, sem o 
recolhimento de tributos ou cumprimento de obrigações. 
• O fechamento da empresa será feito de imediato, mesmo que a empresa tenha 
débitos tributários, que serão assumidos por seus sócios. 
• Encerramento de atividade de empresas inativas há mais de três anos, independente 
de pagamento de débitos tributários, previdenciários ou trabalhistas. 
Não poderão ser exigidos: 
Excetuados os casos de autorização prévia, quaisquer documentos adicionais aos requeridos 
pelos órgãos executores do Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins e do 
Registro Civil de Pessoas Jurídicas. 
Documento de propriedade ou contrato de locação do imóvel onde será instalada a sede, filial 
ou outro estabelecimento, salvo para comprovação do endereço indicado. 
Comprovação de regularidade de prepostos dos empresários ou pessoas jurídicas com seus 
órgãos de classe, sob qualquer forma, como requisito para deferimento de ato de inscrição, 
alteração ou baixa de empresa, bem como para autenticação de instrumento de escrituração. 
Baixa automática nos registros dos órgãos públicos federais, estaduais e municipais: 
1. Sem movimento há mais de três anos. 
2. Independentemente do pagamento de débitos tributários, taxas ou multas. 
3. Sessenta dias para efetivar a baixa nos respectivos cadastros. 
4. Solidariamente responsáveis, em qualquer hipótese, os titulares, os sócios e os 
administradores. 
A maioria das MPEs que estão inativas há mais de cinco anos e não conseguem dar baixa nos 
cadastros são em decorrência de multas expedidas pela não entrega de declaração sem 
movimento. 
Sociedade empresária – normas 
NORMAS CIVIS EMPRESARIAIS: 
o Definem a figura do pequeno empresário para fins do novo Código Civil (arts. 970 e 
1.179). De acordo com o Código Civil, o pequeno empresário está dispensado de 
manter escrituração contábil. 
o Desobriga as MPEs derealizar reuniões e assembleias: deliberações de mais de 50% 
das quotas sociais. Exceções: previsão contratual; exclusão de sócio por justa causa; 
exclusão de sócio que ponha em risco a continuidade da empresa. 
o Não havendo reuniões, fica dispensado o “livro de atas de reuniões e assembleias”. 
o Serão acrescentadas as abreviações “ME” ou “EPP” na firma ou denominação. 
o Facultada a colocação do objeto social na formação do nome. 
o Dispensa de publicação de atos societários. 
NORMAS DO DIREITO DO TRABALHO 
o Permissão para que as MPEs formem consórcios para serviços de segurança e 
medicina do trabalho. 
o Dispensa de afixação de quadro de trabalho em suas dependências. 
o Da anotação das férias dos empregados nos respectivos livros ou fichas de registro. 
o De empregar e matricular seus aprendizes nos cursos dos Serviços Nacionais de 
Aprendizagem. 
o Da posse do livro intitulado “Inspeção do Trabalho”. 
o Comunicar ao Ministério do Trabalho e Emprego a concessão de férias coletivas. 
o Acesso à Justiça do Trabalho, fazendo-se representar por terceiros. 
Fiscalização orientadora no que se refere aos aspectos trabalhista, metrológico, sanitário, 
ambiental e de segurança. 
ESPECÍFICAS PARA O MICROEMPRESÁRIO COM RECEITA BRUTA ATÉ R$ 36.000,00/ANO. 
Normas epecíficas para o microempresário com receita bruta até R$ 36.000,00/ano 
Tratamento especial até o dia 31 de dezembro do segundo ano subsequente ao de sua 
formalização, além de: 
� Redução da contribuição do empresário individual ou dos sócios para a Seguridade 
Social (de 20% para 11% do limite mínimo mensal do salário de contribuição). 
� Dispensa do pagamento adicional de 0,5% do FGTS mensal e de 10% do saldo do FGTS 
no caso de demissão sem justa causa (ME/EPP não estão dispensadas do FGTS). 
� Dispensa do pagamento das contribuições sindicais de que trata a Consolidação das 
Leis do Trabalho (CLT). 
� Pagamento das contribuições de interesse das entidades privadas de serviço social e 
de formação profissional vinculada ao sistema sindical, de que trata o art. 240 da 
Constituição, denominadas terceiros. 
� Contribuição social do salário-educação. 
Sociedade empresária - associativismo/consórcio simples 
Realização de negócios de compra e venda, de bens e serviços, para os mercados nacionais e 
internacionais, por meio de consórcio, nos termos e condições estabelecidos pelo Poder 
Executivo Federal. 
CRÉDITO E CAPITALIZAÇÃO: 
� estimula linhas de crédito especiais para as MPEs; 
� fortalece o microfinanças – cooperativismo de crédito, microcrédito e acesso a fundos 
públicos (CODEFAT); 
� incentiva a portabilidade de informações bancárias. 
AREA TECNOLOGICA: 
� utilização dos fundos tecnológicos; 
� mínimo de 20% de P&D e capacitação tecnológica destinados à MPE; 
� estímulos às incubadoras tecnológicas. 
ACESSO A JUSTIÇA: 
� fomenta o uso da conciliação prévia, mediação e arbitragem para a solução de 
controvérsias e conflitos públicos e privados; 
� mantém a permissão para as microempresas utilizarem os Juizados Especiais; 
� dá acesso às Empresas de Pequeno Porte. 
PROTESTOS DE TITULOS: 
� emolumentos do tabelião (a eles não incidirão quaisquer acréscimos a título de taxas, 
custas e contribuições); 
� pagamento do título em cartório (não poderá ser exigido cheque de emissão de 
estabelecimento bancário); 
� cancelamento do registro de protesto (feito independentemente de declaração de 
anuência do credor); 
� pagamento do título com cheque sem provisão de fundos (suspensão dos benefícios 
pelo prazo de um ano). 
Proibição de créditos 
As microempresas e as empresas de pequeno porte, optantes pelo Simples Nacional, não farão 
jus à apropriação e nem transferirão créditos relativos a impostos ou contribuições abrangidas 
pelo Simples Nacional, não poderão utilizar ou destinar qualquer valor a título de incentivo 
fiscal. 
Opção pelo Simples Nacional 
� regulamentação: pelo Comitê Gestor. Ver a Resolução nº 4, de 30/05/2007, do Comitê 
Gestor; 
� irretratabilidade para o ano calendário; 
� prazo: até último dia útil de janeiro, exceto quando do início de atividades, nos 
termos, prazo e condições a serem estabelecidos por ato do Comitê Gestor; 
� para efeito de enquadramento MPE, é aquela cuja receita bruta no ano-calendário 
anterior ao da opção esteja compreendida nos limites de receita bruta definida pela 
Lei; 
� enquadramento automático (empresas do Simples Federal). 
 
� empresa de serviços de assessoria creditícia, gestão de 
crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a 
receber, gerenciamento de ativos (asset management), compras 
de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou 
de prestação de serviços (factoring); 
� que tenha sócio domiciliado no exterior; 
� de cujo capital participe entidade da administração 
pública, direta ou indireta, federal, estadual ou municipal; 
� que possua débito com o Instituto Nacional do Seguro 
Social – INSS, ou com as Fazendas Públicas Federal, Estadual ou Municipal, cuja 
exigibilidade não esteja suspensa; 
� que preste serviço de comunicação; 
� que preste transporte intermunicipal e interestadual de passageiros; 
� que seja geradora, transmissora, distribuidora ou comercializadora de energia elétrica; 
� que seja importadora ou fabricante de automóveis e motocicletas; 
� que seja importadora de combustíveis; 
� que produza ou venda no atacado de bebidas alcoólicas, cigarros, armas, bem como de 
outros produtos tributados pelo IPI com alíquota Ad Valorem superior a 20% (vinte por 
cento) ou com alíquota específica; (inclui empresas produtoras de, por exemplo, água 
mineral, extratos para refrigerantes, perfumes, colônias, produtos de beleza, de 
maquilagem e higiene pessoal, inseticidas, peles, bijuterias, centrifugadores, 
aquecedores, aparelhos de vídeo e som, lâmpadas, veículos, cigarros, bebidas 
alcoólicas); 
� que tenha serviços decorrentes do exercício de atividade intelectual, de natureza 
técnica, científica, desportiva, artística ou cultural, que constitua profissão 
regulamentada ou não, bem como a que prestos serviços de instrutor, de corretor, de 
despachante ou de qualquer tipo de intermediação de negócios; que realize cessão ou 
locação de mão de obra; 
� que faça consultoria; 
� que trabalhe com loteamento e seja incorporadora de imóveis. 
Atividades permitidas e proibidas 
 
 
 
 
 
Construção civil 
Será tributada pelo anexo IV, ou seja, além do percentual de tributação previsto no anexo IV, 
pagará a contribuição social do empregador (20% da folha) em separado: do montante 
apurado no período, serão abatidos os valores cobrados pelo município em decorrência da 
substituição tributária (ou seja, os valores retidos pelos tomadores dos serviços). No caso 
específico dos serviços previstos nos itens 7.02 e 7.05 da legislação também serão abatidos os 
materiais fornecidos pelo tomador do serviço. 
Entidades de classe 
É uma sociedade de empresas ou de pessoas com forma e constituição jurídica próprias, de 
natureza civil, sem fins lucrativos e não sujeita à falência, constituída para prestar serviços e 
defender os interesses dos seus membros. 
Aula 06 
Regulamentação da Micro e Pequena Empresa 
A criação da lei geral da pequena empresa fortaleceu os pequenos empreendedores, dando 
grande contribuição para ajudar e resolver aspectos econômicos e sociais do país, 
principalmente quanto ao combate à pobreza pela geração de trabalho, emprego e melhor 
distribuição de renda; na diminuição da informalidade na contratação de mão de obra e 
fortalecimento do aspecto da cidadania e produtividade. 
Ampliou a oportunidade e redução da tributação, aumentando o nível orçamentário dessas 
atividades em estudo. 
Ainda que importante fonte de renda para o Brasil, o setor encontra sérios obstáculos para o 
seu crescimento, sustentabilidade e competitividade. 
A capacidade de gerar empregosé amplamente conhecida e procurada principalmente por 
profissionais que desejam almejar sua independência financeira e social. 
O mais importante é que a lei geral da pequena empresa trouxe o questionamento e pequenas 
reformas tributárias para poder adequar suas finalidades à prática diária dos pequenos 
empresários, diminuindo a possibilidade do fechamento de atividades por causa da pesada 
carga tributária que é cobrada em outros setores empresariais. 
Além dos fatores mencionados, existem, ainda, outros pontos importantes que levantam 
debate na sociedade brasileira e são como concretizar a lei geral das pequenas empresas a 
padronização do conceito de pequena empresa. 
Sistemas diferenciados de tributação por atividades dentro da legislação da pequena empresa, 
acessos a novos mercados nacionais e internacionais, aceitação do produto ou mão de obra no 
exterior, tecnologia para aumentar a qualidade e a quantidade de produtos no mercado sem 
deixar de serem observadas as normas de segurança, nas exportações: criação de um órgão 
que oriente e legalize as negociações, assim como preste assistência nos contratos e 
arrecadações tributárias e facilidade o acesso ao crédito com juros compatíveis à produção ou 
à prestação de serviço do pequeno empresário. 
Por tudo isso, foi criada a lei nº 9.317/96, que ficou conhecida como a Lei do Simples Federal. 
Essa legislação dispôs sobre o regime tributário para o pequeno empresário e criou o Sistema 
Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das micro e pequenas empresas. É 
considerada a primeira regulamentação do art. 179 da Constituição Federal, que estabelece “o 
tratamento diferenciado, simplificado e favorecido” para o setor, e contém trinta e um artigos 
no seu teor. 
Um dos marcos dessa legislação foi a definição das micro e pequenas empresas. Estabeleceu 
também um procedimento simplificado para o pagamento dos tributos que recaem sobre as 
atividades nela inseridas, baseado numa porcentagem da receita bruta variável. 
Também criou regras para: 
• simplificação das formalidades para opção do simples; 
• datas e formas do pagamento mensal e unificado; 
• escrituração e documentação da firma e da declaração para a Receita Federal e demais 
assuntos pertinentes à matéria. 
A Lei 9.317/96 enfatiza também a Previdência Social, relações trabalhistas, linhas de crédito 
específicas para o setor e recursos do Governo Federal para aplicação em pesquisas, 
desenvolvimento e capacitação tecnológica. 
Desta forma, por meio de um único documento, os empresários regidos pela Lei Geral da 
Pequena Empresa pagam os tributos e cumprem obrigações acessórias (livros e documentos 
exigidos para o movimento da empresa) de forma simplificada. 
A arrecadação desses tributos oriundos das pequenas empresas, assim como a fiscalização e 
cobrança poderão ser compartilhadas entre a união, estados e municípios, a partir do cadastro 
nacional único dos contribuintes. 
A pequena empresa tem somente um número de cadastro para todos os órgãos federais, 
estaduais e municipais. 
Empresário informal 
Mas, por que a informalidade é um problema para quem abre um negócio e o governo? 
Segundo a doutrina e o próprio governo, a informalidade: 
• não gera impostos destinados a gastos públicos; 
• enfrenta mais dificuldades para obter crédito ou ter acesso a serviços públicos; 
• é menos produtiva que suas concorrentes formais; 
• impede o desenvolvimento do setor privado, restringindo os investimentos e o 
aumento da produtividade; 
• a maior facilidade para fazer negócios está associada a menos informalidade. 
Fatores que não são favoráveis às atividades das pequenas empresas: 
 
Empresário informal 
O Microempreendedor Individual (MEI) foi criado no Brasil para que os trabalhadores 
informais estejam dentro da legalidade e principalmente para mostrar que o trabalho formal é 
muito mais rentável do que trabalho informal. Foi criado a partir de 1 de Julho de 2009. 
O MEI foi introduzido pela Lei Complementar 128/08 e inserido na Lei Geral da Micro e 
Pequena Empresa (Lei Complementar 123/06). Ele torna possível a formalização de 
empreendedores por conta própria, como: costureiras, quiosqueiros, açougueiros, mecânicos, 
técnicos em refrigeração entre outros. 
As principais características da MEI são: 
• empresa individual (sem sócios); 
• faturamento mensal de até três mil reais; 
• ter apenas um empregado que receba salário de somente um salário mínimo ou o piso 
da categoria; 
• a atividade da empresa tem que se enquadrar no simples nacional; 
• não ter empresa em seu nome nem participar de outra empresa como sócio. 
Mesmo que o Portal Empreendedor emita documento que autorize o funcionamento imediato 
do empreendimento, as declarações do empresário, de que observa as normas e posturas 
municipais, são fundamentais para que não haja prejuízo à coletividade e ao próprio 
empreendedor que, caso não seja fiel ao cumprimento das normas, como declarou, estará 
sujeito a multas, apreensões e, até mesmo, ao fechamento do empreendimento e ao 
cancelamento de seus registros. 
O SIMPLES consiste, em outras palavras, permitir que as empresas optantes recolham os 
tributos e contribuições devidos, calculados sobre a receita bruta, mediante a aplicação de 
alíquota única, em um único documento de arrecadação, chamado DARF-SIMPLES, conforme 
veremos nas próximas aulas. 
 
O atual sistema inclui necessariamente os seguintes tributos: 
 
• Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica – IRPJ; 
• Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI; 
• Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL; 
• Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS; 
• Contribuição para o PIS/Pasep; 
• Contribuição Patronal Previdenciária – CPP para a Seguridade Social, a cargo da pessoa 
jurídica, de que trata o art. 22 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, exceto no caso da 
microempresa e da empresa de pequeno porte que se dedique às atividades enumeradas na 
lei; 
• Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de 
Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS; 
• Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS. 
Constituição Federal: Princípios Fundamentais relativo às MEI 
Princípios da ordem econômica e financeira 
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa 
tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, 
observados os princípios: 
IX. Tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob leis brasileiras 
e que tenham sua sede e administração no País. 
Art. 179. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios dispensarão às microempresas 
e às empresas de pequeno porte, assim definidas em lei, tratamento diferenciado, visando a 
incentivá-las pela simplificação de suas obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias 
e creditícias, ou pela eliminação ou redução dessas por meio de lei. 
Do Sistema Tributário Nacional 
Art. 146. Cabe à lei complementar: 
(...) 
III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre: 
d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as 
empresas de pequeno porte. 
As pequenas e médias empresas têm um importante papel na economia de todos os países. 
Os países da Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Econômico OCDE – é uma 
organização internacional de 34 países que aceitam os princípios da democracia representativa 
e da economia de livre mercado – (a sede da OCDE é localizada no Château de la Muette em 
Paris, França) podem ter entre 70% e 90% dos empregados trabalhando neste tipo de 
empresas. 
Do Sistema Tributário Nacional 
As principais razões são: 
• podem fornecer produtos individualizados, em contraste com as grandes empresas, 
que se concentram emprodutos mais estandardizados; 
• servem de tecido auxiliar às grandes empresas. A maior parte das grandes empresas 
recorrem a empresas subcontratadas de menor dimensão para realizar serviços ou 
operações que caso fossem feitas internamente resultariam em custos maiores; 
• existem atividades produtivas onde é mais apropriado trabalhar com empresas 
pequenas, como, por exemplo, o caso das cooperativas agrícolas. 
Órgãos Gestores da Lei Geral 
 
Para propor, acompanhar e gerir os benefícios dispensados às MPEs, foram criados dois órgãos 
que têm atuação fundamental na implantação e na plena consecução da Lei Geral: 
COMITE GESTOR DE TRIBUTAÇÃO: Vinculado ao Ministério da Fazenda, é formado por 
representantes da Secretaria da Receita Federal, da Secretaria da Receita Previdenciária, dos 
estados, do distrito federal e dos municípios. Atribuições: tratar dos aspectos tributários do 
Simples Nacional, especialmente da regulamentação de pontos imprescindíveis para boa 
aplicação do Simples Nacional. 
Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte: presidido e coordenado 
pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, formado com a 
participação dos órgãos federais competentes e das entidades vinculadas ao setor. 
Atribuições: tratar dos demais aspectos da lei, devendo, para tanto, orientar e assessorar a 
formulação e coordenação da política nacional de desenvolvimento das MPEs, bem como 
acompanhar e avaliar a sua implantação. 
A ideia do Simples Nacional originou-se da necessidade de unificar, dentro do possível, a 
legislação tributária atualmente aplicável às MPEs nos âmbitos federal, do Distrito Federal e 
dos estados e municípios. Entre tantas atividades previstas na Lei Geral da Pequena Empresa, 
destacamos o artesanato. 
Artesanato 
É o produto de um trabalho de predominância manual, sendo que da totalidade das etapas de 
produção deste bem, 80% ou mais será resultado da transformação de matéria-prima feita 
pelo próprio artesão. 
Ele deverá refletir a atividade e habilidade do artesão, além de possuir características culturais 
e regionais que identifiquem cada peça como sendo de sua própria fabricação. 
Neste caso, o artesão somente poderá utilizar os instrumentos manuais, sendo permitido, no 
máximo, máquina simples que não traduza produção em série, e que não comprometam a 
criatividade e habilidade pessoal do artesão. 
A legislação brasileira define que toda atividade artesanal deverá se desenvolver em ambiente 
doméstico, postos de trabalho, em centros associados de produção ou ainda em pequenas 
oficinas, não podendo ter mais de cinco colaboradores. E, no caso de utilização de força 
motriz, a mesma não poderá ser superior a cinco mil quilowatts. 
Artesão é o profissional, em geral sem formação técnica, que trabalha individualmente na 
produção de ofício manual (artesanato) e aí obtém a sua renda. 
Considerando a forma de produção, o artesão pode ser: 
• ARTISTA: É aquele que por sua criatividade, originalidade, graciosidade e perícia 
produz peças que provocam profundo sentimento de admiração naqueles que as 
observam. Exemplos: talhadores, gravadores, escultores e pintor ingênuo (arte naif). 
• ARTESAO: É aquele que trabalha em série, muitas vezes com ajuda de ferramentas e 
mecanismos rudimentares, produzindo dezenas de peças, centrado mais no aspecto 
utilitário das peças que produz do que em despertar no observador o sentimento de 
beleza. Cerâmica ornamentada produzida manualmente com ou sem torno de pé. 
• SEMI-INDUSTRIAL: É aquele que trabalha a partir de moldes ou e de outros processos 
semi-industriais e reproduz dezenas de peças iguais. Exemplos: peças utilitárias de 
cerâmica produzidas de forma semi-industrial (tigelas, jarros, potes etc). 
A diferença entre o artesanato e o trabalho manual está no tipo de material: o trabalho 
manual não precisa ser de matéria-prima transformada, ter características culturais e nem ser 
peça exclusiva. 
Devido à industrialização e à evolução tecnológica de mercado, atualmente, o artesão é 
reconhecido como uma pessoa que produz objetos que pertencem à cultura popular, podendo 
ser negociados tanto a nível nacional, como no estrangeiro. 
Atualmente, o artesanato é considerado uma produção com caráter familiar. É bastante 
difundido principalmente em feiras e centros de cultura do artesão brasileiro. 
O governo brasileiro criou o Fórum do Artesanato Brasileiro, denominado de Programa do 
Artesanato Brasileiro (PAB, em que se encontram as diretrizes para o desenvolvimento de 
políticas públicas relacionadas com o setor. 
Os principais desafios que precisam ser superados para que essa atividade artesanal seja 
definitivamente um negócio de sucesso são: 
• desenvolver o segmento com apoio dos profissionais do artesanato; 
• desenvolver capacitação empreendedora; 
• visualizar a atividade artesanal como área de negócio; 
• padronizar as atividades artesanais sem deixar de respeitar sua cultura e 
regionalidade; 
• estrutura organizacional; 
• sistema de gestão integral e gerencial, monitoramento de projetos e ações a partir das 
categorias artesanais por parte das associações com apoio dos governos da união, 
estados e municípios. 
Profissional autônomo ou liberal 
É aquele que possui determinadas habilidades técnicas, manuais ou intelectuais e decide 
trabalhar por conta própria, sem vínculo empregatício. 
Os profissionais autônomos ou liberais têm condições de negociar mais livremente as relações 
de trabalho, como horários mais flexíveis e salários. Mas, por outro lado, não dispõem de 
direitos trabalhistas, como salário mensal, décimo terceiro salário, FGTS, férias, PIS, entre 
outros. As leis trabalhistas, inclusive, determinam que a partir do terceiro mês de prestação de 
serviços exclusivos para uma empresa (com comprovação), o trabalhador passe a ter os 
direitos de empregado. 
Uma das formas de trabalho autônomo reconhecida no meio empresarial é a consultoria. 
Na maioria das vezes, a intervenção do consultor é necessária quando as empresas ou 
instituições enfrentam dificuldades em que os empregados não estão capacitados para 
resolver. 
 
Para se tornar um consultor e ser um profissional reconhecido no mercado empresarial é 
preciso possuir experiência, especializar-se na área, saber trabalhar em grupos, ser dinâmico e, 
acima de tudo, saber unir conhecimento e criatividade para encontrar as melhores soluções. 
Assim sendo, o profissional autônomo ou liberal é a pessoa física (não poderá ser pessoa 
jurídica) que presta serviços de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais 
empresas, sem relação de emprego, a qual depende, para ser caracterizada, dos seguintes 
pressupostos legais: 
a) pessoalidade da contratação; 
b) não eventualidade da prestação de serviços; 
c) subordinação hierárquica; 
d) serviço prestado mediante pagamento de salário. 
Diferenças entre o profissional autônomo ou liberal e o empregado 
Profissional autônomo: 
• Presta serviços habitualmente por conta própria a uma ou mais pessoas, assumindo os 
riscos da sua atividade. 
• Não é subordinado, não tem patrão, não tem horário de trabalho fixo, e, portanto, não 
tem direito a verbas trabalhistas (décimo terceiro, férias, uma folga paga por semana 
etc.), apenas a direitos previdenciários. 
• Exerce a atividade por conta própria. 
• Os lucros e prejuízos são próprios do profissional em exercício. 
Empregado: 
• É subordinado ao empregador, pois recebe ordens do empregador. 
• Os riscos da atividade são de responsabilidade do empregador. 
Exemplos de profissionais autônomos ou liberais: representantes comerciais, vendedores 
ambulantes que hoje estão protegidos pela Lei do Simples Federal etc. 
Muitas vezes, algumas atividades empresarias são equivocadamente equiparadas à atividade 
autônoma, por serem exercidas por pessoas que prestam serviços sem estarem vinculadas a 
contrato empregatício,mas possuem órgãos representativos e regulamentadas por leis 
federais no qual só podem exercer sua profissão se estiverem registrados. 
Exemplos: administrador, advogado e contador. Para exercerem suas profissões, devem ser 
vinculados ao Conselho Regional de Administração CRA, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) 
ou Conselho regional de Contabilidade (CRC), respectivamente. 
O profissional autônomo é considerado o contribuinte individual. É um segurado obrigatório 
da Previdência Social, devendo, deste modo, inscrever-se no INSS. A inscrição é o ato pelo qual 
o profissional é cadastrado no Regime Geral de Previdência Social, objetivando a sua 
identificação pessoal, atribuindo-lhe o Número de Inscrição do Trabalhador (NIT). 
O serviço de cadastro é permitido ao contribuinte que não possui o NIT ou o PIS. A inscrição 
perante o Regime Geral de Previdência Social independente da categoria profissional, é única e 
permanente, cabendo apenas alterações cadastrais, quando necessárias. 
Equipara-se à empresa, para os efeitos da legislação previdenciária, o Contribuinte Individual 
(como o profissional autônomo, por exemplo) em relação ao segurado que lhe presta serviço. 
Não se deve confundir venda de serviços com prestação de serviços. Na prestação de serviços 
há a exploração individual da atividade, sendo os rendimentos auferidos classificados como do 
trabalho não assalariado, sujeitando-se à incidência do Imposto de Renda, calculado com base 
na Tabela Progressiva e à Declaração de Rendimentos como pessoa física. 
A caracterização da prestação de serviços como pessoa jurídica só ocorre quando: o 
profissional, além da prestação de serviços, vende os materiais por ele empregados no serviço 
prestado; ou o profissional se utiliza de outros profissionais qualificados para a realização do 
serviço, ou seja, aqueles que, por sua habilitação, estariam aptos a desempenhar, por si 
mesmos, as atividades contratadas. 
Empresário rural 
art. 1.179 do Código Civil: “O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um 
sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus 
livros, em correspondência com a documentação respectiva, e levantar anualmente o balanço 
patrimonial e o de resultado econômico”. 
O empresário tem a obrigação de seguir um sistema de contabilidade. Aí entramos no campo 
dos prepostos. Entre eles, temos o gerente e o contador. O primeiro não é obrigatório, mas o 
segundo sim, como o art. 1182. Assim, o empresário não só é obrigado a realizar sua 
escrituração, como também esta deve ser executada, obrigatoriamente, por um contador, 
obedecendo aos livros exigidos por lei. 
Em relação às demonstrações contábeis periódicas, temos: o balanço patrimonial, no qual o 
empresário deve seguir as exigências do art. 1.188 do Código Civil, expressando, com 
fidelidade e clareza, a real situação da empresa, atendendo as peculiaridades próprias, 
indicando, distintamente, o ativo e o passivo e, por fim, realizará o balanço de resultado 
econômico que acompanhará o balanço patrimonial e dele constarão crédito e débito, 
conforme o art. 1.189, do Código Civil. 
Os arts. 971 e 984 do Código Civil são importantes para a identificação do empresário rural. 
art. 971 do Código Civil: “O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão, 
pode, observadas as formalidades de que tratam o art. 968 e seus parágrafos, requerer 
inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, caso em que, depois 
de inscrito, ficará equiparado, para todos os efeitos, ao empresário sujeito a registro”. 
art. 984 do Código Civil: “A sociedade que tenha por objeto o exercício de atividade própria de 
empresário rural e seja constituída, ou transformada, de acordo com um dos tipos de 
sociedade empresária, pode, com as formalidades do art. 968, requerer inscrição no Registro 
Público de Empresas Mercantis da sua sede, caso em que, depois de inscrito, ficará 
equiparada, para todos os efeitos, à sociedade empresária”. 
Em ambos os artigos ficam expressos a facultatividade de registro do empresário rural na 
partícula “pode”, deixando claro que o simples produtor rural, se assim o quiser, poderá 
tornar-se empresário ou sociedade empresária, bastando, para isso, observar as formalidades 
dos art. 968 e requerer sua inscrição no RPEM. 
Assim sendo, o empresário rural se equipara ao empresário urbano, sujeito a registro ou a 
sociedade empresária, a sociedade que anteriormente era rural transforma-se em sociedade 
empresária e o empresário que antes era de fato, será de direito, tendo que cumprir todas as 
obrigações já mencionadas. 
Dessa forma, o empresário rural terá que escriturar obedecendo às exigências legais, levantar 
balanços contábeis periódicos, poderá requerer recuperação judicial ou, até mesmo, ir à 
falência. 
Enunciado 201 do CEJ: “O empresário rural e a sociedade empresária rural inscritos no registro 
publico de empresas mercantis estão sujeitos à falência e podem requerer concordata”. 
O enunciado transcrito, embora editado sob a égide da antiga Lei de Falências, permanece 
inteiramente válido na vigência da Nova Lei (Lei nº 11.101/2005). Outro fator relevante no 
caso da sociedade empresária é quando a atividade rural é transformada ou constituída, 
devendo ser escolhido um dos tipos societários existentes. 
O produtor rural, pessoa física, desde que inscrito na Junta Comercial nos termos do art. 971 
do Código Civil, pode pleitear em juízo a recuperação judicial, obedecidos os ditames da Lei nº 
11.101/2005. 
O tipo societário predominante da sociedade rural é a sociedade limitada. São várias as 
características dessa sociedade. Podemos destacar: 
A divisão do capital social em quotas, que são, por sua natureza, diferentes das ações, 
podendo ser de valores iguais ou não. 
O emprego de firma ou denominação e a responsabilidade de cada sócio ser restrita ao valor 
de suas quotas, ressalvando o disposto no art. 1.052, caput, parte final, do Código Civil, que 
todos respondem solidariamente pela integralização do capital. 
É importante o registro dessa nomenclatura nesse tipo societário por parte dos produtores 
rurais, futuros empresários, por esse ser um modelo aberto, maleável, apresentando estrutura 
flexível que se adeque a diversos empreendimentos, sendo, portanto, compatível à realidade 
vivida no campo. 
Empresa rural 
Para compreender o conceito de empresa rural, temos de rever a história. Foi somente com o 
a Lei n. 4.504/1.964, denominada de Estatuto da Terra (ET), que a atividade rural passou a ser 
admitida no conceito de empresa. 
O art. 4º do ET IV diz que se considera empresa rural “a exploração econômica e racional de 
imóvel rural”, para a obtenção de “rendimento econômico”, por empreendedor “ pessoa física 
ou jurídica pública ou privada”. A exploração da propriedade rural com esse caráter 
empreendedor promoveu a entrada de grupos econômicos de capital forte, trazendo grandes 
investimentos no setor agrícola, o que trouxe um grande avanço tecnológico e incentivou, ao 
mesmo, tempo a agroindústria. 
Assim, a exploração organizada da terra significa que o antigo produtor rural, muitas vezes 
tendo seu ímpeto empresarial contido, seja por motivos econômicos ou jurídicos que 
desestimulava a produção, agora passou a ser a figura de empresário, o qual destinou seu 
imóvel rural para a produção específica de certos produtos, como a exploração da pecuária, da 
agricultura, da piscicultura, da silvicultura entre tantas áreas destinadas a esse empresário, 
além de possuir amparo jurídico que deu sustentação a sua atividade. 
Apareceram também, diretamente relacionadas com essa legislação, novas oportunidades de 
ordem econômica que viabilizaram e aperfeiçoaram a exploração da terra na forma de 
atividade empresarial organizada. 
A empresa rural é, portanto, uma unidade de produção com elevado nível tecnológico e decapital para exploração e com alto grau de comercialização, tendo como objetivos técnicos a 
própria sobrevivência da empresa, pois, toda empresa para assim ser considerada deve possuir 
um caráter duradouro, e o seu crescimento em busca de lucro. 
A empresa rural é considerada uma realidade socioeconômica, na qual é possível distinguir os 
elementos: empresário, exploração e atividade rural. 
É possível definir as áreas de atuação e desenvolvimento da empresa rural, por meio da 
concepção de esta estar integrada com o meio externo, consequentemente, susceptível não só 
a mudanças climáticas que afetam constantemente o setor agrícola, como também a variações 
de mercado. 
É possível afirmar isso levando-se em consideração que uma de suas características é o alto 
grau de comercialização, a qual os administradores buscam capacitação profissional e 
atualização em relação aos ciclos produtivos e como minimizar as perdas, a ponto de gerar 
ideias que viabilizem a consecução da atividade econômica organizada, gerando satisfação dos 
clientes e dos fornecedores, conjugando elementos não materiais, como: a reputação da 
empresa e o potencial de negócios, sendo que esse conjunto de bens não materiais e que 
fazem parte do estabelecimento é denominado de goodwell. 
Independente do nível tecnológico empregado ou da área de exploração, qualquer empresa 
rural é integrada por um conjunto de recursos denominados de fatores de produção entre os 
quais estão a terra, o capital e o trabalho. 
Pode-se dizer que a terra é, entre estes mencionados, o fator mais importante, pois é nela que 
se aplica o capital e se emprega a mão de obra. 
O capital representa a totalidade de bens colocados sobre a terra, com o objetivo de 
incrementar a produção por meio de novas tecnologias que facilitariam e proporcionariam 
melhor qualidade do trabalho, e, consequentemente, maior produtividade. 
O trabalho é a atividade desempenhada pelo homem, seja ela operacional ou administrativa 
(tanto o funcionário da empresa ou o contabilista – que já vimos sua obrigatoriedade – como o 
empresário com função de administração) desempenham seus respectivos trabalhos dentro da 
empresa. 
Aula 07 
Pequenas e microempresas 
A sobrevivência de uma empresa no mundo atual está relacionada à capacidade de prever 
situações e fazer as modificações necessárias e rápidas para se adaptar à nova realidade. 
Diante deste cenário os empresários têm que estar sempre atualizados quanto à escrituração 
contábil, independentemente da contratação de um contador, pois isso é fundamental para 
orientar o gestor nas decisões que precisam ser tomadas. 
As micro e pequenas empresas começaram a ser reguladas pela Lei nº 9.317/96, tendo a opção 
pelo Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições (Simples), que facilitou a 
apuração dos impostos e contribuições das empresas, mas não as desobrigou de continuarem 
vigilantes a outras variáveis que podem ser mensuradas pela escrituração contábil, 
consubstanciada nas Ciências Contábeis, nos Princípios Fundamentais de Contabilidade e nas 
Normas Brasileiras de Contabilidade, provenientes do Conselho Federal de Contabilidade. 
A partir de 1997, com a entrada em vigor da Lei nº. 9.317, de 05 de dezembro de 1996, 
começou a atuar o Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições – SIMPLES, 
sendo estabelecidas as condições para que as microempresas (ME) e as empresas de Pequeno 
Porte (EPP) passem se enquadrar no atual sistema, com base no faturamento, objetivo social, 
natureza jurídica, composição societária e outros aspectos legais. 
O Simples trouxe a essas empresas um tratamento tributário diferenciado, como determina a 
Constituição Federal, para incentivar o desenvolvimento e diminuir a desigualdade social em 
nossa sociedade. O Simples, previsto na Lei nº 9.317/1996, deixou de ser aplicado às ME e às 
EPP, sendo revogado, a partir de 1° de julho de 2007, pela Lei Complementar nº 123, de 2006, 
que está em vigor até os dias de hoje. 
Lei do Simples Federal – situação tributária das micro e pequenas empresas 
Considera-se receita bruta o produto da venda de bens e serviços nas operações de conta 
própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia 
(operações realizadas pela empresa em nome de terceiros). 
Exemplos: venda em consignação, intermediação de negócios etc., não incluídas as vendas 
canceladas e os descontos incondicionais concedidos. (Art. 3º, §1º). 
Para fins de enquadramento como Microempresa e Empresa de Pequeno Porte, deve ser 
considerada a receita bruta em cada ano-calendário. No caso da alíquota, deve-se considerar a 
receita bruta total acumulada nos 12 meses anteriores ao do período de apuração. 
TRIBUTOS ABRANGIDOS PELA LEI COMPLEMENTAR Nº123/06: O Regime Especial Unificado de 
Arrecadação de Tributos e Contribuições Devidos pelas ME e EPP implica o recolhimento 
mensal, mediante documento único de arrecadação, somente dos seguintes impostos e 
contribuições: IRPJ; IPI; CSLL; COFINS; PIS; Contribuição para a Seguridade Social, a cargo da 
pessoa jurídica (20%); ICMS e ISS. (Art. 13). 
CONTRIBUIÇOES QUE ESTAO INCLUIDAS NO RECOLHIMENTO UNIFICADO: As ME e EPP 
optantes pelo Simples Nacional ficam dispensadas do pagamento das demais contribuições 
instituídas pela União, inclusive das contribuições para as entidades privadas de serviço social 
e de formação profissional, vinculadas ao Sistema Sindical, de que trata o artigo 240 da 
Constituição Federal, e demais entidades de Serviço Social Autônomo (Sistema S). (Art. 13, 
§3º) 
No caso do ICMS, estão excluídas: as operações ou prestações sujeitas ao regime de 
substituição tributária; o recolhimento por terceiro, ou responsável; a entrada de petróleo, 
inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, bem como energia 
elétrica, quando não destinados à comercialização ou industrialização; o ICMS devido por 
ocasião do desembaraço aduaneiro; operação de aquisição ou manutenção em estoque de 
mercadoria desacobertada de documento fiscal; a operação ou prestação desacobertada de 
documento fiscal; as operações com mercadorias sujeitas ao regime de antecipação do 
recolhimento do imposto, bem como do valor relativo à diferença entre a alíquota interna e a 
interestadual. (Art. 13, §1º, XIII) 
Quanto ao ISS, estão excluídos: os serviços sujeitos à substituição tributária ou retenção na 
fonte e a importação de serviços. (Art. 13, §1º, XIV) 
Isenção do imposto de renda: 
Consideram-se isentos do imposto de renda, na fonte e na declaração de ajuste do 
beneficiário, os valores efetivamente pagos ou distribuídos ao titular ou sócio da ME e EPP 
optante pelo Simples Nacional, salvo os que corresponderem a pró-labore, aluguéis ou 
serviços prestados. A isenção fica limitada ao valor resultante da aplicação dos percentuais de 
presunção de lucros do imposto de renda, sobre a receita bruta mensal, salvo na hipótese de a 
pessoa jurídica manter escrituração contábil e evidenciar lucro superior a este limite. (Art. 14) 
Retenções de tributos federais na fonte: As ME e EPP optantes pelo Simples Nacional estão 
sujeitas à retenção na fonte de imposto de renda e às contribuições instituídas pela União, 
pois o dispositivo que previa a isenção foi vetado pelo Poder Executivo. 
A opção pelo Simples Nacional da pessoa jurídica enquadrada na condição de microempresa e 
empresa de pequeno porte dar-se-á na forma a ser estabelecida em ato do Comitê Gestor, 
sendo irretratável para todo o ano-calendário (Art. 16). Não poderão recolher os impostos e 
contribuições na forma do Simples Nacional as atividades constantes no art. 17 da legislação. 
ALIQUOTAS E BASE DE CALCULO QUE SERAO APLICADAS NAS ME E EPP: 
A alíquota a ser aplicada será definida em razão da atividade da empresa e a receita bruta 
acumulada nos 12 meses anteriores ao do período de apuração, conforme tabelas constantes 
nosAnexos da Lei Complementar nº 123/06. Sobre a receita bruta auferida no mês, incidirá a 
alíquota determinada na forma descrita na lei, podendo tal incidência se dar, à opção do 
contribuinte e na forma regulamentada pelo Comitê Gestor, sobre a receita recebida no mês, 
sendo essa opção irretratável para todo o ano-calendário. (Art. 18) 
RECOLHIMENTO DE TRIBUTOS 
Os tributos devidos deverão ser pagos por meio de documento único de arrecadação, 
instituído pelo Comitê Gestor, segundo códigos específicos na lei, para cada espécie de receita. 
Na hipótese da ME ou EPP possuir filiais, o recolhimento dos tributos do Simples Nacional dar-
se-á por intermédio da matriz. (Art. 21) 
Na hipótese em que o Estado, o Município ou o Distrito Federal concedam isenção ou redução 
do ICMS ou do ISS devido por microempresa ou empresa de pequeno porte, ou ainda 
determine recolhimento de valor fixo para esses tributos, na forma do parágrafo dezoito do 
art. 18 da referida lei, será realizada redução proporcional ou ajuste do valor a ser recolhido, 
na forma definida em resolução do Comitê Gestor. (Art. 18, § 20) 
Segundo o parágrafo 20 A do art. 18, a concessão dos benefícios poderá ser realizada 
mediante deliberação exclusiva e unilateral dos Estados, Distrito Federal e Municípios e de 
modo diferenciado para cada ramo de atividade. 
Recolhimento de receitas sujeitas à substituição tributária ou decorrentes de exportação 
� O contribuinte deverá informar essas receitas destacadamente, de modo que o 
aplicativo de cálculo (PGDAS) as desconsidere da base de cálculo dos tributos objeto 
de substituição (no caso de a ME ou EPP se encontrar na condição de substituída 
tributária) ou exportação. Ressalta-se que essas receitas continuam fazendo parte da 
base de cálculo (Obs.: com o advento da LC 128, de 19.12.2008, as ME e EPP optantes 
pelo Simples Nacional deverão considerar, destacadamente, para fins de pagamento, 
além das receitas decorrentes da venda de mercadorias sujeitas a substituição 
tributária, também as decorrentes de tributação concentrada em uma única etapa 
(monofásica), bem como, em relação ao ICMS, as de antecipação tributária com 
encerramento de tributação.) dos demais tributos abrangidos pelo Simples Nacional. 
� As ME e EPP não optantes do Simples Nacional poderão usufruir dos benefícios não 
tributários, uma vez que a Lei Complementar nº 123, de 14/12/2006, estabelece 
normas gerais, tributárias e não tributárias, relativas ao tratamento diferenciado e 
favorecido a ser dispensado às ME e às EPP. Entretanto, para que as ME e EPP se 
beneficiem do Simples Nacional, é indispensável que sejam optantes pelo referido 
regime. 
� Nas operações com mercadorias sujeitas à substituição tributária, o substituto 
tributário optante deverá recolher a parte do Simples Nacional o ICMS devido por 
substituição. O ICMS próprio, por sua vez, deverá ser recolhido dentro do Simples 
Nacional. 
� Em relação ao ICMS devido por responsabilidade tributária, o recolhimento ocorrerá 
conforme determinam as legislações dos artigos 13, § 6º, e 77, §§ 4º e 5º, da Lei 
Complementar nº 123/06, com redação da Lei Complementar nº 128/08. 
Incentivo fiscal e principais obrigações 
Incentivo fiscal: As ME e EPP não farão jus à apropriação nem transferirão créditos relativos a 
impostos ou contribuições abrangidos pelo Simples Nacional, assim como não poderão utilizar 
ou destinar qualquer valor a título de incentivo fiscal. (Arts. 23 e 24) 
Principais obrigações fiscais acessórias das ME e EPP abrangidas no Simples Nacional: 
Anualmente, as ME e EPP apresentarão à Secretaria da Receita Federal uma declaração única e 
simplificada de informações socioeconômicas e fiscais, que deverão ser disponibilizadas aos 
órgãos de fiscalização tributária e previdenciária, observados prazo e modelo aprovados pelo 
Comitê Gestor. (Art. 25) Também ficam obrigadas a: emitir documento fiscal de venda ou 
prestação de serviço, deacordo com instruções expedidas pelo Comitê Gestor; manter em boa 
ordem e guarda os documentos que fundamentaram a apuração dos impostos e contribuições 
devidos e o cumprimento das obrigações acessórias, enquanto não decorrido o prazo 
decadencial e não prescritas eventuais ações que lhes sejam pertinentes. (Art. 26) 
Escrituração e Sublimite 
Escrituração: É permitida a manutenção de escrita simplificada baseada em livro-caixa. (Art. 
27) 
Sublimite: São limites diferenciados de faixas de receita bruta para Empresas de Pequeno 
Porte (EPP), que podem ser adotados pelos Estados e pelo Distrito Federal, para efeito de 
recolhimento do ICMS e do ISS. A adoção de sublimites depende da participação do Estado ou 
do Distrito Federal no Produto Interno Bruto (PIB). 
A adoção de sublimites é uma faculdade dos Estados e do Distrito Federal, que, no caso da não 
opção por limites diferenciados de receita bruta, deverão aplicar, em seus territórios, todas as 
faixas de receita previstas na Lei Complementar nº 123, de 14.12.2006. Os Estados e o Distrito 
Federal devem se manifestar anualmente, até o último dia útil de outubro, quanto à adoção de 
sublimites, com efeitos para o ano-calendário seguinte. 
Os sublimites adotados pelos Estados são obrigatoriamente válidos para os Municípios neles 
localizados. 
Exclusão do Simples Nacional 
Será feita de ofício ou mediante comunicação das empresas optantes. (Art. 28), através de 
comunicação da ME ou da EPP quando a mesma, espontaneamente, desejar deixar de ser 
optante pelo Simples Nacional (exclusão por opção). 
Deverá ser feita quando tiverem ultrapassado o limite proporcional de EPP no ano de início de 
atividade ou ainda tiver incorrido em alguma situação de vedação prevista no art. 12 da 
Resolução CGSN nº 4, de 2007 (casos de exclusão obrigatória). 
Será efetuada de ofício quando verificada a falta de comunicação de exclusão obrigatória ou 
quando verificada a ocorrência de alguma das situações previstas nos incisos II a XV do art. 5º 
da Resolução CGSN nº 15, de 2007. 
Veja a Resolução CGSN nº 15/2007 
A exclusão do Simples Nacional deverá ser efetuada pela ME ou EPP, obrigatoriamente, 
quando incorrer nas seguintes hipóteses: 
1. Na hipótese do inciso I do art. 12 da Resolução CGSN nº 4, de 2007, ou seja, tiver 
auferido, no ano-calendário imediatamente anterior, receita bruta superior a R$ 
2.400.000,00. 
2. Na hipótese do § 1º do art. 3º da Resolução CGSN nº 4, de 2007, ou seja, tiver 
ultrapassado o limite proporcional de EPP no ano de início de atividade (R$ 200.000,00 
multiplicados pelo número de meses compreendido entre o início da atividade e o 
final do respectivo ano-calendário, consideradas as frações de meses como um mês 
inteiro). 
3. Nas hipóteses de vedação previstas nos incisos II a XV e XVII a XXVI do art. 12 da 
Resolução CGSN nº 4, de 2007. 
4. Na hipótese de vedação prevista no inciso XVI do art. 12 da Resolução CGSN nº 04, de 
2007, ou seja, possuir débito com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), ou com 
as Fazendas Públicas Federal, Estadual ou Municipal, cuja exigibilidade não esteja 
suspensa. (Art. 29) 
Competência para excluir as ME e as EPP 
A competência para excluir de ofício é da Secretaria da Receita Federal e das Secretarias de 
Fazenda ou de Finanças do Estado ou do Distrito Federal, segundo a localização do 
estabelecimento, e, tratando-se de prestação de serviços incluídos na competência tributária 
municipal, a competência será também do respectivo Município. 
Atrasos, notas e inscrições 
Atraso no pagamento dos tributos especificados no Simples Nacional: Terão os acréscimos 
legais, juros e multa de mora e de ofício previstas para o imposto de renda, inclusive, quando 
for o caso, em relação ao ICMS e ao ISS. (Art. 35) 
Nota Fiscal Eletrônica: A ME e a EPP estão obrigadas a utilizar a nota fiscal eletrônica (NF-e) 
para o registro das operações sujeitas ao ICMS. Todavia, devem ser observados os prazos de 
obrigatoriedadeprevistos nos Protocolos ICMS de nº 10/2007 e 42/2009. Outro item 
importante é que o microempreendedor individual (MEI), de que trata o art. 18-A da Lei 
Complementar 123/2006, está dispensado da obrigatoriedade da utilização de Nota Fiscal 
Eletrônica, podendo vir a fazê-lo caso tenha interesse e haja previsão na legislação municipal. 
Inscrição Estadual: Toda empresa que tem atividade de Circulação de Mercadorias deve 
solicitar sua inclusão no Cadastro de Contribuintes do Imposto sobre Circulação de 
Mercadorias e Serviços (ICMS), obtendo, assim, sua inscrição estadual. A inscrição é feita na 
Secretaria de Estado de Fazenda de cada Estado. 
Alvará de licença para estabelecimento e inscrição municipal 
Deverá ser solicitado à Prefeitura local o Alvará de Licença para Estabelecimento. Alvará é uma 
licença concedida pela Prefeitura, permitindo a localização e o funcionamento de 
estabelecimentos comerciais, industriais, agrícolas, prestadores de serviços, bem como de 
sociedades, instituições e associações de qualquer natureza, vinculadas a pessoas físicas ou 
jurídicas. O funcionamento sem alvará caracteriza o estabelecimento como ilegal e pode 
acarretar seu fechamento e punição dos responsáveis na forma da lei. 
Os prestadores de serviços estão obrigados a efetuar a inscrição no cadastro de contribuintes 
do Município, obtendo sua inscrição municipal. Para requerer o alvará, faça a Consulta Prévia 
de Local na Prefeitura da sua região, para saber se a atividade pode ser exercida no local 
pretendido, segundo as leis de zoneamento e uso do solo urbano. 
Consulta 
Deverão as ME e EPP se informar junto à Secretaria da Receita Federal, nos termos da 
resolução CGSN No 13, de 23/07/2007. 
Quando for relativa ao ICMS ou ao ISS, a solução da consulta ou a declaração de sua ineficácia 
competirá a Estados, Distrito Federal ou Municípios, conforme o caso. A consulta formalizada 
junto a ente não competente para solucioná-la será declarada ineficaz. 
Na hipótese de a consulta abranger assuntos de competência de mais de um ente federativo, a 
ME ou a EPP deverá formular consultas em separado para cada administração tributária. A 
consulta será solucionada em instância única, não cabendo recurso nem pedido de 
reconsideração, ressalvado o recurso de divergência, quando previsto na legislação de cada 
ente federativo. 
Poderá ser formulada por sujeito passivo de obrigação tributária principal ou acessória. No 
caso de a ME ou a EPP possuir mais de um estabelecimento, a consulta será formulada pelo 
estabelecimento matriz, devendo este comunicar o fato aos demais estabelecimentos, exceto 
se a consulta se referir ao ICMS ou ao ISS. 
Declaração anual do Simples Nacional (DASN) 
Estão obrigadas a entregar a declaração todas as microempresas (ME) e empresas de pequeno 
porte (EPP) que em algum período do ano-calendário se encontravam como optantes pelo 
Simples Nacional. Também será permitida a entrega da DASN por empresas que não constam 
como optantes, desde que possuam processo formalizado em uma das unidades das Fazendas 
Federal, Estadual ou Municipal. 
A entrega da DASN não desobriga a prestação de informações relativas a terceiros e outras 
obrigações acessórias exigidas pelos entes federativos. O prazo de entrega da DASN é até o 
último dia do mês de março do ano-calendário subsequente ao de ocorrência do fato gerador. 
A entrega deve ser feita exclusivamente por meio da internet, utilizando aplicativo específico 
disponível no Portal do Simples Nacional em “Contribuintes”. 
A DASN está estruturada em três partes principais: 
• Dados importados do PGDAS: informações referentes às atividades exercidas, receitas 
auferidas, registros de isenção, redução e imunidade tributária etc. que foram 
inseridas e salvas no PGDAS. A aplicação importará sempre a última apuração 
realizada em cada período de apuração abrangido pela declaração. Serão importados 
somente os PA em que a empresa constava como “optante” no cadastro do Simples 
Nacional (exceto para não optantes com processo administrativo). 
• Informações econômicas e fiscais: são coletadas informações complementares 
necessárias ao aprofundamento do conhecimento sobre a pessoa jurídica pelas 
administrações tributárias, tais como: ganhos de capital, quantidade de empregados 
no início e no final do período abrangido pela declaração, identificação e rendimentos 
dos sócios etc. 
• Resumo da declaração – apresentação da receita bruta total auferida pela pessoa 
jurídica, bem como o valor devido de Simples Nacional e o valor da soma dos DAS 
pagos em cada período de apuração. A soma dos DAS pagos levam em consideração o 
valor total de todos os DAS com os acréscimos legais. 
SIMEI e PGMEI 
 
Regulamentado pela Resolução CGSN nº 58, de 27 de abril de 2009. Consiste na solicitação 
para ingresso no Sistema de Recolhimento em Valores Fixos Mensais dos Tributos Abrangidos 
pelo Simples Nacional. Desde 03/01/2011 está disponível o aplicativo para o Empresário 
Individual comunicar o desenquadramento do SIMEI. Desse modo, não mais deve ser 
solicitado por meio de requerimento. 
Os tributos abrangidos pelo SIMEI são: INSS (Contribuição para a Seguridade Social, relativa à 
pessoa do empresário, na qualidade de contribuinte individual.); ICMS (Caso seja contribuinte 
desses tributos, conforme Anexo Único da Resolução CGSN nº 58/2009.) e ISS (Mesma nota do 
ICMS). 
 
É um sistema eletrônico de geração do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS) 
para o Microempreendedor Individual, conforme determinam a Lei Complementar nº 123, de 
14 de dezembro de 2006 (alterada pelas Leis Complementares nº 127/2007 e 128/2008) e a 
Resolução CGSN nº 58/2009. 
O acesso ao PGMEI dar-se-á exclusivamente via Portal do Simples Nacional na internet. O 
objetivo do programa é gerar o Documento de Arrecadação do Simples Nacional para o 
microempreendedor individual (DAS) para recolhimento na rede bancária. 
O recolhimento do valor devido deverá ser efetuado até o dia 20 do mês subsequente ao 
período de apuração. Quando não houver expediente bancário no dia 20, o recolhimento 
deverá ser efetuado até o dia útil imediatamente posterior. 
O valor não pago até a data do vencimento sujeitar-se-á à incidência de encargos legais, na 
forma prevista na legislação do imposto sobre a renda. Permite ao contribuinte consultar a 
relação dos DAS emitidos por Período de Apuração (PA), para o ano selecionado. 
INSS – Instituto Nacional do Seguro Social 
Estando com o CNPJ e o Contrato Social no prazo de 30 dias do início de suas atividades, o 
representante deverá se dirigir à Agência da Previdência para apresentar a documentação a 
seguir, a fim de regularizar o cadastro, que terá sido feito de forma integrada com o CNPJ. 
Documentação 
Documentação exigida para a inscrição da empresa: 
• contrato Social (original ou cópia); 
• CNPJ. 
 
Documentação exigida para a inscrição do empresário: 
• número da carteira de identidade e do CPF; 
• comprovante de residência. 
Entidades de apoio a MEI e EPP 
• Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), órgão vinculado ao 
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. 
• Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE). 
• Programa Desenvolvimento de Micro, Pequenas e Médias Empresas. Foi criado dentro 
do AVANÇA BRASIL para apoiar esses segmentos empresariais, por meio de ações que 
os auxiliem a superarem algumas das dificuldades apontadas como principais motivos 
da alta taxa de mortalidade. O programa prevê, ainda, a realização de estudos que 
permitam o assessoramento à formulação de políticas públicas mais adequadas para 
garantir a sobrevivência das micro e pequenas empresas. 
• CNI – Confederação Nacional da Indústria. Presta diversos serviços ao segmento por 
meio do Programa de Apoio à Competitividade das Micro e Pequenas Indústrias 
(Procompi). 
Questões trabalhistasObrigações trabalhistas que as micro e pequenas empresas estão dispensadas de: 
 • afixar quadro de trabalho. 
 • anotar as férias nos livros (mantida a anotação na carteira dos empregados). 
 • empregar menores aprendizes. 
 • ter a posse do livro “inspeção do trabalho”. 
 • comunicar ao Ministério do Trabalho de concessão de férias coletivas. (art. 50) 
Recolhimento de FGTS 
Para o empresário com receita bruta anual no ano-calendário anterior de até R$ 36.000,00 
(trinta e seis mil reais), haverá também a dispensa de pagamento das alíquotas adicionais do 
FGTS, criadas para pagamento dos expurgos inflacionários (0,5% sobre o recolhimento o 
mensal – passando para 8,5% e 10% no caso da multa rescisória, nas dispensas de empregados 
por iniciativa da empresa – 40% para 50%). 
A primeira alteração não terá qualquer impacto, uma vez que esses recolhimentos terminaram 
no final do ano de 2006 e o Estatuto da Microempresa, só entrará em vigor em meados de 
2007. A segunda pode produzir algum reflexo, mesmo aplicando-se a limitado universo de 
empresas, por força da restrição da receita bruta anual. Os benefícios poderão ser usufruídos 
por até três anos-calendário. (art. 53) 
Ficou estabelecido que o empresário de microempresa ou de empresa de pequeno porte 
poderá se fazer representar nas audiências trabalhistas por terceiros que conheçam dos fatos, 
mesmo que não possuam vínculo trabalhista. Até então, o preposto deveria ser empregado da 
empresa. (art.54) 
Conectividade Social – Certificado Eletrônico – FGTS 
O aplicativo Conectividade Social é um canal eletrônico de relacionamento, desenvolvido pela 
CAIXA ECONOMICA FEDERAL (CEF). A sua finalidade é a troca de arquivos e mensagens por 
meio da internet. O canal foi criado para ser utilizado por todas as empresas, ou equiparadas, 
que estão obrigadas a recolher o FGTS ou prestar informações à Previdência Social. 
Além de simplificar o processo de recolhimento do FGTS, reduz os custos operacionais, 
aumenta o conforto, a precisão, a segurança e o sigilo das transações relativas ao FGTS. Para 
garantir a sua segurança, o uso do aplicativo Conectividade Social está associado a um sistema 
de identificação com duas chaves: uma pública (o certificado eletrônico) e uma privada, que o 
empresário mesmo cadastra para a sua empresa. 
Benefícios: 
• Simplifica o processo de recolhimento do FGTS. 
• Reduz custos operacionais. 
• Disponibiliza um canal direto de comunicação com a CAIXA, agente operador do FGTS. 
• Aumenta a comodidade, segurança e o sigilo das transações com o FGTS. 
• Reduz a ocorrência de inconsistências e a necessidade de regularizações futuras. 
• Aumenta a proteção da empresa contra irregularidades. 
• Facilita o cumprimento das obrigações da empresa relativas ao FGTS e à Previdência 
Social. 
Negociação coletiva: 
Há possibilidade de as empresas negociarem com o sindicato dos trabalhadores a duração e o 
valor da hora, relacionadas com o tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e 
retorno. Isso quando se tratar de local de difícil acesso ou não servido por transporte público 
(as chamadas horas in itineri, que são consideradas pela lei como horas trabalhadas). (art.84) 
AULA 08 
Registro das micro e pequenas empresas: 
Dando continuidade sobre o registro das micro e pequenas empresas, nessa aula iremos 
estudar, entre outros pontos, as determinações do Departamento Nacional de Registro do 
Comércio (DNRC), em consequência da Lei do Simples Nacional, que alterou alguns de seus 
regulamentos para facilitar o registro e o cancelamento das atividades das micro e pequenas 
empresas. 
Registro das micro e pequenas empresas 
Entre as principais alterações determinadas pelo Departamento Nacional de Registro do 
Comércio (DNRC), está que: 
• As juntas comerciais não exigirão mais as certidões negativas de débito para cancelar o 
registro das micro e pequenas do empresário optante pela LC nº 123/06. 
• As micro e pequenas empresas também estão desobrigadas de fazer reuniões e 
assembleias anuais e de publicar qualquer ato societário. 
• A inclusão do objeto da sociedade em sua denominação passa a ser facultativa. 
• A adição ao nome empresarial da expressão ME ou MICROEMPRESA e EPP ou 
EMPRESA DE PEQUENO PORTE não pode ser efetuada no requerimento de inscrição 
do empresário. 
• Somente depois de feita a inscrição do empresário e arquivada a declaração de 
enquadramento como ME ou EPP, é que, nos atos posteriores, obrigatoriamente, deve 
ser adicionada termos ao nome empresarial. 
Código de atividade econômica (CNAE FISCAL) 
É o instrumento de padronização nacional dos códigos de atividade econômica e dos critérios 
de enquadramento utilizados pelos diversos órgãos da Administração Tributária do país. 
É aplicado a todas as atividades econômicas que estão inseridas na produção de bens e 
serviços, podendo compreender estabelecimentos de empresas privadas ou públicas, 
estabelecimentos agrícolas, organismos públicos e privados, instituições sem fins lucrativos e 
agentes autônomos (pessoa física). 
É coordenado pela Secretaria da Receita Federal e orientação técnica do IBGE, com 
representantes da União dos Estados e dos Municípios, na Subcomissão Técnica da CNAE, que 
atua em caráter permanente no âmbito da Comissão Nacional de Classificação – CONCLA. 
A tabela de códigos e denominações da CNAE foi oficializada mediante publicação no DOU- 
Resoluções IBGE/CONCLA nº 01 de 04 de setembro de 2006 e nº 02, de 15 de dezembro de 
2006. Na Secretaria da Receita Federal, a CNAE é um código a ser informado na Ficha Cadastral 
de Pessoa Jurídica (FCPJ), que alimentará o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica/CNPJ. 
Na pesquisa no CNAE, o empresário irá pesquisar códigos ou atividades econômicas. Poderá 
encontrar, a partir da digitação da descrição de uma dada atividade ou de uma palavra-chave, 
os códigos das classes ou subclasses no CNAE, que contêm as palavras digitadas, ou a partir da 
especificação de um código, o conjunto de atividades a ele associadas. 
Exemplo: CNAE 2.1 – Subclasses 
Pesquisa por: Registros Encontrados 
Professor 1 
Código Descrição CNAE 
8599-6/99 PROFESSOR AUTÔNOMO, INDEPENDENTE. 
Comissão Nacional de Classificação (Concla) 
• Disponibiliza as classificações estatísticas nacionais, para temas selecionados, usadas no 
sistema estatístico e nos cadastros administrativos do país e as classificações internacionais a 
elas associadas. 
• Dispõe, ainda, as informações sobre a composição, a forma de atuação e a legislação da 
Comissão Nacional de Classificação (Concla), que foi criada em 1994 para o monitoramento, 
definição das normas de utilização e padronização das classificações estatísticas nacionais. 
• É subordinado ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, sendo um órgão 
colegiado, de acordo com Decreto nº. 3.500, de 9 de junho de 2000, alterado pelo Decreto nº 
3.634, de 18 de outubro de 2000. 
• A necessidade da busca prévia do nome da empresa objetiva verificar a existência de nome 
idêntico ao escolhido para o registro da empresa. 
• O contrato social, em linhas gerais, estabelece o regime jurídico, as regras para o 
funcionamento e a liquidação da sociedade, e precisa ser registrado no órgão competente. As 
sociedades empresárias e o empresário devem registrar-se na Junta Comercial do seu estado. 
Já as sociedades simples deverão registrar-se no Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas. 
 A empresa que se enquadrar como Microempresa e/ou Empresa de Pequeno Porte, conforme 
a Lei n.º 9.841, de 05/10/99, fica dispensada do visto do advogado no contrato social. Para a 
solicitação de enquadramento, a empresa deverá apresentar, ainda: 
 • Formulário de declaração de enquadramento, assinada pelos sócios, em três vias. 
• Capa de processo/requerimento padrão junta comercial. 
A LC nº 128/2008 trouxe modificações também significativas na Lei do Simples Nacional, tais 
como: 
Empresário

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