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1 Ester RattI ATM 25 Sistema Complemento Sistema composto por várias proteínas solúveis: presentes no soro e superfície celular Compõe um mecanismo efetor da imunidade humoral e da imunidade inata Sua ação é altamente regulada Ativada em condições especificas e vias especificas Essas proteínas interagem entre si e com moléculas do sistema imune para eliminar os microrganismos efeitos finais: fagocitose e inflamação ATIVAÇÃO DO COMPLEMENTO A ativação do complemento é sempre feita após a ligação com o antígeno Isso pode acontecer por microrganismos ou por anticorpos ligados a microrganismos / antígenos Gera uma Proteólise sequencial de proteínas -> Geração de complexos de enzimas com atividade proteolítica (ZIMÓGENOS: enzimas com ação proteolítica) Isso gera uma AMPLIFICAÇÃO DO SINAL Produtos de ativação do complemento: ligam-se covalentemente a superfícies de células microbianas, a anticorpos ligados, e a corpos apoptótico ATIVAÇÃO: INIBIDA POR PTNs REGULADORAS PRESENTES EM CÉL. NORMAIS DO HOSPEDEIRO E AUSENTES EM MICRORGANISMOS VIAS DE ATIVAÇÃO IMUNIDADE HUMORAL VIA CLÁSSICA: ativada por anticorpos ligados a antígenos IMUNIDADE INATA (não precisa de anticorpos) VIA ALTERNATIVA: ativada na superfície das células microbianas na ausência de anticorpo VIA DAS LECTINAS: ativada por uma lectina plasmática que se liga a resíduos de manose em microrganismos Geração de complexos de enzimas -> clivagem da proteína mais abundante do complemento: C3 2 Ester RattI ATM 25 VIA DAS LECTINAS Ativação é feita pela ligação de polissacarídeos microbianos a lectinas circulantes: • Lectina ligadora de manose plasmática (MBL) • Ficolinas Isso acontece sempre na ausência de anticorpos Moléculas com maior presença de manoses: neisseria, cândida e salmonella Quando houver uma infecção por elas, vai ter a preferencia da ativação do complemento pela via das lectinas. Se houver um defeito nessa via os indivíduos serão mais suscetíveis às infecções por essas bactérias A opsonização é proporcionada tanto pela ligação de um anticorpo quanto pela ligação do complemento O complemento ligado covalentemente a parede microbiana vai se ligar ao receptor do fragmento C3b que está no antígeno e isso vai proporcionar a fagocitose do micróbio Essa fagocitose antes da produção de anticorpos é muito importante para o combate da infecção, pois ajuda a conter ela até que os anticorpos sejam formados de fato VIA ALTERNATIVA A ativação da via alternativa ocorre nas superfícies de células microbianas e não em células de mamífero 3 Ester RattI ATM 25 PROPERDINA: único fator de regulação positiva do complemento (há uma amplificação do sinal) A C3-convertase da via alternativa funciona para amplificar a ativação do complemento iniciado por qualquer uma das vias VIA CLÁSSICA A via clássica é iniciada pela ligação da proteína C1 do complemento aos domínios CH2 de IgG ou aos domínios CH3 de IgM ligadas ao antígeno (so com a ligação ao antígeno que o sitio de ligação é exposto) A ligação do fragmento C1 a duas imunoglobulinas vai fazer com que essa C1 tenha capacidade de clivar outras moléculas do complemento como a C4 e C2 Essa ativação de C1 é dependente da presença de cálcio (hipocalcemia pode dar defeito na ativação da via clássica) C4b: liga-se covalentemente a superfície do microrganismo, onde o Ac está ligado e o complemento está ativado C4a: estimula a inflamação C3b: após formado pode se ligar a superfície microbiana e participar da via alternativa quando IgG estão em forma solúvel não ativam a via clássica do complemento, apenas ativa quando 2 igG estão ligadas a antígeno. IM solúvel não ativa complemento Uma única molécula de IgM pode se ligar a 2 moléculas de C1q: anticorpo mais eficaz para a ligação ao complemento 4 Ester RattI ATM 25 Todas a vias formam a C3 converta-se para clivar o C3 em C3a e b. O fragmento C3b é essencial para formar a C5convertase para clivar a C5 em a e b CLIVAGEM DE C5: início das etapas terminais da ativação do complemento ESTÍMULOS PRÓ-INFLAMATÓRIOS C5a, c3a e c4a tem função de ativar eventos pró inflamatórios, são anafilotoxinas Esses fragmentos se ligam a células da imunidade inata, fazendo com que elas liberem seus grânulos contendo aminas biogênicas como histamina (muita liberação dela – gera processo anafilático) e bradicinina, levando a destruição dos micróbios O sistema complemento ativa o processo inflamatório, bem como a inflamação ativa o sistema complemento, dessa forma, uma ativa a outra, gerando uma amplificação da inflamação ATIVAÇÃO DOS COMPONENTES DA VIA TERMINAL DO COMPLEMENTO Depois de formada a C5 convertase, há a sua clivagem em a e b. a C5a ativa a inflamação E a C5b se junta a outras proteínas formando um complexo proteíco PROTEÍNAS ESTRUTURALMENTE RELACIONADAS E SEM ATIVIDADE ENZIMÁTICA Esse complexo proteíco fixa e serve de ancoragem para o C9, que vai formar um poro, chamado Poly C9, que vai perfurar a membrana. Esse compexo que fura a membrana se chama 5 Ester RattI ATM 25 MAC e ele vai fazer a lise da bacteria. A citólise não é um processo enzimático A inserção do complexo promove a ruptura da membrana, com entrada de água e eletrólitos na células MECANISMOS REGULATÓRIOS DA ATIVAÇÃO DO COMPLEMENTO Evitar a ativação do complemento em cél. do hospedeiro Limitar a duração da ativação do complemento Ptns RCA: reguladores da atividade do complemento Pontos de regulação: • Formação da C3-convertase • Quebra e inativação da C3 e C5 convertases • DAF: fator acelerador de decaimento Outros Pontos de regulação: • Inibição da formação de MAC • C1-INH -> deficiência: angioedema hereditário ➢ Inibição da atividade proteolítica de C1r e de C1s 6 Ester RattI ATM 25 OPSONIZAÇÃO Papel do complemento na opsonização: ele potencializa ela, fazendo com que o microrganismo seja fagocitado e ao mesmo tempo produzir os elementos finais da via do complemento para produzir a lise celular desse microrganismo Também ativa a inflamação, fagócitos e células da imunidade inata para liberar mediadores inflamatórios para também atrair mediadores inflamatórios para essa região ASPECTOS CLÍNICOS DEFICIÊNCIA HERDADA OU ADQUIRIDA DE • C5-C8: ↑ a suscetibilidade à bacteremia, especialmente por Neisseria • MBL: ↑ infecções graves por Neisseria • C3: infecções piogênicas severas e recorrentes dos sinus e do trato respiratório • Inibidor de C1 ->↑ das anafilatoxinas -> permeabilidade capilar -> angioedema • DAF: ↑ da hemólise mediada pelo complemento -> hemoglobinúria paroxística noturna TRANSFUSÕES INCOMPATÍVEIS • Sangue do tipo A -> indivíduo do tipo sanguíneo B • Anticorpos ligam-se ao antígeno A nas hemácias doadas • Complemento é ativado ➢ ↑ produção de anafilatoxinas: choque ➢ ↑ complexos de ataque à membrana: hemólise DOENÇAS QUE GERAM IMUNOCOMPLEXOS Complexos imunes ligam-se ao complemento -> ↓ concentração do complemento ➢ Glomerulonefrite aguda e lúpus eritematoso sistêmico PACIENTES COM DOENÇA HEPÁTICA SEVERA ➢ Cirrose alcoólica ou hepatite B crônica ➢ ↓ Funções hepáticas ➢ ↓ síntese de proteínas do complemento: predispostos a infecções causadas por bactérias piogênicas Lembrando... ➢ Somente IgM e IgG fixam complemento ➢ Uma molécula de IgM ativa complemento ➢ A ativação por IgG requer a ligação cruzada de duas moléculas de IgG 7 Ester RattI ATM 25 ➢ IgG4 não fixa complemento ➢ Sítio de ligação ao complemento da cadeia pesada de IgM e IgG encontra-se indisponível para a ligação ao componente C1 do complemento quando o antígeno não estáligado ao anticorpo. RESUMO REVER VIDEO FIM DA AULA 9 O que é o sistema complemento: Proteínas solúveis termolábeis Síntese: fígado Podem ter atividade pró-enzimática ou não Funções: lise de células bacterianas, tumorais e aloenxertos; geração de mediadores que participam da inflamação e atraem neutrófilos; opsonização A ligação de C3b a seus receptores na superfície de células B ativadas intensifica a produção de anticorpos Ativação sequencial dos componentes do complemento: a via clássica, a via de lectina ou a via alternativa Molécula central da cascata do complemento: C3b Funções de C3b • associa-se a outros componentes do complemento, gerando C5 convertase: enzima que leva à produção do complexo de ataque à membrana • opsoniza bactérias: fagócitos possuem receptores de C3b C3a • anafilatoxina C5a • anafilatoxina > C3a • fator quimiotáxico C5a e o complexo C5, 6, 7 atraem neutrófilos 8 Ester RattI ATM 25 Utilidade Clínica do Complemento Dosagem de diferentes componentes para fins diagnósticos (biomarcadores) Alvo terapêutico Marcador de prognóstico ALTERAÇÃO NAS PROTEÍNAS DO COMPLEMENTO: suscetibilidade a infecções Deficiência do complemento pode ser inata (hereditária) ou adquirida Adquirida como: ➢ Perda da funcionabilidade do órgão que produz ➢ Consumo dos componentes ➢ Déficit nutricional que não permite ter matéria prima para síntese dessas moléculas ➢ Aumento na depuração das proteínas 9 Ester RattI ATM 25 Genética: COMPLEMENTO DAS GLOMERULOPATIAS DOSANDO O COMPLEMENTO 10 Ester RattI ATM 25 COMPLEMENTO COMO ALVO TERAPÊUTICO 11 Ester RattI ATM 25 12 Ester RattI ATM 25 13 Ester RattI ATM 25 14 Ester RattI ATM 25 15 Ester RattI ATM 25 16 Ester RattI ATM 25 Questões As dosagens de quais componentes do complemento são realizadas na clínica? Como vão estar os níveis séricos dos componentes do complemento em um paciente com uma doença hepática? Se no angioedema hereditário houve a produção de bradicinina e a ativação do complemento induz a liberação de histamina, porque o paciente tem edemas sem prurido? O componente 4 (C4) está baixo em pacientes com angioedema hereditário, devido a alta taxa de clivagem pelo C1 que não está sendo inibido como deveria. Você espera encontrar qual anormalidade na via alternativa do complemento? E nos componentes terminais da via? Apesar da deficiência de alguns componentes do complemento em indivíduos com angioedema hereditário, o paciente não é anormalmente suscetível a infecções. Por quê? Os sintomas de pacientes com angioedema hereditário muitas vezes são semelhantes a uma reação anafilática (edema intenso). Se você recebesse um paciente com este tipo de sintoma na emergência e tivesse a sua disposição epinefrina e inibibor C1NH, qual você usaria primeiro? Por quê?
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