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Maria Tereza Trindade Teixeira - Medicina Problem� 4 - Fisiologi� Respiratóri� A hemoglobina, a proteína de ligação do oxigênio, que dá aos eritrócitos a sua cor, liga-se reversivelmente ao oxigênio. O átomo de ferro central de cada grupo heme pode ligar-se reversivelmente a uma molécula de oxigênio. A interação ferro-oxigênio é uma ligação fraca que pode ser facilmente rompida sem alterar a hemoglobina ou o oxigênio. Com quatro grupamentos heme por molécula de hemoglobina, uma molécula de hemoglobina tem o potencial de se ligar a quatro moléculas de oxigênio - oxi-hemoglobina (HbO2). À medida que a concentração de O2 livre aumenta, mais oxigênio liga-se à hemoglobina, e, assim, a equação desloca-se para a direita, produzindo mais HbO2. No sangue, o oxigênio livre para se ligar à hemoglobina está dissolvido no plasma. Nos capilares pulmonares, o oxigênio alveolar dissolve-se primeiro no plasma, e, então, para dentro dos eritrócitos, ligando-se à hemoglobina. Uma vez que o sangue arterial alcance os tecidos, o oxigênio dissolvido difunde-se dos capilares sistêmicos para as células, que têm uma menor Po2. Este fluxo diminui a Po2 plasmática e altera o equilíbrio da reação de ligação oxigênio-hemoglobina. O equilíbrio desloca-se para a esquerda, de acordo com a lei de ação das massas, fazendo as moléculas de hemoglobina liberarem as suas reservas de oxigênio. A Po2 das células determina o quanto de oxigênio é transferido da hemoglobina. À medida que as células aumentam a sua atividade metabólica, a Po2 diminui, e, assim, a hemoglobina libera uma quantidade maior de oxigênio. Se todos os locais de ligação da hemoglobina estiverem ocupados por oxigênio, o sangue estará 100% oxigenado, ou saturado com oxigênio. Maria Tereza Trindade Teixeira - Medicina A quantidade de oxigênio que se liga à hemoglobina depende de dois fatores: (1) a Po2 no plasma que circunda os eritrócitos e (2) o número de locais disponíveis para a ligação à Hb. A Po2 plasmática é o principal fator que determina qual a porcentagem dos sítios de ligação da hemoglobina que estão ocupados pelo oxigênio. Essa porcentagem é conhecida como porcentagem de saturação da hemoglobina. ! A Po2 arterial é estabelecida pela composição do ar inspirado, pela frequência ventilatória alveolar e pela eficiência das trocas gasosas. A relação física entre a Po2 e a quantidade de oxigênio que se liga à hemoglobina pode ser estudada in vitro. Os investigadores expuseram amostras de hemoglobina a diferentes pressões parciais de oxigênio (Po2) e determinaram a quantidade de oxigênio que se liga à Hb. As curvas de saturação periférica da oxihemoglobina, são o resultado desses estudos in vitro. (Essas curvas são também chamadas de curvas de dissociação.) A forma da curva de saturação da HbO2 reflete as propriedades da hemoglobina e a sua afinidade pelo oxigênio. Se você olhar para a curva, você observará que a uma Po2 alveolar e arterial normal (100 mmHg), 98% da hemoglobina estará ligada ao oxigênio. Em outras palavras, à medida que o sangue passa pelos pulmões sob condições normais, a hemoglobina capta quase a quantidade máxima de oxigênio que ela pode transportar. Observe que a curva é quase plana em níveis mais elevados de Po2. O achatamento da curva de saturação durante aumentos da Po2 também significa que a Po2 alveolar pode ser reduzida significativamente sem alterar a saturação de hemoglobina. Enquanto a nos alvéolos (e nos capilares pulmonares) permanecer acima de 60 mmHg, a hemoglobina estará mais de 90% saturada e Maria Tereza Trindade Teixeira - Medicina manterá próximo do normal o transporte do oxigênio. No entanto, uma vez que a Po2 apresenta valores abaixo dos 60 mmHg, a curva torna-se mais íngreme. Esse aumento na inclinação da curva significa que uma pequena diminuição adicional na provocaria grande liberação de oxigênio. No sangue que deixa os capilares sistêmicos com uma Po2 de 40 mmHg (um valor médio para o sangue venoso de uma pessoa em repouso), a hemoglobina ainda apresenta uma saturação de 75%. Isso significa que, para as células metabolicamente ativas, apenas um quarto do oxigênio ligado à Hb é liberado. O oxigênio que permanece ligado serve como um reservatório que as células podem utilizar se o metabolismo aumentar. Quando os tecidos metabolicamente ativos usam quantidades elevadas de oxigênio, a sua Po2 celular diminui, e a hemoglobina libera uma quantidade adicional de O2 nas células. Fatores que afetam a ligação do O2 à Hb: Qualquer fator que mude a conformação da proteína hemoglobina pode afetar a sua capacidade de ligação ao oxigênio. As alterações fisiológicas do pH, da temperatura e da Po2 plasmática alteram a afinidade da hemoglobina pelo oxigênio. A diminuição do pH, o aumento da temperatura e o aumento da diminuem a afinidade da hemoglobina pelo oxigênio. O metabolismo aeróbio das células depende de um suprimento contínuo de oxigênio e de nutrientes do meio externo, associados à remoção do dióxido de carbono. Sistemas respiratórios mais complexos consistem em dois componentes separados: uma bomba muscular e uma superfície de troca úmida e fina. O sistema respiratório é formado pelas estruturas envolvidas com a ventilação e com as trocas gasosas: 1. O sistema condutor, ou vias aéreas, que conduz ar do meio externo para a superfície de troca dos pulmões. 2. Os alvéolos são uma série de sacos interconectados e Maria Tereza Trindade Teixeira - Medicina associados aos seus respectivos capilares pulmonares. 3. Os ossos e os músculos do tórax (cavidade torácica) e do abdome que auxiliam a ventilação. O sistema respiratório pode ser dividido em duas partes: o trato respiratório superior, que consiste em boca, cavidade nasal, faringe e laringe, e o trato respiratório inferior, que é formado pela traqueia, pelos dois brônquios principais, suas ramificações e pelos pulmões. O ar inalado é aquecido pelo calor do corpo e umedecido pela água evaporada do revestimento mucoso das vias aéreas. Sob condições normais, quando o ar alcança a traqueia, ele foi condicionado a 100% de umidade e 37°C. A respiração pela boca não é tão eficaz em aquecer e umedecer o ar como a respiração pelo nariz. A filtração do ar ocorre na traqueia e nos brônquios. ! Na doença fibrose cística, por exemplo, a secreção inadequada de íons diminui o transporte de líquido nas vias aéreas. Sem a camada de solução salina, os cílios ficam presos no muco espesso e viscoso, perdendo a capacidade de movimentar-se. O muco não pode ser eliminado, e as bactérias colonizam as vias aéreas, resultando em infecções pulmonares recorrentes. Maria Tereza Trindade Teixeira - Medicina Cada pequeno alvéolo é composto de uma única camada de epitélio. Dois tipos de células epiteliais são encontrados nos alvéolos. Cerca de 95% da área superficial alveolar é utilizada para a troca de gases e é formada por células alveolares tipo I. Essas células são muito delgadas, então os gases se difundem rapidamente através delas. A célula alveolar tipo II, menor e mais espessa, sintetiza e secreta uma substância química conhecida como surfactante. O surfactante mistura-se com o líquido fino que reveste o alvéolo para ajudar os pulmões quando eles se expandem durante a respiração. Também ajudam a minimizar a quantidade de líquido presente nos alvéolos, transportando solutos e água para fora do espaço aéreo alveolar. A circulação pulmonar inicia com o tronco pulmonar, o qual recebe sangue com pouco oxigênio do ventrículo direito. A taxa do fluxo sanguíneo através dos pulmões é bem mais alta do que em Maria Tereza Trindade Teixeira - Medicina outros tecidos, o volume sanguíneo que flui através dos pulmões em 1 minuto é o mesmo que flui através do corpo. Apesar da alta taxa de fluxo, a pressão sanguínea pulmonar é baixa. O ventrículo direito não tem de bombear tão vigorosamente para gerar o fluxo sanguíneo através dos pulmões, visto que a resistência da circulação pulmonar é baixa. Essa resistência baixa pode ser atribuída ao menor comprimento total dosvasos sanguíneos pulmonares e à distensibilidade e grande área de secção transversal total das arteríolas pulmonares. Em geral, a pressão hidrostática resultante que filtra o líquido de um capilar pulmonar para o espaço intersticial é baixa, O sistema linfático remove de maneira eficiente os líquidos filtrados, e o volume do líquido intersticial pulmonar é geralmente mínimo. Como consequência, a distância entre o espaço aéreo alveolar e o endotélio capilar é pequena, e os gases difundem-se rapidamente entre eles. VENTILAÇÃO A troca da massa de ar entre a atmosfera e os alvéolos é denominada ventilação, ou respiração. Um único ciclo respiratório consiste em uma inspiração seguida por uma expiração. O ar movido durante a respiração pode ser dividido em quatro volumes pulmonares: (1) volume corrente, (2) volume de reserva inspiratório, (3) volume de reserva expiratório e (4) volume residual. O volume de ar que se move durante uma única inspiração ou expiração é denominado volume corrente (Vc). O volume adicional inspirado, acima do volume corrente, representa o seu volume de reserva inspiratório (VRI). A quantidade de ar expirado vigorosamente após o final de uma expiração espontânea é o volume de reserva expiratório (VRE). O quarto volume não pode ser medido diretamente. Mesmo se você soprar o máximo de ar que puder, ainda restará ar nos pulmões e nas vias aéreas. O volume de ar presente no sistema respiratório após a expiração máxima – cerca de 1.200 mL – é chamado de volume residual (VR). Maria Tereza Trindade Teixeira - Medicina A respiração é um processo ativo que requer contração muscular. O ar flui para dentro dos pulmões devido ao gradiente de pressão criado. No sistema respiratório, os músculos da caixa torácica e o diafragma funcionam como uma bomba, quando esses músculos se contraem, os pulmões expandem-se, uma vez que estão presos à parede interna do tórax pelo líquido pleural. Os músculos primários envolvidos na respiração espontânea (respiração em repouso) são o diafragma, os intercostais externos e os escalenos. Para que o ar possa se mover para dentro dos alvéolos, a pressão dentro dos pulmões deve ser mais baixa do que a pressão atmosférica. Durante a inspiração, o volume torácico aumenta quando certos músculos esqueléticos da caixa torácica e o diafragma se contraem. Quando o diafragma contrai, ele desce em direção ao abdome. À medida que o volume torácico aumenta, a pressão diminui, e o ar flui para dentro dos pulmões. Durante a inalação, os músculos intercostais externos e escalenos contraem e tracionam as costelas para cima e para fora. ! Por muitos anos, a respiração espontânea ou basal foi atribuída somente à ação do diafragma e dos músculos intercostais externos. Pensava-se que os músculos escaleno e esternocleidomastóideo eram ativos apenas durante a respiração profunda. A observação de pacientes com disfunções neuromusculares revelou que, embora a contração do diafragma aumente o volume torácico por movê-lo em direção à cavidade abdominal, ela também tende a puxar as costelas inferiores para dentro, trabalhando contra a inspiração. Em indivíduos normais, sabemos que as costelas inferiores se movem para cima e para fora durante a inspiração, em vez de para dentro. Os escalenos devem contribuir para a inspiração, levantando o esterno e as costelas superiores. Maria Tereza Trindade Teixeira - Medicina Tempo 0: Na breve pausa entre as respirações, a pressão alveolar é igual à pressão atmosférica (0 mmHg no ponto A1). Quando as pressões são iguais, não há fluxo de ar. Tempo 0 a 2 segundos: inspiração. Quando a inspiração inicia, os músculos inspiratórios contraem, e o volume torácico aumenta. Com o aumento do volume, a pressão alveolar diminui cerca de 1 mmHg abaixo da pressão atmosférica, e o ar flui para dentro dos alvéolos. Como o ar continua a fluir para dentro dos alvéolos, a pressão aumenta até a caixa torácica parar de expandir-se, imediatamente antes do término da inspiração. O movimento do ar continua por mais uma fração de segundo, até que a pressão dentro dos pulmões se iguala à pressão atmosférica. Ao término da inspiração, o volume pulmonar está no seu valor máximo no ciclo respiratório, e a pressão alveolar é igual à pressão atmosférica. Ao final da inspiração, os impulsos dos neurônios motores somáticos para os músculos inspiratórios cessam, e os músculos relaxam. A retração elástica dos pulmões e da caixa torácica leva o diafragma e as costelas para as suas posições originais relaxadas. Devido ao fato de a expiração durante a respiração em repouso envolver a retração elástica passiva, em vez da contração muscular ativa, ela é chamada de expiração passiva. Tempo 2 a 4 segundos: expiração. Como os volumes Maria Tereza Trindade Teixeira - Medicina pulmonares e torácicos diminuem durante a expiração, a pressão de ar nos pulmões aumenta, atingindo cerca de 1 mmHg acima da pressão atmosférica. A pressão alveolar é agora maior do que a pressão atmosférica, de modo que o fluxo de ar se inverte, e o ar se move para fora dos pulmões. Tempo 4 segundos: No final da expiração, o movimento de ar cessa quando a pressão alveolar novamente se iguala à pressão atmosférica. O volume pulmonar atinge o seu valor mínimo dentro do ciclo respiratório. Nesse ponto, o ciclo respiratório terminou e está pronto para ser iniciado novamente com a próxima respiração. A expiração ativa ocorre durante a exalação voluntária e quando a ventilação excede 30 a 40 ciclos ventilatórios por minuto. A expiração ativa usa os músculos intercostais internos e os músculos abdominais, os quais não são utilizados durante a inspiração. Esses músculos são coletivamente chamados de músculos expiratórios. Os músculos intercostais internos revestem a superfície interna da caixa torácica. Quando se contraem, eles puxam as costelas para dentro, reduzindo o volume da cavidade torácica. Os intercostais internos e os intercostais externos funcionam como grupos de músculos antagonistas. Os músculos abdominais contraem durante a expiração ativa para suplementar a atividade dos intercostais internos. A contração abdominal puxa as costelas inferiores para dentro e diminui o volume abdominal. A respiração é o fluxo de ar para dentro e para fora dos pulmões. Uma vez que o ar atinge os alvéolos, os gases individuais, como oxigênio e o CO2, difundem-se do espaço alveolar para a corrente sanguínea (hematose). Os gases movem-se de regiões de maior pressão parcial para regiões de menor pressão parcial. Maria Tereza Trindade Teixeira - Medicina Quando o sangue arterial alcança os capilares teciduais, o gradiente é invertido. As células usam continuamente o oxigênio para a fosforilação oxidativa. Nas células de uma pessoa em repouso, a Po2 média intracelular média é de 40 mmHg. O sangue arterial que chega às células tem uma de 100 mmHg. Devido a uma menor Po2 nas células, o oxigênio difunde-se a favor do gradiente de pressão parcial, ou seja, do plasma para as células. Mais uma vez, a difusão ocorre até o seu equilíbrio. Como resultado, o sangue venoso tem a mesma Po2 que as células. Por outro lado, a Pco2 é mais elevada nos tecidos do que no sangue capilar sistêmico, devido à produção elevada de CO2 durante o metabolismo celular. A Pco2 intracelular em uma pessoa em repouso é de cerca de 46 mmHg, comparada à arterial, que gira em torno de 40 mmHg. Essa diferença faz o CO2 se difundir para fora das células, em direção aos capilares. A difusão ocorre até o equilíbrio, fazendo a média do sangue venoso sistêmico girar em torno de 46 mmHg. Nos capilares pulmonares, o processo é inverso. O sangue venoso trazendo o CO2 das células tem uma de 46 mmHg. A alveolar é de 40 mmHg. Devido ao fato de a Pco2 no sangue venoso ser mais elevada que a alveolar, o CO2 move-se dos capilares para os alvéolos. Quando o sangue sai da circulação pulmonar, ele tem uma Pco2 de 40 mmHg, idêntica à dos alvéolos. Muitas variáveis influenciam a eficiência da troca gasosa alveolar e determinam se os gases do sanguearterial estão dentro de uma faixa de normalidade. Em primeiro lugar, uma quantidade adequada de oxigênio deve chegar aos alvéolos. Uma diminuição na Po2 Maria Tereza Trindade Teixeira - Medicina alveolar significa que menos oxigênio estará disponível para chegar ao sangue. Além disso, podem ocorrer problemas com a transferência dos gases entre os alvéolos e os capilares pulmonares. Por fim, o fluxo sanguíneo, ou perfusão, dos alvéolos deve ser adequado. Existem duas possíveis causas para a baixa alveolar: (1) o ar inspirado tem baixo conteúdo de oxigênio ou (2) a ventilação alveolar é inadequada. O primeiro requisito para uma oferta adequada de oxigênio aos tecidos é uma captação de oxigênio da atmosfera adequada. O principal fator que afeta o conteúdo de oxigênio atmosférico é a altitude. Se a composição do ar inspirado é normal, mas a Po2 alveolar é baixa, então a pessoa deve estar com problemas na ventilação alveolar. A ventilação alveolar baixa também é conhecida como hipoventilação, sendo caracterizada por uma redução no volume de ar que chega aos alvéolos. As alterações patológicas que podem resultar em hipoventilação alveolar incluem a diminuição da complacência pulmonar, o aumento da resistência das vias aéreas ou a depressão do sistema nervoso central (SNC), que diminui a frequência respiratória e a profundidade da respiração. ! As causas mais comuns de depressão do SNC em jovens incluem a intoxicação por álcool e a overdose por drogas de abuso. Se a hipóxia não é causada por hipoventilação, o problema normalmente é gerado por algum aspecto que envolva modificações nas trocas gasosas entre os alvéolos e o sangue. Nessas situações, a Po2 alveolar pode ser normal, mas a Po2 do sangue arterial que deixa os pulmões é baixa. A troca de oxigênio e de dióxido de carbono por toda a barreira de difusão obedece às mesmas regras de um processo de difusão simples através de uma membrana semipermeável. Maria Tereza Trindade Teixeira - Medicina Na maioria das condições, a troca de gases nos pulmões é rápida, o fluxo sanguíneo pelos capilares pulmonares é lento e a difusão alcança o equilíbrio em menos de um segundo. As mudanças patológicas que afetam a troca gasosa incluem (1) redução na área de superfície alveolar disponível para a troca gasosa, (2) aumento na espessura da membrana alveolar e (3) aumento na distância de difusão entre o espaço aéreo dos alvéolos e o sangue. Um último fator que pode afetar a troca gasosa nos alvéolos é a solubilidade do gás. O movimento das moléculas do gás do ar para um líquido é diretamente proporcional a três fatores: (1) o gradiente de pressão do gás, (2) a solubilidade do gás no líquido e (3) a temperatura. Quando um gás é colocado em contato com a água e existe um gradiente de pressão, as moléculas do gás movem-se de uma fase para a outra. A facilidade com a qual um gás se dissolve em um líquido é a solubilidade do gás neste líquido. O oxigênio não é muito solúvel em água e, por extensão, em qualquer solução aquosa. O dióxido de carbono é 20 vezes mais solúvel em água do que o oxigênio. TRANSPORTE DE GASES NO SANGUE: Os gases que entram nos capilares primeiramente se dissolvem no plasma. Todavia, os gases dissolvidos representam apenas uma pequena parte do oxigênio que será fornecido às células. Os glóbulos vermelhos, ou eritrócitos, têm um papel fundamental em garantir que o transporte de gás entre o pulmão e as células seja suficiente para atender às necessidades celulares. Sem a hemoglobina nos eritrócitos, o sangue não seria capaz de transportar uma quantidade suficiente de oxigênio para sustentar a vida. O2: O transporte de oxigênio no sangue tem dois componentes: o oxigênio que está dissolvido no plasma (Po2) e o oxigênio ligado à hemoglobina (Hb). Maria Tereza Trindade Teixeira - Medicina O oxigênio é pouco solúvel em soluções aquosas, e menos de 2% de todo o oxigênio encontra-se dissolvido no sangue. Isso significa que a hemoglobina transporta mais do que 98% do oxigênio. A hemoglobina (Hb) é um tetrâmero de quatro cadeias proteicas globulares (globinas), cada uma centrada em torno de um grupamento heme contendo ferro. O átomo de ferro central de cada grupo heme pode ligar-se reversivelmente a uma molécula de oxigênio. A interação ferro-oxigênio é uma ligação fraca que pode ser facilmente rompida sem alterar a hemoglobina ou o oxigênio. Com quatro grupamentos heme por molécula de hemoglobina, uma molécula de hemoglobina tem o potencial de se ligar a quatro moléculas de oxigênio. A hemoglobina ligada ao oxigênio é conhecida como oxi-hemoglobina (HbO2). À medida que a concentração de O2 livre aumenta, mais oxigênio liga-se à hemoglobina, e, assim, a equação desloca-se para a direita, produzindo mais HbO2. Se a concentração de O2 diminui, a equação desloca-se para a esquerda. A hemoglobina libera o oxigênio, e a quantidade de oxi-hemoglobina diminui. No sangue, o oxigênio livre para se ligar à hemoglobina está dissolvido no plasma. Nos capilares pulmonares, o oxigênio alveolar dissolve-se primeiro no plasma, e, então, para dentro dos eritrócitos, ligando-se à hemoglobina. A transferência de oxigênio do ar alveolar para o plasma, para os eritrócitos e, então, para a hemoglobina ocorre tão rapidamente que o sangue nos capilares pulmonares normalmente capta tanto oxigênio quanto a plasmática e o número de eritrócitos permitirem. Uma vez que o sangue arterial alcance os tecidos, o oxigênio dissolvido difunde-se dos capilares sistêmicos para as células, que têm uma menor Po2. Este fluxo diminui a Po2 plasmática e altera o equilíbrio da reação de ligação oxigênio-hemoglobina. O equilíbrio desloca-se para a esquerda, de acordo com a lei de ação das massas, fazendo as moléculas de hemoglobina liberarem as suas reservas de oxigênio. Maria Tereza Trindade Teixeira - Medicina A Po2 das células determina o quanto de oxigênio é transferido da hemoglobina. À medida que as células aumentam a sua atividade metabólica, a Po2 diminui, e, assim, a hemoglobina libera uma quantidade maior de oxigênio. Se todos os locais de ligação da hemoglobina estiverem ocupados por oxigênio, o sangue estará 100% oxigenado, ou saturado com oxigênio. A quantidade de oxigênio que se liga à hemoglobina depende de dois fatores: (1) a Po2 no plasma que circunda os eritrócitos e (2) o número de locais disponíveis para a ligação à Hb. CO2: O transporte dos gases no sangue inclui a remoção de dióxido de carbono. O dióxido de carbono é um subproduto da respiração celular e é potencialmente tóxico, se não for excretado. A elevada Pco2 (hipercapnia) faz o pH diminuir, situação conhecida como acidose. Níveis anormalmente elevados de Pco2 também deprimem a função do sistema nervoso central, causando confusão, coma e até mesmo morte. Apenas cerca de 7% do CO2 está dissolvido no plasma do sangue venoso. O restante, aproximadamente 93%, difunde-se para os eritrócitos, sendo que 23% desse conteúdo se liga à hemoglobina (Hb CO2) e 70% são convertidos em bicarbonato (HCO3). A maior parte do CO2 que chega ao sangue é transportado para os pulmões sob a forma de bicarbonato (HCO3) dissolvido no plasma. A conversão de CO2 e HCO3 serve a duas finalidades: (1) fornecer uma via adicional para o transporte de CO2 das células para os pulmões e (2) fazer o HCO3 estar disponível para atuar como um tampão para os ácidos metabólicos, ajudando, assim, a estabilizar o pH do corpo. A rápida produção de HCO3 depende da presença da anidrase carbônica (AC), uma enzima encontrada em altas concentrações nos eritrócitos. O CO2 dissolvido no plasma difunde-se para os eritrócitos, onde podem reagir com a água na presença da enzima anidrase carbônica, formando ácido carbônico (H2CO3). O ácido carbônico, então, dissocia-se em um íon hidrogênio e um íon bicarbonato. Maria Tereza Trindade Teixeira - Medicina A conversão do dióxido de carbono e água a H + e a HCO3 continua até que o equilíbrio seja atingido. Para manter a reação ocorrendo, os produtos (H e HCO3) devem ser removidos docitoplasma. Se a concentração dos produtos é mantida baixa, a reação não pode alcançar o equilíbrio. O dióxido de carbono continuará movimentando-se do plasma para os eritrócitos, que, por sua vez, permitem que uma quantidade ainda maior de CO2 se difunda dos tecidos para o sangue. Dois mecanismos distintos removem o H livre e o HCO3. No primeiro, o bicarbonato deixa o eritrócito por uma proteína de antiporte. Este transporte, conhecido como desvio de cloreto, permite a troca de HCO3 por Cl nos eritrócitos. A troca de ânions mantém a neutralidade elétrica da célula. A transferência de HCO3 para o plasma torna este tampão disponível para as reações de manutenção do pH. O segundo mecanismo utilizado para manter as concentrações dos produtos baixas, remove o hidrogênio do citoplasma dos eritrócitos. A hemoglobina dentro do eritrócito atua como um tampão e liga o íon hidrogênio na reação. O tamponamento de H + realizado pela hemoglobina é um passo importante, pois impede grandes variações no pH do corpo. Se a Pco2 arterial for elevada muito acima da normalidade, a hemoglobina não consegue neutralizar todos os íons H produzidos a partir da reação do CO2 com a água. Nesses casos, o excesso de H acumula-se no plasma, levando à acidose respiratória. A maior parte do dióxido de carbono que entra nos eritrócitos é convertida em bicarbonato, porém cerca de 23% do CO2 no sangue venoso se liga diretamente à hemo- globina. Nos tecidos, quando o oxigênio deixa a hemoglobina, o CO2 liga-se aos grupamentos amino da hemoglobina livre, formando carbaminoemoglobina. Quando o sangue venoso atinge os pulmões, os processos que iniciaram nos capilares sistêmicos são revertidos. A Pco2 alveolar é Maria Tereza Trindade Teixeira - Medicina menor do que a do sangue venoso dos capilares pulmonares. Em resposta a essa diferença, o CO2 difunde-se do plasma para os alvéolos, e a Pco2 plasmática começa a diminuir. A diminuição da Pco2 plasmática permite a difusão de CO2 dos eritrócitos para o plasma. Como a concentração de CO2 nos eritrócitos diminui, o equilíbrio da reação do CO2-HCO3 é modificado, fazendo a reação ser deslocada para uma maior produção de CO2: O H + é liberado da hemoglobina, e o HCO3 se move de volta para dentro dos eritrócitos através do transportador Cl-HCO3. O HCO3 e o H são convertidos novamente em água e CO2. O CO2 difunde-se dos eritrócitos para o plasma, e a partir daí para os alvéolos. Maria Tereza Trindade Teixeira - Medicina O ar movido durante a respiração pode ser dividido em quatro volumes pulmonares: (1) volume corrente, (2) volume de reserva inspiratório, (3) volume de reserva expiratório e (4) volume residual. O volume de ar que se move durante uma única inspiração ou expiração é denominado volume corrente (Vc). O volume corrente médio durante uma respiração espontânea (ventilação basal) é de cerca de 500 mL. O volume adicional inspirado, acima do volume corrente, representa o seu volume de reserva inspiratório (VRI). Em um homem de 70 kg, este volume é de cerca de 3.000 mL, aproximadamente seis vezes mais do que o volume corrente normal. “Agora, no final de uma inspiração tranquila, você deve inspirar o máximo de ar adicional que for possível.” A quantidade de ar expirado vigorosamente após o final de uma expiração espontânea é o volume de reserva expiratório (VRE). É, em média, cerca de 1.100 mL. “Agora, pare no final de uma expiração normal e, em seguida, expire tanto ar quanto for possível.” O quarto volume não pode ser medido diretamente. Mesmo se você soprar o máximo de ar que puder, ainda restará ar nos pulmões e nas vias aéreas. O volume de ar presente no sistema respiratório após a expiração máxima – cerca de 1.200 mL – é chamado de volume residual (VR). Capacidades pulmonares: O somatório de dois ou mais volumes pulmonares é chamado de capacidade pulmonar. capacidade vital (CV) - é a soma do volume de reserva inspiratório, volume de reserva expiratório e volume corrente. A capacidade vital representa a quantidade máxima de ar que pode ser voluntariamente movida para dentro ou para fora do sistema respiratório a cada respiração. Ela diminui com a idade, quando os músculos enfraquecem e os pulmões se tornam menos elásticos. ! Para medir a capacidade vital, a pessoa que está sendo testada inspira o máximo de volume possível e, em seguida, expira tudo o mais rápido que puder. Esse teste de capacidade vital forçada permite que o médico possa medir o quão Maria Tereza Trindade Teixeira - Medicina rápido o ar deixa as vias aéreas no primeiro segundo da expiração, uma medida conhecida como VEF1, ou volume expiratório forçado em 1 segundo. O VEF1 diminui em certas doenças pulmonares, como a asma, e também com a idade. capacidade pulmonar total (CPT) - a capacidade vital somada ao volume residual. capacidade inspiratória - volume corrente + volume de reserva inspiratório. capacidade residual funcional - volume de reserva expiratório + volume residual. Os fisiologistas e médicos avaliam a função pulmonar de uma pessoa medindo quanto ar ela move durante a respiração em repouso, e depois em esforço máximo. Estes testes de função pulmonar usam um espirômetro, um instrumento que mede o volume de ar movido a cada respiração. Atualmente, a maioria dos espirômetros em uso clínico são pequenas máquinas computadorizadas, em vez do espirômetro tradicional. Quando uma pessoa é conectada ao espirômetro tradicional por um bocal, e seu nariz é fechado com um grampo, o trato respiratório da pessoa e o espirômetro formam um sistema fechado. Quando a pessoa inspira, o ar move-se do espirômetro para dentro dos pulmões, e a pena de registro, a qual traça um gráfico em um cilindro que gira, move-se para cima. Quando a pessoa expira, o ar move-se dos pulmões de volta para o espirômetro, e a pena de registro move-se para baixo. Maria Tereza Trindade Teixeira - Medicina A habilidade do pulmão de se estirar é chamada de complacência. A complacência refere-se à quantidade de força que deve ser exercida sobre um corpo para o deformar. No pulmão, podemos expressar a complacência como uma alteração do volume (V), que é resultado de uma força ou pressão (P) exercida sobre o pulmão. Um pulmão de alta complacência pode ser estirado facilmente, assim como uma pessoa complacente pode ser persuadida facilmente. Um pulmão com baixa complacência requer mais força dos músculos inspiratórios para ser estirado. A complacência é o inverso da elastância (recuo elástico), que é a capacidade de resistir à deformação mecânica. A elastância também se refere à capacidade que um corpo tem de voltar à sua forma original quando a força que promove a sua deformação é removida. ! Um pulmão que é estirado facilmente (alta complacência) provavelmente apresenta perda do seu tecido elástico e, assim, não voltará ao seu volume de repouso quando a força que o mantém estirado cessa (baixa elastância). O enfisema é uma doença na qual as fibras de elastina normalmente encontradas no tecido pulmonar Maria Tereza Trindade Teixeira - Medicina são destruídas. Esses pulmões apresentam uma elasticidade diminuída, de modo que não retornam à sua posição de repouso durante a expiração. Os pacientes com enfisema contraem seus músculos expiratórios (expiração ativa) para forçar a saída de ar que não está saindo com o recolhimento elástico dos pulmões. O outro fator, além da complacência, que influencia o trabalho respiratório é a resistência do sistema respiratório ao fluxo de ar. Três parâmetros contribuem para a resistência: o comprimento do sistema (L), a viscosidade da substância que flui pelo sistema, e o raio dos tubos no sistema (r). O comprimento e a viscosidade são essencialmente constantes para o sistema respiratório. Como resultado, o raio (ou o diâmetro) das vias respiratórias torna-se o principal determinante da resistência das vias aéreas. Normalmente, entretanto, o trabalho necessário para superar a resistência das vias aéreas ao fluxo de ar é muito menor que o trabalho necessário para superara resistência dos pulmões e da caixa torácica ao estiramento. Cerca de 90% da resistência das vias aéreas, em geral, podem ser atribuídas à traqueia e aos brônquios, estruturas rígidas com a menor área de secção transversal total. Devido ao fato de essas estruturas serem sustentadas por cartilagens, o seu diâmetro normalmente não muda, e a sua resistência ao fluxo de ar é constante. No entanto, o acúmulo de muco devido a alergias ou a infecções pode aumentar significativamente a resistência das vias aéreas. Os bronquíolos normalmente não contribuem de forma significativa para a resistência das vias aéreas, pois sua área de secção transversal total é cerca de 2 mil vezes a da traquéia. Entretanto, devido ao fato de os bronquíolos serem tubos colapsáveis, um decréscimo no seu diâmetro pode torná-los uma fonte significativa de resistência das vias aéreas. A broncoconstrição aumenta a resistência ao fluxo de ar e diminui a quantidade de ar “novo” que alcança os alvéolos. Os bronquíolos, assim como as arteríolas, estão sujeitos ao controle reflexo pelo sistema nervoso e por hormônios. Maria Tereza Trindade Teixeira - Medicina Entretanto, a maioria das alterações minuto a minuto do diâmetro bronquiolar ocorrem em resposta a sinais parácrinos. O dióxido de carbono nas vias aéreas é a molécula parácrina primária, afetando diretamente o diâmetro bronquiolar. O aumento de CO2 no ar expirado relaxa o músculo liso bronquiolar, provocando broncodilatação. A histamina é um sinal parácrino que atua como um broncoconstritor potente. Essa substância química é liberada pelos mastócitos em resposta a um dano tecidual ou a reações alérgicas. Em reações alérgicas graves, uma grande quantidade de histamina pode levar à broncoconstrição generalizada e dificultar a respiração. O tratamento médico imediato destes pacientes é imperativo. O controle neural primário dos bronquíolos é feito por neurônios parassimpáticos que causam broncoconstrição, um reflexo que protege o trato respiratório inferior de irritantes inalados. Não existe inervação simpática significativa dos bronquíolos humanos. Contudo, o músculo liso dos bronquíolos é bem suprido com receptores BETA2 que respondem à adrenalina. A estimulação dos receptores BETA2 relaxa o músculo liso da via aérea, resultando em broncodilatação. Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC): DPOC é a limitação do fluxo de ar provocada por resposta inflamatória a toxinas inalatórias, frequentemente fumaça de cigarro. A DPOC envolve: ● Bronquite obstrutiva crônica (determinada clinicamente) ● Enfisema pulmonar (determinado patológica ou radiologicamente) A bronquite obstrutiva crônica é a bronquite crônica com obstrução das vias respiratórias. A bronquite crônica é definida como tosse produtiva na maioria dos dias da semana, com duração total de pelo menos 3 meses em 2 anos consecutivos. A bronquite crônica torna-se bronquite obstrutiva crônica se houver obstrução das vias respiratórias. O enfisema pulmonar é uma doença na qual as fibras de elastina normalmente encontradas no tecido pulmonar são destruídas. Esses pulmões apresentam uma elasticidade diminuída, de modo que não retornam à sua posição de Maria Tereza Trindade Teixeira - Medicina repouso durante a expiração. Os pacientes com enfisema contraem seus músculos expiratórios (expiração ativa) para forçar a saída de ar que não está saindo com o recolhimento elástico dos pulmões. Existem 2 principais causas de DPOC: ● Tabagismo (e, menos frequentemente, outras exposições inalatórios) ● Fatores genéticos ! O baixo peso corporal, as doenças respiratórias da infância, a exposição passiva à fumaça do cigarro, a poluição aérea e a exposição ocupacional a pós (p. ex., pó de mineral ou de algodão) ou a substâncias químicas inalatórias (p. ex., cádmio) contribuem para o risco de DPOC, mas têm menor importância quando comparados ao tabagismo. A DPOC leva anos para se desenvolver e progredir. A maioria dos pacientes fumou ≥ 20 cigarros/dia durante mais de 20 anos. ● Habitualmente, a tosse produtiva é o sintoma inicial em pacientes tabagistas com 40 a 50 anos de idade. ● A dispneia que é progressiva, persistente, relacionada com o esforço ou que piora na vigência de infecção respiratória surge eventualmente no momento em que o paciente está entre os 50 e os 60 anos de idade. Os sinais de DPOC incluem sibilos, uma fase expiratória prolongada da respiração; Pacientes com enfisema avançado perdem peso e desenvolvem perda muscular decorrente da imobilidade; hipóxia. Os sinais da doença avançada envolvem uso de músculos respiratórios acessórios, movimento paradoxal da caixa torácica inferior para dentro durante a inspiração (sinal de Hoover) e cianose. Sugere-se o diagnóstico pela história clínica, exame físico e achados de exames de imagem do tórax e é confirmado por testes de função pulmonar. Tratamento envolve: ● cessação do tabagismo ● Broncodilatadores inalatórios, corticoides, ou ambos ● Tratamento de suporte (p. ex. suplementação Maria Tereza Trindade Teixeira - Medicina de oxigênio, reabilitação pulmonar) Termos desconhecidos! Espirometria - teste de função pulmonar Elastância - capacidade de resistir à deformação mecânica Complacência - habilidade do pulmão de se estirar Murmúrio Vesicular - o movimento do ar nos bronquíolos e alvéolos. São ouvidos em todos os campos pulmonares e são sons suaves e graves na inspiração longa e na expiração curta. Maria Tereza Trindade Teixeira - Medicina