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Oftalmologia 
ERROS DE REFRAÇÃO 
O que é refração? 
É o fenômeno que ocorre quando o feixe de luz, vindo do ambiente externo, atravessa o globo 
ocular para forma a imagem na retina. A incidência da luz na retina permite a formação da imagem. O 
raio de luz incide na córnea, passa pelo cristalino e muda de direção, atingindo um ponto focal em 
comum, a retina. 
 
 
 
 
 
 
A córnea tem o poder de convergência (direção para um ponto comum) em torno de 42 a 44 
dioptrias (unidade de medida que se refere ao poder de refração das lentes em um sistema óptico, ou 
seja, é um grau. 1 dioptria equivale a um 1 grau). O cristalino tem o poder de 20 dioptrias. No total, 
temos 60 dioptrias. Quanto maior o número de dioptrias, maior o desvio da luz. 
Cálculo: 
N = 1/F → N (número de dioptrias) = 1/F (distância focal – em metros) 
Ex.: A pessoa que tem 2 graus de miopia, ou seja, 2 dioptrias de miopia. 
2=1/F → 0,5 M ou 50 cm 
ACUIDADE VISUAL 
A acuidade visual é a clareza da visão, ou seja, é uma medida estatística, que mede sua 
capacidade de identificar letras ou números em um gráfico de olho padronizado, a partir de uma 
distância de visualização específica. 
A avaliação da acuidade visual é o procedimento mais comum usado em oftalmologia, embora 
não seja o único parâmetro para verificar o desempenho funcional do sistema visual. 
FUNÇÃO 
Ele detecta o grau de aptidão do olho para perceber os detalhes espaciais, ou seja, se a pessoa consegue 
ou não discriminar a forma e o contorno dos objetos. De uma forma resumida, o exame especifica 
se a visão de uma pessoa está ou não funcionando normalmente. 
QUANDO SOLICITAR? 
1. Pode ser usado como método de avalição incial em uma consulta oftalmológica. 
2. É frequentemente realizado em crianças, pois a detecção precoce de alterações pode 
evitar o agravamento de problemas visuais na idade adulta. 
3. É também utilizado na medicina do trabalho, em exames admissionais e demissionais e 
de rotina, analisando se a pessoa tem ou não déficit de visão que poderia causar riscos 
a ele mesmo, a outros trabalhadores ou ao patrimônio da empresa. 
COMO FAZER O EXAME DE ACUIDADE VISUAL 
Para fazer o exame de acuidade visual, vamos mostrar ao paciente objetos de diferentes tamanhos a 
uma distância padrão do olho – seis metros. O que é mais utilizado neste caso é a tabela de Snellen. 
TABELA DE SNELLEN 
Não substitui o exame oftalmológico, mas é uma forma simples e prática de identificar possíveis 
alterações na condição visual das pessoas. É utilizada para indivíduos a partir dos 5 anos de idade e o 
indivíduo deve saber ler para reconhecer as letras escritas 
Como fazer? 
1. Coloca-se o paciente 5-6 metros de distância do cartaz com a tabela de Snellen em tamanho 
padronizado. 
2. Faz-se um olho de cada vez. Cobre-se um olho e examina-se o outro. 
3. O avaliador vai pedir para o paciente dizer as letras que está enxergando, de cima para baixo, 
das letras maiores para as menores. 
Como interpretar? 
1. Se o paciente conseguir soletrar as letras da fileira 8 na imagem, define-se como acuidade visual 
normal, representada por 6/6 ou 20/20 (capacidade de enxergar nitidamente a 6m ou a 20 pés, 
2. O paciente com diminuição da acuidade visual não vai conseguir soletrar essa fileira. 
3. O déficit é maior quando o paciente tem dificuldade de enxergar as letras grandes. 
4. Cada fileira é marcada por uma estimativa de acuidade visual. Por exemplo, se o paciente tem 
uma AV 20/40, quer dizer que ele enxerga a 20 pés, o que ele deveria enxergar à 40 pés. 
5. Definição de cegueira pela OMS utilizando a tabela de Snell → 20/400 (com erro de refração 
corrigido). 
 
 
 
 
ERROS DE REFRAÇÃO 
São a causa mais comum reversível de déficit visual; a miopia e o astigmatismo são os mais 
comuns. 
EMETROPIA: Ausência do erro refrativo. Estado normal do poder de refração do olho. Visão 
normal. Nela, o raio de luz chega à retina sem precisar da acomodação (alteração do corpo ciliar para 
aumentar ajudar na acomodação do cristalino e permitir a melhor visão). 
• Paciente Emétrope: paciente que não tem alterações da visão relacionadas à refração. 
 
AMETROPIA: doenças oculares que ocorrem devido a erros refrativos nos quais a focalização da luz 
que chega na retina é feita de forma inadequada, resultado na perda de nitidez da imagem. É corrigida 
com óculos, lentes de contato e até cirurgia. As ametropias são: 
• Hipermetropia; 
• Miopia; 
• Astigmatismo. 
O que o paciente com erro de refração vai chegar queixando no consultório pra mim? 
ASTENOPIA: sintomas inespecíficos de erros de refração; é o que o paciente chama de “vista 
cansada”. São eles os citados acima: ardência, vermelhidão, sensibilidade nos olhos, dores de cabeça, 
fotossensibilidade, visão embaçada e dificuldade de concentração; 
• Baixa acuidade visual 
• Sensação de peso nos olhos 
• Cansaço após esforço visual 
• Dores na cabeça 
• Ardência ocular, lacrimejamento, desconfortos inespecíficos 
• Visão dupla, baixo contraste 
 
HIPERMETROPIA 
Hipermetropia é uma desordem na qual o eixo ocular é pequeno em relação ao poder refrativo do olho. 
Objetos no infinito formam-se num plano atrás da retina, ou seja, o foco está atrás da retina. Acontece 
porque o olho é pequeno ou a córnea é plana e não consegue fazer a convergência correta dos raios de 
luz. 
 
 
 
 
 
Importante saber! 
A tentativa de formar a imagem no plano retiniano pode resultar em excesso de acomodação de 
cristalino, de modo que mínimas perdas de complacência no cristalino podem ser sintomáticas. Aí 
entra o fator idade. A idade é uma das variáveis que mais levamos em consideração antes de prescrever 
um óculos, porque normalmente o hipermétrope tem uma capacidade de acomodação até boa que vai 
diminuindo com a idade. 
Tratamento 
O tratamento da hipermetropia se baseia na prescrição de lentes convergentes. Nisso, a imagem passa 
a ser foramada no foco original em que devia acontecer. 
 
MIOPIA 
Miopia é um erro refrativo comum no qual o eixo ocular (distancia da superfície posterior da córnea 
até a retina) está aumentado em relação ao pode refrativo (objetos no infinito formam-se num plano na 
frente da retina, ou seja, o foco está antes da retina. 
• É o contrário da hipermetropia. Acontece porque o olho é muito grande ou porque a córnea é 
muito curva (tem mais que 40 dioptrias). Nisso, o miope enxerga bem de perto, mas não 
enxerga de longe. O miope acomoda pouco. 
• Geralmente inicia-se por volta dos 8-14 anos. 
• Fatores de risco: genética, leitura, medicamentos, diabetes, trauma, acomodação excessiva. 
 
 
 
 
 
 
Tratamento 
O tratamento da miopia consiste em lentes divergentes para jogar o foco para trás. Nisso, a imagem 
passa a ser foramada no foco original em que devia acontecer. 
 
ASTIGMATISMO 
É uma condição no qual uma superfície irregular corneana causa focalização da imagem em diferentes 
planos, ou seja, o estado refrativo do olho em que os raios paralelos não alcançam o único ponto focal. 
• O mais comum é o astigmatismo corneano, em que a cornea é mais curva em um dos seus 
meridianos, ou seja, não é uma esfera perfeita como o esperado. No caso do astigmatismo, 
é como se a córnea fosse como uma bola de futebol americano, então por ter essa diferença 
de meridiano, os raios de luz atingem mais de um ponto focal. 
Tratamento 
No astigmatismo trata-se com correção com lentes lentes cilíndricas, que vão reduzir o astigmatismo 
no eixo em que ocorre a irregularidade. 
 
 
 
 
 
 
Importante saber! 
• Sempre demanda o eixo. Tenho que saber qual é o eixo mais curvo para fazer a correção; 
• Os fatores de risco ainda não são bem estabelecidos, mas acredita -se que haja envolvimento 
de fatores genéticos e ambientais; 
• Não raramente o cristalino também pode apresentar irregularidades (astigmatismo lenticular). 
 
PRESBIOPIA 
Presbiopia ocorre quando o cristalino não consegue focalizar objetos próximos, pela perda de sua 
capacidade acomodativa, não sendo considerado ametropia, mas uma condição em que a função 
fisiológica do cristalino foi perdida. 
• O cristalino vai ficando mais rígido ao longo dos anos e vai perdendo a capacidade de aumentar 
o seu diâmetro antero-posterior, ou seja, vai perdendo sua capacidade de acomodação. Começa 
por volta dos 40 anos. Normalmente a pessoa nunca usou óculos ou usa para astigmatismo ou 
miopia e não consegue mais acomodar, por isso passa a ter dificuldade para enxergar para perto. 
Tratamento 
• O tratamento é feito com lentes para correção da perda da acomodação, logo, lentes 
convergentes. 
 
AMBLIOPIA 
Ambliopia é a redução funcionalda visão de umou ambos os olhos, provocado pelo desuso oumal-
uso durante o “período crítico” do desenvolvimento visual; até os 7 anos de idade, tem que se estimular 
ambos os olhos. 
 
 
 
 
 
 
Exemplo: Uma criança que tem um estrabismo, o cérebro vai estimular o olho bom, logo, o olho que tem 
estrabismo é meio que esquecido pelo cérebro. Essa não estimulação leva à ambliopia. Ametropia também pode 
levar à ambioplia. 
Tipos de Ambioplia 
1. AMBLIOPIA ESTRÁBICA 
Uma criança pode desenvolver ambliopia no contexto de um estrabismo. Às vezes, o grau de 
desalinhamento entre os olhos é muito pequeno, tornando a detecção do estrabismo e ambliopiaestrábica 
difícil. Mesmo com um pequeno ângulo de estrabismo, a ambliopia pode ser grave. 
2. AMBLIOPIA REFRATIVA 
A ambliopia por erros refrativos pode ser dividida em três subtipos: anisometrópica, ametrópica e 
meridional. 
o ANISOMETRÓPICA 
Decorre de uma diferença refracional entre os olhos. Mesmo pequenas diferenças como uma 
dioptria (1D) podem provocar ambliopia. Frequentemente associa-se commicroestrabismo, 
podendo coexistir ambliopia estrábica. 
o AMETRÓPICA 
Resulta de privação visual por alto erro refrativo, sendo, em geral, bilateral e decorrente de 
hipermetropia. 
o MERIDIONAL 
Resulta de privação visual em um meridiano, podendo ser unilateralou bilateral. É causada por 
astigmatismo não corrigido. 
3. AMBLIOPIA POR PRIVAÇÃO DE ESTÍMULO 
Também chamada de ex-anopsia, ocorre quando opacidades dos meios oculares, como catarata, 
cicatrizes corneanase, até mesmo, ptose palpebral severa, impedem a entrada de luz adequada, 
interrompendo o desenvolvimento visual. Mais raramente, a própria terapia para ambliopia de oclusão 
de um olho normal pode resultar em deficiência visual do olho inicialmente sem ambliopia. 
Tratamento 
Tampão; oclusão do olho bom, para estimular o olho pior e reduzir a ocorrência da ambioplia. Essa tto só tem 
certa eficácia até os 7, 8 anos da criança. 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMO IDENTIFICAR OS ERROS DE REFRAÇÃO 
Identificação do grau 
1. Primeiro se é examinado em um aparelho que se chama AUTO REFRATOR. Esse 
equipamento é utilizado para identificar o erro de refração do paciente. Nesse aparelho obtemos 
o grau rapidamente. Se baseia em diferentes medidas do olho, na curvatura da córnea e nos 
índices de refração e tem como variável a acomodação refracional. 
 
o Com o resultado, o oftalmologista determina se é necessário prescrever lentes corretivas 
(óculos ou lentes de contato) e o seu grau a partir do refrator de Green’s. É o exame da 
casinha. 
 
 
 
2. EXAME SUBJETIVO. É refeito pelo refrator de Green’s. É utilizado para o diagnóstico das 
ametropias e suas correções. Nele, o oftalmologista oferece uma série de graus e lentes e para 
o paciente, e ele que vai dizer qual fica melhor para ele. Com isso ele consegue “refinar” o grau 
e prescer o valor da lente correta para o paciente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. Método objetivo de mensuração de grau: Crianças e pessoas que não sabem informar de 
forma correta qual grau está melhor para ele. Nesses casos, faz-se a retinoscopia. Aí se usa o 
retinoscópio. Coloca-se várias lentes na frente do olho e com auxílio de um reflexo luminoso 
procura-se a neutralização do reflexo até encontrar a melhor lente para o olho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
A PRESCRIÇÃO MÉDICA OFTALMOLÓGICA 
Como interpretar a receita médica? 
• Grau esférico positivo: hipermetropia 
• Grau esférico negativo: miopia 
• Grau cilíndrico negativo: astigmatismo 
• Adição: caso o paciente já tenha presbiopia, coloca-se o grau na parte de adição.

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