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Solicitação e interpretação de exames complementares em pediatria ● Saber solicitar os exames complementares gera uma tomada de decisão correta ● Anamnese adequada. ● Exame físico completo. ● Uma formulação diagnóstica com lista de diagnósticos diferenciais. Questões relevantes ● Sensibilidade, especificidade e valores preditivos (leitura de textos e artigos). ● Deve-se sempre avaliar o custo e os riscos que a realização de determinados exames envolve. Importante ● Deve ser explicado com detalhes como será a realização dos exames (pais e criança). ● Deve-se discutir o porquê de cada exame, o que eles representam e o que se pode esperar deles na situação específica apresentada no momento pela criança - explicar o motivo, nome, como irá acontecer e espera de resultados do exame. ● Em casos de exames mais sofisticados ou que envolvem sedação e o uso de contrastes, é necessário dispor de um consentimento informado sobre o procedimento, no lugar onde será feito. A solicitação dos exames pode ser feita para ● Comprar um diagnóstico ou afastá-lo. ● Dosar os níveis sanguíneos de alguns fármacos. ● Dar o diagnóstico precoce de algumas condições. ● Avaliar a atividade da doença. ● Detectar recorrencias. ● Monitorar a eficácia terapêutica. ● Monitorar a evolução de uma doença. ● Fazer uma triagem. Desde o período pré-natal, já são realizados alguns testes na mãe com o intuito de avaliar o recém-nascido mais adiante ou até, em certas circunstâncias, para se adotarem determinadas terapêuticas ainda intraútero. Ex.: verificar os motivos do porque o bebê nasceu GIG ou PIG, ectopia cordis (má formação no osso esterno - diagnóstico pré-natal é realizado pela ecografia na mãe ou cardiograma), espinha bífida. Exames laboratoriais de rotina de pré-natal (sorologias, tipagem sanguínea materna, urinálise, hemograma, glicemia, entre outros). Ecografia obstétrica Morfologia com imagens esclarecedoras. No SUS há somente a ecografia simples, porém pode-se comentar com a mãe a possibilidade de realização de outros tipos, apesar de serem exames pagos. Ecocardiograma fetal com doppler e fluxo à cores Identifica cardiopatia congênita. Importante para o pediatria solicitar sempre os exames de triagem neonatal ● Teste do pezinho (básico, ampliado, plus ou master) - diferenciados pela quantidade de doenças identificadas. No SUS apenas o tipo básico é disponível. ● Também conhecido como triagem neonatal, é um exame obrigatório realizado em todos os recém-nascidos, normalmente a partir do 3 dia de vida. ● Auxilia a diagnosticar algumas doenças genéticas e metabólicas. ● Caso seja identificada alguma alteração o tratamento pode ser iniciado logo, evitando complicações e promovendo a qualidade de vida da criança. Outros testes de triagem neonatal ● Teste do coraçãozinho. ● Teste do olhinho (normal: reflexo bilateral). ● Teste da linguinha (fonoaudióloga - boa sucção). ● Teste da orelhinha (fonoaudióloga - acuidade sonora). Outro exame de rotina na criança seria em torno de 6 meses a 2 anos é o eritrograma, dado o elevado número de indivíduos nessa idade que apresentam anemia ferropriva e que podem se beneficiar de suplementação com ferro. Todos os outros exames serão solicitados de acordo com os achados na história e no exame físico do paciente. Não existem exames de rotina que sejam solicitados da mesma forma para todos os pacientes pediátricos. A identificação dos exames necessários é individualizada para cada caso. As seguintes circunstâncias devem ser observadas sempre: 1. Na fase em que é comum a criança começar a andar, brincar no chão e ir para a escola, podemos solicitar de 1 a 3 amostras de exame parasitológico de fezes, anualmente, para avaliar a presença de parasitas. 2. Nas crianças amamentadas, o período de jejum não deve ultrapassar 4 horas para que se faça a coleta de sangue. 3. Evitar exames invasivos. 4. Evitar exposição à radiação desnecessária. 5. Evitar coletas de sangue múltiplas ou em grande volume. 6. Conversar com nosso paciente pediátrico a respeito. Exemplos mais comuns de queixas na rotina de atendimentos do pediatra A. febre, tosse e dispneia. B. Traumatismo craniano. C. Cefaleia e febre. D. Dor abdominal a esclarecer a etiologia. A. ● Hipótese diagnóstica: Infecção de via aérea inferior (pneumonia). ● Exames: raio X de tórax (ântero-posterior e perfil). Pode esclarecer o diagnóstico de uma pneumonia com raios-X simples de tórax ântero-posterior e perfil, mas caso se suspeita de um derrame pleural associado, pode-se necessitar uma incidência especial. ● Saturação abaixo de 90%, prostração, tiragem com taquipneia e palidez são fatores que favorecem a hospitalização. B. ● Exames: tomografia e raio X de crânio ântero-posterior e lateral (necessário sinal de gravidade para a solicitação dos exames). C. ● Diagnóstico: sinusite. ● Exames: raio X de seios da face. ● A presença de gota pós-nasal indica diagnóstico de sinusite e, portanto não há necessidade de realização de exames complementares. ● Raio X da face antes dos dois anos não são indicados, pois os seios paranasais não estão completamente pneumatizados e a dificuldade de realização do exame e confusão diagnóstica. D. ● Diagnóstico: apendicite. ● Exames: raio X de abdome simples ou abdome agudo (principal), ultrassom, ecografia. ● Diagnóstico diferencial: refluxo gastroesofágico (não causa desidratação e prostração). ● Exame laboratorial: ecografia ou ultrassonografia de abdome. Tomografia computadorizada e ressonância nuclear magnética em crianças Dependendo da faixa etária e colaboração da criança, podem necessitar de sedação. O uso de contraste endovenoso depende dos propósitos de cada exame solicitado. Exames laboratoriais ● Hemograma completo (com plaquetas): eritrograma, leucograma. ● Hemocultura com teste (resultados 5 dias após a placa apresentar cultura com sangue). ● Exame qualitativo de urina (técnicas de coleta: saco coletor, jato médio, sondagem vesical ou punção suprapúbica) - leucócitos, hemácias, flora bacteriana. ● Exame de fezes: exame parasitológico de fezes (mais de uma amostra), coprocultura (cultural de fezes), pesquisa de leucocitos fecais, pesquisa de sangue oculto nas fezes. ● Urocultura com teste (resultado em 48-72 horas). ● Líquor: obtido através da punção lombar.
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