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Atividade Espinha Bífida

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CLÍNICA PEDIÁTRICA – ESPINHA BÍFIDA E HIDROCEFALIA
Nome: Pedro Henrique Sousa de Andrade
ATIVIDADE 1: Leia o caso clínico abaixo, descrito em Christofoletti et al., 2007, e responda às questões que se seguem.
Em relação à anamnese, foi observado problemas gestacionais: gestação não-planejada, histórico de abortos, movimentos fetais tardios e Apgar baixo nos primeiros cinco minutos. Houve uma infecção urinária associada à gravidez, com internação hospitalar em decorrência de sepse, pneumonia, hiponatremia, hipotassemia, choque hemorrágico e insuficiência renal da criança. 
O desenvolvimento neuropsicomotor ocorreu com atraso. O sustento cefálico aconteceu por volta dos oito meses; o sentar com apoio só foi possível após os dois anos. Conseguiu engatinhar aos dois anos e quatro meses. A deambulação foi realizada após os cinco anos de idade, com auxílio de órteses de estabilização joelho-tornozelo-pé (órtese do tipo KAFO – knee-ankle-foot orthosis). 
As alterações dismórficas basearam-se no aumento do perímetro cefálico (consequente à hidrocefalia obstrutiva) e na hipotrofia dos membros inferiores (MMII). A busca pelos estímulos auditivos e visuais apontou para uma possível preservação dos músculos oculares e do sistema auditivo. Apresenta hipoestesia superficial e profunda nos MMII, a partir do segmento L1. Foi observada paresia dos músculos inervados pelos segmentos L2-L5. Os reflexos superficiais nos MMII estavam hipoativos, com ausência do sinal cutâneo plantar em extensão (sinal patognomônico de Babinski). Força muscular, reflexos e sensibilidade dos membros superiores (MMSS) não estavam alterados. Os pacientes apresentaram diminuição da mobilidade de tronco com predominância do segmento lombar. Houve um maior comprometimento dos movimentos de flexão (ventral e lateral). Movimentos pélvicos em retroversão foram também afetados, bem como a flexão plantar e dorsal do tornozelo. Os principais músculos encurtados foram: tríceps sural, grácil e isquiotibiais.
Questão 01: Qual a relação da presença/causa da Mielomeningocele com os dados da anamnese: 
a. gestação não-planejada; 
R: Com uma gestação não-planejada, a mãe acaba por não se cuidar adequadamente nas primeiras semanas de gestação, as quais são importantes para o bom desenvolvimento do feto, pois até a 7ª semana de amenorreia, o tubo neural caudal ainda está em fechamento. Caso a mãe tenha algum hábito de vida deletério para o fechamento normal do tubo neural, pode propiciar o desenvolvimento de uma má-formação, como a mielomeningocele.
b. histórico de abortos; 
R: Associado a um déficit de ácido fólico e de vitaminas, o histórico de abortos pode ser um fator que pode levar à presença de mielomeningocele.
Questão 02: Explique a alteração de estrutura e função neurológicas que relacionam a presença de Hidrocefalia Obstrutiva (ou Não Comunicante) em criança com Mielomeningocele.
R: Em alguns casos de mielomeningocele, temos a exposição da medula junto ao cisto, o que provoca uma tração do bulbo no encéfalo, puxando-o para baixo até o forame magno. Com essa tração, o IV ventrículo é bloqueado, impedindo a passagem do líquor, o qual fica ali retido e promove o desenvolvimento de uma hidrocefalia obstrutiva.
REFERÊNCIA: 
CHRISTOFOLETTI, G et al. Alterações motoras e sensoriais na Mielomeningocele: relato de três casos. Saúde em Revista, v. 09, n. 22, 2007, p.53-57.

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