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Infeção pelo HIV -Retrovirus com RNA fita simples -Tipos HIV 1 (pandêmico) e HIV 2 -Presença de enzimas replicativas: Transcriptase, Integrase e Protease. -Vírus com envelope semelhante as membranas celulares humanas que ajuda na endocitose -Tem como célula alvo os linfócitos TCD4 1) Ciclo Viral O HIV encosta seu envelope na célula e por endocitose libera seu material genético no citoplasma do TCD4, o objetivo é utilizar a maquinária do hospedeiro para produzir suas proteínas e se replicar, no entanto, por ser um vírus de RNA ele se utiliza de uma das suas enzimas replicativas que é a transcriptase reversa, ela sintetiza DNA viral a partir do RNA e com isso o vírus tem capacidade de se incorporar ao nosso material genético e suas replicas começarão a ser produzidas. Essa incorporação ao material genético se dar pela enzima integrase e após as proteínas produzidas a protease empacota formando os vírus filhotes que infectarão novas células cumprindo, portanto, o ciclo viral. Em resumo as enzimas replicativas são as principais armas do HIV e serão nosso alvo terapêutico. 2) História Natural da Doença Uma vez que o vírus infecta a célula alvo começaremos a fase aguda da doença, ela se manifesta semelhante a mononucleose com faringite, rash cutâneo, febre e linfonodomegalia, o aumento de carga viral nesse inicio reflete na queda de linfócitos TCD4, normalmente os TCD4 estão em uma concentração de 1000, nessa fase aguda eles podem chegar a 300 com isso podemos inferir que logo após o contato os exames sorológicos não são a melhor escolha, para diagnosticarmos a infecção nessa fase poderemos lançar mão da Carga Viral por PCR e reservamos o sorológicos para a partir de 30 dias da exposição ao risco. Após essa queda dos linfócitos há uma resposta, esses linfócitos voltam a aumentar (geralmente 30 dias depois) diminuindo a carga viral e com isso há um momento chamado set point, em que a carga viral se manterá constante e os linfócitos chegam perto ao valor inicial, mas com perspectiva de queda. Sendo assim, nessa fase temos um “equilíbrio” e o individuo entra na fase de latência clínica em que a carga viral se mantem estável e os níveis de CD4 altos (600) mas com perspectiva de queda de 50 unidades por ano, essa fase de latência geralmente dura 10 anos e termina quando a quantidade de CD4 é menor que a carga viral o que gera um estímulo para uma nova proliferação se manifestando como a síndrome de imunodeficiência (AIDS), nesse momento a carga viral volta a subir e os linfócitos TCD4 caem a níveis cada vez menores evoluindo para óbito em poucos anos. 3) Aids AIDS Por definição temos como AIDS a contagem de linfócitos TCD4 menor que 200 associado a pelo menos uma dessas situações o Infecções por fungos (candidíase oral, esofágica e via aérea) o Tuberculose extrapulmonar o Infecções virais oportunistas geralmente por CMV o Neoplasias (CA cervical, Kaposi, Linfoma não Hodking) o Parasitoses (neurotoxoplasmoses, chagas agudas...) 4) Diagnóstico ✓ Bebes menores que 18 meses não podemos fazer sorologia pois é capaz que os anticorpos da mãe estejam circulantes, logo a alternativa é fazer a dosagem de Carga Viral (HIV-RNA) ✓ Acima de 18 meses fazemos a investigação com 3 exames para confirmar o diagnostico 2 Imunoensaios + 1 carga viral---Confirmado 2 Testes rápidos + 1 carga viral---Confirmado Caso esses 2 primeiros testes sorológicos sejam discordantes a gente pode pedir westem blot para confirmar e daí a carga viral. 5) Tratamento O tratamento atual consiste na terapia antirretroviral, através de classes de medicamentos que tentam inibir as enzimas essenciais para o ciclo viral, são elas: Transcriptase reversa, Integrase e Protease (antes de seguir relembre a função delas que você leu la no inicio do resumo) ❖ Considerações sobre a Terapia antirretroviral -Só é utilizada em forma de emergência em estupro e acidente ocupacional -Composta no mínimo por 3 drogas -É indicada para todos os pacientes com HIV -Uma vez iniciada o ideal é não parar para manter a carga viral reduzida Inibidores da Transcriptase reversa - Tenofovir (TDF) -Lamivudina (3TC) -Efavirenz (muito pouco usado, efeitos neurológicos, sonhos estranhos) -Zidovudina (AZT) foi o primeiro a ser usado, mas tem muito efeito colateral. Inibidores da Integrase -Dolutegravir (DTG) -Raltegravir (RAL) perfeito para gravidas. Inibidores da Protease -Atazonavir/Ritonavir (ATV/r) ❖ Combinação inicial para população geral com HIV Tenofovir (TDF)+ Lamivudina(3TC) + Dolutegravir (DGT) ❖ Combinação para HIV com tuberculose Tenofovir (TDF) + Lamivudina (3TC) + efovirenz (EFV) ❖ Combinação para gestante Tenofovir (TDF) + Lamividina (3TC) + Raltegravir (RAL) 5.1) Profilaxia pós exposição -Até 3 dias da exposição, mas ideal em até 2h -Avaliar o material infectante -Avaliar porta de entrada -Se possível testar expositor e exposto, se o expositor for negativo não precisa da profilaxia no exposto. -Caso não tenha como sabe a fonte da exposição fazemos a terapia por 28 dias igual da população geral (tenofovir+lamivudina+dolutegravir) 5.2) Profilaxia pre exposição Indicada especialmente para homens que fazem sexo com homens, transexuais, profissionais do sexo e casais sorodescordantes. ❖ Truvada(tenofovir+entricitabina) 1 comprimido todos os dias
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