Buscar

REVISÃO DIGESTÃO ESTÔMAGO DE MONOGÁSTRICOS CARNÍVOROS E ONÍVOROS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

REVISÃO DIGESTÃO – ESTÔMAGO DE MONOGÁSTRICOS 
CARNÍVOROS E ONÍVOROS 
 O estômago produz o suco digestivo chamado de suco gástrico, que contem 
acido clorídrico (HCl) e a enzima pepsina. Após ação do suco gástrico, o bolo 
alimentar passa a se chamar quimo. O HCl tem ação bactericida, em animais 
carnívoros e/ou que comem carne em decomposição, como hienas, o HCl é 
presente em altas concentrações. O HCl tem também função de ativação 
enzimática, pois o estomago faz a produção da enzima pepsinogênio inativa, e a 
ação do HCl faz ativação, tornando-se a pepsina. 
 Animais monogástricos (única câmara estomacal) tendo uma entrada (válvula 
cárdia) que faz a conexão do esôfago com o estômago, e uma única saída 
(piloro) que faz a conexão do estômago com o intestino. São animais que 
possuem um grande estômago, e produzem uma alta quantidade de HCl. O 
estômago é revestido por uma camada de muco chamada mucina, que protege o 
estômago contra a ação do suco gástrico. Na parede do estômago há reentrâncias 
chamadas de fossetas gástricas, onde há as células oxinticas (produz HCl) e 
células zimogênicas (produz pepsinogênio). O excesso na produção de acido 
clorídrico causa o desgaste da mucina, ocasionando úlceras no estômago, alguns 
alimentos ordem influenciar como cafeína, bebida alcoólica, gorduras em 
excesso e tabagismo. 
 A pepsina quebra as proteínas em moléculas menores chamadas de peptídeos, 
formando o quimo. 
 O HCl abre as fibras musculares para a ação da pepsina sobre as proteínas. 
 O HCl diminui o pH do estômago, ativando o pepsinogênio na enzima ativa 
pepsina, para a digestão de proteínas, enquanto a boca trabalha a digestão do 
amido. 
 Renina é uma enzima produzida apenas por filhotes, devido a alimentação do 
leite, sendo uma enzima que age sobre a caseína (proteína do leite), com cheiro 
de leite azedo. E a lipase gástrica quebra a gordura do leite. 
 Animais monogástricos herbívoros tem alimentação baseada em vegetais, sendo 
a matéria principal a celulose, que por ser carboidrato não é atacado pelo suco 
gástrico. Para isso, esses animais desenvolveram o ceco (porção do intestino 
grosso), onde grande parte da celulose ingerida é fermentada. Além disso, 
durante a fermentação os microrganismos formam os ácidos graxos voláteis, que 
são usados para a produção de proteínas para posterior formação de músculos. 
 Os animais monogástricos herbívoros também são chamados de fermentadores 
pós-gástricos, ou seja, a fermentação ocorre após o estomago, devido à 
fermentação que ocorre no ceco. 
 O grupo dos animais ruminantes é dito como poligástricos, no qual o estômago 
é subdividido em várias câmeras, nelas há associação com microrganismos 
simbiontes, que fazem a quebra da celulose e lignina. Dependendo do grupo, 
pode ter de três (girafas e camelídeos) a quatro (cervídeos, bovinos e caprinos) 
câmeras. Também é onde ocorre a fermentação da celulose. 
 Em uma das câmeras há o rúmem, onde ocorre a maior parte da fermentação. 
 O nome ruminante é devido ao fato desses animais terem que retornar o 
alimento a boca para uma segunda mastigação. 
 Existem quatro tipos de câmeras estomacais: rumem (estomago mecânico), 
retículo (estomago mecânico), omasso (estomago mecânico) e abomasso 
(estomago químico, onde há produção de suco gástrico). 
 O rumem é a maior das câmeras, onde ocorre as papilas ruminais, sendo a 
primeira a receber o alimento que recebeu apenas a primeira mastigação, que é o 
suficiente para expor a celulose a fermentação, gerando CO2 e metano. Isso 
transforma a matéria vegetal ingerida em uma substancia mais pastosa, sendo 
que água auxilia nesse processo, por isso esses animais ingerem grande 
quantidade de água. Enquanto o retículo é caracterizado pelos faveolos, que 
maceram ainda mais a mateira vegetal, neles a matéria vegetal ingerida é 
quebrada por microrganismos e transformados numa massa pela digestão 
mecânica, sendo os locais onde ocorre mais fermentação. O rumem e o reticulo 
são câmeras de fermentação e maceração intensas. O omasso é cheio de dobras 
dito como folhoso, onde ocorre a absorção de água alimentos solúveis e 
produtos microbianos. No abomasso ocorre a digestão química por meio das 
enzimas. 
 O alimento chega ao rumem sofre fermentação pelos microrganismos com 
produção de metano, CO2 e ácidos graxos voláteis. No reticulo, os faveolos 
continuam a digestão mecânica. Depois disso, alimento retorna a boca 
(ruminação), dai ocorre a eliminação dos gases metano e CO2 (eructação), isso 
ocorre quando há dilatação do rumem pela concentração dos gases. Na boca, 
ocorre a salivação para que a saliva (com bicarbonato) haja como uma solução 
tampão, visto que, o material que foi regurgitado tem pH acido, evitando danos 
para a mucosa bucal. Depois de sofrer a segunda mastigação, o alimento vai 
direto para o omasso que através dos movimentos peristálticos depositam o 
alimento entre as dobras para que as partículas grandes que ainda não foram bem 
mastigadas fiquem presas, e as demais junto com o liquido são mandadas para o 
abomasso. No abomasso, há produção de suco gástrico para a digestão química, 
pois é a única câmera em que a parede é capaz de produzir enzimas, com isso o 
quimo é formado e mandado para o intestino delgado. 
 No caso dos camelídeos, não há o omasso, sendo chamados de 
pseudoruminantes. Nas girafas não há um reticulo separado, ele é unido a 
câmera ruminal. 
 Os ácidos graxos voláteis produzidos pela fermentação dos microrganismos no 
rumem e no reticulo são acetato (proveniente do acido acético), propionato 
(formado do acido propionico) e butirato (acido butílico). São esses ácidos que 
são os ácidos graxos voláteis, sendo absorvidos pelas papilas ruminais (ricas em 
vasos sanguíneos que passam os AGV para a corrente sanguínea e são levados 
para o fígado, onde são metabolizados e lançados na corrente sanguínea podendo 
ir para os músculos formar proteína, para o tecido adiposo formar gordura, e no 
caso das vacas pode ir para as glândulas mamárias para a formação do leite), que 
posteriormente são transformados em proteínas. 
 Em aves, há duas porções do estômago o proventrículo (estomago químico com 
produção de suco gástrico) e a moela (estomago mecânico, seno muscularizada 
com revestimento de tecido fibroso que protege contra ação do suco gástrico). O 
proventriculo vem primeiro porque as aves não têm dentes, então a ação do suco 
gástrico facilita a ação da moela. A moela é mais desenvolvida em aves 
insetívoras e granívoras, sendo o proventrículo mais desenvolvido nas 
carnívoras.

Outros materiais