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Estatística para Engenharia Civil Unidade 1 Prof. Uendel Diego da Silva Alves 1 1 Unidade 1 Espaço Amostral Prof. Uendel Diego da Silva Alves 2 2 Introdução Encontramos na natureza dois tipos de fenômenos: determinísticos e aleatórios. Os fenômenos determinísticos são aqueles em que os resultados são sempre os mesmos, qualquer que seja o número de ocorrências verificadas. Se tomarmos um determinado sólido, sabemos que a uma certa temperatura haverá a passagem para o estado líquido. Nos fenômenos aleatórios, os resultados não serão previsíveis, mesmo que haja um grande número de repetições do mesmo fenômeno. 3 Introdução Por exemplo: Se considerarmos um pomar com centenas de laranjeiras, as produções de cada planta serão diferentes e não previsíveis, mesmo que as condições de temperatura, pressão, umidade, solo etc. sejam as mesmas para todas as árvores. Podemos considerar os experimentos aleatórios como fenômenos produzidos pelo homem. Nos experimentos aleatórios, mesmo que as condições iniciais sejam sempre as mesmas, os resultados finais de cada tentativa do experimento serão diferentes e não previsíveis. 4 Introdução Resumindo... Encontramos na natureza dois tipos de fenômenos: determinísticos e aleatórios. Os fenômenos determinísticos são aqueles em que os resultados são sempre os mesmos, qualquer que seja o número de ocorrências verificadas. A maioria dos fenômenos de que trata a estatística são de natureza aleatória ou probabilística. O conhecimento dos aspectos fundamentais do cálculo de probabilidades é uma necessidade essencial ao estudo da Estatística Inferencial. Portanto, iremos conceituar variável aleatória e distribuições de probabilidades de variáveis discretas e contínuas. 5 Experimento Aleatório / Evento Aleatório Em quase tudo, em maior ou menor grau, vislumbramos o acaso. Observe a afirmação seguinte: “É provável que o Corinthians ganhe a partida de volta das semifinais da Copa do Brasil”. Desta afirmação, pode resultar: A) que, apesar do favoritismo, ele perca. B) que, como pensamos, ele ganhe. C) que empate. O resultado final depende do acaso. Fenômenos como esse são chamados de fenômenos aleatórios. Definição: experimentos ou fenômenos aleatórios são aqueles que, mesmo repetidos várias vezes, sob condições semelhantes, apresentam resultados imprevisíveis. 6 Experimento Aleatório / Evento Aleatório A cada experimento aleatório está associado o resultado obtido, que não é previsível, chamado evento aleatório. 7 Espaço Amostral A cada experimento correspondem, em geral, vários resultados possíveis. Assim, ao lançarmos uma moeda, há dos resultados possíveis: ocorrer cara ou ocorrer coroa. Já ao lançarmos um dado, há seis resultados possíveis: 1, 2, 3, 4, 5 ou 6. Ao conjunto desses resultados possíveis damos o nome de espaço amostral ou conjunto universo, representado por Ω. Lançamento de uma moeda Lançamento de um dado: 8 Espaço Amostral Cada um dos elementos de que corresponde a um resultado recebe o nome de ponto amostral. Em outras palavras, o espaço amostral de um experimento aleatório é o conjunto dos resultados do experimento. Outros exemplos: Lançamento de duas moedas Retirada de uma carta de um baralho completo de 52 cartas Determinação da vida útil de um componente eletrônico 9 Espaço Amostral Eventos Chamamos de evento qualquer subconjunto do espaço amostral de um experimento aleatório. Assim, qualquer que seja e, se e ⊂ , então e é um evento de . Se , é chamado de evento certo. Se e é um conjunto unitário, é chamado evento elementar. Se , então é chamado de evento impossível. 10 Espaço Amostral Eventos O evento aleatório pode ser um único ponto amostral ou uma reunião deles, como veremos no exemplo a seguir: Exemplo: lançam-se dois dados. Enumerar os seguintes eventos: A: saída de faces iguais B: saída de faces cuja soma seja igual a 10 C: saída de faces cuja soma seja menor que 2 D: saída de faces cuja soma seja menor que 15 E: saída de faces onde uma face é o dobro da outra Para solucionarmos o que se pede, devemos primeiramente determinar o espaço amostral. 11 Espaço Amostral Eventos Podemos determinar Ω através de uma tabela de dupla entrada: Os eventos pedidos são: 12 Espaço Amostral Eventos Uma outra maneira de determinar o espaço amostral desse experimento é usar o diagrama em árvore, que pode ser útil para a resolução de problemas futuramente. 13 14 Classe dos Eventos Aleatórios É o conjunto formado de todos os eventos (subconjuntos) do espaço amostral. Para efeito de exemplo, consideremos um espaço amostral finito: A classe dos eventos aleatórios é: Para determinarmos o número de elementos (eventos) de , observamos que: 15 Classe dos Eventos Aleatórios corresponde a corresponde a corresponde a corresponde a corresponde a Portanto, 16 Classe dos Eventos Aleatórios Genericamente, se o número de pontos amostrais de um espaço amostral finito é , então o número de eventos de é , pois: 17 Operações com Eventos Aleatórios Consideremos um espaço amostral finito Sejam A e B dois eventos de . As seguintes operações são definidas: Reunião Definição: ou . O evento reunião é formado pelos pontos amostrais que pertencem a pelo menos um dos eventos. 18 Operações com Eventos Aleatórios Intersecção Definição: e . O evento intersecção é formado pelos pontos amostrais que pertencem simultaneamente aos eventos A e B. Obs.: Se , A e B são eventos mutuamente exclusivos. 19 Operações com Eventos Aleatórios Complementação Definição: . 20 Propriedades da Operações com Eventos Aleatórios Sejam A, B e C eventos associados a um espaço amostral . As seguintes propriedades são válidas: Idempotentes Comutativas Associativas 21 Propriedades da Operações com Eventos Aleatórios Distributivas Absorções Identidades 22 Propriedades da Operações com Eventos Aleatórios Complementares “Lei das dualidades” ou “Leis de Morgan” 23 Partição de um Espaço Amostral Definição: dizemos que os eventos formam uma partição do espaço amostral se: para 24