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Farmacocinética e Concentração Plasmática da Droga

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Distribuição dos fármacos no 
organismo 
Para atingir o alvo, o fármaco cai no sistema circulatório 
(qto > o fluxo sg do órgão => > a concentração do 
fármaco) ex.: cérebro, rins, fígado. 
 
Volume de Distribuição dos 
Fármacos (Vd) 
• É o volume de líquido necessário para conter a dose do 
fármaco (Q) em uma concentração igual à plasmática (Cp). 
 
• Fármacos retidos no plasma tem um Vd baixo, 
• Fármacos que são distribuídos mais amplamente, tem 
um Vd elevado. 
Exemplo: 
• Fármaco 1: é retido principalmente no sistema vascular 
(Cp=20mg/L) 
• Fármaco 2: se distribui para outros tecidos (Cp=2mg/L) 
Se ambos forem administrados em uma dose de 10 mg, o 
volume de distribuição do fármaco 1 será 500 mL, 
enquanto o do fármaco 2 será de 5000 mL. 
 
 
Se um fármaco for administrado por via intravenosa, no 
início, sua concentração será elevada na circulação. 
 Com o passar do tempo, a concentração é reduzida 
rapidamente por causa da distribuição pelo organismo, 
havendo aumento da concentração em tecidos 
altamente vascularizados, seguida dos músculos e, por 
fim, do tecido adiposo. 
Os fármacos ainda, podem interagir com componentes dos 
tecidos, dependendo de suas propriedades. 
• tecido adiposo é o que tem menor vascularização e as 
concentrações observadas são menores que em 
músculos, mas apresenta a maior capacidade de captar e 
reter fármacos. 
Fatores podem afetar a 
distribuição dos fármacos 
• Idade do paciente (paciente idoso tem menor capacidade 
de captação do fármaco) nos músculos que um paciente 
jovem. 
• Um atleta tem uma captação muscular mais elevada. 
• Um paciente obeso tem maior capacidade de captação 
de fármacos lipossolúveis. 
Metabolismo dos fármacos 
(Biotransformação) 
Acontece umas reações enzimáticas nos rins, trato 
gastrointestinal, pulmões, pele, sangue, metabolizando os 
fármacos. 
Porém: O fígado apresenta diversidade e quantidade de 
enzimas metabólicas em larga escala. 
Fígado => responsável pela maior parte do metabolismo 
dos fármacos 
Metabólito: qualquer intermediário ou produto resultante 
do metabolismo do fármaco 
Fármaco 1 
Vd = 10mg : 20mg/L 
Vd = 0,5 L ou 500mL 
Fármaco 2 
Vd = 10mg : 2mg/L 
Vd = 5 L ou 5000mL 
 
Biotransformação 
• Modificação química das moléculas dos fármacos, 
tornando-os inativos ou facilitando sua eliminação. 
• Inclui reações que transformam a estrutura química 
original dos fármacos, tornando-a mais hidrossolúvel para 
facilitar sua eliminação. 
 
Reações Metabólicas 
• Reações Oxidação/Redução (fase I): modificam a 
estrutura química de um fármaco (um grupo polarizado é 
adicionado ou encoberto) 
• Alguns fármacos são administrados na forma inativa (pró-
fármaco) e são metabolicamente alterados para a forma 
ativa por meio de reações de Oxidação/Redução no fígado. 
• Esta estratégia pode facilitar a biodisponibilidade oral, 
diminuir a toxicidade gastrointestinal e/ou prolongar a meia 
vida de eliminação de um fármaco. 
 
Meia vida => é o tempo necessário para que a 
concentração sanguínea do fármaco caia pela metade. 
 
• Reações de Conjugação/Hidrólise (fase 2): Hidrolisam um 
fármaco ou conjugam-no com uma molécula grande e 
polar, a fim de inativá-lo ou aumentar sua solubilidade e 
excreção na urina ou na bile. 
Exemplos de grupos adicionados: 
• glicuronato, 
• sulfato, 
• glutationa, 
• acetato. 
 
Fatores que podem afetar o 
metabolismo dos fármacos 
• Dose: Se a concentração do fármaco aumenta, a 
velocidade da reação metabólica aumenta 
proporcionalmente. 
• Via de administração: Se o fármaco for metabolizado 
extensivamente pelo fígado, a administração por via oral 
poderá não ser indicada (metabolismo de primeira 
passagem). 
• Variações fisiopatológicas individuais: as taxas 
metabólicas podem ser afetadas pela idade, sexo, peso 
corporal, fatores genéticos, estado de saúde e estilo de 
vida do paciente (incluindo a dieta). 
• Indução ou inibição de enzimas: o uso concomitante de 
certos fármacos, poluentes ambientais, substâncias 
químicas industriais e alguns alimentos pode aumentar ou 
diminuir o metabolismo de outros compostos por induzir 
ou inibir as enzimas responsáveis por estas reações. Isto 
pode afetar consideravelmente a concentração plasmática 
do fármaco que, nesse caso, teve sua biotransformação 
afetada. 
Excreção de fármacos 
 Sinônimos: Clearance ou depuração 
É a capacidade do organismo em eliminar o fármaco 
As principais vias de eliminação são: 
• Renal 
• Biliar 
• Respiratória 
A principal via de excreção é a renal 
Alguns fármacos excretados pela via renal: 
vancomicina 
atenolol 
ampicilina 
Em pacientes com comprometimento da função renal ou 
em idosos, estes fármacos podem se acumular até níveis 
tóxicos 
 
• Alguns fármacos também são excretados pelo fígado 
(via bile). 
Exemplos de fármacos excretados pela via biliar: 
• Hormônios esteroides 
• Digoxina 
• Agentes quimioterápicos para o câncer 
 
• Em algumas situações, os fármacos podem ser 
eliminados pela via respiratória (gases e compostos 
voláteis) 
 
Curva [plasmática] x tempo (após 
administração I.V.) 
[plamstica]= concentração plasmática 
• No primeiro momento, a concentração diminui 
consideravelmente por causa da distribuição do fármaco 
pelos diversos tecidos e órgãos do corpo. 
• Na sequência, ocorre uma redução mais lenta por causa 
da eliminação do fármaco por metabolismo e excreção. 
 
Depuração ou Clearance 
A taxa de eliminação do fármaco do organismo é 
denominada depuração (ou clearance) e pode ser calculada 
da seguinte maneira (lembrando que Cp é a concentração 
plasmática do fármaco): 
 
Meia Vida de Eliminação 
(t1/2) 
• Depuração => => diminuição da concentração 
plasmática do fármaco (Cp) e do tempo em que ele pode 
atuar sobre seu sítio de ação. 
• t1/2 => ajuda a calcular a frequência de doses necessárias 
para manter a concentração do fármaco na janela 
terapêutica. 
 
Janela terapêutica = faixa de concentrações (doses) de 
um fármaco que produz a resposta desejada e é seguro 
para o uso, sem o desenvolvimento de efeitos adversos 
inaceitáveis (tóxicos). 
 
 
 
 
Dosagem Terapêutica 
Como determinar a dosagem e a frequência com que um 
medicamento deve ser usado? 
• Muitos tratamentos farmacológicos requerem que o 
medicamento seja administrado por um certo período de 
tempo e em intervalos regulares. 
• O objetivo disto é manter a concentração do fármaco 
em estado de equilíbrio dinâmico dentro da janela 
terapêutica, na qual as taxas de absorção (k interna) sejam 
iguais às taxas de metabolismo e excreção (k externa). 
• A Cmáx é o ponto máximo de concentração plasmática 
em que estas taxas são iguais. 
• A concentração plasmática do fármaco no estado de 
equilíbrio (CSS) pode ser calculada da seguinte maneira: 
 
Dosagem Terapêutica 
• Procura manter o pico plasmático do fármaco abaixo da 
concentração tóxica e a concentração mínima acima de 
seu nível minimamente efetivo 
• Note que as primeiras doses são subterapêuticas, isto é, 
abaixo da CME. 
• Isto ocorre porque são necessárias de 4 a 5 meias-vidas 
(t1/2) para atingir o estado de equilíbrio. 
 
Dosagem Terapêutica com Dose 
de Ataque 
• Em certos tratamentos, se faz uso de uma dose de 
ataque para compensar o efeito da distribuição acentuada 
de alguns fármacos pelos diversos tecidos/órgãos, o que 
levaria a uma redução significativa da concentração 
plasmática. 
• Isto garante que níveis terapêuticos sejam obtidos mais 
rapidamente (com 1 ou 2 doses) e normalmente utiliza-se 
de uma dose mais elevada do que seria utilizado pelo 
paciente. 
• A dose de ataque pode ser calculada da seguinte 
maneira: 
 
 
Portanto: alterações no volume de 
distribuição ou na depuração também 
resultarão em mudanças na meia-vida do 
fármaco e, consequentemente, mudanças 
no tratamento farmacológico. 
 
DosagemTóxica 
Se as doses de manutenção forem excessivas ou a 
frequência de administração do medicamento for muito 
alta, será possível atingir níveis tóxicos do fármaco, o que 
não é o objetivo do tratamento. 
 
Dosagem Subterapêutica 
Quando a Css é atingida, faz-se uso de doses de 
manutenção para repor a quantidade do fármaco perdida 
por depuração.

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